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Classificação dos Animais de Laboratório Quanto ao Status Sanitário

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS LTDA 
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS 
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO 
 
 
Beatriz Ferreira dos Santos 
Lucas de Carvalho Siqueira 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO QUANTO AO STATUS 
SANITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
PATOS – PB 
2018 
 Os animais utilizados em experimentos didático-científicos compõem uma ampla 
variedade de espécies invertebradas e vertebradas, e seu uso varia conforme os propósitos e a 
natureza da experimentação. De acordo com Braga (2010, p.171), “todo e qualquer animal 
que vier a ser utilizado como modelo ou meio em uma investigação experimental poderá ser 
considerado como animal de laboratório”, o que deve ser de importante consenso é que 
quanto mais uniforme os animais utilizados na experimentação, menor será o número 
necessário para se atingir o padrão de exatidão ou receptibilidade. 
Após muitos anos de pesquisa se descobriu numerosas linhagens de animais 
consanguíneos e híbridos capazes de reduzir as variáveis causadas por diferenças genéticas e, 
mais recentemente, foi classificado os animais quanto ao status sanitário e ecológico, com o 
objetivo de prevenir erros induzidos pelas diferenças ambientais. 
Segundo Couto (2002) “a classificação dos animais quanto ao status sanitário ou 
ecológico, visando pode ser definida como a relação dos animais com o seu particular e 
específico ambiente, onde inclui os organismos associados aos animais e os organismos 
presentes dentro dos limites do ambiente físico e barreiras sanitárias”. Os organismos se 
associam em um conjunto denominado microbiota (vírus, bactérias, fungos e parasitas), e 
quanto mais eficientes forem as barreiras sanitárias do ambiente, menores serão as chances de 
contaminação dos animais. 
 Sendo assim através dessa definição, podem-se classificar os animais em três 
diferentes grupos: 
 Animais Gnotobióticos; 
 Animais Livres de Germes Patogênicos Específicos (Specific Pathogen Free – SPF); 
 Animais Convencionais. 
 
Animais Gnotobióticos 
 O termo gnotobiótico tem origem grega e significa “vida conhecida”, ou seja, esses 
animais possuem uma microbiota definida, e exigem uma barreira sanitária absoluta. A 
produção de animais desse padrão sanitário somente é possível mediante sua manutenção em 
equipamentos especiais, como os isoladores. 
 
Germfree (GF) 
São animais que não possuem microbiota patógena, ou seja, são isentos de quaisquer 
parasitas internos e externos, bactérias, fungos, protozoários, algas, richetsia e vírus. Um 
termo similar usado neste contexto é o de animais axênicos (animais livres de vida associada). 
Vários animais têm sido criados e mantidos livres de germes, a exemplo: ratos, camundongos, 
cobaias, coelhos, galinhas, porcos, peixes, macacos, carneiros e cão. Apesar de que com 
alguns desses animais são se tenha obtido sucesso em sua reprodução no ambiente GF, sendo 
os camundongos e ratos os que têm respondido melhor. 
A obtenção de animais GF tem como método primário a intervenção cirúrgica por 
meio de histerectomia estéril do útero gravídico nas 24 horas pré-parto. Os embriões em 
desenvolvimento são protegidos da contaminação pela barreira placentária, uma membrana 
semipermeável constituída de tecidos placentários que limita o tipo e a quantidade de material 
„trocado‟ entre a mãe e os fetos no útero. Uma vez dentro do isolador, remove-se o útero 
gravídico do recipiente e, então, cuidadosamente, retiram-se os filhotes, limpando-os e 
ativando-lhes a circulação e respiração, mantendo-os aquecidos e ligados à placenta por um 
período antes de removê-los para a gaiola da ama-de-leite. Os recém-nascidos obtidos 
assepticamente nos isoladores estéreis têm a opção de usar uma ama-de-leite GF ou 
amamentação manual para mantê-los. 
Flora Definida (FD) 
A Flora Definida é composta por animais GF que foram intencionalmente 
contaminados com microrganismos ou parasitos específicos. São continuamente monitorados 
para constatar a presença dos organismos selecionados e a ausência de outros. 
O termo monoxênico é utilizado para se referir ao animal que foi contaminado, 
deliberadamente, com apenas um tipo de microbiota, o que equivale a dizer que possui um 
microbiota associado. Dixênico é o termo designado ao animal contaminado, 
intencionalmente, com dois tipos de microbiota e polixênico é relativo ao animal 
contaminado, propositalmente, com vários microbiotas. 
O primeiro passo para a obtenção de animais de FD é obter-se animais GF, uma vez 
que esse estado é alcançado e confirmado por teste laboratorial. Um dos métodos adotados 
consiste na transferência dos animais GF do isolador para um equipamento de barreira restrita 
(outro isolador). Uma vez dentro desse novo equipamento, o animal GF pode ser alimentado 
com ração saturada com microrganismos específicos. Além disso, os animais nascidos nesse 
ambiente são contaminados por microrganismos através da amamentação, contato com a 
ração, com a „cama‟ e com as fezes de seus pais. Depois que a flora selecionada estiver 
estabelecida, os animais devem ser testados e então transferidos para outro isolador. 
Animais Livres de Germes Patogênicos Específicos (SPF) 
 São animais livres de microrganismos e parasitos específicos, porém não 
necessariamente livres de outros não-específicos. Conhecidos também como heteroxênicos, 
não apresentam microbiota capaz de lhes determinar doenças (albergam somente 
microrganismos não-patogênicos). Os animais SPF são obtidos e mantidos livres de 
contaminantes específicos (condições opostas dos animais FD, os quais são intencionalmente 
expostos a contaminantes específicos). 
 Para se estabelecer uma colônia de animais SPF, animais GF são infectados com flora 
conhecida não-patogênica. Então, o animal SPF é alojado em um ambiente estéril, porém não 
necessitando mais de isoladores. A frequente monitoração dos animais SPF é absolutamente 
necessária, para se ter certeza de que os contaminantes indesejáveis não se estabeleceram. 
Animais Convencionais 
 Os Animais Convencionais também conhecidos como haloxênicos possuem sua 
microbiota indefinida, e sua manutenção não exige barreiras sanitárias rigorosas. Sua criação 
apresenta apenas princípios básicos de higiene quanto à limpeza e desinfecção do ambiente e 
material utilizado. Quanto ao pessoal técnico, em geral, realiza-se apenas troca de uniforme 
(avental) para o trabalho com os animais. 
 Os animais que não são Germfree, Flora Definida ou SPF, são arbitrariamente 
chamados de Convencionais, assim como animais que não são espontaneamente infectados 
por alguns microrganismos patogênicos e animais infectados com todos os microrganismos. 
 Como problema prático, muitas vezes a escolha do grau convencional dos animais 
depende primariamente de dois fatores: 
 Origem dos animais; 
 Condições sob as quais os animais são mantidos durante a experiência. 
 
Obviamente, o que se pretende fazer com os animais é a chave para o problema. Isto é, 
não faz sentido pedir-se animais SPF e coloca-los diretamente num ambiente altamente 
contaminado. A maioria dos animais usados em pesquisa, nos últimos 30 anos, tem sido 
convencional. Eles são relativamente mais baratos para se produzir e manter, são adequados 
propriamente a determinados experimentos e têm sido usados praticamente em todo tipo de 
pesquisa, desde a genética até a cirúrgica. 
 
REFERÊNCIAS 
BRAGA, L.M. Cuidado e Manejo de Animais em Laboratório. São Paulo: Editora Atheneu, 
1ª edição, 2010. 421p. 
COUTO, S.E. Classificação dos Animais de Laboratório Quanto ao Status Sanitário. Rio de 
Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1ª edição, 2002. 388p.

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