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PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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2
PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Gracieli Samara Andrade Schaffer
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
RESUMO 
Os alunos com necessidades especias passaram por muitos constrangimantos, descriminação, segregação, foram muitas vezes considerados inúteis, pessoas sem valor. Atualmente muitas coisas mudaram e após anos de luta o aluno especial está conquistando seu espaço no ensino regular de ensino. Nesse trabalho será apresentado a maneira como o professoras do ensino fundamantal nota os alunos com necessidades educacionais especiais, que estão incluídos nas classes regulares das escolas e os sentidos que atribuem com sua presença em sala de aula. Com esse trabalho pode-se perceber que o olhar de alguns professores sobre a deficiencia/diferença do outro, deve ser (re)significado, com o objetivo de promover a aprendizagem do educando de forma que o mesmo assuma o lugar que lhe cabe neste processo, ou seja, de aluno,e proporcione à ele maior independência, dentro das limitações de cada um, bem como melhorar o desempenho social e o processo de ensino e aprendizagem do ensino fundamental, favorecendo a inclusão escolar de alunos com deficiência incluídos nas salas de ensino regular. E para que a inclusão realmente possa acontecer, todos precisam fazer suas parte como medidor nesse assunto, para ssim conquistar uma sociedade mais humana e justa.
 Palavras-chave: Inclusão Escolar. Deficíencia/Diferença. Necessidades Educacionais Especiais.
1 INTRODUÇÃO
Com a democratização do ensino, por meio da abertura das unidades escolares para uma população que antes se encontrava a margem, segregadas, excluída de seu interior, essa instituição teve a necessidade de repensar sobre si mesma, suas concepções e práticas objetivando atender as necessidades de todos os seus alunos. A presença dos alunos com deficiência nas classes regulares, no entanto, apresenta reações e posicionamentos diversos e, também, contraditórios, evidenciando, não raro, a dificuldade - histórica, diga-se de passagem –tanto da escola quanto dos professores em compreender e lidar com o que é diferente, estranho aos padrões estabelecidos pela sociedade como "normais". 
Sendo assim, partindo do pressuposto de que a relação que o professor tem estabelecida com o seu aluno decorre de como o mesmo aprendi, pois para que isso ocorra de forma natural e prazerosa, o aluno precisa se sentir acolhidos pelos colegas, professores e toda a equipe escolar. Neste trabalho será apresentado brevemente um pouco da história da educação especial, o objetivo das escolas inclusivas e principalmente a importância do olhar dos professores sobre o aluno com necessidades especiais. O respeito à diversidade deve estar presente em todos os lugares e ser praticado por todas as pessoas, para que assim, o diferente seja incluso em todos os ambientes sem mais discriminações. Neste trabalho será relatado a vivencia de estágio curricular obrigatório fundamentada em autores, com a prática que será vivenciada em sala de aula, apresentado os desafios encontrados em cada momento e a superação de cada um deles.
2 A DEFICIÊNCIA E A DIFERENÇA NO CONTEXTO DA ESCOLA REGULAR
A diferença em suas várias facetas esteve há muito tempo associada, a ideia de anormalidade, resultando na marginalização das pessoas que, por suas peculiaridades, eram proibidos de possuírem os mesmos benefícios que os demais. No âmbito da educação, a evolução paradigmática, desde a total segregação até a inclusão, é fruto de uma gama de interrogantes e de movimentos sociais preocupados em acabar com toda e qualquer forma de exclusão, Nesse contexto, a escola é convidada a rever posturas e linhas de ações, referente à formação de seus alunos, sob uma "Educação para Todos". 
Diversas concepções e práticas acompanharam a evolução histórica da Educação Especial. Na fase de exclusão, considerada a pré-história da educação especial, um olhar sobrenatural era predominado sobre as pessoas com deficiência que eram ignoradas e perseguidas, vítimas de atitudes exclusivas, como o abandono e o extermínio (JIMÉNEZ, 1997).
O final do século XVIII e inicio do século XIX, foi marcado pelo período da segregação institucional, onde o atendimento era realizado em conventos, asilos e hospitais psiquiátricos, que se constituíam em verdadeiros ambientes de confinamento para essas pessoas que eram mantidas a margem da sociedade. A concepção de deficiência, enquanto patologia ou disfunção orgânica, nessa fase, auxiliou para a definição das diretrizes educacionais, fixado no principio médico-psicológico, que buscava "corrigir" a imperfeição, a fim de normalizar o sujeito (JIMÉNEZ, 1997). 
Nos anos 70, com a integração, foi dado um passo a frente no sentido de que já se vislumbrava a inserção das pessoas com deficiência nos diversos segmentos sociais, dentre o sistema regular de ensino. Sassaki (1997) destaca que o modelo integrador, pressupõe uma prática unilateral, em que é o aluno com deficiência é quem precisa se adaptar ao sistema de ensino, cabendo ao último apenas recebe-lo, sem que isso implique em modificações mais detalhadas em sua estrutura organizacional. 
A maior revolução, ao menos em termos paradigmáticos, apareceu com a perspectiva da inclusão, onde o foco não era mais sobre a pessoa com deficiência, mas sobre o contexto no qual ela está inserida. A sociedade em geral e a escola em particular, precisam se preparar para receber esse individuo, adaptando-se as suas necessidades (SASSAKI, 1997).
Esse mesmo autor pontua que estamos vivendo um momento de transição entre o paradigma da integração e da inclusão, nesta fase pode-se notar a coexistência desses dois pressupostos. Segundo ele a integração objetiva preparar a pessoa com deficiência para que ela possa conviver em sociedade, enquanto que a inclusão propõe a modificação da sociedade como condição básica para que as pessoas deficientes consigam se desenvolver e exercer a sua cidadania.
 A inclusão exige uma reformulação total do processo pedagógico e relacional das escolas, onde devem procurar em adaptar-se a condição singular de cada aluno. Sendo assim, Carvalho (2004) alerta que deve-se ter cuidado com a construção das narrativas que cercam a escola inclusiva, com objetivo de evitarmos que algumas práticas deem a escola o sentido de espaço físico, de cenário, que objetiva introduzir os alunos excluídos de seu interior. Sobre esse pensamento, a autora diz que a noção de escola inclusiva implica muito na mudança de atitudes sobre as diferenças individuais e coloca:
Escolas inclusivas são escotas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda as diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Não somente os deficientes seriam ajudados, mas também todos os alunos que, por várias causas, endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, apresentem dificuldades de aprendizagem ou no desenvolvimento (CARVALHO, 2004a, p. 29).
Nessa direção, é interessante que se resgate o conceito de necessidades educacionais especiais. O uso dessa expressão, que substitui outras como "excepcional" ou "deficiente", denota avances, visto que possui conotações diferentes daquelas implícitas no conceito de deficiência (CARVALHO, 2004, p.29). 
Segundo ColI, Marchesi e Palacios (2004)
o termo necessidades educacionais especiais começou a ser utilizado na utilizado na década de 60, para identificar esse alunado sem estigmatizá-lo. No relatório de Wamock, publicado em 1978, no Reino Unido, define que os alunos, sob essa denominação, são aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem ao longo de seu período na escola, que exigem uma atenção mais específica.
Veiga-Neto (2001), discorre que a expressão das necessidades educacionais especiais não passa de um discurso "politicamente correto", que em nada modifica a lógica binária que rege a educação especial. É somente um eufemismo, utilizado para nomear os sujeitos que são considerados desviantes, que não correspondem ao sistema de valores e regras sociais vigentes.Com a inclusão, se vivencia o encontro com o diferente. Assim percebe-se que, a revelia de desígnios dessas expressões que tentam nomear a experiência, e são incapazes de falar sobre singularidade humana e muito menos apagam as marcas históricas do processo de exclusão em que o diferente, o estranho, em prol do ideário homogeneizador, se mantém a margem do contexto escolar. 
Parece difícil que se atente para os antagonismos presentes nos discursos "exclusivistas", muitas vezes, camuflam, escondem as desigualdades sociais sob perspectivas de que todos são diferentes e que nenhum ser humano é igual ao outro. Logo, deve-se ser capazes de identificar o risco que se corre, quando se fica demasiadamente preso as questões terminológicas, sem que nenhuma mudança efetiva ocorra no campo dos relacionaremos, destituindo a cadeia de significados que compõem a base da exclusão social.
A função social está comprometida em vários grupos de deficiência, sendo mais encontrado em crianças com deficiência global do desenvolvimento, síndrome de down e síndromes genéticas, mostrando que a presença das deficiências pode comprometer de maneira significativa o processo de inclusão. Os instrumentos utilizados para identificar as limitações individuais objetivando o direcionamento de intervenções da parte da unidade escolar e também dos familiares podem ser uteis no acompanhamento dessas crianças.
Muitos profissionais se encontram desqualificados para atender o diferente, e por isso se mostram resistentes no que se refere ao atendimento dos mesmos. Os alunos devem se sentir inseridos no contexto escolar por todas as pessoas que ali convivem, precisa ser respeitado e receber o tratamento como os demais. Muitas mudanças são necessárias para que a inclusão aconteça de maneira geral, mas para isso é preciso que todos façam a sua parte para que se conviva em uma sociedade mais justa.
REFERÊNCIAS
JIMÉNEZ, R. B. Uma escola para todos: a integraçao escolar. In: JIMÉNEZ, R. B. (Org.). Necessidades educativas especiais: Lisboa: Dinali\fO, 1997. p. 21-35.
SASSAKI, R Inclusão: construindo uma sociadada para todos. Rio da Janairo: WVA, 1997.
CARVALHO, R E. Removendo barreiras para aprendizagem: educaçao inclusiva", PortoAlegre: Mediaçao, 2004.
COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtorno de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. PortoAlegre: Artmed, 2004. v. 3.
VEIGA-NETO, A. Incluir para excluir. In: LARROSA, J.: SKLIAR, C. (Org.). Habitantes de Babel: politicas e poéticas da difarança. Belo Horizonte: Autentica, 2001. p. 105-118.
REVISTA EDUCAÇÃO ESPECIAL. Um olhar sobre deficiência/diferença na escola inclusiva. Universidade Federal de Santa Maria, 2007.
Disponivel:http://www.brasileirosnaholanda.com/wp/deficiencia-diferenca-e-inclusao-um-ato-de-justica/Acesso em 07 out 2019.

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