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Movimento browniano Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa Movimento browniano de uma partícula num fluido. A partícula é apenas um ponto, do tamanho de todos os presentes na imagem, a área amarela serve para que se possa observar as setas - vetores aceleração - que são recebidos pela partícula em questão quando ela se choca com as outras partículas do fluido. Movimento Browniano ou pedesis (em grego: πήδησις /pɛ̌ːdɛːsis/ "pulando") é o movimento aleatório das partículas suspensas num fluido (líquido ou gás), resultante da sua colisão com átomos rápidos ou moléculas no gás ou líquido. O movimento Browniano é um dos mais simples processos da estocástica (ou probabilística) de tempo contínuo, e é um limite de ambos os processos mais simples e mais complicados estocásticos (veja passeio aleatório e teorema de Donsker). Esta universalidade está intimamente relacionada com a universalidade da distribuição normal. Em ambos os casos, é muitas vezes conveniência matemática, em vez da precisão dos modelos, que motiva a sua utilização. O termo "movimento Browniano", nomeado em homenagem ao botânico Robert Brown, também pode se referir ao modelo matemático usado para descrever tais movimentos aleatórios, que muitas vezes é chamado de teoria da partícula.[1] Este modelo tem inúmeras aplicações do mundo real. Por exemplo, flutuações do mercado de ações são frequentemente citados, embora Benoît Mandelbrot rejeitou sua aplicabilidade aos movimentos de preços de ações, em parte, porque estes são descontínuos. [2] Índice 1Conceito 2Breve História o 2.1Descoberta do Movimento Browniano o 2.2Resultados físicos posteriores o 2.3Outras Pesquisas https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#mw-head https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#mw-head https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_estoc%C3%A1stico https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_estoc%C3%A1stico https://pt.wikipedia.org/wiki/Limite https://pt.wikipedia.org/wiki/Passeio_aleat%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Donsker https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Donsker https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_normal https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-M%C3%B6rters_&_Peres-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_a%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Beno%C3%AEt_Mandelbrot https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Conceito https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Breve_Hist%C3%B3ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Descoberta_do_Movimento_Browniano https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Resultados_f%C3%ADsicos_posteriores https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Outras_Pesquisas https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brownian_motion_large.gif 3Movimento Browniano na Física 4Analogia do Marinheiro bêbado 5Exemplo Biofísico : A saída estreita 6Gases 7Referências Conceito[editar | editar código-fonte] O movimento browniano é o movimento aleatório de partículas num fluido (líquido ou gás) como consequência dos choques entre todas as moléculas ou átomos presentes no fluido. O termo movimento browniano pode ser usado para se referir a uma grande diversidade de movimentos com partículas, com moléculas, e com ambos presentes em estados desde micro até macroscópicos em situações de organização caóticas, semi-caóticas, ou de proporções matemáticas, principalmente em casos de modelagem, todos estes na área denominada Física de partículas.[1] Esse fenômeno físico que é intrínseco à matéria e aos choques que ocorrem nos fluidos, também pode ser observado com macromoléculas, tendo por exemplo o momento que a luz incide em locais relativamente secos, permitindo que se veja macropartículas "flutuando" em suspensão no ar fazendo movimentos aleatórios. Vulgarmente confunde-se com poeira, entretanto deve- se notar que o ar (o fluido em questão) que pratica o movimento browniano e não as partículas (ou macromoléculas, neste caso poeira) que estão naquele. [1] Há um padrão pouco explícito em alguns casos deste movimento aleatório que o classifica como um movimento fractal, pois descreve um padrão dinâmico bem definido. Quem primeiro percebeu isso foi Benoît Mandelbrot, matemático francês. Esse movimento está diretamente ligado com muitas reações em nível celular, como a difusão, a formação de proteínas, a síntese de ATP e o transporte intracelular de moléculas. Hoje em dia, o movimento browniano serve de modelo na descrição de flutuações que ocorrem nos mais diversos e inesperados tipos de sistemas. Por exemplo, praticamente a mesma descrição e o mesmo tratamento matemático de Einstein podem ser adaptados para descrever flutuações de preços de mercadorias, a condutividade elétrica em metais e a ocorrência de cheias nos rios.[3] Físicos atualmente estudam tal movimento em relação à Teoria do Caos. Breve História[editar | editar código-fonte] https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Movimento_Browniano_na_F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Analogia_do_Marinheiro_b%C3%AAbado https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Exemplo_Biof%C3%ADsico_:_A_sa%C3%ADda_estreita https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Gases https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#Refer%C3%AAncias https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica_de_part%C3%ADculas https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-M%C3%B6rters_&_Peres-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-M%C3%B6rters_&_Peres-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fractal https://pt.wikipedia.org/wiki/Beno%C3%AEt_Mandelbrot https://pt.wikipedia.org/wiki/Beno%C3%AEt_Mandelbrot https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/Adenosina_tri-fosfato https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_Caos https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=2 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=2 Robert Brown, cujo nome batizou o fenômeno. O poema didático latino De rerum natura (Sobre a natureza das coisas), escrito por Tito Lucrécio Caro cita: Os átomos movem-se num infinito vazio. O universo é composto de átomos e vazio, nada mais. Devido a sermos compostos de uma sopa de átomos em constante movimento[...]. As formas de vida neste mundo e nos outros estão em constante movimento, incrementando a potência de umas formas e diminuindo a de outras. Os sentimentos percebem as colisões macroscópicas e interacções dos corpos[...]Albert Einstein. Demonstrando algum conhecimento das sociedades antigas sobre como choques de partículas geram os vários fenômenos que são citados. É de se observar que na época em questão não havia aceitação e nem entendimento unânime sobre a existência de átomos e outros componentes da matéria. A disputa atômica começou com Demócrito e Anaxagoras. Os filósofos se opunham às teorias atômicas, distinguidos pela questão da gota d´água, por exemplo, que deve se dividir repetidamente sem limite, com cada subdivisão preservando as propriedades da original. A escola atômica de Demócrito defendia que as subdivisões não podiam continuar indefinidamente. A doutrina da homogeneidadeseguida por Anaxagoras defende que a divisão da gota pode continuar sem término, porque o tamanho do corpo não reflete a natureza da substância. Descoberta do Movimento Browniano[editar | editar código- fonte] https://pt.wikipedia.org/wiki/De_rerum_natura https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucr%C3%A9cio https://pt.wikipedia.org/wiki/Dem%C3%B3crito https://pt.wikipedia.org/wiki/Anaxagoras https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=3 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=3 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Robert_Brown_(young_-_larousse).jpg Microscópio utilizado por Brown na primeira observação do movimento browniano. Em 1827, ao olhar através de um microscópio partículas encontradas em grãos de pólen na água,o biólogo Robert Brown observou que as partículas se moviam através da água, mas não foi capaz de determinar os mecanismos que causaram este movimento. Assim, foi o primeiro a observar cientificamente o movimento que achou se tratar de uma nova forma de vida, pois ainda não se tinha completa ciência da existência de moléculas, e as partículas pareciam descrever movimentos por vontade própria. Jan Ingenhousz também fez algumas observações do movimento irregular de poeira de carbono em álcool em 1765. Porém, a primeira pessoa a descrever a matemática por trás do movimento Browniano foi Thorvald N. Thiele em 1880 em um artigo no método dos menores quadrados. Isto foi seguido independentemente por Louis Bachelier em 1900 em sua tese de PhD "A Teoria da Especulação". Átomos e moléculas , posteriormente foram teorizados como os constituintes da matéria e, muitas décadas depois, Albert Einstein publicou um artigo em 1905 que explicava em detalhes precisos como o movimento que Brown tinha observado era o resultado do pólen sendo movido por moléculas de água individuais. Esta explicação deste fenômeno de transporte serviu como a confirmação definitiva de que átomos e moléculas realmente existem, e foi ainda verificada experimentalmente por Jean Baptiste Perrin, em 1908. Perrin foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física em 1926 "por seu trabalho sobre a estrutura descontínua da matéria" (Einstein tinha recebido o prêmio cinco anos antes "por seus serviços à física teórica", com citação específica de uma pesquisa diferente). Sendo então que a direção da força de bombardeamento atômico está constantemente mudando, e em diferentes momentos da partícula é atingido mais de um lado do que o outro, levando à natureza aparentemente aleatória do movimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brown https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Ingenhousz https://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Bachelier https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_at%C3%B4mica https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein https://pt.wikipedia.org/wiki/Annalen_der_Physik https://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B4menos_de_transporte https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Baptiste_Perrin https://pt.wikipedia.org/wiki/Nobel_de_F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Microbrown.jpg Exemplo animado de um movimento browniano segundo a modelagem matemática do Processo de Wiener confirmado pelo Teorema de Donsker. Resultados físicos posteriores[editar | editar código-fonte] Theodor Svedberg fez importantes demonstrações do movimento Browniano em colóides e Felix Ehrenhaft, em partículas de prata no ar. Jean Perrin realizou experimentos para testar os novos modelos matemáticos e seus resultados publicados finalmente colocaram um fim na disputa de dois mil anos sobre a existência dos átomos e moléculas.E, por esses trabalhos, ele foi agraciado com o prêmio Nobel de Física de 1926. Alguns anos depois do trabalho de Einstein, o matemático Norbert Wiener provou que a trajetória browniana tem comprimento infinito entre dois pontos quaisquer. O caminho traçado pela partícula é tão demorado que, se houvesse um tempo infinitamente longo, ela percorreria todo o plano, sem deixar de passar por nenhum ponto. Tecnicamente se diz que, contrariando as aparências, o caminho percorrido pela partícula browniana não é uma linha (com dimensão 1), mas é uma superfície (com dimensão 2)! E tem mais: Não pense que a trajetória da partícula browniana parece ser irregular porque o microscópio não tem um aumento suficiente para mostrar os detalhes da curva. Nada disso. Com um microscópio mais potente veríamos mais detalhes, realmente, mas a curva seria tão angulosa e irregular quanto antes[4]. Outras Pesquisas[editar | editar código-fonte] Outro francês, Louis Bachelier, em sua tese de doutoramento apresentada em 1900, cinco anos antes do artigo de Einstein, desenvolveu praticamente toda a teoria do movimento aleatório, obtendo expressões semelhantes às que seriam depois obtidas por Einstein. No entanto, Bachelier não descrevia um sistema físico, como partículas suspensas em água, mas as flutuações das ações de uma bolsa de valores. Por essa razão, seus resultados passaram inteiramente despercebidos pelo,s físicos da época. https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_de_Wiener https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Donsker https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=4 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Svedberg https://pt.wikipedia.org/wiki/Felix_Ehrenhaft https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Perrin https://pt.wikipedia.org/wiki/Norbert_Wiener https://pt.wikipedia.org/wiki/Norbert_Wiener https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-4 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=5 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=5 Hoje, sabe-se que o tratamento teórico dessas flutuações serve para explicar inúmeros fenômenos que ocorrem em áreas completamente distintas, como a física, a biologia, a economia e as ciências políticas. A observação aparentemente inocente de Robert Brown revelou-se muito mais importante do que parecia do que quando foi relatada pela primeira vez. [5] Movimento Browniano na Física[editar | editar código-fonte] A primeira teoria do Movimento Browniano na Física foi publicada por Einstein em sua tese de doutoramento no ano de 1905, publicada em "Annalen der Physik". Inicialmente, Einstein analisou as equações de Navier-Stokes para o escoamento de um fluido incompressível, obtendo:[6] Onde, = Viscosidade efetiva na presença de soluto; = Viscosidade do solvente puro; = Parte do volume total que é ocupada pelo soluto. Assim, com base em grandezas conhecidas, como a massa molar e a densidade, tem - se que: Desse modo, as únicas incógnitas são o raio da partícula ( ) e o Número de Avogrado ( ). O cientista buscou ainda outro modo de relacionar e , obtendo um resultado matemático em que relaciona a difusão (D) com a temperatura e a viscosidade do fluido, de forma: [7] Onde, D = Coeficiente de Difusão R = Constante universal dos gases T = Temperatura Termodinâmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-5 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=6 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Annalen_der_Physik https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-:0-7 https://pt.wikipedia.org/wiki/Constante_universal_dos_gases_perfeitos= Raio das partículas = Viscosidade do solvente puro = Número de Avogadro Por meio do Movimento Browniano, Einstein possibilitou a observação de flutuações de partículas que anteriormente possuíam desvio quadrático médio muito pequeno. A base de sua teoria é tida como a semelhança do comportamento de soluções e do comportamento de suspensões diluídas, onde existe uma relação do coeficiente de difusão com a viscosidade, somado à uma dedução probabilística da equação de difusão. [7] Diante desses cálculos, foi elaborado para o Movimento Browniano o deslocamento quadrático médio na direção "x" e o tempo de observação "t", tal que:[8] No caso tridimensional, devido a isotropia, temos que: Alguns anos após as descobertas de Einstein, em 1908, Paul Langevin, assim como outros cientistas, buscou a generalização das fórmulas já criadas. Assim, Langevin definiu que o Movimento Browniano de uma partícula que esteja fora de um campo de força conservativo pode ser escrito como uma equação diferencial, sendo:[9] Onde, = Viscosidade do meio; = Velocidade da particula; = Força aleatória. Vale ressaltar que é uma força que mantêm a agitação das partículas em suspensão, sendo atribuída a força gerada pelas moléculas do fluido nas partículas suspensas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Constante_de_Avogadro https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-:0-7 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-9 Langevin demonstrou que a variância da velocidade é dada por: Onde, = Constante a ser calculada; = Viscosidade do meio; = Tempo. Desse modo, para tempo longos, a função exponencial tende a zero, assim: Levando em conta fatores como a energia cinética média das partículas, Langevin demonstra que: Onde, = Constante de Boltzmann; T = Temperatura do meio externo. Dessa maneira, para tempos suficientemente longos, a teoria de Langevin é equivalente as propostas de Einstein sobre o Movimento Browniano. Analogia do Marinheiro bêbado[editar | editar código-fonte] Uma maneira simples de compreender o processo de difusão do Movimento Browniano é o passeio ao acaso em uma dimensão, que pode ser exemplificado pelo "problema do marinheiro bêbado". Um marinheiro bêbado andando em linha reta, no eixo X, partindo de um poste dá sempre passos do mesmo tamanho. Tendo a possibilidade de caminhar para frente ou para trás. Qual será a sua distancia do poste após N passos? Sendo a posição após n passos. temos então: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=7 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=7 O que resulta em: , mas ou seja: Sendo: N - o número de passos dados l - o tamanho dos passos Exemplo Biofísico : A saída estreita[editar | editar código- fonte] O problema da saída estreita (ou da janela estreita) é um problema da física, aplicado a biologia ou a biologia celular, aonde uma partícula Browniana (íon, molécula ou proteína), está confinada num domínio fechado (ou dentro de uma célula) por uma membrana refletiva (membrana plasmática), exceto por uma pequena janela pela qual ela pode sair. O problema resume-se em calcular o tempo médio para que ela escape. Sendo que este tempo é influenciado pelo tamanho da janela, velocidade da partícula e afins. [10] Gases[editar | editar código-fonte] Em sistemas gasosos, ocorre a presença de movimento browniano. Na realidade um fluido puro apresenta movimento browniano entre suas partículas. Quando se adiciona qualquer impureza esta pode apresentar movimento browniano com suas partículas e com as do fluido, representando assim um complexo estudo probabilístico. [11] Movimento Browniano PUBLICIDADE Definição O movimento irregular de pequenas partículas suspensas em um líquido ou um gás, causado pelo bombardeamento das partículas por moléculas do meio. https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=8 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=8 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-10 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&veaction=edit§ion=9 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_browniano&action=edit§ion=9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_browniano#cite_note-11 Observado pela primeira vez por Robert Brown em 1827, forneceu a evidência forte na sustentação da teoria cinética das moléculas O que é O Movimento browniano é um fenômeno pelo qual partículas pequenas suspensas em um líquido tendem a se mover em caminhos pseudo-aleatórios ou estocásticos através do líquido, mesmo se o líquido em questão estiver calmo. É o resultado da assimetria nos impactos cinéticos das moléculas que compõem o líquido. A fase líquida, por definição, deve ter alguma temperatura, significando suas moléculas ou átomos deve ser termicamente animado, batendo uns nos outros e objetos suspensos dentro deles. Para descrever este fenômeno, uma pessoa pode imaginar o movimento de bolas de golfe sobre uma mesa repleta de milhares de rolamentos de esferas movendo-se em trajetórias rápidas. A frase movimento browniano também pode se referir a modelos matemáticos usados para descrever o fenômeno, que têm considerável detalhe e são usados como aproximações de outros padrões de movimento estocástico. O movimento matemático está relacionado com, mas mais estruturado do que, o passeio aleatório, em que o deslocamento de uma partícula inteira é aleatorizado. O fenômeno tem a propriedade de Markov, um termo da teoria da probabilidade que significa que o estado futuro da partícula é determinado inteiramente pelo seu estado atual, não por qualquer estado passado. Usado neste sentido, o conceito matemático é ligeiramente diferente, mas muito semelhante ao movimento físico browniano. História O Movimento browniano é um processo familiar para muitos de nós e foi nomeado pelo grande cientista escocês, Robert Brown. Este visionário trabalhou durante a fascinante era da rápida descoberta científica e do avanço do século XIX. Um contribuinte principal ao conhecimento científico, Brown era um contemporâneo de tais gigantes da ciência como Darwin e Rutherford. Embora seu estudo do movimento browniano seja uma pedra fundamental da física moderna, ele era mais conhecido como botânico e biólogo. Sua principal área de pesquisa foi coletar e documentar amostras de animais e plantas da Austrália recentemente explorada. A descoberta de movimento browniano foi um daqueles acidentes que acontece na ciência, e leva a teorias inovadoras. A descoberta da penicilina, por Fleming, foi outro exemplo famoso de um “acidente feliz” na ciência. Estes acidentes ainda requerem uma mente afiada e a intuição para reconhecer que algo incomum está acontecendo. Descoberta acidental de Brown Ao olhar dentro dos vacúolos dos grãos de pólen suspensos em água sob um microscópio, ele descobriu algo que parecia oscilar e se mover quase aleatoriamente em torno do meio. Apesar de não ser completamente apreciado na época, esse movimento era para levar à especulação sobre átomos e moléculas muito antes de serem vistos. Enquanto Robert Brown não foi o primeiro a postular que os átomos poderiam ser acausa, com o romano Lucrécio (c60 aC) e Ingenhousz (1785) estudando os movimentos irregulares da poeira fina no ar e líquido, foi Brown que começou a estudar o significado. O que Brown observou foi que o movimento dentro dos grãos de pólen (suspensos na água) parecia mover-se ao redor do líquido aparentemente ao acaso. Isso o intrigou e ele começou a estudar por que isso estava acontecendo, e tentou estabelecer qual força estava dirigindo essas flutuações aleatórias e mudanças de direção. Ele não tinha certeza do que estava causando a moção, então se dispôs a descartar outras possíveis causas. A entrada principal de Brown era que provou que o movimento não era devido ao pólen vivo que propulsa-se, examinando grões inoperantes do pólen e poeira da rocha. Ele também observou que essas partículas menores sofreram uma maior quantidade de movimento vigoroso e flutuações. Ao contrário da crença popular, embora Brown tenha sido o primeiro a observar e documentar o fenômeno, ele não sabia ao certo por que estava acontecendo. Estudos posteriores começaram a descobrir que o movimento browniano era devido a buffeting por moléculas individuais na água. Embora os grãos de pólen sejam 10 000 vezes maiores do que as moléculas de água, o efeito cumulativo de todo esse buffeting é forte o suficiente para mover os grãos ao redor. Isto é o que resulta no movimento espasmódico e imprevisível dentro de grãos de pólen. Enquanto, instintivamente, você pensaria que o movimento aleatório dentro dos grãos de pólen agiria igualmente em todas as direções e que as moléculas se cancelariam mutuamente, isso é impossível, e haverá sempre um impulso um pouco mais forte do que outro. Resumo Movimento Browniano Examinadas ao microscópio, as partículas em suspensão num líquido oferecem uma surpresa: elas não ficam imóveis, mas se agitam incessantemente, em um desordenado movimento de vaivém. O botânico inglês Robert Brown descreveu esse fenômeno pela primeira vez em 1827, ao estudar as células masculinas de fecundação das plantas – os grãos de pólen. Imergindo minúsculos grãos de pólen numa gota de água, nós os observamos se deslocando ao longo de trajetórias em ziguezague. Esses movimento é extremamente irregular e ininterrupto. O fenômeno se explica considerando que as moléculas de água, estando em contínuo movimento dentro da gota, golpeiam repetidamente os grãos de pólen. Pelo fato de esse bombardeamento não ser uniforme, as moléculas que golpeiam o grão de um lado o impulsionam diferentemente das que o atingem do lado oposto. Assim, o grão é deslocado ora numa direção ora noutra, e segue numa trajetória irregular. As partículas de pólen, embora sejam pequeníssimas, são muito grandes se comparadas às dimensões das moléculas. Seu diâmetro é de cerca de 10 -6 m, enquanto o das moléculas é de 10 -10 m. Os grãos são, portanto, dez mil vezes maiores que as moléculas que os golpeiam. É como se um elefante fosse bombardeado por um enxame de minúsculos projéteis de um milímetro, que os golpeiam de todos os lados, a alta velocidade. O movimento browniano, isoladamente, não fornece uma prova segura da existência das moléculas. Podemos, porém, considerá-lo um forte indício de sua presença. O movimento de partículas visíveis revela o movimento de partículas que são invisíveis. Einstein provou que o movimento browniano devia ser mais intenso para partículas menores, e estudou também os diversos outros fatores que nele intervém, como, por exemplo, a viscosidade do líquido. Os trabalhos teóricos de Einstein permitiu os trabalhos experimentais de Perrin e seus discípulos. Ao analisar o movimento browniano de partículas de uma resina em suspensão, Perrin conseguiu medir o número de moléculas presentes em dada massa de água, e conseguiu resultados coincidentes com os já conhecidos por outro método. Robert Brandom Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa Robert Brandom Nascimento 13 de março de 1950 (70 anos) Cidadania Estados Unidos Alma mater Universidade de Princeton, Universidade Yale Ocupação filósofo, professor universitário Empregador Universidade de Pittsburgh [edite no Wikidata] https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#mw-head https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#mw-head https://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_mar%C3%A7o#Nascimentos https://pt.wikipedia.org/wiki/1950 https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Alma_mater https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Princeton https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Princeton https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Yale https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Pittsburgh https://www.wikidata.org/wiki/Q1312168 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Robert_Brandom.jpg Robert B. Brandom é um filósofo estadunidense. Sua principal obra é Making It Explicit, onde trabalha com a idéia de inferencismo com o objetivo de oferecer uma alternativa à semântica representacionalista. Brandom defende um neopragmatismo na lingüística, cujo objetivo é extrair todas as consequências da ideia wittgensteiniana de que o significado está no uso. Estas são as idéias que ele desenvolve em seu livro Making it Explicit de 1994 e, mais brevemente, em Articulating Reasons: An Introduction to Inferentialism (2000). Brandom também publicou uma coletânea de ensaios sobre a história da filosofia (Tales of the Mighty Dead, 2002). Robert Brandom defende uma espécie de estrutura normativa implícita nas práticas linguísticas. A investigação pragmática de Brandom pressupõe uma dimensão normativa de “direitos e compromissos” atreladas ao uso de palavras significativas. O significado de uma sentença é definido em termos de seu poder inferencial, ou seja, em termos de suas consequências normativas, tais como certos pressupostos de garantia, e o entendimento dos fundamentos da asserção.[1] Índice 1Vida 2Filosofia 3Livros o 3.1Textos de Brandom na Internet (em inglês) 4Referências 5Ligações externas Vida[editar | editar código-fonte] Brandom fez seus estudos primeiramente em Matemática e, depois, em Filosofia e Ciências da Cultura. Em 1972, tornou-se Bacharel em filosofia, "summa cum laude", pela Universidade de Yale. No ano de 1977, tornou-se doutor pela Universidade de Princeton, orientado por Richard Rorty e David Lewis. Desde 1981, é professor de Filosofia na Universidade de Pittsburgh.[2] Além de ter recebido uma forte influência de Richard Rorty e David Lewis, ocupou-se com Wilfrid Sellars,[3][4] Gottlob Frege,[5] Ludwig Wittgenstein, Jürgen Habermas[6] e Michael Dummett. Ele é o editor de uma coleção de artigos sobre a filosofia de Richard Rorty (Rorty and His Critics, 2000). Brandom está atualmente trabalhando em um livro sobre a Fenomenologia do Espírito, de Hegel.[7][8] Robert B. Brandom é casado com Barbara Wendeborn-Brandom e tem dois filhos. Filosofia[editar | editar código-fonte] Para Brandom os seres racionais são usuários de conceitos e sensíveis às razões (conceito apropriado de Wilfrid Sellars. Esse espaço, na visão de Brandom é uma estrutura conceitual, linguística e normativa por meio da qual os seres humanos podem aplicar conceitos e justificar razões, além de https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Infer%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem%C3%A2ntica https://pt.wikipedia.org/wiki/Representa%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Wittgenstein https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Vida https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Livros https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Textos_de_Brandom_na_Internet_(em_ingl%C3%AAs) https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Refer%C3%AAncias https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#Liga%C3%A7%C3%B5es_externashttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_Brandom&veaction=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_Brandom&action=edit§ion=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Yale https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Princeton https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Rorty https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Lewis https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Lewis https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Pittsburgh https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfrid_Sellars https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gottlob_Frege https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BCrgen_Habermas https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BCrgen_Habermas https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Dummett https://pt.wikipedia.org/wiki/Fenomenologia_do_Esp%C3%ADrito https://pt.wikipedia.org/wiki/Hegel https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-7 https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-7 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_Brandom&veaction=edit§ion=2 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Robert_Brandom&action=edit§ion=2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfrid_Sellars articular inferências, ou seja, a capacidade de fornecer razões e justificá-las num contexto inferencial.[9] https://pt.wikipedia.org/wiki/Infer%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Brandom#cite_note-9
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