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Centro Universitário Uninassau Teresina
Curso: Bacharelado em Nutrição. 7°p
Disciplina: Nutrição Clínica
Prof° Me. Marilene Magalhães
Discentes: Amanda Teles; Helen Karine; Marileide Silva 
 
INTRODUÇÃO
 Denominada de doença inflamatória intestinal (DII) são incluídas pelo menos duas condições: retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC). Em ambas, encontramos inflamação da mucosa, daí o nome genérico. No entanto, os dois processos apresentam características diferenciais. Na RCU a inflamação se estende apenas na mucosa e submucosa, enquanto na DC envolve toda espessura da parede e inclui granulomatose submucosa em 60% dos casos. (MAGNONI, DANIEL, 2004)
 
 A retocolite ulcerativa é caracterizada pelo acometimento contínuo do tubo digestivo por um processo inflamatório restrito à mucosa colônica. Esta doença acomete o reto e extensões proximais variáveis do colo (Sands B et al,2004), cujas alterações inflamatórias superficiais atingem à mucosa e submucosas, resultando em cripitites e abcessos nas cristas intestinais (Khor B et al,2011;Gardet A et al, 2011; Xavier RJ et al,2011).
 Habitualmente, as alterações endoscópicas ocorrem de acordo com a severidade da doença, apresentando desde discreta presença de nódulos na mucosa, edema, hiperemia, friabilidade, perda do padrão vascular, até erosões ou úlceras recobertas por fibrina (SANDS B et al, 2004). Tais aspectos clínicos acarretam em 
diarreia de intensidade moderada à severa, na maioria das vezes acompanhada de sangue vivo separado ou junto às fezes, associada à urgência evacuatória e tenesmo (JUDGE T et al, 2003; LICHTENSTEIN G, et al, 2003).
 Em média as pessoas diagnosticadas com RCU varia entre 15 e 25 anos, sendo também afetadas pessoas entre os 50 e 60 anos.Tanto a retocolite ulcerativa como a 
doença de Crohn são doenças encontradas principalmente em países desenvolvidos, e mais em áreas urbanas do que em áreas rurais. São mais frequentes em regiões do Hemisfério Norte do que no Sul. Entretanto, alguns desses padrões da doença estão mudando gradualmente. Por exemplo, o número de casos de DII está aumentando em regiões em vias de desenvolvimento, incluindo China, Índia e América do Sul. As causas da Retocolite ulcerativa são inespecíficas, mas suspeita-se que três fatores principais sejam determinantes para o surgimento da RCU: ambiental; genético e imunológico, a partir de uma reação inapropriados do sistema imunológico.( Associação Brasileira Colite Ulcerativa e Doença de Crohn - ABCD, 2015)
 Aproximadamente a metade dos pacientes com retocolite ulcerativa tem sintomas 
relativamente leves. Entretanto, outros podem sofrer de cólicas abdominais 
severas, diarreia com sangue, náuseas e febre. Os sintomas da retocolite ulcerativa 
tendem a ir e vir. (Associação Brasileira Colite Ulcerativa e Doença de Crohn - ABCD, 2015)
 A terapia nutricional é parte do tratamento do paciente com DII que apresente déficits nutricionais. Está associada com tratamento da doença, que pode incluir antiflamatórios e outras medidas. No entanto, mais recentemente, atenções têm sido dadas para o papel terapêutico de alguns nutrientes, como a glutamina, os ácidos graxos de cadeia curta e os ácidos graxos ômega -3. Existem evidências de que um ou mais desses nutrientes exerçam papel direto no tratamento. No entanto, ainda existem polêmicas, e só o aumento da experiência dos diferentes grupos poderá trazer conclusões definitivas. (MAGNONI, DANIEL, 2004)
DESENVOLVIMENTO
 Nome: J.M.C.N., sexo masculino, casado, evangélico, nasceu no dia 23 de janeiro de 1969, atualmente com a idade de 45 anos.
 Foi admitida na clínica de Médica do Hospital Universitário do Piauí (HU), sendo internado na enfermaria C leito 40 no dia 22 de setembro de 2014. 
 Paciente com diagnóstico clínico de Retocolite Ulcerativa (RCU) sem patologias 
associadas.
Queixa principal: Diarreia Sanguinolenta.
Quanto a história da doença atual: Paciente sabidamente portador de RCU (Diagnóstico em 12/2013), evoluiu com diarreia aquosa (4-6 vezes por dia), sanguinolenta, dor abdominal difusa, perda ponderal importante (10 kg em um mês, quando se iniciou o quadro). A respeito da história familiar o seguinte paciente relatou pai cardiopata.
História patológica pregressa: Tem histórico de poliartrite, com acometimento intermitente no joelho, tornozelo e articulação escapular-umeral.
 Quanto aos seus hábitos: É ex-elitista (parou à 20 anos), nunca fumou, não praticava qualquer tipo de atividade física, nega presença de diabetes mellitus e hipertensão arterial. 
 Quanto à história sócio-econômica, paciente mora em casa própria situada em Teresina/PI, com uma filha e esposa, trabalha atualmente com pré-moldados com uma renda familiar de um salário mínimo e meio, possui primeiro grau incompleto. Referiu não ter nenhum tabu alimentar, tem aversão apenas à sopas e não possui alergia a qualquer tipo de alimento.
 Apresenta-se consciente, orientado cooperativo. Não relatou problemas 
respiratórios como tosse, falta de ar e sistema cardiovascular com alteração da 
pressão arterial. Abdome tenso, plano, dor à palpação. Apresenta diarreia (4-6 
episódios) aquosa e sanguinolenta.
Medicamentos 
 Foram utilizadas no tratamento da seguinte paciente as respectivas drogas: Azotioprina 50 mg (1 comp. 1/1 dia); Oxacilina 500 mg (IV 4/4horas); Ciprofilaxocina 500 mg (VO 12/12 horas).
Evolução Dietoterápica
 Iniciou com Dieta Líquida Pastosa e evoluiu para Branda, Hipolipídica, Constipante, Hipercalórica, Hiperprotéica, sem Lactose. Paciente aceitando toda a alimentação oferecida.
Anamnese alimentar: Dieta Habitual
Quadro 1. Cardápio Habitual. Teresina-PI, 2015.
Quadro 2. Cardápio qualitativo atual proposto, após evolução dietoterápica.
 
· DESEJUM: - Vitamina de banana com leite de soja
 - Pão integral
· LANCHE DA MANHÃ: - Iogurte de soja 
 - Goiaba
· ALMOÇO: - Arroz branco
 - Feijão
 - Sardinha 
 - Salada crua (alface,tomate,pepino e cenoura crua ralada).
 
· LANCHE DA TARDE: - Omelete de claras 
 - Suco de maracujá
 - Maçã
· JANTAR: - Arroz branco
 - Frango cozido e sem pele
 - Salada cozida (cenoura,vagem,batata e beterraba).
· CEIA: - Salada de frutas (melancia,abacate,manga,melão e banana).
Exames laboratoriais
 
Quadro 3. Parâmetros bioquímicos do paciente 
	Parâmetros
	Valor mensurado
	Valor normal
	Resultados
	Hemoglobina (Mg\dl)
	 10,2
	 14
	Moderada
	Hematocrito (%)
	 34,3
	 >44
	Moderado
	Hemácias (M\mm)
	 4,3
	 4,3-6,0
	Normal
	Albumina (gl\dl)
	 2,3
	 >3,5
	Depleção moderada
	Glicemia (Mg\dl)
	 87
	 70-99
	Normal
	Sódio ((mq\l)
	 132
	 135-145
	Normal
	Potássio (mq\l)
	 4
	 3,5-5,5
	Elevado
	Ureia (Mg\dl)
	 19
	 13-43
	Normal
Avaliação Antropométrica
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAL
 Não há uma dieta ou plano alimentar único que beneficie a todos que sofrem de RCU. As recomendações dietéticas devem ser formuladas especificamente para você, dependendo da parte do intestino afetada e dos seus sintomas. A retocolite ulcerativa varia de pessoa a pessoa e há mudanças na mesma pessoa com o passar do tempo. O que foi bom para o seu amigo com RCU não necessariamente será para você. O que funcionou para você no ano passado pode não funcionar agora.Em alguns momentos talvez seja vantajoso modificar a sua dieta, particularmente durante uma crise. O seu médico poderá recomendar algumas dietas para diferentes momentos, incluindo:
· Dieta baixa em sódio: usada durante terapia com corticosteroides para reduzir a retenção de líquido.
· Dieta baixa em fibra: usada para evitar o estímulo ao movimento intestinal na retocolite ulcerativa.
· Dieta baixa em gorduras: tipicamente recomendada durante uma crise quando a absorção pode ser um problema.· Dieta isenta de produtos lácteos: para quem tem intolerância a lactose.
· Dieta alta em calorias: para os que so sofrem de perda de peso ou um atraso no crescimento.
 Alguns pacientes com DII podem ter deficiência de certas vitaminas e minerais (incluindo a vitamina B-12, ácido fólico, vitamina C, ferro, cálcio, zinco e magnésio) ou dificuldade para ingerir alimentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades calóricas. O seu médico pode identificar e corrigir estas deficiências com suplementos vitamínicos e nutricionais.
 Manter um diário dos alimentos que você consome pode ser de grande ajuda. Permite ver a conexão entre o que você come e os sintomas que podem surgir. Se certos alimentos causam problemas digestivos, é melhor evitá-los. Mesmo quando alguns alimentos específicos não pioram a inflamação subjacente da retocolite ulcerativa, certos alimentos tendem a piorar os sintomas. 
 Algumas recomendações como:
· Reduza as quantidades de comida gordurosa ou frituras na sua dieta, pois podem produzir diarreia e gases.
· Coma porções menores e com mais 
frequência.
· Limite o consumo de leite ou produtos lácteos se você tem intolerância à lactose.
· Evite as bebidas com gás se é propenso a padecer de flatulência.
· Limite a cafeína quando tiver diarreia forte, pois a cafeína pode agir como laxante.
· Os alimentos suaves podem ser mais bem tolerados do que aqueles picantes ou muito condimentados.
· Limite o consumo de certos alimentos que contenham muita fibra, como as nozes, as sementes, o milho e a pipoca. Como eles não são digeridos completamente pelo intestino delgado, podem causar diarreia. Por isso, frequentemente se sugere uma dieta baixa em fibra ou compostos com baixo teor de fibra.
 A retocolite ulcerativa pode ser controlada com boa nutrição. Esta, por sua vez, é essencial em qualquer doença crônica, especialmente na RCU. A dor estomacal e a febre podem causar perda de apetite e de peso. 
 A diarreia e o sangramento retal podem roubar os fluídos, minerais e eletrólitos do corpo. São nutrientes que devem permanecer equilibrados para que o corpo funcione adequadamente.Isso não quer dizer que você deva comer certos alimentos e evitar outros. A maioria dos médicos recomenda uma dieta equilibrada para evitar a deficiência nutricional. Uma dieta saudável deve conter grande variedade de alimentos de todos os grupos alimenta-res. A carne, o peixe, o frango e os produtos lácteos (se os tolera) são fontes de proteína; pão, cereais, frutas, verduras e legumes constituem fonte de carboidratos; a margarina e os óleos são fonte de gordura.
 Um suplemento dietético como um complexo multivitamínico pode ser útil.
CONCLUSÃO
 Obviamente que para determinar um perfil genético para as DII são necessários estudos de grandes grupos, bem caracterizados, de pacientes com riqueza de detalhes sobre sua exposição ambiental. 
 Cabe salientar que ainda há muito a ser aprendido sobre a etiologia das DII. Acredita-se que o ambiente pode impactar intimamente a resposta imunológica da mucosa intestinal e desenvolver a doença ou induzir recidivas entre aqueles geneticamente suscetíveis à DII. 
 A abordagem terapêutica para os pacientes com DII restringe-se apenas para quadros sintomáticos, com o intuito de amenizar os sintomas e, possivelmente, obter um estado de remissão e/ou prevenção de recidivas. Assim, estudos mais aprofundados na área serão capazes de fornecer informações futuras mais precisas sobre a epidemiologia das DII, as quais possam gerar recomendações preventivas.
Referências 
 MAGNONI, Daniel. Perguntas e respostas em nutrição clínica / Daniel Magnoni, Celso Cukier. – 2. ed.– São Paulo: Roça, 2004
Sands B. From symptom to diagnosis: clinical distinctions among various forms of intestinal inflammation. Gastroenterol 2004;126:1518-32.
Khor B, Gardet A, Xavier RJ. Genetics and pathogenesis of inflammatory bowel disease. Nat 2011;474:307-17.
Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn - ABCD, 2015 Acesso em 15/04/2020 https://abcd.org.br/

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