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Habeas Corpus: Natureza de Ação. Não discute mérito do caso (se é culpado ou inocente, se a deve ter pena diminuída, somente a ilegalidade da coação, da prisão). Análise: se está havendo ilegalidade na coação (1ª condição da ação – art. 647 e 648 CPP e Art. 5º, LXVIII). 1º) Realizar leitura e estudo do seguinte tema: ?Habeas Corpus? A) Natureza jurídica B) Fundamentação legal: Art. 5º, LXVIII, da CF e artigos 647 e seguintes do CPP C) Espécies de habeas corpus: Liberatório e Preventivo D) Condições da ação de HC: Possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade E) Hipóteses de cabimento do HC (art. 648, CPP) F) Habeas Corpus e prisão civil G) Habeas Corpus e prova ilícita H) Petição inicial de HC: requisitos (art. 654, § 1º, CPP) I) Reiteração do pedido J) Competência - Critérios: territorialidade (Artigo 649, CPP) e hierarquia (Artigo 650, § 1º, CPP) - STF - Tribunais Superiores - Tribunais de 2º grau - Juiz de 1º grau - Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais K) Liminar em habeas corpus 2º) Após a leitura e estudo do habeas corpus, resolver o seguinte problema prático: PROBLEMA Josenildo da Silva encontra-se preso há 20 dias em virtude de auto de prisão em flagrante, lavrado por infração ao artigo 250, parágrafo 1º, inciso I, do Código Penal. O laudo do instituto de criminalística ainda não foi elaborado, estando o inquérito policial aguardando a sua feitura. O juízo competente, que se encontra na posse da cópia do auto da prisão em flagrante, indeferiu o pedido de relaxamento desta, por excesso de prazo, sob o fundamento de que a gravidade do fato impõe a segregação de Josenildo. Como advogado de Josenildo da Silva, adote a medida judicial cabível. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JSUTIÇA DO ESTADO.... Advogado...,nacionalidade..., estado civil..., OAB no..., endereço profissional na rua..., vem, com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal e 647 e seguintes do Código de Processo Penal impetrar Habeas Corpus Liberatório em favor de Josenildo da Silva, nacionalidade...,profissão..., RG no..., CPF no..., estado civil...,residente e domiciliado..., contra ato ilegal praticado pelo juiz da ... vara criminal da comarca de...., pelos fatos e fundamentos que passa a expor. I- Dos Fatos O paciente foi cerceado de sua liberdade em ..., portanto, na data de hoje, permanece preso por 20 dias. Tal fato ocorreu em razão do auto de prisão em flagrante, por infração ao artigo 250, parágrafo 1º, I, do CP. No referido caso, o laudo do instituto de criminalística ainda não foi elaborado e o inquérito policial aguarda a sua feitura. Nesse sentido, o juízo da ... vara criminal do estado de ...encontra-se na posse do auto de prisão em flagrante e indeferiu o pedido de relaxamento da referida prisão, por excesso de prazo, sob o fundamento de que a gravidade do fato impõe a segregação do paciente. Sendo assim, não cabe ao paciente outra alternativa senão impetrar o presente habeas corpus. II- Do Cabimento do Habeas Corpus A C.F dispõe em seu art. 5º, LXVII: “Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder” No mesmo sentido, o CPP em seu art.647 prevê: “Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. Sendo assim, diante do ato coator acima narrado, que foi cometido pela autoridade impetrada, é perfeitamente cabível o presente pedido. III- Do Direito O art. 310 do CPP oferece ao juiz três opções, em seus incisos, quais sejam: Art 310: “Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:” I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Sendo assim, observa-se que não houve nenhuma atitude prevista em lei por parte do juiz, já que não ocorreu o relaxamento da prisão, não houve também a conversão da prisão em flagrante em preventiva e não houve a concessão da liberdade provisória, presente, portanto, a coação na liberdade de locomoção do paciente, já que este está preso há 20 dias. Ademais, o art. 648, I, do CPP, assim dispõe: “A coação considerar-se-á ilegal:” “II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei”. No caso em tela, o ato do juiz é considerado ilegal, já que, como supracitado, o paciente foi preso em flagrante há 20 dias e dessa forma permanece. IV – Dos Pedidos e requerimentos Diante do exposto, requer: a) Seja deferido a soltura do reconhecidos os motivos acima expostos afim de que haja a soltura do paciente por violação ao seu direito à liberdade de locomoção; b) Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. Termos em que Pede Deferimento Local... Data... Advogado OAB no...
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