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DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL, MOTOR, SOCIAL E SEXUAL

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DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL, MOTOR, EMOCIONAL, SEXUAL e SOCIAL nas diversas etapas da vida: 1º ano, fases de criança, adolescência, vida adulta e 3ª idade
Desenvolvimento físico-motor da criança de 0 a 2 anos
O recém-nascido tem um crescimento acelerado nos três primeiros meses de vida, em particular no durante o primeiro ano. De uma condição sem coordenação motora, como é a criança após o nascimento, por volta de doze meses, ela já assumiu a postura bípede e inicia a marcha.
O desenvolvimento físico da criança segue os seguintes princípios:
Céfalo-caudal, ou seja seu desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda;
Princípio próximo-distal, ou seja, do interior para o exterior. Tanto o crescimento quanto o desenvolvimento motor ocorrem do centro do corpo para fora.
O recém-nascido apresenta uma série de respostas físicas involuntariamente e que são desencadeadas por estímulos específicos chamados de reflexos. Alguns deles continuam presentes no adulto como piscar os olhos automaticamente quando há um sopro de ar nos olhos. Outras vezes os reflexos são adaptativos e essenciais para a sobrevivência do bebê, mas desaparecem durante o primeiro ano de vida, como é o caso de sugar e deglutir.
 Alguns dos reflexos chamados de primitivos e adaptativos:
Agarrar – ao esfregar a palma da mão do bebê com o dedo: ele irá segurar o dedo com força (desaparece aos 3 ou 4 meses).
Moro – ao emitir um som alto próximo do bebê ou simular que ele esteja sendo derrubado: o bebê estende os braços, pernas e dedos, arqueia as costas e atira a cabeça para trás (desaparece por volta dos 6 meses).
Marcha automática – segurando o bebê pelas axilas e deixando seus pés tocarem uma superfície plana: o bebê fará movimentos de passos alternando os pés como se estivesse caminhando (desaparece por volta de 8 semanas).
Babinski – ao esfregar a sola dos pés do bebê, começando dos dedos para o calcanhar: o bebê vai abrir os dedos dos pés como um leque (desaparece por volta dos 8 a 12 meses).
Natação – colocar o bebê na água com o rosto voltado para baixo: o bebê fará movimentos natatórios coordenados (desaparece por volta dos 4 meses).
Desenvolvimento cognitivo da criança de 0 a 2 anos
Jean Piaget dividiu o desenvolvimento no que ele chamou de estágios. De acordo com ele, o primeiro estágio sensório-motor está composto por seis subestágios que vão fluindo de um para o outro a medida que o bebê vai adquirindo padrões mais organizados de comportamento.
 Apresentamos uma síntese desses subestágios:
1º estágio - sensório-motor:
00 – 01 mês: o bebê apresenta-se centrado nas estruturas básicas (reflexos e sentidos).
01 – 04 meses: experimentação com o próprio corpo, como por exemplo, colocar o dedo na boca, experiências que ocorrem, inicialmente por acaso e, posteriormente, já intencionalmente.
04 – 10 meses: experimentação com objetos externos, como por exemplo, o móbile. Compreende, no final deste sub-estágio, que suas ações produzem efeitos externos. Ex.: bater a mão no móbile e este se mover.
10 – 12 meses: combinação de ações para alcançar um objetivo.
12 – 18 meses: busca novas maneiras de manipular, de brincar com os objetos. Ex: neste momento as capacidades motoras também já são mais amplas.
18 – 24 meses: a criança já se utiliza de imagens e palavras para significar os objetos.
 Desenvolvimento psicossocial da criança de 0 a 2 anos
Sigmund Freud (1859-1939) desenvolveu seu trabalho sobre o desenvolvimento humano e infantil afirmando que a sexualidade está presente no na pessoa desde o seu nascimento. A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais”. No início da vida, a função sexual está ligada à sobrevivência, e, portanto o prazer é encontrado no próprio corpo.
Para ele o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher.
A primeira fase do desenvolvimento psicossexual Freud chamou de:
Fase oral (de 0 a 2 anos): a manifestação mais precoce é a sucção, que tende a ser exercida por si mesma na ausência de um estímulo especifico em outros objetos ou regiões do corpo, tornando-se estas, zonas erógenas, isto é, geradoras de prazer.
Erickson Erickson propõe oito estágios do desenvolvimento psicossocial através dos quais um ser humano em desenvolvimento saudável deveria passar da infância para a idade adulta. É importante que cada fase do desenvolvimento seja bem resolvida para que a fase seguinte possa ser superada sem problemas. De acordo com Erickson, os bebês, nos primeiros 18 meses de vida, experimentam a primeira de oito crises e que irão influenciar o desenvolvimento da personalidade por toda vida:
Confiança versus desconfiança básica: confiança na mãe ou no principal cuidador e na própria capacidade de fazer as coisas acontecerem. O elemento essencial para que a confiança seja estabelecida é um apego inicial seguro. A desconfiança vem do oposto, ou seja, quando não há uma pessoa que estabeleça um vinculo seguro e há negligencia no cuidado com a criança, ela crescerá com sentimento de que o mundo não é um lugar seguro. Evidentemente isso irá refletir na relação dela com o mundo quando adulta.
 Desenvolvimento físico-motor da criança de 2 a 6 anos
Nessa fase o desenvolvimento motor da criança tem grandes avanços, ela pode pular, saltar, correr, envolvendo os grande músculos corporais.
 Desenvolvimento cognitivo da criança de 2 a 6 anos
De acordo com Piaget nesta fase a criança viverá o segundo estágio do desenvolvimento cognitivo chamado de pré-operatório que segue dos 02 a 07 anos aproximadamente. O Predomínio nessa fase é o egocentrismo, pois a criança não consegue colocar-se abstratamente no lugar do outro. A leitura da realidade é parcial e incompleta, a criança prioriza aspectos que são mais relevantes aos seus olhos. Sua percepção abstrata começa a ser aguçada à medida que aumenta sua capacidade de simular, imaginar situações, figuras e pessoas semelhantes.
Algumas características desta fase:
· Animismo: a compreensão da realidade física é muito mais limitada do que aquela que aparece em anos adiante. A criança tende a confundir os aspectos objetivos com os subjetivos, acredita em histórias mágicas e fantasiosas e costuma atribuir vida e características aos objetos inanimados. Por exemplo: pensa que a mesa é responsável por ter batido nela. Confunde, com frequência, os sonhos com a realidade.
· Conservação: a criança atém-se a uma coisa por vez. Ela consegue perceber um aspecto do objeto por vez, por exemplo, se percebe o comprimento, não percebe a largura.
· Falta de reversibilidade: a criança não percebe que as coisas podem ser somadas ou subtraídas. A quantidade de água de um recipiente continua o mesmo, apesar de apresentar forma diferente.
 Desenvolvimento psicossocial da criança de 2 a 6 anos
 Nesta etapa do desenvolvimento a criança estará vivendo duas das fases do desenvolvimento psicossexual, conforme Freud sendo elas:
Fase anal – a zona de erotização é o ânus (de 2 anos a 4 anos de idade).
Fase fálica – a zona de erotização é o órgão sexual (de 4 anos a 6 anos de idade).
 Erick Erickson afirma que a criança precisa lidar com os seguintes conflitos:
Autonomia versus dúvida – (dos 2 aos 3 ou 4 anos) nesse momento a criança precisa treinar suas habilidades motora e mental e se orgulha de suas realizações. Se os pais dão oportunidade e liberdade para que ela possa executar tarefas simples, mas que a fazem se sentir capaz irá prevalecer o sentido de autonomia. Porém se os pais se mostram superprotetores e tiram da criança a oportunidade de exploração o sentimento será de dúvida quanto a sua própria capacidade. Vale lembrar que nessa fase a criança está sendo treinada para deixar de usar fralda e é importante que os pais a incentivem para isso, pois atitudes de repressão exagerada irão despertar sentimentos de dúvida com relaçãoa si mesma.
 
Iniciativa versus culpa – (dos 4 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) coincide com a fase fálica de Freud. A criança manifesta, em geral, o desejo de executar tarefas tanto motoras como intelectuais. Os pais podem incentivar como gerar na criança sentimentos de incapacidade e culpa por não conseguir executar aquilo que esperam dela. É nessa fase que a criança descobre as diferenças sexuais e a diferença nos papéis tanto do homem como da mulher na sociedade.
Desenvolvimento físico-motor da criança de 6 aos 12 anos
O foco das atenções nesta fase está voltado para a vida escolar da criança. A socialização e as novas aprendizagens podem ser encaradas como um desafio, tanto para ela como para a família que também precisa se adaptar as grandes diferenças que a criança passa a apresentar em todos os aspectos do seu desenvolvimento.
Desenvolvimento cognitivo da criança de 6 a 12 anos
 Piaget denominou este período como:
3º Estágio – Operações concretas: é o período em que a lógica começa a desenvolver-se e a criança já consegue a seu modo, organizar e sistematizar situações e relacionar aspectos diferentes da realidade. Sua compreensão do mundo não é mais tão prática, mas ainda depende do mundo concreto para realizar abstrações.
 Principais características:
A criança é capaz de realizar as operações matemáticas básicas;
 Apresenta noções de peso, volume, quantidade, classificação e seriação de objetos;
O mundo concreto recebe maior atenção, já que ela pode perceber as coisas, compará-las, colocá-las em ordem, separá-las.
Apresenta o raciocínio indutivo, partindo da própria experiência para o geral.
A linguagem é mais socializada, considerando a perspectiva do outro. Espera que as pessoas possam se dirigir a ela de forma adequada.
Em geral nessa fase, as crianças são menos egocêntricas do que na fase anterior e mais preparadas para tarefas que exigem raciocínio lógico embora ainda se constate que seu pensamento ainda está voltado para o aqui e agora, ou seja, para as experiências concretas.
Desenvolvimento psicossocial da criança de 6 a 12 anos
Nesta fase a criança não possui ainda uma plena compreensão de emoções dirigidas para si mesma, como a vergonha e o orgulho. Por esta razão ela encontra dificuldade para reconciliar emoções aparentemente conflitantes, ou seja, reconhecer que podem experimentar diferentes reações emocionais ao mesmo tempo.
É nessa crise de desenvolvimento da personalidade que Erick Erickson estabelece a quarta crise denominada como:
Indústria versus inferioridade – esta fase coincide com o período da latência descrito por Freud. Nesta fase a criança aprende que é capaz de realizar e dominar tarefas. Quando ela recebe incentivo, aprende a ter prazer naquilo que faz e sente orgulho de estar produzindo (indústria),sentirá motivação para continuar. Ao contrário, quando sente frustração por não conseguir realizar uma tarefa, recebe excesso de críticas, por exemplo, com palavras desmotivadoras, se sentirá frustrada desenvolvendo um senso de incompetência.
Quanto ao desenvolvimento psicossexual, Freud denominou esta fase como Latência, pois para ele os desejos sexuais ficam reprimidos e o interesse da criança está voltado para a socialização.
Desenvolvimento físico-motor do adolescente
 Puberdade é um marco no se refere às mudanças biológicas pelas quais a criança terá agora que enfrentar, e para tanto, terá que se adaptar as profundas transformações do seu corpo marcando o final da infância.
 São momentos importantes nessa fase a primeira ejaculação dos meninos que ocorre por volta dos 14 anos e a primeira menstruação nas meninas, chamado de menarca e que acontece por volta dos 13 anos de idade.
 Quanto à adolescência ela é marcada pelas transformações psicossociais. Podemos consideraresta é a fase mais complexa e dinâmica do ponto de vista físico e emocional na vida do ser humano.
De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2001) as mudanças biológicas da puberdade, que sinalizam o fim da infância, resultam em rápido crescimento em altura e peso, mudanças nas proporções e na forma do corpo e obtenção de maturidade sexual. Essas mudanças físicas radicais fazem parte de um longo e complexo processo de amadurecimento que se inicia mesmo antes do nascimento, e suas ramificações psicológicas continuam até a vida adulta.
 Meninos e meninas crescem de maneira diferente. Um menino torna-se maior em geral; os ombros alargam-se, as pernas tornam-se mais longas em relação ao peito, e os antebraços mais longos em relação aos braços e à altura. A pélvis de uma menina alarga-se para facilitar o parto, e camadas de gordura formam-se logo abaixo da pele, dando-lhe uma aparência mais arredondada (p.443).
Desenvolvimento cognitivo do adolescente
 Do ponto de vista cognitivo, Piaget, afirma que os adolescentes entram no nível mais elevado de desenvolvimento cognitivo e chamou esse período como:
Período das operações formais – neste momento se desenvolve a capacidade para o pensamento abstrato. Surge neste momento um modo novo e mais flexível de pensar e manipular as informações. O adolescente não está mais limitado ao aqui e agora, é capaz de compreender o tempo histórico e o espaço. É capaz de utilizar símbolos para representar símbolos e assim podem aprender álgebra e cálculos.
 
Desenvolvimento psicossocial do adolescente
 De acordo com a teoria de Erick Erickson, a principal tarefa do adolescente é confrontar a seguinte crise:
identidade versus confusão de identidade: dá-se o desenvolvimento coincide com a puberdade e adolescência. Pode ocorrer a crise de identidade, o qual Erickson tratou como crise normativa (normal). Caso o adolescente fracasse, ficará sem uma identidade sólida e por uma confusão acerca de seu próprio lugar no mundo.
 Sabemos que a adolescência é marcada como uma fase difícil, tanto para o jovem quanto para a família, afinal os pais de certa maneira perdem a criança e precisam reconhecer o filho que agora se apresenta com vontade própria e na maioria das vezes, questionando e contestando tudo e o mundo de maneira geral.
 Por sua vez, o adolescente também precisa se reconhecer e descobrir quem de fato ele é, conforme Erickson descreve nesta crise.
 É um momento difícil e faz com que o jovem busque no grupo de amigos a referência para sua identidade. E assim, é possível que ele frequente diferentes grupos, seja na escola, grupos religiosos ou tantos outros.
 Assim, todos os valores sociais e familiares são questionados, o que até então era aceito sem dificuldades, agora é questionado.
 Freud denominou a fase da adolescência como:
Fase genital: ultima fase descrita por Freud, precede o estado final do desenvolvimento sexual e a organização genital definitiva. A libido não está mais voltada para o próprio corpo, mas se projeta para o outro. 
 
Desenvolvimento do jovem adulto: físico, cognitivo e social
É considerado como adulta a pessoa que é capaz de estruturar o ambiente e se perceber objetivamente nos outros e também, o indivíduo, de qualquer sexo, que adquiriu uma identidade pessoal e uma integração da personalidade total.
Seguindo os estudos de Papalia, Olds e Feldmans (2006) dividiremos o estudo sobre o desenvolvimento do adulto em:
Jovem Adulto – de 20 a 40 anos, aproximadamente e,
Idade adulta – dos 40 aos 65 anos.
De acordo com as mesmas autoras, do ponto de vista físico os jovens, geralmente se encontram numa fase em que suas capacidades físicas e de saúde estão normais. Sendo que é na fase adulta que se assenta a base para o funcionamento físico de todo o restante da vida (p.517).Também estão no auge do funcionamento sensório e motor.
Por volta dos 20 anos, a maioria das funções corporais está plenamente desenvolvida. A acuidade visual é máxima aproximadamente dos 20 aos 40 anos; e o paladar, o olfato e a sensibilidade à dor e à temperatura geralmente permanecem inalterados até pelo menos os 45 anos.
Éimportante que a pessoa desenvolva nessa fase hábitos saudáveis, mantenha uma alimentação equilibrada e não faça uso de substância que irão por em risco sua vida.
Atualmente observamos que a obesidade está cada vez mais presente na população em geral. O uso de tabaco e principalmente álcool e outras drogas se faz presente e compromete a saúde das pessoas o que com que as autoridades considerem os comportamentos de risco um problema de ordem pública.
Quanto aos aspectos cognitivos do jovem adulto as estruturas intelectuais se encontram em seu apogeu. É possível que a escolha profissional seja em decorrência da conclusão do ensino médio ou pela continuidade do ensino superior. Embora Piaget considerasse o estágio das operações pós formais como sendo o auge do desenvolvimento cognitivo, outros autores afirmam que a mudança na capacidade cognitiva do jovem adulto ultrapassam o último estágio de Piaget e apresentam:
Estágio do pensamento pós-formal – o pensamento é mais complexo e que se caracteriza pela capacidade de lidar com as incertezas, com inconsistência e contradições. O pensamento pós-formal lida com a informação do contexto social.
Do ponto de vista psicossocial, Erick Erickson apresenta nessa fase, a sexta crise de desenvolvimento psicossocial:
intimidade versus isolamento – ocorre na fase final da adolescência até os primeiros anos da maturidade (meia idade). A intimidade está na capacidade do indivíduo em estabelecer relacionamentos não somente sexuais, mas também amizades intensas e duradouras.
A base dos relacionamentos íntimos tem início no início da vida adulta jovem. Esse é um período de profundas mudanças nos relacionamentos pessoais no qual as pessoas estabelecem, renegociam ou consolidam laços baseados na amizade, na sexualidade e no amor.
 Na vida adulta jovem as amizades tendem a se centrar nas atividades de trabalho e de criação dos filhos e no compartilhamento de segredos e conselhos. Geralmente se baseiam em interesses e valores mútuos e desenvolvem-se entre pessoas da mesma geração ou da mesma etapa de vida familiar, que validam as crenças e o comportamento uma das outras.
Idade adulta
Nessa fase é tempo de olhar tanto para frente como para trás, ou seja, para aquilo que já se viveu e para os que virão. Pode ser uma época para fazer um balanço, reavaliar objetivos e aspirações e decidir como melhor utilizar a parte restante do ciclo de vida.
Com relação aos aspectos físicos ocorrem mudanças fisiológicas resultantes do envelhecimento biológico e da constituição genética, mas o acúmulo de fatores comportamentais e de estilo de vida, desde a infância, afetam a probabilidade e a extensão das mudanças físicas. A saúde e os hábitos de estilo de vida nos anos intermediários, também influenciam o que acontece nos anos posteriores.
Próximo aos 50 anos, a mulher terá a perda da menstruação, marcando assim o fim do ciclo reprodutivo e entrando na fase da menopausa. Além dos sintomas físicos como: secura vaginal, dores articulares ou musculares, dores de cabeça, fadiga, insônia, ganho de peso entre outros, ocorrem também os problemas psicológicos.
Esse pode ser um período estressante para a mulher por se tratar de um marco no seu desenvolvimento, é necessário estar atento e poder oferecer apoio para que ela atravesse essa fase sem muitos transtornos.
Em relação aos aspectos psicossociais, Erick Erickson apud Papalia (2006) considerava o período em torno dos 40 anos como a época em que as pessoas passam pela sétima crise normativa que ele descreveu como:
Geratividade versus estagnação – geratividade ou a preocupação que adultos maduros apresentam com o estabelecimento e a orientação da próxima geração. Prevendo o declínio de sua vida, as pessoas sentem a necessidade de deixar um legado. As pessoas que não encontram um escape para a geratividade tornam-se absortas em si mesmas, excessivamente entregues aos próprios prazeres ou estagnadas (inativas ou inertes).
Nessa fase já não há mais a preocupação com a criação ativa dos filhos e deles terem saído definitivamente para ter sua própria vida. Quando os filhos tornam-se adultos, os laços entre pais e filhos geralmente diminuem de importância, mas esses laços normalmente duram enquanto os pais viverem.
 A saída dos filhos de casa (síndrome do ninho vazio) não indica o fim da paternidade e da maternidade e sim uma transição para uma nova etapa: o relacionamento entre pais e filhos adultos.
Desenvolvimento Terceira Idade: físico, cognitivo e social
As mudanças fisiológicas na terceira idade são altamente variáveis; muitos dos declínios comumente associados ao envelhecimento podem, na verdade, ser efeitos de doenças em vez de causas.
Alguns sistemas corporais declinam mais rápido do que outros. Entre as mudanças mais graves estão aquelas que acometem o coração. Seu ritmo tende a tornar-se mais lento e irregular, depósitos de gordura acumulam-se ao seu redor, podendo interferir em seu funcionamento, e a pressão arterial costumar aumentar.
Os homens tendem a sofrer de osteoporose 10 anos mais tarde do que as mulheres devido à maior massa óssea e a perdas hormonais mais graduais. Embora o declínio físico, geralmente seja imperceptível na vida cotidiana, as pessoas mais velhas geralmente não conseguem responder às demandas físicas de situações estressantes com a mesma rapidez e eficiência que antes.
Adultos mais velhos são particularmente suscetíveis a quedas devido à reduzida sensibilidade das células receptoras que levam ao cérebro informações sobre a posição do corpo no espaço – informações necessárias paramanter o equilíbrio. Reflexos mais lentos, menor força muscular e perda de visão e de percepção de profundidade também contribuem para a perda de equilíbrio.
Falhas na memória costumam ser consideradas um sinal de velhice, mas tanto a memória, assim como em outras capacidades cognitivas, o funcionamento das pessoas mais velhas, varia bastante. Mudanças neurológicas, assim como declínio na velocidade perceptual, podem explicar grande parte do declínio no funcionamento da memória em adultos mais velhos.
Com relação à sexualidade o fator mais importante na manutenção do funcionamento sexual na terceira idade é a atividade sexual regular ao longo dos anos. Muitas pessoas mais velhas são sexualmente ativas, embora a frequência e a intensidade da experiência sexual geralmente sejam menores do que para adultos jovens. 
A aprendizagem vitalícia pode manter pessoas mais velhas mentalmente alertas. Adultos mais velhos aprendem melhor quando os materiais e métodos são adaptados às necessidades dessa faixa etária.
Do ponto de vista psicossocial, a idade adulta já foi considerada um período relativamente estável. Freud acreditava que a partir dos 50 anos de idade, a personalidade estivesse permanentemente formada e que os processos mentais fossem inflexíveis a partir de então.
Em seu oitavo e último ciclo Erick Erickson denomina esta crise como:
Integridade versus desespero - é necessário que o adulto mais velho avalie, resuma e aceite a própria vida para poder então aceitar o fim dela. O desespero advém daqueles que não alcançam à aceitação e percebem que o tempo é curto demais para buscar outros caminhos para si
Como nas fases anteriores, Erickson coloca a inevitável e necessária condição de se viver o lado aparentemente “negativo” da crise. Nesse caso, as pessoas precisam lamentar sua vulnerabilidade e a condição transitória da existência. 
Com relação à saúde mental, tanto no nível mental quanto comportamental, é devastador suas manifestAções na velhice. 
Aproximadamente dois terços dos casos de demência podem ser causados pelo mal de Alzheimer, distúrbio degenerativo e progressivo do cérebro.
Já o mal de Parkinson é o segundo distúrbio mais conhecido envolvendo degeneração neurológica progressiva, caracteriza-se por tremor, rigidez, retardamento dos movimentos e postura instável.
Sintomas de depressão são comuns também em pessoas mais velhas, mas, muitas vezes, são ignorados porque são erroneamente considerados como umacontecimento natural do envelhecimento.
Algumas pessoas mais velhas deprimem-se como resultado de perdas físicas e emocionais, e alguns aparentes “distúrbios cerebrais”, na verdade, devem-se à depressão. Mas a depressão pode ser abrandada se as pessoas mais velhas procurarem ajuda.

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