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Teoria da personalidade capitulo 3

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1. De que modo a teoria da personalidade de Jung foi influenciada pelas suas experiências infantis, seus sonhos e fantasias?
Sacerdotes vestindo hábitos pretos, mortes e funerais, pais neuróticos num casamento fracassado, dúvidas e conflitos religiosos, sonhos e visões bizarras e um boneco de madeira como companheiros marcaram a infância difícil e infeliz de Jung. Nascido na Suíça, em uma família que tinha nove sacerdotes (oito tios e o pai), foi introduzido logo cedo na religião e nos clássicos. Ele se relacionava bem com o pai, mas o considerava fraco e sem poder. Embora bondoso e tolerante, o pai de Jung passava por momentos de mudança de humor e irritabilidade e não conseguiu ser a figura autoritária forte de que o filho precisava. A mãe de Jung era mais enérgica, mas a sua instabilidade emocional a levou a se comportar de maneira inconstante: de um minuto para outro, deixava de estar alegre e feliz e começava a resmungar incoerentemente, com o olhar distante. Quando menino, Jung achava que sua mãe era duas pessoas diferentes que habitavam o mesmo corpo. Obviamente, isso o deixou perturbado. Um biógrafo sugeriu que “todo o lado materno da família parecia estar marcado pela insanidade”. Como consequência do comportamento estranho da mãe, Jung tinha grande desconfiança das mulheres, tendo levado anos para se livrar deste sentimento. Na sua autobiografia, descreveu a mãe como gorda e pouco atraente, o que pode explicar por que rejeitou a teoria de Freud de que todo me- nino tem desejo sexual pela mãe. Evidentemente, isso não refletia a sua própria experiência. Para evitar os pais e os seus constantes problemas conjugais, Jung passava várias horas sozinho no sótão de sua casa, esculpindo um boneco de madeira, figura na qual ele podia confiar. Sua irmã̃, que nasceu quando ele tinha 9 anos, teve pouca influência no seu desenvolvimento. O nascimento dela em nada contribuiu para diminuir a sua solidão. Desconfiado da mãe e desapontado com o pai, Jung sentia-se excluído do mundo exterior, da realidade consciente. Como fuga, voltou-se para o seu inconsciente, para o mundo dos sonhos, das visões e das fantasias, no qual ele se sentia mais seguro. Essa opção o orientaria para o restante de sua vida. Sempre que se via diante de um problema, buscava a solução nos seus sonhos e visões.
2. Descreva os princípios dos opostos, da equivalência e da entropia. De que modo eles se relacionam com o conceito de energia psíquica? 
Jung utilizou ideias da física para explicar o funcionamento da energia psíquica e propôs três princípios básicos: dos opostos, da equivalência e da entropia. O princípio dos opostos é encontrado em todo o sistema junguiano. Ele observou a existência de opostos ou polaridades na energia física do universo, como calor versus frio, altura versus profundidade, criação versus decomposição. O mesmo acontece com a energia psíquica. Todo desejo ou sensação tem o seu oposto. Essa oposição ou antítese, esse conflito entre as polaridades, é o principal motivador do comportamento e gerador de energia. Na verdade, quanto maior o conflito entre as polaridades, maior a energia produzida. Para o seu principio da equivalência, Jung aplicou o princípio físico da conservação da energia aos eventos psíquicos; afirmou que a energia gasta para trazer à tona um problema não é perdida, mas sim transferida para outra parte da personalidade. Portanto, se o valor psíquico em determinada área enfraquece ou desaparece, essa energia é transferida para outra parte da psique. Por exemplo, se perdemos o interesse em uma pessoa, um hobby ou uma área de estudo, a energia psíquica investida anteriormente nessa área é transferida para uma nova. A energia psíquica utilizada para atividades conscientes enquanto estamos acordado e transferido para os sonhos quando dormimos. A palavra equivalência dá a entender que a nova área para a qual a energia foi transferida deve ter o mesmo valor psíquico, isto é, ser igualmente desejável, atraente ou fascinante. Caso contrá- rio, o excesso de energia fluirá́ para o inconsciente. Independente da direção ou da forma como a energia flui, o princípio de equivalência indica que a energia é constantemente redistribuída dentro da personalidade. Na física, o princípio da entropia refere-se à uniformização de diferenças na energia. Por exemplo, se um objeto quente e outro frio forem colocados em contato direto, o calor fluirá́ do objeto mais quente para o mais frio até eles atingirem o equilíbrio sob a mesma temperatura. Realmente, ocorre uma troca de energia, o que resulta num tipo de equilíbrio homeostático entre os objetos. Jung aplicou essa lei à energia psíquica e propôs que há uma tendência ao equilíbrio na personalidade. Se dois desejos ou crenças diferirem muito em intensidade ou valor psíquico, a energia fluirá́ do mais forte para o mais fraco. Idealmente, a personalidade tem uma distribuição igual de energia psíquica por todos os seus aspectos, mas esse estado ideal nunca é atingido. Se o equilíbrio perfeito fosse alcançado, a personalidade não teria energia psíquica, porque, como observamos anteriormente, o princípio de oposição requer conflito para que a energia psíquica seja produzida.
3. Quais são as três principais diferenças entre a teoria junguiana da psicologia analítica e a freudiana da psicanálise? 
As principais diferenças entre Freud e Jung podem ser vistas na ideia do inconsciente, análise de sonhos e sexualidade. Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Sua contribuição para a escola psicanalítica de pensamento é enorme. Nas teorias freudianas, a ênfase é sobre a mente inconsciente. Neste artigo, será dada atenção à teoria do iceberg enfatizando o papel da análise de sonhos como “estrada para o inconsciente” e os conceitos de sexualidade como Complexo de Édipo e Complexo de Electra, que destacam claramente uma distinção entre Freud e Jung. Primeiro, vamos prestar atenção à teoria do iceberg. Segundo a teoria de Freud, a mente humana é composta de três partes, a saber, o consciente, pré-consciente e inconsciente. Destas três, Freud enfatizou a importância do inconsciente, uma vez que não era acessível e abriga os medos, necessidades egoístas, motivos violentos, e instintos imorais do ser humano. Ele acreditava que as expressões inconscientes aparecem em sonhos, lapsos de fala e maneirismos. Freud também falou de análise de sonhos. Ele acreditava que os sonhos eram uma representação dos sentimentos reprimidos do inconsciente, que eram principalmente de natureza sexual. Ele afirmou que durante o sono, essas emoções reprimidas viriam à tona na forma de sonhos. Assim, ele viu uma necessidade de analisar esses sonhos para compreender a mente do indivíduo.
4. Como se aplica o princípio de opostos as atitudes e funções? 
O princípio dos opostos é encontrado em todo o sistema junguiano. Ele observou a existência de opostos ou polaridades na energia física do universo, como calor versus frio, altura versus profundidade, criação versus decomposição. O mesmo acontece com a energia psíquica. Todo desejo ou sensação tem o seu oposto. Essa oposição ou antítese – esse conflito entre as polaridades – é o principal motivador do comportamento e gerador de energia. Na verdade, quanto maior o conflito entre as polaridades, maior a energia produzida.
5. Explique como os oito tipos psicológicos são derivados das atitudes e funções. 
Quando Jung reconheceu que havia tipos diferentes de extrovertidos e introvertidos, propôs distinções adicionais entre as pessoas com base no que ele chamava de funções psicológicas, as quais se referem a formas diferentes e opostas de perceber ou entender o mundo externo real e o nosso mundo interno subjetivo. Jung postulou quatro funções da psique: sensação, intuição, pensamento e sentimento. As funções sensação e intuição foram agrupadas como nãos racionais, pois não utilizam os processos da razão. Essas funções constatam as experiências, mas, não as avaliam. A sensação reproduz uma experiência através dos sentidos, da mesma forma queuma fotografia copia um objeto. A intuição não surge diretamente de um estimulo externo. Por exemplo, se nós achamos que há outra pessoa conosco em um quarto escuro, essa convicção pode estar baseada na nossa intuição ou num palpite, e não em uma experiência sensorial real. A segunda dupla de funções opostas, pensamento e sentimento, são funções racionais que envolvem julgar e avaliar nossas experiências. Embora as funções de pensamento e sentimento sejam opostas, ambas tratam da organização e da classificação de experiências. Pensar envolve julgar conscientemente se uma experiência é verdadeira ou falsa. A avaliação feita pela função de sentimento é expressa em termos de gostar ou não, agrado ou desagrado, estímulo ou enfado.
 6. Explique de que modo os introvertidos diferem dos extrovertidos. 
Grande parte da nossa percepção consciente e da reação ao ambiente é determinada por atitudes mentais opostas de extroversão e introversão. Jung achava que a energia psíquica pode ser cana- lizada externamente, para o mundo exterior, ou internamente, para o self. As pessoas extrovertidas são abertas, sociáveis e socialmente assertivas, voltadas para as outras pessoas e para o mundo externo. As introvertidas são tímidas e tendem a se concentrar em si mesmas, nos seus pensamentos e sentimentos. Segundo Jung, todos tem capacidade para ambas as atitudes, mas somente uma predomina na personalidade. A atitude predominante, então, tende a direcionar o comportamento e a consciência da pessoa. No entanto, a não predominante continua influente e se torna parte do inconsciente pessoal, e aí ela pode afetar o comportamento. Por exemplo, em determinadas situações, uma pessoa introvertida pode apresentar características de extroversão, desejar ser mais extrovertida ou se sentir atraída por uma pessoa extrovertida.
7. Por que pensamento e sentimento são considerados funções racionais, enquanto sensação e intuição são consideradas funções não racionais?
Pensamento e sentimento são funções racionais que envolvem julgar e avaliar nossas experiências. Embora as funções de pensamento e sentimento sejam opostas, ambas tratam da organização e da classificação de experiências. Pensar envolve julgar conscientemente se uma experiência é verdadeira ou falsa. A avaliação feita pela função de senti- mento é expressa em termos de gostar ou não, agrado ou desagrado, estímulo ou enfado.
8. Qual é a relação entre o ego e o inconsciente pessoal? 
O ego é o centro da consciência, a parte da psique preocupada com a percepção, o raciocínio, sensações e lembranças. É a consciência que temos de nós mesmos e é responsável pela execução das atividades normais da vida quando estamos acordados; ele age de maneira seletiva, admitindo na consciência apenas parte dos estímulos aos quais somos expostos. O inconsciente pessoal no sistema de Jung é semelhante ao conceito de pré-consciente de Freud. É um reservatório de material que já foi consciente, mas foi esquecido ou reprimido porque era insignificante ou perturbador. Há um considerável tráfego de mão dupla entre o ego e o inconsciente pessoal. Por exemplo: a nossa atenção pode se desviar desta pagina impressa para a lembrança de algo que fizemos ontem. Todos os tipos de experiências estão armazenados no inconsciente pessoal. Este pode ser comparado a um arquivo. É preciso pouco esforço mental para tirar dele alguma coisa, examinar por algum tempo e colocá-lo de volta, onde ele ficará até a próxima vez que o quisermos ou que nos lembrar dele.
9. Em que o inconsciente pessoal difere do inconsciente coletivo?
Considerável tráfego de mão dupla entre o ego e o inconsciente pessoal. Por exemplo: a nossa atenção pode se desviar desta pagina impressa para a lembrança de algo que fizemos ontem. Todos os tipos de experiências estão armazenados no inconsciente pessoal. Este pode ser comparado a um arquivo. É preciso pouco esforço mental para tirar dele alguma coisa, examinar por algum tempo e colocá-lo de volta, onde ele ficará até a próxima vez que o quisermos ou que nos lembrarmos dele. O inconsciente coletivo é o aspecto mais singular e polêmico do sistema de Jung. Ele acreditava que, assim como cada um de nós acumula e arquiva todas as nossas experiências pessoais no inconsciente pessoal, a humanidade coletiva- mente faz o mesmo, como espécie, armazenando experiências da espécie no inconsciente coletivo. Essa ascendência é transmitida a cada nova geração.
10. O que é um complexo? Como um complexo pode ser útil? 
Um complexo é um centro ou padrão de emoções, lembranças, percepções e desejos no inconsciente pessoal, organizado em torno de um tema comum. Por exemplo, podemos dizer que uma pessoa tem um complexo de poder ou status, significando que está preocupada com esse tema a ponto de ele influenciar o seu comportamento. Ela pode tentar tornar-se poderosa concorrendo a um cargo público ou pode identificar-se com o poder dirigindo uma motocicleta ou um carro veloz. Direcionando as ideias e os comportamentos de várias maneiras, o complexo determina como a pessoa percebe o mundo. Os complexos podem ser conscientes ou inconscientes. Aqueles que não estão sob o controle do consciente podem introduzir-se e interferir na consciência. A pessoa com um complexo geralmente não tem consciência dessa influência, embora outras possam observar seus efeitos facilmente.
11. Diferencie o arquétipo da persona do arquétipo do self. 
O arquétipo da persona é uma máscara, a face pública que usamos para nos apresentar como alguém diferente de quem realmente somos. Ele achava que a persona é necessária porque somos forçados a representar vários papéis na vida para nos sairmos bem na escola e no trabalho e para nos darmos bem com uma série de pessoas. O arquétipo do self representa a unidade, a integração e a harmonia da personalidade total. Para Jung, a luta pela integridade é a meta primordial da vida. Este arquétipo envolve a reunião e o equilíbrio de todas as partes da personalidade. Nós já observamos o princípio junguiano dos opostos e a importância das polaridades para a psique. Neste arquétipo, os processos consciente e inconsciente são assimilados para que o self, que é o centro da personalidade, desloque-se do ego para um ponto de equilíbrio no meio do caminho entre as forças opostas do consciente e do inconsciente. Como resultado, o material do inconsciente passa a ter maior influência sobre a personalidade.
12. Quais são as semelhanças entre o conceito junguiano do arquétipo da sombra e o conceito freudiano de id?
 O arquétipo mais poderoso proposto por Jung recebeu o nome sinistro e misterioso de sombra, que contém os instintos animais básicos e primitivos e, portanto, tem as raízes mais profundas de todos os arquétipos. Os comportamentos que a sociedade considera maldosos e imorais residem na sombra, e esse lado obscuro da natureza humana deve ser domado se as pessoas quiserem conviver harmoniosamente. Nós temos de restringir, superar e nos defender desses impulsos primitivos. Se não fizermos, a sociedade provavelmente nos punirá. O conceito freudiano de id é o componente da personalidade composto de energia psíquica inconsciente que trabalha para satisfazer impulsos básicos, necessidades e desejos. O id opera com base no princípio do prazer, o que exige a satisfação imediata das necessidades. Isso segundo a sua teoria psicanalítica da personalidade. O id é a única parte da personalidade que está presente ao nascimento. Freud também sugeriu que este componente primitivo da personalidade existia completamente dentro do inconsciente. O id atua como a força motriz por trás da personalidade. Ele não só se esforça para cumprir nossos impulsos mais básicos, muitos dos quais estão ligados diretamente à sobrevivência, como também fornece toda a energia necessária para dirigir personalidade.
13. O que são os arquétipos anima e animus? Jung sugeriu que deviam ser suprimidos ou expressados? Por quê? 
Os arquétipos anima eanimus referem-se ao reconhecimento, por parte de Jung, de que os humanos são essencialmente bissexuais. Biologicamente, cada sexo secreta os hormônios do seu sexo e do sexo oposto. Psicologicamente, cada sexo manifesta características, temperamentos e atitudes do outro sexo devido a séculos de convivência. A psique da mulher contém aspectos masculinos e a psique do homem contém aspectos femininos. Essas características do sexo oposto ajudam no ajuste e na sobrevivência da espécie porque permitem que uma pessoa de um sexo entenda a natureza do outro sexo. Os arquétipos nos predispõem a gostar de certas características do sexo oposto, as quais regem o nosso comportamento em relação a ele. Jung insistiu que tanto a anima quanto o animus têm de ser expressos. Um homem precisa mostrar as suas características femininas e masculinas, e uma mulher tem de expressar as suas características masculinas e femininas. Caso contrário, esses aspectos vitais ficarão latentes e subdesenvolvidos, levando a uma unilateralidade da personalidade.
14. Discuta as teorias de Jung sobre o desenvolvimento da personalidade durante a vida, principalmente nos períodos da adolescência e de meia-idade. 
Jung propôs que a personalidade é determinada pelo que esperamos ser e pelo que fomos. Ele criticou Freud por enfatizar somente os eventos passados como formadores da personalidade, excluindo o futuro. Jung acreditava que nos desenvolvemos e crescemos independente da idade e estamos sempre indo para um grau mais completo de realização do self. Jung analisou a personalidade num período mais longo do que Freud, que se concentrou nos primeiros anos de vida e previu pouco desenvolvimento depois dos 5 anos. Jung não postulou etapas sequenciais de crescimento tão detalhadamente quanto Freud, mas escreveu sobre períodos específicos no processo geral de desenvolvimento
15. O que é individuação? Como os nossos arquétipos têm de mudar se quisermos atingir a individuação?
Individuação envolve tornar-se um individuo, explorar nossa capacidade e desenvolver o self. A tendência à individuação é inata e inevitável, mas será́ ajudada ou obstruída por forças ambientais, como as oportunidades educacionais e econômicas e a natureza do relacionamento pais-filho. Para lutar pela individuação, as pessoas de meia-idade devem abandonar os comportamentos e valores que regeram a primeira metade da vida e enfrentar o seu inconsciente, trazendo-o para a consciência e aceitando o que ele lhes diz para fazer. Elas precisam ouvir os seus sonhos, seguir as suas fantasias, exercendo imaginação criativa por meio do ato de escrever, pintar ou outra forma de expressão e se deixar guiar não pelo racional que lhes comandava anteriormente, mas pelo fluxo espontâneo do inconsciente. Só dessa forma o verdadeiro self pode ser revelado. Jung advertiu que admitir forças inconscientes na ciência consciente não significa ser dominado por elas. Essas forças devem ser assimiladas e equilibradas com o consciente. A essa altura da vida, nenhum aspecto específico da personalidade deve predominar. Uma pessoa de meia-idade emocionalmente saudável não é mais regida pelo consciente ou pelo inconsciente, por uma atitude ou função específica ou por qualquer um dos arquétipos. Todos são combinados num equilíbrio harmonioso quando se atinge a individuação. É de especial importância no processo de individuação da meia-idade a mudança da natureza dos arquétipos. A primeira mudança envolve o destronamento da persona. Embora seja preciso continuarmos a desempenhar vários papéis sociais se quisermos interagir no mundo real e nos darmos bem com vários tipos de pessoas, é necessário reconhecermos que a nossa personalidade pública pode não representar a nossa verdadeira natureza. É preciso aceitarmos o self genuíno que a persona vinha encobrindo. 
16. No que a imagem junguiana da natureza humana difere da freudiana? 
A imagem junguiana da natureza humana é bem diferente da de Freud. Jung não tinha uma visão tão determinista, mas concordava que a personalidade poderia ser parcialmente determinada por experiências da infância e pelos arquétipos. No entanto, no seu sistema há amplo espaço para o livre-arbítrio e a espontaneidade, esta última surgindo do arquétipo da sombra. Em relação à questão natureza-criação, Jung assumiu uma posição mista. O impulso para a individuação e a transcendência é inato, mas pode ser auxiliado ou contrariado pela aprendizagem e experiência. A meta fundamental e necessária da nossa vida é a realização do self. Embora ela raramente seja atingida, estamos constantemente motivados a nos empenharmos para consegui-la. Jung discordava de Freud quanto à importância das experiências da infância. Para Jung, elas eram influentes, mas não moldavam totalmente a nossa personalidade até a idade de 5 anos. Nós somos mais afetados pelas nossas experiências na meia-idade e pelas nossas esperanças e expectativas para o futuro. Cada pessoa é única, na visão de Jung, mas somente na primeira metade da vida. Quando fazemos algum progresso em termos da individuação na meia-idade, desenvolvemos o que Jung denominou um tipo universal de personalidade, no qual nenhum aspecto predomina. Consequentemente, a singularidade desaparece e não podemos mais ser descritos como sendo de um ou outro tipo psicológico específico.
17. Qual é o objetivo do teste de associação de palavras? Quais as finalidades dos sonhos? 
O teste de associação de palavras, no qual a pessoa responde a uma palavra de estímulo com outra que lhe vier imediatamente à mente, tornou-se uma ferramenta-padrão laboratorial e clínica em psicologia. Jung utilizou a técnica com uma lista de cem palavras, que para ele eram capazes de evocar emoções marcou o tempo que levava para um paciente responder a cada uma delas; e também as reações psicológicas para determinar os efeitos emocionais das palavras usadas como estímulo. Análise dos sonhos Técnica que envolve a interpretação dos sonhos para descobrir conflitos inconscientes, os sonhos são prospectivos, isto é, ajudam a nos prepararmos para experiências e eventos que prevemos que ocorrerão. 
18. Descreva a abordagem de Jung com os pacientes nas sessões. De que modo uma típica sessão de Jung diferia da de Freud? 
As técnicas de Jung para avaliar o funcionamento da psique baseavam-se na ciência e no sobrenatural, o que resultou numa abordagem ao mesmo tempo objetiva e mística. Ele investigou uma série de culturas e eras e registrou os seus símbolos, mitos, religiões e rituais. Elaborou a sua teoria da personalidade com base nas fantasias e nos sonhos de seus pacientes (bem como nos seus próprios) e nas suas explorações de línguas antigas, alquimia e astrologia. No entanto, o trabalho que primeiro chamou a atenção dos psicólogos para Jung nos Estados Unidos envolvia avaliações empíricas e fisiológicas. Suas técnicas eram uma mistura não ortodoxo de opostos, o que não é de admirar para uma teoria baseada no princípio da oposição. Suas sessões com pacientes eram fora do comum, até caóticas. Eles não se deitavam no divã. “Eu não quero colocar o paciente para dormir”, dizia ele. Em geral, Jung e o paciente sentavam-se em cadeiras confortáveis uma de frente para a outra, embora às vezes ele ficasse de frente para uma janela para poder observar o lago perto de sua casa. De vez em quando, levava pacientes a bordo do seu veleiro. Em vez de interpretar o sonho separadamente, como fez Freud, Jung trabalhava com uma série de sonhos relatados por um paciente durante certo período. Dessa maneira, notava que podia descobrir temas, questões e problemas recorrentes que persistiam no inconsciente do paciente; utilizou também a amplificação para analisar sonhos. Na livre associação freudiana, o paciente começa com um elemento e elabora uma cadeia de associações a partir dele, relatando lembranças e eventos relacionados. Jungconcentrava-se no elemento original do sonho e pedia aos pacientes repetidas associações e respostas para esse elemento até detectar um tema, sem tentar distinguir entre o conteúdo manifesto e o conteúdo latente do sonho.
19. Discuta os achados das pesquisas MBTI que mostram as preferências ocupacionais de extrovertidos e introvertidos.
Os pesquisadores conseguiram submeter aspectos da teoria junguiana a testes experimentais, com resultados que confirmam algumas das suas propostas. Os tipos pensamento-introvertido e sentimento-extrovertido diferem na sua capacidade de se lembrar de experiências pessoais significativas (Carlson, 1980). Quando se pediu às pessoas para se lembrarem de suas experiências mais vívidas que envolvessem emoções como alegria, raiva e vergonha –, os indivíduos tipo sentimento-extrovertido relataram com mais frequência lembranças que envolviam outras pessoas. Os indivíduos tipo pensamento-introvertido recordaram com mais frequência eventos que ocorreram quando estavam sozinhos. Os tipo sentimento extrovertido lembraram-se de detalhes extremamente emocionais, enquanto os tipo pensamento introvertido recordaram-se de mais experiências emocionalmente neutras e factuais
 20. Descreva as críticas e contribuições da teoria da personalidade de Jung
Jung fez várias contribuições importantes e duradouras para a psicologia (ver, por exemplo, Summerville, 2010). O teste de associação de palavras tornou-se uma técnica-padrão projetiva e inspirou a criação do teste das manchas de tinta de Rorschach e as chamadas técnicas de detecção de mentiras. Os conceitos de complexos psicológicos e das personalidades introvertidas versus extrovertidas são amplamente aceitos na psicologia hoje em dia. As escalas de personalidade que medem introversão e extroversão são métodos padrão de diagnóstico e seleção. Uma grande quantidade de pesquisas tem sido realizada sobre as dimensões de introversão-extroversão da personalidade. A adoção do oculto e do sobrenatural por ele é provavelmente a fonte da maioria das críticas feitas a sua teoria. Provas da mitologia e da religião não são favoráveis numa época em que a razão e a ciência são consideradas as mais legítimas abordagens para o conhecimento e a compreensão. Os críticos dizem que Jung aceitou como prova científica as ocorrências míticas e místicas que os seus pacientes relatavam. Um estudioso de Jung descreveu um dos livros principais dele como apenas parcialmente inteligível. “A conexão entre uma ideia e a outra não é clara. há várias contradições internas” . Esta crítica pode ser aplicada a vários dos trabalhos escritos por Jung. Eles são difíceis de entender e não apresentam coerência interna e sistematização.

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