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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEMIPRESENCIAL Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Disciplina Teorias da Administração Pública Coordenação da disciplina: Prof.ª Thais Soares Kronemberger Zani Atividade a Distância (AD) 1 – Questões Avaliativas Resolução de questões com base no texto de autoria de Luís Carlos Bresser Pereira intitulado “Estratégia e Estrutura para um Novo Estado” Orientações para a realização da atividade: As respostas deverão ser redigidas abaixo de cada questão (número e letra correspondente); Respeitar o formato estabelecido para a realização da atividade, sob pena de não ser corrigida: arquivo Word, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5; Ao total, o texto com todas as respostas não poderá ultrapassar 5 páginas. Aluno: ............... Márcio Antônio do Nascimento Matricula: ......... 18213110188 Disciplina: ......... Teorias da Administração Pública Curso: ................ Administração pública Polo: ................... Volta Redonda Tutora: ............... Carla Atividade a Distância (AD) 1 – Questões Avaliativas Questão 1 (valor 4,0 pontos). Explique o contexto para o surgimento da Reforma de Estado Gerencial. Disserte sobre os aspectos econômicos, administrativos, político-institucionais que favoreçam o discurso sobre o gerencialismo. R: Os brasileiros nos últimos tempos/décadas se envolveram de forma contundente na redemocratização do país, objetivando a reforma do Estado e de alguma forma produzir um novo padrão de gestão pública, fazendo o Estado mis sensível as necessidades do cidadãos.com mais foco no benefício público. Ao observarmos esse período histórico verificamos dois projetos políticos em andamento e disputa. O primeiro se inspira na vertente gerencial, que se constituiu no Brasil durante os anos 1990, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O segundo se encontra em desenvolvimento e tem como principal referencial a vertente societal. Manifesta-se nas experiências alternativas de gestão pública, como os Conselhos Gestores e o Orçamento Participativo, e possui suas raízes no ideário dos herdeiros políticos das mobilizações populares contra a ditadura e pela redemocratização do país, com destaque para os movimentos sociais, os partidos políticos de esquerda e centro-esquerda, e as organizações não-governamentais. Ambas as vertentes se dizem portadoras de um novo modelo de gestão pública e afirmam estar buscando a ampliação da democracia no país. No que se refere à abordagem gerencial, ocorreu um desapontamento em relação aos indicadores de crescimento econômico e progresso social obtidos. Quanto à abordagem societal, a vitória de Luís Inácio Lula da Silva gerou uma expectativa de que ela se tornasse a marca do governo federal. No entanto, o que se observa é uma continuidade das práticas gerencialistas em todos os campos, inclusive no que se refere às políticas sociais. Podemos verificar a evolução destas vertentes no cumprimento de suas promessas, porém seria importante realizar uma análise de seus ideários e características técnicas e políticas. No contexto histórico. Questão 2. Com base no conteúdo do texto, explique: a) (valor 3,0 pontos). A estrutura organizacional de Estado proposta pelo modelo Gerencial da administração pública. R: A estrutura organizacional de reforma da gestão pública de "modelo estrutural de gerência pública" na medida em que, além de grandes mudanças no processo de gestão de pessoal e da adoção de uma administração por objetivos, ele inclui a reforma estrutural da organização do Estado. A reforma gerencial do Estado é a segunda reforma administrativa vivida pelo moderno Estado capitalista. Em sua primeira versão, o Estado moderno era absoluto do ponto de vista político e patrimonial quando visto sob o ângulo administrativo. Na segunda parte do século XIX, os países capitalistas mais avançados empreenderam a primeira grande reforma administrativa, a reforma do serviço público ou reforma burocrática, transformando o Estado em gerencial. Depois da II Grande Guerra, o Estado era utilizado por vários Países de maneira a impulsionar a economia e promover a equidade social. Esses Países verificaram que havia necessidade de maior flexibilidade na administração pública. Assim investimentos foram direcionados as empresas estatais, e surgiram as agências que possuem diferentes graus de autonomia. Houve muitas maneiras de fazer do Estado uma organização com maior flexibilidade, e assim pretendendo ficar mais eficaz e eficiente no impulsionamento econômico. No entanto, foi apenas nos anos 1980 que se tornou claro que essas tentativas desenvolvimentistas somente fariam sentido se fossem acompanhadas de uma nova forma de administrar a organização do Estado: a nova gestão ou nova gerência pública. Com isso, estava começando uma segunda grande reforma do aparelho de Estado. Observando os textos de Bresser Pereira, verificamos a inovação em práticas gerenciais com a nova estrutura de organização do Estado. Cito: “Segundo Bresser-Pereira (1998b), a reforma gerencial pôs em prática uma nova estrutura organizacional para o Estado”: Com um núcleo estratégico formado por parlamento, tribunais, chefe do Poder Executivo e a alta cúpula a ele vinculada; Com atividades exclusivas de governo composta pelas forças armadas, polícias, setores vinculados à arrecadação, agências reguladoras e de financiamento, controle de serviços de cunho social e previdenciário; Com serviços não exclusivos que envolvem todos aqueles que são públicos, mas não necessariamente estatais, como os das áreas de educação e saúde, que podem ser realizados pelos setores privado e não governamental; e Com a produção de bens e serviços constituída por atividades de cunho empresarial exercidas por empresas estatais. (BRESSER, Pereira, -1998b – livro JUNQUILHO, Gelson Silva, pag. 68) Com essa nova maneira de organização, verificamos que a parte estratégica das atividades exclusivas do governo continuariam sob controle estatal. No entanto aquilo que não fosse seguiram um modelo de gestão autônoma com regras próprias. Sem então nem estatal nem privadas, adotando um regime jurídico hibrido. b) (valor 3,0 pontos). As estratégias de gestão estabelecidas pelo gerencialismo para a Reforma de Estado. R: Durante um bom tempo houve uma ideia que a diminuição do Estado no setor econômico iria gerar discussões e desordem em um sistema democrático, dado que por muito tempo as modernas democracias iam ao encontro de um Estado mínimo. Assim, instituições democráticas devem ser capazes de, sobretudo, constituir governos com capacidade de reagir à mudança das relações entre as forças políticas; possuir mecanismos de consulta ou controle dos cidadãos sobre os representantes para a formulação e implementação de políticas públicas; e respeitar as instituições políticas em vigência. As estratégias de gestão ao estruturar a reforma do Estado capitalista e aprofundar os mecanismos de democracia vem tomando a atenção de especialistas (Przeworski, 1994, 1995; Lijphart, 2003), fazendo com que a economia política alcance visibilidade em todo o mundo. O intento, todavia, de cientistas políticos e economistas políticos em estudarem o fenômeno dessa reforma ea inter-relação entre democracia e mercado está extremamente relacionado à emergência de um novo modelo de atuação estatal. Desde detectada a obsolescência do modelo burocrático weberiano, na década de 1980, a partir de um diagnóstico da incapacidade do Estado de atendimento dos anseios da administração pública e dos cidadãos, novos modelos surgem na direção de um modelo de Estado gerencial. As mudanças verificadas em diversos países do mundo, apesar de um longo processo de mudanças, permanecem. Reformas de Estado continuam acontecendo e sua relação com a democracia permanece sendo um desafio para os governos que as promovem. Verifica-se de acordo com que Bresser Pereira descreve em seu artigo que podemos observar umas características primárias que determinam a administração pública gerencial. Notamos que seu foco é no cidadão e na busca de resultados; e, que neste sentido tanto servidores públicos como políticos fazem-se merecedores de confiança mesmo que de esta confiança venha com limites. Como estratégia, usou-se da descentralização e do impulso à criatividade e à inovação; o instrumento mediante o qual se faz o controle sobre os órgãos descentralizados é o contrato de gestão. Referência Bibliográfica: BRESSER Pereira, L.C. Estratégia e Estrutura para um Novo Estado. Revista de Economia Política, v. 17, n 3(67), julho-setembro, 1997. JUNQUILHO, Gelson Silva - Livro/apostila, Curso Administração Pública, uff-cederj- 2010 Disciplina Teorias da Administração Pública - Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2010.
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