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ALIENAÇÃO PARENTAL E SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL ORIGEM Richard Gardner (1931-2003) observou: •aumento considerável de situações em que um dos genitores manipulava o filho para afastá-lo do outro; •contribuições da própria criança em apoio à campanha denegritória do genitor alienador contra o genitor alienado; •um conjunto de sintomas que apareciam juntos ORIGEM dois são os fatores essenciais para a caracterização da SAP: •a influência do alienante sobre a criança a ponto desta introjetar a realidade que lhe é transmitida como verdadeira; •presença de um conjunto de sintomas entrelaçados apresentados pela criança. ORIGEM •originalmente desenvolvida como uma explicação para o aumento do número de relatos de abuso infantil nos anos 1980. •não é reconhecida como distúrbio pela comunidade médica. ORIGEM •SAP não se confunde com a alienação parental. ORIGEM •SAP: [...] é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. (GARDNER, 2002) OS EFEITOS DO DIVÓRCIO SOBRE OS FILHOS (Wallerstein) •Os sentimentos de raiva, insegurança, mágoa e vingança que circula de um ex-companheiro para o outro quase sempre envolvem também os filhos. •Infelizmente, o amor e a ternura verdadeiros entre adultos em um segundo casamento não são sempre partilhados com os filhos da união anterior. OS EFEITOS DO DIVÓRCIO SOBRE OS FILHOS (Wallerstein) Expressão do sofrimento da criança: •possibilidade de os pais se reconciliarem; •recusa em falar sobre a separação; •identificação da criança com o genitor ausente. OS EFEITOS DO DIVÓRCIO SOBRE OS FILHOS (Wallerstein) Efeitos: •Dificuldades escolares (lentidão, passividade, desinteresse escolar, esquecimento, queda de aprendizagem) •Pertubações psicossomáticas: ausência de sono, obesidade, agitação permanente; •Agressividade; •Sentimento de culpa ALIENAÇÃO PARENTAL – AP Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. (Lei 12. 318/2010) FASES DA SAP • Leve • Moderado • Grave SAP Infância: Ansiedade, nervosismo, depressão, agressividade, transtorno do sono e de alimentação, baixa auto- estima, baixo rendimento escolar; tentativa de suicídio. CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL Fase adulta: sentimento de culpa; dificuldade de relacionamento com terceiros, por se sentir traído pela pessoa mais próxima de si; abuso de álcool e drogas; repetição de comportamentos. GENITOR ALIENANTE Perda de controle Vitimização/comoção Gratificação pela humildade Solução para seus problemas Dificuldades para cumprimento de determinações judiciais LEI 12.318/2010 Art. 2º Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; •sugere ao filho que o genitor é pessoa perigosa; •critica a competência profissional do ex-cônjuge; •faz comentários desagradáveis sobre os presentes ou roupas compradas pelo outro genitor; •recorda à criança ou adolescente, com insistência, motivos ou fatos ocorridos pelos quais deverá ficar aborrecida com o outro genitor; II - dificultar o exercício da autoridade parental; •apresenta o novo companheiro ou companheira com sendo seu novo pai ou mãe; •viaja e deixa o filho com terceiros sem comunicar o genitor alienado; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; •não repassa telefonemas; •controla excessivamente o horário de visitas; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; •organiza diversas atividades para o dia de visitas, de modo a torná- las desinteressantes ou mesmo evitá-las; • transmite seu desagrado diante das manifestações de felicidade externada pelo filho diante do contato com o genitor alienado; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Caso Claudio Rio Mendes Vídeo LEI 12.318⁄2010 Art. 4º Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. (grifamos) LEI 12.318⁄2010 Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, SEGUNDO A GRAVIDADE DO CASO: LEI 12.318⁄2010 I – declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; •Possui efeito educativo, punitivo e desestimulador. •Objetivos: reaproximação de pais e filhos e a inibição da alienação. •Pode atingir eficácia dependendo da gravidade. LEI 12.318⁄2010 II – ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; •Objetivo: resgatar o rompimento do vínculo paterno-filial já comprometido. LEI 12.318⁄2010 – PENALIDADES III – estipular multa ao alienador; Objetivo: efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente LEI 12.318⁄2010 – PENALIDADES IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; •Nada impede, porém, que a medida seja tomada nos estágios iniciais da alienação parental (leve e médio) objetivando o progresso da manobra levada a efeito pelo genitor alienador. (Leite, 2015); •Não deve limitar-se à criança. LEI 12.318⁄2010 – PENALIDADES V – determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; LEI 12.318⁄2010 – PENALIDADES VI – determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; LEI 12.318⁄2010 – PENALIDADES VII – declarar a suspensão da autoridade parental. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, Arlene Mara de Sousa. Alienação Parental e o papel do Poder Judiciário. Revista Jurídica Consulex, nº 381 de 31.05.2010 FONSECA, Priscila Maria Pereira Corrêa da. Síndrome de alienação parental. Disponível em: http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1174.pdf. Acesso em 03 maio 2010. MEIRELLES, Jussara Maria Leal. Reestruturando afetos no ambiente familiar: a guarda de filhos e a síndrome de alienação parental. In DIAS, Maria Berenice et al. (Coord.). Afeto e Estruturas Familiares. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. RAMOS, Patrícia Pimentel de Oliveira Chambers. Abuso sexual ou alienação parental: o difícil diagnóstico. In PAULO, Beatrice Marinho (Coord.). Psicologia na prática jurídica: a criança em foco. Niterói: Impetus, 2009. ROCHA, Mônica Jardim. Síndrome de alienação parental: a mais grave forma de abuso emocional. In PAULO, Beatrice Marinho (Coord.). Psicologia na prática jurídica: a criança em foco. Niterói: Impetus, 2009. TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica para Operadores do Direito. 4ªed. rev atual. Porto: Livraria do Advogado Editora, 2010. http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1174.pdf
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