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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
Primeira República (1889-1930): período marcado por doenças infectocontagiosas (febre amarela, varíola, tuberculose). Revolta da Vacina em 1904 (varíola). Campanhas aconteciam para erradicar as doenças. Não havia prevenção em saúde. Saúde baseada em Polícia Médica: modelo assistencial sanitarista. 
E como estavam os trabalhadores? Eles não tinham quase nenhum direito. O acesso era garantido por estabelecimentos filantrópicos ou Santas Casas. Lei Elói Chaves (1923): Início da Previdência Social - CAPS (Caixas de Aposentadoria e Pensão) – alguma porcentagem do salário era reservada para a saúde. Em 1930, 47 caixas já eram citadas. Não havia participação do governo. Para uma mesma classe trabalhadora, haviam várias CAPS. 
Era Vargas (1930-1964): período no qual Vargas não aceitou a não participação do governo nas CAPS. Com isso, ele unificou os CAPS + governo: IAPS (Institutos de Aposentadoria e Pensões). Cada classe trabalhadora iria apresentar apenas um IAP (IAP marítimos, IAP comerciários, IAP industriais). Vargas era centralizador. 
Como era o acesso do povo que não trabalhava ou não contribuía com os IAP’s? - contavam com estabelecimentos filantrópicos, santa casas ou saúde pública (que era rara na época).
Período no qual houve ênfase nas doenças crônicos/degenerativas 
1953: Criação do Ministério da Educação e da Saúde
Autoritarismo (1964-1984): período dos militares. Houve modificação dos IAPS. Criação do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). Compra de serviços médicos. Modelo hospitalacêntrico. O dinheiro era considerável nessa época. A ditadura militar financiava a saúde – hospitais privados (mas a arrecadação não era a mesma). 
Da mesma forma, a população rural ou aqueles que não contribuíam: dependiam do pagamento direto ou das entidades filantrópicas. 
Desde antigamente, existia segregação social!
1974: INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) – havia muito roubo por parte dos hospitais – fraudavam documentos de procedimentos para receber do governo. A Reforma Sanitária Italiana influenciou muito a do Brasil! Houve: fim do milagre econômico, fraude no INAMPS, reforma sanitária, medidas lentas de redemocratização! 
CAPS (1923-1933)IAP (1933-1966)INPS (1966-1977)INAMPS (1977-1993)SUS (1988 – atualidade)
Obs: o SUS não determinou o fim dos INAMPS! 
REFORMA SANITÁRIA
Influência Italiana. Buscava-se a alteração do sistema de saúde. Houve apoio civil + político. A ideia era buscar uma alteração do sistema de saúde. Era preciso acabar com a segregação na saúde. Enfrentamento dos problemas de saúde mediante campanhas e programas. 
“Saúde: direito de todos e dever do Estado!”
· Universalização
· Integralidade PRINCÍPIOS DA REFORMA SANITÁRIA 
· Descentralização
· Participação Social
A reforma culminou na criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS). Relatório final com grande relevância. A 8° Conferência de Saúde preparou o território para o surgimento do SUS. Sua proposta final foi a criação do SUS. 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O SUS foi criado através da Constituição de 1988: 
Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
O SUS não foi criado pela Lei 8080 ou pela 8° Conferência em Saúde! Fora criado pela Constituição de 1988!!! 
PRINCÍPIOS DO SUS: Universalização, Equidade e Integralidade (Princípios Éticos e Doutrinários) – estrangeiros têm direito (todos = universalização). O paciente que precisa mais, deve ser atendido antes = quadros desiguais devem ser tratados de forma desiguais! É com esse princípio que podemos classificar o paciente e atendê-los conforme sua necessidade em pronto atendimentos! A integralidade permite que o paciente seja atendido em todas as esferas (atendimento secundário ou terciário). 
(Princípios Organizacionais-Operativos): regionalização, hierarquização, resolubilidade, descentralização, participação social, complementaridade do setor privado (desde que sem fins lucrativos). 
VÁRIAS MUDANÇAS OCORRERAM: É por isso que existem as portarias ou emendas... 
LEI 8080 (FERNANDO COLLOR): Organizou o SUS! Veio para organizar o sistema de saúde. Dispõe sobre promoção, prevenção e recuperação de saúde! Organizou os funcionamentos dos serviços. Determinou que o Estado deve fornecer saúde para toda a população; determinou que haveria a necessidade de identificar e divulgar a saúde; determinou a formulação de políticas de saúde; determinou que deveria haver integralidade na saúde; mostrou as competências de cada esfera de poder. 
	DIREÇÃO NACIONAL
	Participa na formulação, definição e coordenação de políticas. RESPONSÁVEL pela execução da vigilância de portos, aeroportos e fronteiras. 
	DIREÇÃO ESTADUAL
	Coordena ações e, em caráter complementar, executa ações e serviços com o município. 
	DIREÇÃO MUNICIPAL
	Execução de das ações de saúde e controla serviços privados. 
 O SUS irá então atuar na vigilância sanitária: conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir os riscos de saúde; na vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde. 
Atua também: saúde do trabalhador, assistência terapêutica (inclusive farmacêutica), saneamento básico, formação de recursos humanos, vigilância nutricional, meio ambiente, medicamentos e equipamentos, vacinas, alimentos, água e bebidas, serviços, produtos e substância de interesse para a saúde. 
IGUALDADE x EQUIDADE
Posteriormente à Lei 8080: igualdadeequidade! A igualdade estaria dentro da equidade. A igualdade é o tratamento igual para todos. A equidade é o tratamento desigual para situações desiguais (conforme a necessidade de cada um).
SEGUNDA LEI ORGÂNICA DE SAÚDE (COMPLEMENTAT A LEI 8080)
LEI 8.142/1990 (COLLOR): dispôs sobre a participação da comunidade no SUS sobre as transformações intergovernamentais de recursos financeiros. Foi uma lei complementar. Também é lei orgânica! 
· Conselhos de Saúde (nacional, estadual e municipal): Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente. Tem caráter permanente e deliberativo. Compostos: representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários (50%). Ou seja, de 50 membros de um Conselho, 25 são usuários. São mensais. Usuários têm partição paritária. 
· Conferências de Saúde: Avalia a situação de saúde e propõe diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. Acontecem a cada 04 anos. Composto por representantes de vários segmentos de saúde. Usuários de saúde têm participação paritária. Em caráter de urgência, a Conferência pode ser solicitada pelo Poder Executivo ou pelo próprio Conselho de Saúde. 
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DE SAÚDE
NOB 91: 
· Municípios e Estados ainda são tratados como prestadores de serviços (ainda não estavam prontos)
· Iniciou o processo de municipalização, passando a gerência das unidades básicas estaduais e federais para os municípios (processo lento)
· Municípios ainda são prestadores 
NOB 93:
· Inicia o processo de descentralização
· Objetivo: Municipalização da gestão do SUS, seguindo os preceitos da 9° CNS
· Criou as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite 
NOB 96:
· Consolidou a municipalização
· Os municípios podem habilitar-se em duas condições: Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal
· Criação do Piso Assistencial Básico (PAB), que fora criado com um valor fixo por habitante
· Define as relações entre os sistemas municipais e os papeis dos gestores 
	Municipal: controle dos prestadores de serviços
Estadual: incentivar o poder municipal na gestão
Federal: Promover as condições e incentivar o gestor estadual
 NOAS 2001: 
· MaiorEQUIDADE na alocação dos recursos e no acesso da população. Divisão de responsabilidade na gestão do SUS e concluir a habilitação de 100% dos municípios. 
NOAS 2002:
· Amplia as responsabilidades dos municípios e cria a PAB ampliado (além de fazer o mínimo: controle da tuberculose, eliminação de hanseníase, controle da HAS, controle do DM, saúde da criança, saúde da mulher e da saúde bucal); atendimento de urgência, procedimentos mais complexos, ECG... recebem mais recursos
PACTO DA SAÚDE 2006
Portaria n° 399, 22 de fevereiro de 2006
O foco central aqui foi a consolidação do SUS com os gestores – assumindo compromissos públicos e com revisão anual. Compromisso:
Pacto pela Vida: saúde do idoso, câncer de colo do útero e mama, mortalidade infantil (até 01 ano) e materna, doenças endêmicas (dengue, tuberculose, malária e influenza) e emergentes, promoção de saúde, atenção básica à saúde. 
Pacto em Defesa do SUS: defesa e fortalecimento dos princípios do SUS.
Pacto de Gestão: fortalecer as responsabilidades de cada município, estado e governo federal. 
PACTO PELA VIDA 2008
Pacto pela Vida: Os de 2006 + saúde do trabalhador, saúde do homem, saúde mental, hepatite e HIV, atenção integral às pessoas em situação de risco de violência, fortalecimento da capacidade de resposta do Sistema de Saúde às pessoas com deficiência. 
*2011: fora acrescentado saúde bucal!
FINANCIAMENTO DO SUS
· O financiamento do SUS compete às três!
União: Seguridade Social (desconto compulsório sobre a folha de salários das empresas, contribuição sobre o faturamento e contribuição sobre o lucro líquido + Estados + Municípios. 
Emenda Constitucional n° 29: vem para organizar quanto cada um teria que contribuir (vem organizar porque antes cada um repassava o que queria):
· União: de acordo com o PIB (se negativo, não deveria ser menor do que o ano anterior)
· Estados: 12% da arrecadação
· Municípios: 15% da arrecadação
· DF: 12% ou 15%
Emenda aprovada pela Dilma em 2012: Lei Complementar n° 141
Emenda Constituição 1995 (ainda não aprovada): de 2018 para frente O repasse da União corresponde ao valor do limite referente ao exercício imediatamente anterior, corrigido pela Variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 
REDES E PROGRAMAS PRINCIPAIS
	SAMU (192)
	Presta Socorro em Unidades Móveis;
	UPA 24h
	Tem atuação intermediária entre as Unidades Básicas e Urgências Hospitalares; Vem para reduzir as filas nos grandes hospitais; São três tipos:
Tipo I: 50-100 mil habitantes; até 150 pacientes a cada 24 horas; 02 médicos por plantão; 07 leitos de observação.
Tipo II: 100-200 mil habitantes; até 300 pacientes a cada 24 horas; 04 médicos por plantão; 11 leitos de observação.
Tipo III: 200-300 mil habitantes; até 450 pacientes a cada 24 horas; 06 médicos por plantão; 15 leitos de observação.
Período máximo de observação de cada paciente: 24 horas!
	Farmácia Popular “Saúde não tem Preço”
	Gratuidade de medicamentos para Hipertensão e DM;
	CAPS – CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
	Atendimento para pacientes com transtornos mentais;
É um dos programas estratégicos da Reforma Psiquiátrica Brasileira;
*Abandono do antigo modelo hospitalocêntrico
*Evitar internações – “volta para casa”
*Inserção Social
*Regular a porta de entrada
Primeiro CAPS: 1986
Movimento de Luta Anti-Maniconial: impulso em 2002 após sansão da Lei 10.216/2001
CAPSad: álcool e drogas
CAPSi: infantil
	HUMANIZA-SUS
	Formulado a partir da sistematização do chamado “SUS QUE DÁ CERTO”
Princípios: inseparabilidade entre atenção e gestão; transversalidade; autonomia e protagonismos dos sujeitos. A cogestão, a roda de conversa e a educação permanente são dispositivos importantes. Saúde e Gestão caminham juntas! 
ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
PNAB – Portaria 2.436 (21 de Setembro de 2017) – antiga Portaria 2.488 (21 de Outubro de 2011)
É porta de entrada e carro chefe do sistema de saúde; atuação individual e coletiva; atenção integral; descentralização.
Princípios e Diretrizes:
· Equidade
· Universalidade
· Integralidade
· Regionalização e Hierarquização
· Territorialização
· População adscrita
· Cuidado centrado na pessoa, e não na doença
· Longitudinalidade – cuidado ao longo do tempo 
· Coordenação do cuidado
· Participação da Comunidade
· Resolutividade
· Ordenação da Rede 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Iniciada em 1994. Objetivo de reorganizar a atenção básica. Como? Com alta resolutividade, alta complexidade, baixa densidade tecnológica, porta de entrada para os indivíduos. 
Composição Mínima: médico generalista (preferencialmente com especialidade na medicina da família), enfermeiro generalista (preferencialmente com especialidade na medicina da família), 01 auxiliar ou técnico de enfermagem, ACS (na nova portaria, não falam de número máximo ou mínimo de ACS). Equipe Ampliada: + 01 cirurgião dentista generalista com auxiliar ou técnico do dentista (preferencialmente com especialidade na medicina da família). 
Cobertura: precisam cobrir 100% da população cadastrada. Máximo: 750 pacientes/agente de saúde. Máximo de Equipes: População/2mil. Cada ESF ou equipe de atenção básica: responsável por 2 mil-3.500 pessoas. 
Recomenda-se que o número de pessoas por ESF considere o risco de vulnerabilidade das famílias. 
Funcionamento: 40h/semana; 12 meses ao ano; 05 dias por semana; o anúncio deve estar fixado em local visível; 
NASF-AB: Núcleo Ampliado de Saúde da família e atenção básica. Não é porta de entrada e não tem obrigatoriedade. É um membro orgânico na atenção básica. Trabalha de forma horizontal e interdisciplinar. Permite a Longitudinalidade do sistema. 
	Todos
	Territorialização e mapeamento, atualização do cadastro
	Enfermeiro
	Realiza consulta de enfermagem, atividades programadas ou por demanda espontânea
	Técnico de enfermagem
	Regularizar procedimentos regulamentados em sua área
	Médico
	
	ACS
	Cadastramento das pessoas, orientar a todos sobre os serviços de saúde, aferição da pressão quando devidamente orientado e treinado
A.P.A.G.A.R Familiar: instrumento de avaliação destinado a refletir a satisfação de cada membro da família. A partir de um questionário pré-determinado, as famílias são classificadas como funcionais, moderadamente ou gravemente disfuncionais.
P.R.A.C.T.I.C.E.: funciona como uma diretriz para avaliação do funcionamento das famílias. O instrumento é focado no problema, o que permite uma aproximação esquematizada para trabalhar com famílias. 
F.I.R.O.: Orientações fundamentais nas Relações Interpessoais, sendo caracterizado como teoria de necessidades.
ECOMAPA: Consiste na representação gráfica dos contatos dos membros das famílias com os outros sistemas sociais, das relações da família e sociedade – do meio aonde vivem.
GENOGRAMA OU FAMILIOGRAMA: utiliza como foco o paciente doente dentro da família (relação entre os membros da família e relação de parentesco). São necessários três gerações para a sua elaboração. 
SAÚDE SUPLEMENTAR
· Categorias: autogestão (Petrobrás), cooperativas de trabalho médico (UNIMED), seguradoras, medicina de grupo (plano empresa), filantropias (entidades sem lucro);
· Coberturas: ambulatorial, hospitalar sem ou com obstetrícia, odontológico e referências; 
· Carência: urgência (24h), parto após 38° semanas (300 dias), e outros: média de 180 dias;
SAÚDE E O MUNDO
Declaração de Alma-Alta (ex-URSS): Saúde para todos no ano 2000! Primeira Conferência Internacional Sobre os Cuidados em Saúde. Não fala sobre cuidados alternativos!
Carta de Ottawa (Canadá): Promoção de Saúde nos Países Industrializados – 1° Conferência Internacional sobre Promoção em Saúde.

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