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Tétano e botulismo

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Curso Medicina veterinária								Artigo Original
TÉTANO E BOTULISMO
Luzirene F. A. Lemos1, Marcilene Zacarias Amâncio², Maria de Lourdes³, Shirlene Alves
1 Aluna do Curso de Medicina Veterinária
2 Pro
Resumo
O tétano e o botulismo são doenças neurológicas classificadas pela especificidade de suas ações, apresenta se com neurotoxinas produzidas por bactérias do gênero clostridium tetani e clostridium botulinum. O tétano tem ação de hiperatividade sistêmica nos músculos esqueléticos(espasmos), o contágio é facilitado por portas de entrada no organismo tais como lesões de exposição bacteriana.
No botulismo sua ação é inibidora das funções mioneurológicas, manifesta se por uma mioparalisia que pode ser de natureza flácida, de ação generalizada, pois age inibindo o sistema parassimpático e em casos não tratados emergencialmente pode causar parada respiratória,o botulismo ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela toxina.
Contato: nip@unicesp.edu.br
	
	
Introdução
Tétano é uma doença toxinfecciosa aguda que acomete humanos e animais domésticos e causa contração muscular de origem espasmódica, causada por uma neurotoxina chamada tetanoespasmina, produzida pelo clostridiun tetani. O C. tetani é uma bactéria anaeróbica podendo se apresentar, podendo se apresentar sob a forma vegetativa ou esporulada. A forma esporulada da bactéria possui alta resistência ambiental, mantendo se viável em diferentes condições adversas, que incluem de baixa temperatura a exposição direta a luz solar. Os esporos são encontrados em áreas de cultivos ricas em matéria orgânica, em pastos explorados para criação de animais de produção e nas fezes de animais e humanos.
Botulismo é uma intoxicação causada pela ingestão de alimentos e água contaminados pela bactéria C. botulinum. É caracterizado por uma paralisia flácida causada pela bactéria C.botulinum dos tipos A, B ou C na América do Norte e D na África do Sul. É uma bactéria esporulada anaeróbica gram-positivo comumente encontrada no solo, água, matéria orgânica (de origem animal e vegetal) e trato gastrointestinal de animais.
Desenvolvimento
Tétano: acomete mais comumente os equinos mas pode acometer também ovinos castrados em áreas contaminadas com esporos de C. tetani. Pode acometer também humanos, bovinos, suínos cães e gatos.
Vias de transmissão: podem ser feridas ou aberturas na pele ,como corte ou punção feito por objetos contaminados.
Patogenia: a Toxina é liberada no local de trauma ou lesão e se liga rapidamente ao tecido neural causando paralisia e espasmos há a inibição do ácido gama-aminobutírico(GAMA) e glicina nos neurônios motores.
Sinais Clínicos: são parecidos em várias espécies de animais, inicia se por rigidez muscular com tremores, trismo e prolapso da terceira pálpebra orelhas eretas, retração das pálpebras, dilatação das narinas, leve timpanismo e hiperestesia.
Diagnostico: o diagnóstico do tétano é baseia-se no histórico, anamnese e sinais clínicos, não dependendo de confirmação laboratorial, sendo, Isolamento bacteriano, Imunofluorêscência direta,
Imunoistoquímica e PCR.
Tratamento: eliminar o agente etiológico, paralisar a ação das toxinas, reduzir os espasmos musculares e iniciar a terapia de suporte administrando o soro antitetânico por via intravenosa, repetindo se necessário, fornecer alimentação de fácil deglutição, mantendo o animal em ambiente escuro e sossegado e isolado, fazer drenagem e limpeza das lesões com água oxigenada e infiltração de penicilina G ao redor da lesão.
Prevenção: é feita através da vacinação anual, da utilização do soro antitetânico antes de procedimentos cirúrgicos ou logo após algum ferimento que possa facilitar a infecção,fazer assepsia do instrumento cirúrgico e antissepsia das lesões, eliminar objetos perfurocortantes do ambiente onde o animal vive.
Botulismo: acomete mais frequentemente os bovinos ,mas pode acometer também equinos, suínos, aves e cães.
Vias de transmissão: ingestão de agua e alimento contaminados com C. botulinum, ossos de cadáveres
Patogenia: depois de ingeridas, as toxinas são absorvidas pelas mucosas do intestino caem na corrente sanguínea se ligam ao sistema nervoso periférico e causam o bloqueio da síntese e liberação da acetilcolina levando ao quadro de paralisia flácida.
Sinais Clínicos: inicia se com vários graus de coordenação, anorexia e ataxia. Em seguida passa para um quadro de paralisia flácida progressiva que inicia nos membros posteriores, deixando os animais em decúbito externo abdominal, à medida que a afecção evolui a paralisia torna se mais evidenciada impedindo que o animal se mantenha em pé, permanecendo apenas em decúbito esternal, com a paralisia progredindo para membros anteriores como pescoço e cabeça, acometendo a deglutição e mastigação o que gera acúmulo de alimento na boca e cialorréia e protusão da língua. Por fim um acentuado quadro de prostração, deixando o animal em decúbito lataeral quando entra em coma e morre.o animal permanece consciente até o término do quadro.
Diagnóstico: o diagnóstico do C. botulinum é dado através da detecção da toxina botulínica nos conteúdos gástrico e intestinal, hemosoro e fígado do animal ainda doente ou morto, se dá também pela investigação de alimentos contaminados ou pasto com alguma carcaça.
Tratamento: o tratamento é sintomático, oferecendo condições para que o animal sobreviva ao quadro clinico apresentado, porem normalmente não apresenta resultados favoráveis além de economicamente inviável.
Prevenção: Eliminação de fontes de contaminação, incineração de carcaças de animais manejo nutricional adequado como suplementação mineral e correção do nível de fosforo na pastagem, vacinação anual de todo o rebanho.
Fontes:
1. 1.BALDASSI, Lucia et al . Botulismo bovino: comprovação laboratorial do diagnóstico clínico, período 1986-1989. Rev. Saúde Pública., São Paulo, v. 25, n. 5, 1991. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489101991000500008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 Jun 2007. Prépublicação.
2. 2.BONILHA, M. M., LEMOS, R. A. A., SALVADOR, S. C., MARTINS, S. S.,
NAKAZATO, L. 1996 Diagnóstico Laboratorial de botulismo no Mato grosso do Sul pelas técnicas de bioensaio e soroneutralização em camundongos. In: Congresso Panamericano de Ciências Veterinárias, p.251.
http://www.scielo.br/pdf/pvb/v21n2/4857.pdf
http://www.scielo.br/pdf/pvb/v25n2/a09v25n2.pdf

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