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Avaliação Psicológica Avaliação Psicológica Testes Psicológicos e Suas Finalidades Teste é uma palavra de origem inglesa que significa “prova”; deriva do latim testis e é usada internacionalmente para denominar uma modalidade de medição bastante conhecida hoje em dia em diversos campos científicos e técnicos. “Uma medição só é chamada de teste se for usada, primordialmente, para se descobrir algo sobre o indivíduo, em vez de responder a uma questão geral.( Tyler, 1973). O instrumento psicométrico mais típico é o teste. Todavia, não é o único. Trata- se de uma situação estimuladora padronizada (itens de teste e ambiente de aplicação) à qual uma pessoa responde. Entende-se por situação experimental tudo aquilo que faz parte do teste e da aplicação do mesmo, definidos anteriormente, ou seja, material empregado, instruções, local da aplicação, etc… Essas condições precisam ser padronizadas para que se evitem variações nas condições da administração. Em segundo lugar, se o teste é um estímulo que gera uma resposta do indivíduo, o registro desse comportamento é deveras importante. Deve ser preciso para ser confiável. No caso dos testes em que cabe ao indivíduo registrar a própria resposta, não há problema. Entretanto, quando se precisa anotar a resposta do indivíduo e, ao mesmo tempo, observar sua responsividade não-verbal, todo o cuidado é pouco. Teste de Zulliger Finalidade: Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer finalidade (psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, avaliação de desempenho, etc.). A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua estrutura ou em sua dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade, relacionamento interpessoal, etc. O Teste de Zulliger constitui-se de três pranchas: Prancha I – Aspectos primitivos da personalidade Prancha II – Afetividade / Emoções Prancha III – Relacionamento De uma forma geral, a avaliação psicológica pode ser definida como um conjunto de técnicas e procedimentos que tem o objetivo de verificar determinadas características psicológicas de uma pessoa, sendo o psicólogo o único profissional habilitado por lei para exercer esta função (CFP 007/2003).O objetivo da avaliação psicológica não é fazer julgamentos morais ou estabelecer critério de certo ou errado e sim buscar entender a partir de técnicas especificas as diferenças individuais, no que diz respeito às suas capacidades, habilidades, características de personalidade, comportamentos ou algum possível conflito (interno ou externo) de determinada pessoa. Muitas vezes a avaliação psicológica é confundida como uma simples aplicação de um único teste, porém, para realizá-la existem diversos métodos e técnicas, como por exemplo: testes psicológicos, dinâmicas de grupo, entrevistas, observação, testes situacionais, anamneses, entre outros. De acordo com a lei 4.119/62, o profissional da área de psicologia tem a liberdade para escolher quais serão as técnicas a serem utilizadas, desde que essa escolha seja pautada no objetivo das características psicológicas a serem investigadas. Por exemplo, as técnicas utilizadas para fazer uma seleção de um funcionário que está ingressando em uma empresa serão diferentes das técnicas utilizadas para se fazer um diagnóstico ou realizar orientação profissional. A avaliação psicológica é amplamente utilizada em diversos contextos, dentro de empresa, por exemplo, ela desempenha uma função essencial não apenas na área de seleção , mas também na área de desenvolvimento pessoal e mesmo de avaliação de potencial. Muitas organizações constatam que a avaliação psicológica é uma ferramenta poderosa de tomada de decisão que tráz benefícios indubitáveis para os indivíduos e para a organização. No âmbito de seleção de pessoal é possível detectar perfis mais adequados e os que não são compatíveis com o cargo, evitando assim consequências prejudiciais, como o adoecimento, prejuízos financeiros e a desmotivação do funcionário com o cargo exercido (Ferreira & Santos, 2010). A realização da avaliação psicológica na área da saúde é indispensável quando pensamos em medidas “curativas” ou preventivas, pois a partir dessa técnica é possível que o profissional tenha mais clareza sobre diagnósticos, métodos de tratamento ou de prevenção de determinadas patologias (Custódio, 2002). Pode-se citar ainda a contribuição da avaliação psicológica nas situações em que se faz necessário avaliar pessoas que podem ser expostas a situações de risco como por exemplo se determinada pessoa está apta a conduzir veículos ou portar armas de fogo, tal resultado pode evitar possíveis transtornos tanto para o individuo como para sociedade. O uso dessa técnica também é uma importante ferramenta para a tomada de decisões seja ele no âmbito jurídico, na área neuropsicológica, orientação vocacional, entre outros. Teste Wartegg Finalidade: O Teste de Wartegg é uma técnica de investigação da personalidade através de desenhos obtidos por meio de uma variedade de pequenos elementos gráficos que servem como uma série de temas formais a serem desenvolvidos pelo indivíduo de maneira pessoal. São oito campos onde o testando deverá realizar oito desenhos, na seqüência que desejar, o tema que quiser, de acordo com seu próprio ritmo. Cada campo tem um valor arquetípico: Campo 1 – O eu, ego, auto-estima Campo 2 – Fantasias, afetividade Campo 3 – Ambição, metas, objetivos Campo 4 – Angústia, como lida com conflitos Campo 5 – Energia vital, transposição de obstáculos Campo 6 – Criatividade Campo 7 – Sexualidade, sensualidade e sensibilidade Campo 8 – Social, empatia com os outros A integração desses campos constituem a própria personalidade humana, tanto na sua estrutura como na sua dinâmica. Avaliação psicológica A avaliação psicológica diz respeito a um procedimento de levantamento de informações a respeito de um paciente ou cliente, com o propósito de tomada de decisão, podendo ser avaliadas características como inteligência, personalidade, interesse, entre outros. https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Interesse No senso comum, avaliação psicológica tem sido associada a aplicação de testes psicológicos. Esse entendimento, porém, não é correto, uma vez que a avaliação diz respeito a um processo maior de coleta de dados, sendo que a utilização de instrumentos como testes, escalas e inventários apenas uma possibilidade. Personalidade Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de "conjunto das características marcantes de uma pessoa", de forma que se pode dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso no entanto leva em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico aqui tratado. O presente artigo descreve uma série de características que foram tratadas como componentes da personalidade. Para uma introdução às diferentes teorias que procuram explicar o desenvolvimento e a estrutura da personalidade Encontrar uma exata definição para termo personalidade não é uma tarefa simples. O termo é usado na linguagem comum - isto é, como parte da psicologia do senso comum - com diferentes significados, e esses significados costumam influenciar as definições científicas do termo. Assim, na literatura psicológica alemã persönlichkeit costuma ser usado de maneira ampla, incluindo temas como inteligência;o conceito anglófono de personality costuma ser aplicado de maneira mais restrita, referindo-se mais aos aspectos sociais e emocionais do conceito alemão. Carver e Scheier dão a seguinte definição: "Personalidade é uma organização interna e dinâmica dos sistemas psicofísicos que criam os padrões de comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma pessoa". Esta definição de trabalho salienta que personalidade: é uma organização e não uma aglomerado de partes soltas; é dinâmica e não estática, imutável; é um conceito psicológico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus processos; https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia é uma força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o mundo que a cerca; mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e consistentes expressa-se de diferentes maneiras - comportamento, pensamento e emoções. Asendorpf complementa essa definição. Para ele personalidade são as particularidades pessoais duradouras, não patológicas e relevantes para o comportamento de um indivíduo em uma determinada população. Esta definição acrescenta àquela de Carver e Scheier alguns pontos importantes: Os traços de personalidade são relativamente estáveis no tempo; As diferenças interpessoais são variações frequentes e normais - o estudo das variações anormais é objeto da psicologia clínica (ver também transtorno mental e transtorno de personalidade) A personalidade é influenciada culturalmente. As observações da psicologia da personalidade são assim ligadas apenas à população em que foram feitas; para uma generalização de tais observações para outras populações é necessária uma verificação empírica. Aspectos da personalidade Personalidade é, como se viu, um conceito complexo, com várias facetas. A seguir serão apresentados alguns aspectos que costumam ser considerados como partes da personalidade ou que a influenciam de maneira especial. Os parágrafos individuais são apenas introduções mínimas aos assuntos relacionados e links são oferecidos para artigos onde cada um dos temas é tratado com mais profundidade. Forma física e personalidade A relação entre forma física e personalidade estimula a imaginação de filósofos e pensadores desde a antiguidade. Kretschmer propôs nos anos 20 do século XX uma classificação dos tipos físicos que, supunha ele, estavam relacionados com diferentes transtornos mentais, posteriormente com diferentes temperamentos. Ele classifica três tipos físicos: https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cl%C3%ADnica https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_personalidade Tipo longilíneo ou leptossômico, de corpos delgados, ombros estreitos, peito aplainado, rosto alargado e estreito, membros longos e delgados. Teria uma maior tendência para a esquizofrenia e um temperamento mais sensível; Tipo atlético ou muscular, de sistema ósseo e muscular desenvolvidos, ombros largos, cadeiras estreitas e pescoço grosso. Teria tendência para a epilepsia e um temperamento intermediário entre os outros dois; Tipo brevelíneo ou pícnico, de rosto arredondado, abdome saliente, membros curtos. Tenderia à ciclotimia e a um temperamento mais tranquilo. A relação correlativa entre essas características foi inicialmente empiricamente comprovada. Análises posteriores mais exatas, que levavam em conta outras variáveis - como a idade - e usavam métodos mais objetivos, acabaram por derrubar a teoria de Kretschmer. No entanto a possibilidade de haver uma real relação entre forma física e características psicológicas não é improvável, mas não de maneira direta, como pensava Kretschmer. A forma física pode, através de um processo de autopercepção, ser considerada positiva ou negativa e, assim, influenciar a autoestima, influenciando assim os traços de comportamento; pode ainda ser influenciada pela percepção que a pessoa tem de si, influenciar os motivos e interesses da pessoa, influenciando assim também as tendências de comportamento da pessoa. No entanto não apenas a autopercepção pode influenciar a autoestima e os interesses de alguém; o juízo de outras pessoas e a reação destas desempenham também um importante papel nesse processo, de forma que as características de comportamento estáveis (assim a personalidade) são influenciadas indiretamente e de quatro maneiras diferentes pela forma física: Forma física → autopercepção → autoestima → comportamento Forma física → autopercepção → interesses e motivos → comportamento Forma física → juízo alheio (reação dos outros ao indivíduo) → autoestima → comportamento Forma física → juízo alheio → interesses e motivos → comportamento Temperamento Temperamento designa as disposições do indivíduo ligadas à forma do comportamento, principalmente as ligadas aos "três As da personalidade": afetividade, ativação (excitação) e atenção. https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclotimia https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoestima https://pt.wikipedia.org/wiki/Motivo_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Disposi%C3%A7%C3%A3o Competências ou habilidades Competências ou habilidades são traços da personalidade que exprimem a capacidade de alguém de alcançar determinada realização ou desempenho. Inteligência Inteligência é um construto complexo que descreve a capacidade intelectual do indivíduo. Criatividade Criatividade, apesar ser um termo muito difundido e discutido, é um construto de difícil definição, porque cada autor parece defini-lo de uma maneira diferente. Alguns autores chegam mesmo a se perguntar se criatividade não seria um conjunto de traços de personalidade ao invés de um só. Guilford (1950) define criatividade como a capacidade de pensar divergentemente, ou seja, de encontrar soluções diferentes e novas para um problema, em oposição ao pensamento convergente que encontra soluções para problemas para os quais há apenas uma resposta correta. Já Russ (1993) trabalha com um conceito mais amplo, que inclui traços afetivos do indivíduo, como a tolerância de ambiguidade, a abertura diante de novas experiências, grande números de interesses e baixa tendência para o uso de mecanismos de defesa. Competência social e inteligência emocional O termo competência social, na psicologia do senso comum normalmente entendido como a capacidade de lidar com outras pessoas, é de difícil definição, por conter dois componentes distintos, que têm entre si uma correlação muito pequena: a capacidade de defender e/ou de impor os próprios interesses e a capacidade de construir relacionamentos. Inteligência emocional é um termo problemático. Ele foi definido de diferentes formas por diferentes autores (Salovey & Mayer, 1990; Mayer et al. 2000; Van https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Construto https://pt.wikipedia.org/wiki/Construto https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismos_de_defesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o der Zee et al., 2002) e em todas as suas definições não representa uma atividade intelectual - ou seja, não corresponde à idéia de inteligência (ver acima). O termo "inteligência emocional" refere-se sobretudo a determinadas competências no lidar com emoções que, apesarde serem estáveis na personalidade do indivíduo, costumam variar de acordo com as emoções envolvidas - ou seja a pessoa pode saber lidar bem com a emoção medo, mas não com a raiva. Disposições ligadas à ação Necessidades, motivos e interesses Enquanto "temperamento" refere-se à forma do comportamento ou da ação, necessidades, motivos e interesses dizem respeito à direção da ação, ou seja, aos seus objetivos - estando assim intimamente ligados à motivação. As pessoas variam com relação ao significado pessoal de diferentes necessidades, que determinam, por sua vez, suas ações e seu comportamento. Motivos são disposições ligadas ao valor atribuído às consequências dos atos - como por exemplo a "busca de sucesso" ou a "evitação de fracassos" podem ser fins mais ou menos desejáveis - e são fruto de uma interação entre necessidades e pressões externas. Interesses também incluem uma valoração, mas direcionadas para a ação em si, independente do resultado - por exemplo jogar xadrez ou escrever na Wikipédia podem ser consideradas ações mais ou menos agradáveis, independentemente do sucesso atingido. Convicções ligadas à ação Os motivos são, como visto, disposições ligadas ao valor dado às consequências de uma ação. Eles estão assim intimamente ligados às expectativas do indivíduo com relação a suas ações. Há diferentes estilos de expectativas (al. Erwartungsstile), como por exemplo é o caso de a pessoa ser mais ou menos pessimista ou otimista. Durante a realização de uma atividade agem os chamados mecanismos de controle da ação (al. Handlungskontrolle), que têm por objetivo, por assim dizer, proteger a ação contra intenções concorrentes. Aqui podem manifestar-se diferentes estilos de controle da ação. Por exemplo, pessoas perseverantes são capazes de "desligar" por algum tempo outras atividades a fim de alcançar um determinado resultado enquanto pessoas menos perseverantes distraem-se mais facilmente. Quando a ação https://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento atinge o seu resultado surgem juízos relacionados a sua causa: por que determinada coisa aconteceu? A esse tipo de juízo dá-se o nome de atribuição. Também quanto à atribuição há diferentes estilos - por exemplo algumas pessoas tendem a colocar a culpa sempre nos outros ou a se sentir sempre responsáveis. Esses três grupos de características da personalidade (estilos de expectativas, de controle da ação e de atribuição) foram chamados por Asendorpf convicções ligadas à ação (Handlungsüberzeugungen). Um tipo especial de expectativas são as chamadas expectativas de autoeficácia, autoeficácia percebida ou ainda expectativas subjetivas de competência. Estes termos designam a expectativa que uma pessoa tem de ser capaz de realizar determinada tarefa. Esta característica da personalidade está intimamente ligada aos diferentes estilos de atribuição: uma pessoa que tende a se considerar incapaz de realizar um tarefa (ex. ser aprovado em um exame) irá, com maior probabilidade, considerar um sucesso (passar no vestibular) como obra do acaso do que uma realização pessoal. Estilos de superação (coping) O termo coping foi gerado no contexto da pesquisa sobre o estresse e designa os mecanismos que auxiliam o indivíduo a superar uma situação estressante. Lazarus (1966) diferencia entre dois tipos de coping: coping orientado para o problema, que é a busca de uma modificação da situação que causa o estresse, e coping intrapsíquico, que é praticamente uma mudança na maneira da pessoa lidar com a situação - quer por uma mudança na maneira de lidar com a situação ou com as emoções provocadas pela situação (ex. técnicas de relaxamento, tentativa de ver o lado positivo da situação, etc.). Por exemplo uma pessoa estressada por morar em más condições, em uma rua barulhenta e não conseguir dormir pode tentar resolver esse problema mudando de casa (coping orientado para o problema) ou, por exemplo, tentar aprender alguma forma de relaxar apesar do barulho ou começar a direcionar sua atenção para os bons amigos que moram no bairro e os bons momentos vividos na casa (coping intrapsíquico). Posteriormente um terceiro tipo de coping, o "coping por expressão emocional" foi acrescentado, que é uma mudança na forma da reação emocional ao estresse - ex. sorrir quando se está triste. Essas três categorias de coping reúnem uma série de diferentes formas de lidar com uma situação de estresse. Dentre essas inúmeras formas o indivíduo tende a escolher e dar preferência a algumas - a esse traço da personalidade se dá o nome de "estilo de coping". https://pt.wikipedia.org/wiki/Atribui%C3%A7%C3%A3o_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoefic%C3%A1cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Vestibular https://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_relaxamento https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_relaxamento Disposições ligadas à valoração (ou ao juízo de valor) Temperamento, competências e as disposições ligadas à ação são traços de personalidade ligados ao comportamento. Um outro grupo de traços está ligado às particularidades da valoração ou do juízo de valor. Valorar um objeto da percepção ou imaginário é dar-lhe um valor e esse valor gera preferências - e estas podem tornar-se relevantes para o comportamento. Postura Por postura de valores (Werthaltungen) entende-se a tendência individual de se julgarem determinados objetivos (ex. liberdade, igualdade) ou disposições de ação (ex. honestidade, prestatibilidade) como desejáveis ou indesejáveis. Entre os diferentes tipos de postura e as disposições de comportamento correspondentes há uma relação de correlação - ou seja, pessoas que valorizam novidades (postura) tendem a ser curiosas (disposição de comportamento); pessoas ansiosas (disposição de comportamento) costumam valorizar a segurança (postura). Atitude Atitude designa as particularidades individuais na valoração de objetos específicos, quer da percepção, quer da imaginação. As atitudes influenciam não o comportamento diretamente em uma dada situação, mas o comportamento em uma série de situações diferentes. Assim uma pessoa com uma atitude positiva com relação a uma alimentação saudável pode gostar de comer frituras (comportamento isolado), mas pode cozinhar ela própria, comprar alimentos naturais e integrais e fazer cursos sobre a alimentação (série de situações). Atitudes coletadas através de perguntas não influenciam o comportamento real quando tal comportamento é socialmente desejável ou indesejável. Assim, pessoas com atitudes preconceituosas contra um determinado grupo de pessoas talvez não se comporte de acordo com essa atitude por ser um tal comportamento socialmente condenado. Como se vê, a principal diferença entre postura e atitude é o grau de abstração dos objetivos a que se referem, referindo-se a atitude a elementos mais concretos. No entanto a difereça entre "mais" e "menos" concreto é uma https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o diferença quantitativa e assim a distinção entre as duas disposições nem sempre é clara. Disposições ligadas à própria pessoa Disposições ligadas à própria pessoa referem-se à tendência de a pessoa ver e julgar a si mesma em determinadas situações. Tais disposições usam os conceitos de si-mesmo na primeira pessoa (Eu) e na terceira pessoa (Mim). Eu designa a instância interna da pessoa que é responsável pela ação e pelo conhecimento; mim (inglês me) (ou si-mesmo quando dito na terceira pessoa) designa a parte interna da pessoa que é objeto do conhecimento, ou seja,aquilo que eu sei sobre mim. Esse auto-conhecimento tem, por sua vez, duas parte: uma descritiva, a autoimagem, e outra valorativa, a autoestima (veja ambas abaixo). "eu", "mim" e "autoimagem" A autoimagem, essa descrição de si mesmo que cada um faz, é também disposicional, ou seja, é uma tendência relativamente estável que a pessoa tem de se ver de uma determinada maneira em determinadas situações. Ela é composta tanto de conhecimento universal, que diz respeito a todas as pessoas que são como eu (estudantes são críticos, brasileiros são simpáticos, etc.), como de conhecimento individual, ou seja, relativo somente a mim (eu tenho medo de altura, sou bom esportista, etc.). Como se vê esse conhecimento também é influenciado por preconceitos e ideias preconcebidas. Autoestima A autoestima, como parte valorativa do conhecimento de si mesmo, ou seja, o juízo que eu faço sobre mim mesmo, pode ser concebida como a atitude de uma pessoa sobre si mesma e assim também é uma característica da personalidade, se bem que menos estável do que a autoimagem por ser sensível a variações do humor. A autoestima é uma característica situação- específica, ou seja, ela varia de acordo com a situação: eu posso estar https://pt.wikipedia.org/wiki/Si-mesmo https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito https://pt.wikipedia.org/wiki/Humor satisfeito comigo mesmo quando estou na universidade, mas insatisfeito quando estou na quadra de esportes. Aspectos disposicionais da dinâmica da autoestima Outros aspectos disposicionais ligados à autoestima são as chamadas cognições ligadas a si mesmo: autopercepção, a percepção do próprio corpo e do próprio comportamento; a memória de si, as recordações ligadas à própria pessoa e às experiências feitas no passado; o reflexo social, ou seja, a opinião que nós pensamos que outras pessoas têm a nosso respeito, e a comparação social, ou seja, a autoestima não é apenas baseada na nossa percepção de nós mesmo, mas também na percepção que nós fazemos dos outros a nosso redor. Um dos motivos mais descritos na literatura psicológica é o motivo de aumento da autoestima: todas as pessoas desejam ter uma autoestima positiva e têm assim uma tendência a se supervalorizar. Essa tendência é normal e saudável até um determinado ponto, em que passa a ser socialmente condenada. Nesse momento, caracterizado pela falta de empatia, hipersensibilidade com relação a críticas e variações do humor, essa tendência recebe o nome de narcisismo - mas não se trata ainda do transtorno de personalidade narcísico, mas ainda de uma variação normal da personalidade. Um outro processo importante ligado ao conceito de si mesmo é a autorrepresentação. O sociólogo E. Goffman comparou o comportamento social a um teatro público, em que nós nos representamos a nós próprios. Essa representação tem um determinado fim: a administração da própria imagem, ou seja, cada um procura controlar a impressão que ele provoca sobre os outros. Momentos há em que temos a nossa atenção voltada para nós mesmo. A esse estado normalmente curto dá-se o nome de autorreflexão (al. Selbstaufmerksamkeit). Alguns autores puseram-se a questão, se há uma disposição em direção a uma autoreflexão mais ou menos forte. A essa disposição Asendorpf deu o nome de autoconsciência (al. Selbstbewusstheit). Esta é por sua vez composta de três fatores (Feingstein et al., 1975): (i) autoconsciência privada, ou seja, a tendência de pensar muito sobre si mesmo; (ii) autoconsciência pública, em outras palavras, a tendência de se preocupar sobre a impressão que se causa sobre outros, e https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Aten%C3%A7%C3%A3o (iii) ansiedade social, que é a tendência a ter medo em situações sociais. Bem-estar O bem-estar designa a parte subjetiva da saúde mental. Apesar de ser também influenciado por fatores externos ao indivíduo e de suas capacidades, o bem- estar representa também um determinado traço da personalidade relativamente independente de tais fatores. Desenvolvimento da personalidade A estabilidade da personalidade A pesquisa empírica conseguiu determinar quatro princípios para descrever a estabilidade dos traços de personalidade: Quanto maior o intervalo entre a primeira e a segunda medição, maior a mudança - ou seja, os traços da personalidade se modificam com o passar do tempo; Em diferentes áreas da personalidade a estabilidade também é diferente - por exemplo: durante a vida, a inteligência tem uma estabilidade muito alta; já o temperamento tem uma estabilidade mediana, enquanto a autoestima pode variar muito. Muitos traços da personalidade são tanto mais instáveis quanto mais instável é o ambiente social - assim mudanças bruscas no ambiente podem trazer consigo mudanças na personalidade da pessoa; Na infância, quanto mais cedo é feita a primeira medição, mais instáveis são os traços da personalidade - isto é, com o aumento da idade há uma tendência de estabilização das características da personalidade, se bem que na puberdade possa haver alguns momentos passageiros de instabilidade. Duas razões são apresentadas para esse aumento na estabilidade da personalidade: No decorrer do desenvolvimento a auto-imagem torna-se cada vez mais estável - o conhecimento que a criança tem de si mesma cresce com o tempo e, se o ambiente for relativamente estável, também a estabilidade nas formas de reação a ele cresce; Com o aumento da idade aumenta também a possibilidade de a criança modificar o seu ambiente a fim de que ele se adeqúe à própria personalidade - a criança pode escolher as atividades que lhe agradam, os amigos, etc.. Não apenas os traços individuais tendem a se tornar cada vez mais estáveis - o perfil geral da personalidade também tende a uma crescente estabilidade Psicologia da personalidade Psicologia da personalidade ou psicologia diferencial é a parte da psicologia que se dedica a descrever e explicar "as particularidades humanas duradouras, não patológicas e que influenciam o comportamento dentro de uma determinada população". Além disso tem essa disciplina o objetivo de integrar os resultados empíricos em uma teoria da personalidade e de desenvolver métodos para opsicodiagnóstico e fundamentá-los teoricamente. Enquanto alguns autores usam ambos os termos como sinônimos, outros preferem tratá-los como duas disciplinas diferentes. O termo psicologia diferencial foi introduzido pelo psicólogo alemão W. Stern (1911), que expressava com ele um dos três diferentes campos de estudo em que ele dividia a psicologia: (i) uma "psicologia individual", que se dedica ao estudo do indivíduo, (ii) uma "psicologia especial", que se deveria dedicar ao estudo de características de grupos e (iii) uma "psicologia diferencial stricto sensu", que deveria estudar as diferenças entre indivíduos e entre grupos. Como se vê, a terminologia de Stern não é clara – pois ele usa a palavra diferencial com dois sentidos diferentes – e além disso sua "psicologia diferencial latu sensu" abrange áreas tradicionalmente atribuídas à psicologia clínica, à psicologia social e à psicologia do desenvolvimento. Essa falta de clareza levou o termo a desaparecer da literatura científica anglófona desde a década de 70 do século XX. Em alemão hodierno o termo se refere a uma parte da psicologia da personalidade que trabalha com métodos diferenciais. Importantes temas são o diagnóstico de inteligência (ver quociente de inteligência), a criatividade, bem como a questão mais genérica a respeito da origem de tais diferenças, por exemplo, se elas se devem mais a diferenças genéticas (ver hereditariedade) ou mais à experiência de vida de cada um. O uso científico do termo personalidade pela psicologia diferencial difere daquele típico da psicologia do senso comum. A psicologia científicabusca a https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicodiagn%C3%B3stico https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=W._Stern&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=W._Stern&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_diferencial&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Criatividade https://pt.wikipedia.org/wiki/Hereditariedade https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum formação de um modelo teórico de personalidade, enquanto as teorias do senso comum se baseiam muitas vezes em processos de atribuição subjetivos: por exemplo, a partir de determinado comportamento de alguém, se diz que ele tem uma "personalidade forte". Exemplos de paradigmas científicos para o estudo da personalidade são: o paradigma psicoanalítico, o interacionista, o comportamental, o evolucionista e o cognitivista Descrição da Personalidade A Psicologia da Personalidade conhece três maneiras distintas para classificar a personalidade: a em dimensões, a classificação em tipos e a classificação baseada nos transtornos de personalidade. Descrição dimensional da personalidade O objetivo deste método de classificação é reduzir a variedade quase infinita de personalidades a um número mínimo de dimensões estatisticamente independentes. O ponto de partida para gerar tais dimensões é normalmente uma análise do vocabulário que um determinado idioma tem para descrever características da personalidade de alguém. Um grupo representativo da população desse idioma recebe então a tarefa de separar essas palavras em categorias de palavras. Os resultados são então analisados através de um método estatístico chamado análise fatorial. Esse método, também chamado de método lexical, foi a base das propostas de Catell, de Guilford e de Eysenck. A classificação atualmente mais em uso no mundo científico foi proposta por T. Norman e L. R. Goldberg e é conhecida como "Big Five", por descrever a personalidade através de cinco fatores ou dimensões: Extraversão - refere-se a quanto uma pessoa busca contatos, é auto confiante e espontânea; Amabilidade - refere-se a quanto uma pessoa é gentil, empática, mostra consideração pelos outros; Conscienciosidade (ou Responsabilidade) - refere-se a quanto uma pessoa é cuidadosa, atenciosa, perseverante, empenhada naquilo que faz; Instabilidade emocional (ou Neuroticismo) - refere-se a quanto uma pessoa tende a preocupa-se, ser nervosa, ter medo e estar tensa; https://pt.wikipedia.org/wiki/Atribui%C3%A7%C3%A3o_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmas https://pt.wikipedia.org/wiki/Psican%C3%A1lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Dimens%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Tipo https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_fatorial https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Catell&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilford https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Eysenck&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=T._Norman&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L._R._Goldberg&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Five_(psicologia) Abertura para novas experiências (ou Intelectualidade, ou ainda Cultura) - refere-se a quanto uma pessoa tende a refletir, ser imaginativa, curiosa e original. A personalidade de uma pessoa pode assim ser descrita na forma de um perfil composto de valores em cada uma dessas dimensões, que são colhidos através de um questionário psicológico como por exemplo o NEO-FFI. A pesquisa do Big Five foi originalmente feita em inglês mas foi repetida com sucesso em vários outros idiomas. A vantagem desse tipo de classificação é a capacidade que ela tem de descrever a personalidade, em geral complexa e multifacetada, através de poucas dimensões variáveis. Seu maior problema é a falta de uma base teórica, que justifique essas dimensões, afinal as dimensões foram geradas através de uma análise linguística e estão assim intimamente ligadas à psicologia do senso comum e a suas limitações. Descrição tipológica da personalidade Enquanto o método dimensional classifica características de uma pessoa, o método tipológico classifica a pessoa. Isso pode se dar de duas maneiras diferentes: ou se definem as características próprias de cada uma das classes, ou se descreve para cada uma delas um protótipo, ou seja uma pessoa fictícia que representa essa classe de forma ideal. A definição das características ou dos protótipos de cada classe é feita a partir dos pressupostos teóricos dos diferentes autores. Por exemplo pode-se usar o Big-Five como base de um sistema tipológico, levando em conta o perfil da pessoa como parâmetro. Freud e Jung, com base em outros parâmetros relevantes para suas teorias, propuseram outras classificações tipológicas. Descrição baseada nos transtornos de personalidade Os transtornos de personalidade são um determinado tipo de transtorno psíquico definidos nos dois sistemas de classificação mais difundidos hoje em dia: o DSM-IV, da Associação Psiquiátrica Americana (APA), e o capítulo F do CID 10, da Organização Mundial da Saúde. Tais transtornos - ao contrário do que o nome dá a entender - não se definem pelos parâmetros típicos da psicologia da personalidade, como o Big-Five ou outros, mas pela presença ou não de determinados sintomas, como é típico nos sistemas de classificação para diagnose médica. Do ponto de vista da psicologia da personalidade é importante notar que o limite entre cada um dos oito tipos de transtorno de https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicodiagn%C3%B3stico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum https://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud https://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_G._Jung https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-IV https://pt.wikipedia.org/wiki/APA https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_da_Sa%C3%BAde personalidade descritos na CID 10 e variações normais da personalidade é um limite gradual e a diferença entre "normal" e "doente", nesse caso, é antes uma diferença quantitativa do que qualitativa. Isso significa, em outras palavras, que uma determinada variação de personalidade pode ser normal até um determinado ponto e a partir daí tornar-se patológica, observação que já havia sido feita por Freud. Assim, mesmo as pessoas que não apresentam uma alteração patológica da personalidade (como definida nos sistemas de classificação mencionados) podem ter um "estilo de personalidade" que tende mais ou menos na direção de um dos transtornos da personalidade. A pesquisa empírica da personalidade A coleta de dados Existem muitas formas de se coletar dados para a pesquisa científica da personalidade. Pervin, Cervone e John, baseados em outros autores, apresentam quatro categorias de métodos: Dados biográficos - são dados que se podem obter pela análise de currículos, relatórios escolares e outros documentos que descrevam o desenvolvimento da pessoa (ex. registros policiais sobre os crimes cometidos); Observação - são dados coletados por pessoas treinadas para observar determinados tipos de comportamento. Essas pessoas,dependendo do que deve ser observado, podem ser os pais, amigos, professores ou profissionais mais especializados (ex. relatório dos professores sobre o comportamento de um aluno); Testes - são informações coletadas através de testes psicológicos estandardizados (ex. desempenho em um teste de QI); Informações dadas pelo próprio indivíduo - são dados fornecidos pela própria pessoa, que aqui se torna seu próprio observador. Para esse fim podem ser usados questionários estandardizados. Além desses quatro tipos de métodos foram desenvolvidos mais recentemente outras formas de coleta de dados que não se deixam classificar nesse esquema. Um exemplo são os métodos de diário: o sujeito deve preencher todos os dias (ou sempre que um determinado fenômeno ocorra) um "diário", de forma que as informações sejam mais diretas. Além disso, na pesquisa empírica os pesquisadores costumam utilizar mais de um método, a fim de equilibrar as vantagens e desvantagens de cada um. https://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10_Cap%C3%ADtulo_V:_Transtornos_mentais_e_comportamentais https://pt.wikipedia.org/wiki/Freud https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia Princípios orientadores da coleta de dados Dois princípios norteiam o trabalho de coleta de dados: a validade e a fiabilidade (fidedignidade ou confiabilidade) da mensuração. Quando um dado é válido, ele corresponde realmente a um fenômeno existente na realidade empírica; quando um dado é confiável, sua medição foi feita de tal forma que uma nova medição conduziria ao mesmo resultado. Por exemplo uma balança desregulada é válida, porque é capaz de registrar o peso, mas não é confiável, por não produzir dados confiáveis. Um terceiro princípio, a objetividade, só é relevante nos casos em que não se queira uma influência da subjetividade na medição. Na psicologia da personalidade a opinião e a experiência subjetiva são muitas vezes exatamente o que se busca e por isso, nesses casos, a objetividade desempenha um papel secundário. Problemas éticos na pesquisa da personalidade A pesquisa científica oferece muitas situações eticamente problemáticas. Independentemente do objeto de estudo, o pesquisador tem a obrigação de zelar pelo bem-estar dos participantes de suas pesquisas. Ele é assim responsável por protegê-los de possíveis perigos durante todo o processo de coleta de dados. Muitas vezes é necessário um parecer favorável de um conselhos de ética oficialmente reconhecido para que uma pesquisa possa ser realizada. Uma vez coletados os dados põe-se o problema de sua divulgação. Não apenas a publicação de dados falsos, um problema infelizmente mais frequente do que o desejado, se coloca como um problema ético, mas também e sobretudo o significado de preconceitos do pesquisador na interpretação desses dados. Uma terceira área de importância cada vez maior é o uso de métodos e conhecimentos psicológicos na vida pública (ex. testes psicológicos são utilizados na escolha de pessoal, na distribuição de vagas em universidades etc.; resultados de pesquisas psicológicas servem de base para decisões políticas). Essa situação exige dos pesquisadores o maior cuidado na divulgação dos resultados de suas pesquisas. Três abordagens de pesquisa O pesquisador pode usar um de três estratégias na organização de sua pesquisa. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens, que devem ser levadas em conta na fase de planejamento - o método utilizado deve ser apropriado para a questão proposta: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem-estar https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito O estudo de caso O estudo de caso tem por fim descrever uma pessoa, em seu pensar, sentir e agir. Para muitos pesquisadores essa é a única maneira de fazer jus à complexidade do ser humano. Os estudos de caso, apesar de servirem à pesquisa de diferentes áreas, foi sobretudo utilizado na pesquisa clínica. Apesar de permitir a observação do comportamento humano em situações naturais, da complexidade da inter-relação entre a pessoa e seu ambiente e de possibilitar uma compreensão mais aprofundada do indivíduo, os estudos de caso têm alguns problemas sérios: a observação, o mais das vezes, não é sistemática, a interpretação dos dados tende a ser mais subjetiva e a relação entre as diferentes variáveis observadas não é claro (fulano é depressivo por não ter amigos ou não tem amigos por ser depressivo?). A pesquisa correlativa O principal objetivo da pesquisa correlativa é determinar a relação entre duas ou mais variáveis observadas. A estratégia de pesquisa neste caso é medir duas ou mais variáveis em uma determinada população e calcular através de métodos estatísticos o quanto essas variáveis variam juntas. Esse tipo de pesquisa permite responder a perguntas do tipo "pessoas felizes vivem mais?", "fumantes morrem mais cedo?", "pessoas otimistas sofrem menos de depressão?". Como se vê, esse tipo de pesquisa permite que se analise um grande número de variáveis e a direção da relação entre elas (quanto mais X mais/menos Y) e permite que se pesquise grandes populações; por outro lado a pesquisa correlativa não permite determinar a causa de uma correlação (para maiores detalhes), a validade, a confiabilidade e a objetividade precisam ser muito melhores, aumentando as dificuldades metodológicas, e as pessoas pesquisadas não são vistas em sua completude, mas somente como "portadores de dados". A pesquisa experimental A pesquisa experimental caracteriza-se pelo princípio do laboratório: o pesquisador tenta controlar ("desligar") todas as influências externas, de tal modo que ele possa observar o que acontece com uma variável quando ele modifica outra. Por exemplo, para saber se as pessoas trabalham melhor com https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cl%C3%ADnica https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio música ambiente, o pesquisador procura um grupo de pessoas disposta a participar do seu projeto, define uma mesma tarefa para todas as pessoas (de preferência na mesma sala, com o mesmo material) ele define através do acaso ("randomização") quais pessoas vão realizar essa tarefa com música e quais sem. Dessa forma, se as pessoas que trabalharam com música trabalharem melhor, o pesquisador saberá que é por causa da música e não por outra razão qualquer. Como se vê, esse tipo de pesquisa permite a observação detalhada e objetiva de apenas algumas variáveis relevantes e, sobretudo, permite que se possa afirmar se uma variável é causa da outra; por outro lado isso implica que fenômenos que não possam ser realizados em laboratório não podem ser pesquisados, a situação é artificial e, por isso, pode ser que as pessoas se comportem de maneira diferente quando estão fora do laboratório. Transtorno de Personalidade Os transtornos de personalidade, também referidos como perturbações da personalidade, formam uma classe de transtorno mental que se caracteriza por padrões de interação interpessoais tão desviantes da norma, que o desempenho do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada pode ficar comprometido. Na maior parte das vezes, os sintomas são vivenciados pelo indivíduo como "normais" (eu-sintônico), de forma que a diagnose somente pode ser estabelecida a partir de uma perspectiva exterior. Mais do que outros transtornos mentais, os transtornos da personalidade apresentam o perigo de uma estigmatização do paciente. Isso se deve sobretudo à terminologia, que sugere um transtorno de toda a personalidade do indivíduo e, muitas vezes, está ligada a juízos morais com relação ao paciente. Os atuais sistemas de classificação (DSM-V e CID-10) - que utilizam o método descritivo e não etiológico - permitiram o desenvolvimento de novas abordagens, que procuram descrever taistranstornos como transtornos da interação interpessoal e levaram ao desenvolvimento de novos tratamentos psicoterapêuticos. No Brasil existe pouco material publicado na área, sendo uma das áreas de pesquisa em psicologia e psiquiatria com maior escassez de publicações científicas. Critérios de diagnóstico do DSM-IV-TR https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-IV https://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicoterapia Transtornos de personalidade fazem parte do Eixo II do manual psiquiátrico DSM-IV-TR, da Associação Americana de Psiquiatria. Critérios gerais de diagnóstico O diagnóstico de um transtorno de personalidade deve satisfazer os critérios abaixo, juntamente com os critérios específicos do transtorno em consideração. A. Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente do que a cultura vigente espera. Esse padrão é manifestado em duas (ou mais) áreas seguintes: cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos) afeto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das respostas emocionais) funcionamento interpessoal controle do impulso B. O comportamento é inflexível e invasivo, com alcance em ampla gama de situações pessoais e sociais. C. O comportamento leva clinicamente a um significante desconforto e prejuízo nas áreas de funcionamento social e ocupacional, ou outra área importante de funcionamento. D. O padrão é estável, de longa duração e deve iniciar, pelo menos, na adolescência ou início da idade adulta. E. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou consequência de outra doença mental. F. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou consequência de causas fisiológicas como abuso de substâncias ou uma condição médica geral tal como dano cerebral. Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um transtorno de personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como tendo tal transtorno, ainda, elas podem receber um diagnóstico correlacionado. Para se diagnosticar um indivíduo menor de idade com um transtorno de personalidade, os sintomas devem estar presentes por, pelo menos, um ano. O transtorno de personalidade antissocial não pode, por definição, ser diagnosticado em pessoas menores de 18 anos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Desordens_Mentais https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial Lista de transtornos de personalidade definidos no DSM-IV-TR Cluster/Grupo A (transtornos excêntricos ou estranhos) Os indivíduos que estão neste grupo, costumam ser apelidados como esquisitos, isolados socialmente, frios emocionalmente, inexpressivos, distantes e muito desconfiados. Este grupo está mais propenso a desenvolver sintomas psicóticos. Transtorno de personalidade esquizoide — Indivíduos isolados socialmente, não expressam ou vivenciam emoções como alegria ou raiva, frios emocionalmente, indiferentes e não fazem questão de manter laços afetivos com outras pessoas, sendo assim, vistos como independentes emocionalmente. São muito introspectivos, e muitas vezes não têm amizades. Não anseiam por tais relacionamentos e geralmente preferem viver sozinhos e isolados. (Não confundir com depressão nervosa grave.) Transtorno de personalidade esquizotípica — Pessoas com as mesmas características ao esquizoide, contudo, estão mais próximas à esquizofrenia. Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes especiais, outros podem ser supersticiosos e cheios de "manias", sendo que geralmente possuem crença excessiva ou fanatismo religioso. Frequentemente participam de seitas excêntricas, ou acabam por se apegar excessivamente a alguma forma de "ocultismo" ou religiosidade, muitas vezes tornam-se fanáticos religiosos que passam a vida a "pregar" seus conceitos de forma exagerada, acreditando serem escolhidos por alguma entidade divina ou, ocasionalmente, acreditam sentir presença ocultas, ouvir vozes e chamados do além, entre outros comportamentos próximos às psicoses. (Não confundir com esquizofrenia.) Transtorno de personalidade paranoide — São pessoas demasiadamente desconfiadas e paranoicas. Não conseguem confiar em outros, sempre alegam que vão ser passados para trás ou que estão tramando e conspirando algo contra ele. Em momentos de estresse, essas características tendem a piorar e são essencialmente rancorosos, com dificuldade em perdoar os erros e fracassos das outras pessoas. Atribuem isso sempre às supostas tramoias, conspirações, perseguições etc. São frios emocionalmente e podem se manter distantes às outras pessoas porque acreditam estar sempre sendo enganados, às vezes reagindo com hostilidade por motivos incompreensíveis aos olhos de outros. (Não confundir com esquizofrenia ou delírio.) Cluster/Grupo B (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares) Pessoas que convivem intimamente costumam perceber um quê de anormal no comportamento dos indivíduos que compõem este grupo, frequentemente https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM_IV https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizoide https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizot%C3%ADpica https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_paranoide https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia https://pt.wikipedia.org/wiki/Del%C3%ADrio sendo apelidados como "problemáticos". Nele, estão presentes os indivíduos que são vistos aos olhos de outros como manipuladores, rebeldes, com tendência a quebrar regras e rotinas, irritantes, "maus", inconstantes, impulsivos, dramáticos, sedutores, imprevisíveis, egoístas e muito intolerante às decepções. Neste grupo, os sintomas inflexíveis dos distúrbios afetam muito mais as pessoas em sua volta, do que o próprio indivíduo. Transtorno de personalidade antissocial — São sociopatas, indivíduos egocêntricos desde a adolescência e que mesmo na idade adulta mantêm comportamentos persistentes de desrespeito as normas, regras ou leis sociais. Causam prejuízos e transtornos significativos as pessoas próximas em seu círculo social. Frequentemente surgem ocorrências de transtorno de conduta e histórico de problemas em relação conjugal devido sua propensão para adultério e infidelidade. Não desenvolvem empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e a desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Impera o egoismo. Enganam, seduzem e manipulam as pessoas a fim de obter vantagens pessoais ou prazer. São capazes de fingir um comportamento exemplar e se fazer passar por vitima com maestria. Distorcem fatos e acontecimentos verídicos a fim de convencer quem lhes dá atenção. (O diagnóstico de antissocial não está relacionado a evitar socializações, algo mais provável no transtorno de personalidade esquiva.) Transtorno de personalidade histriônica — São pessoas muito emotivas, hipersensíveis, exageradas, superficiais, emocionalmente instáveis, dramáticas, muito preocupadas com a aparência física (vaidosos e provocativos) e com notável tendência a exigir excessiva atenção para si a todo momento. Caso contrário, sentem-se profundamente incomodados, podendo expressar suas emoções de forma exagerada, como rompantes de choro ou raiva por coisa mínima. Geralmente vestem-se de maneira chamativa, sobretudo sexualmente provocante e costumam estar sempre à caça de elogios a respeito de sua aparência física. Tendem a infidelidade contumaz, são muito manipuladores, sedutores, controlando pessoas e circunstâncias para conseguir atenção.Fazem uso da manipulação emocional e sedutora, frequentemente vestindo-se de maneira chamativa, provocando, encantando e seduzindo outras pessoas. (Não confundir com Transtorno Afetivo Bipolar.) Transtorno de personalidade borderline — Distúrbio comparável a uma "doença do amor", uma vez que seus sintomas tornam-se muito exacerbados quando apaixonam-se. São indivíduos muito inconstantes, exagerados, constantemente insatisfeitos, intolerante às decepções e frustrações, com pensamento extremista 8-80 (totalmente bom ou totalmente mau: não conseguem ver lado bom e ruim numa mesma pessoa ou situação), não https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_conduta https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_conjugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Empatia https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_histri%C3%B4nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_Afetivo_Bipolar https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_lim%C3%ADtrofe conseguindo relacionar-se de maneira saudável com seus familiares e pessoas íntimas, tratando-as frequentemente de maneira estúpida, agressiva ou rebelde. Quando apaixonam-se por uma pessoa, tratam-na como um deus, entretanto, à menor contrariedade ou sinal de rejeição percebida, acreditam erroneamente estar sendo ignorados e abandonados, tornando-se irritantes, insuportáveis e autodestrutivos passando drasticamente do amor idealizado para o ódio, tratando cruelmente o parceiro como um verdadeiro demônio, sendo assim, com notável tendência a terminar relacionamentos de forma raivosa. Essas relações íntimas são frequentemente intensas, mas caóticas e instáveis, terminando sempre em chantagens, manipulações, ameaças suicidas ou autodestrutivas. Essas pessoas têm profundos sentimentos de raiva e vazio crônico, são emocionalmente instáveis, com surtos de carência afetiva, mostrando-se também controladoras e muito ciumentas. Além disso, têm tendência suicida e, a fim de se libertar do sentimento de vazio e rejeição, podem engajar-se em comportamentos compulsivos como automutilação, comer compulsivamente, gastos em excesso etc. São irritadiças quando estão com pessoas muito íntimas e se sentem merecedoras de cuidados e atenção especial a todo momento. Muitas vezes não conseguem controlar fortes emoções como a raiva. Sentem-se sempre mal amados, rejeitados e ignorados por motivos banais, o que causa um gatilho para agressividade e manipulações. São pessoas manipuladoras, uma vez que temem ser rejeitados em seus relacionamentos amorosos, fazendo esforços totalmente desproporcionais para evitar o abandono. (Não confundir com Transtorno Afetivo Bipolar.) Transtorno de personalidade narcisista — Pessoas arrogantes, orgulhosas e que se acham superiores e mais especiais que os outros. De primeira, esses indivíduos passam uma grande impressão de que são metidos, egoístas ou antipáticos, demonstram pouca empatia para com os outros, não se importam com sentimentos alheios e podem ser frios emocionalmente. Quase sempre se acham "os melhores", "os mais lindos", "os mais ricos" etc. e exigem ser atendidos pelos melhores médicos, pelos melhores professores e outros "melhores" profissionais por causa de seu sentimento de superioridade. Diferentemente do histriônico, narcisistas podem se cuidar em excesso (vaidosos) para mostrar às outras pessoas o quanto são mais "bonitos" e anseiam por elogios não para receber atenção, mas apenas para mostrar que são supostamente superiores às outras pessoas. (Não confundir com megalomania.) Cluster/Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos) Os indivíduos que compõem este grupo são vistos como medrosos, ansiosos, frágeis, dependentes, fóbicos e com tendência a serem submissos, organizados, obedientes e, ao contrário do grupo B, evitam quebrar regras ou https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_Afetivo_Bipolar https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_narcisista https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalomania rotinas. Neste grupo, frequentemente os traços inflexíveis dos transtornos prejudicam muito mais o próprio indivíduo, do que as pessoas à sua volta. Este grupo está mais propenso aos transtornos de ansiedade. Transtorno de personalidade dependente — Pessoas muito dependentes emocionalmente e fisicamente, sempre dependendo de outras pessoas para fazer qualquer coisa. Notavelmente carentes, elas não conseguem viver só e estão sempre à procura de um relacionamento íntimo para se manter dependente. Com frequência, são submissos às pessoas por quais mantêm um laço afetivo, podendo demonstrar muita empatia ou altruísmo por outras pessoas e pouca preocupação consigo mesmo. Não costumam contrariar as outras pessoas e emoções como raiva e desgosto frequentemente são reprimidas e disfarçadas, pois têm medo excessivo em magoar o outro. Com medo da perda e abandono, esses indivíduos pensam muito mais nas outras pessoas do que em si, deixando de fazer coisas que gostam, para satisfazer aos outros. Eles são propensos a envolverem-se em relacionamentos perturbadores, com tendências sadomasoquistas, muitas vezes aceitando atitudes abusivas contra si. Por isso, a insatisfação é constante e o sentimento crônico de tristeza é comum nessas pessoas, uma vez que tornam-se pessoas excessivamente submissas aos outros, muitas vezes deixando-se ser vítimas de maus tratos por parte de outras pessoas por quais mantêm dependência. Geralmente, possuem medo de machucar o outro e têm dificuldade em romper tais relacionamentos. Quando terminam, sentem-se culpados e frequentemente partem desesperadamente em busca de um novo relacionamento. (Não confundir com distimia.) Transtorno de personalidade esquiva — Indivíduos que são excessivamente tímidos, com grande ansiedade na vida social, sendo que frequentemente carregam um sentimento de inferioridade em relação às outras pessoas. Via de regra, têm uma baixa auto-estima e temem serem ridicularizados ou criticados em público. Na realidade, anseiam contato íntimo entre as pessoas, mas com medo de serem ridicularizados, envergonham-se e se isolam socialmente. Eles podem evitar festas, lugares cheios de pessoas e outras ocasiões sociais que poderão ser o centro das atenções, sendo que muitas vezes não têm amigos. Por vezes, carregam grande sofrimento pois têm uma grande vontade de se relacionar com outros, mas não conseguem por conta da vergonha e timidez excessiva que enfrentam ao deparar-se com outras pessoas. (Nãoconfundir com depressão nervosa grave, fobia social e transtorno de ansiedade generalizada.) Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva — São pessoas teimosas e inflexíveis, excessivamente organizadas, temendo descuidos, desorganizações, sujeira ou qualquer outra forma de "bagunça". Elas priorizam https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtornos_de_ansiedade https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_dependente https://pt.wikipedia.org/wiki/Distimia https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fobia_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_ansiedade_generalizada https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_ansiedade_generalizada https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_obsessivo-compulsiva o correto e organizado, podendo gastar muito tempo trabalhando, estudando ou limpando, deixando de lado relacionamentos, diversão e lazer. Além disso, elas tendem a fazer seus deveres a sós porque temem que outras pessoas não irão fazer corretamente. Nos seus relacionamentos, eles podem ser um pouco distantes ou isolados e aparentar frieza emocional. Com frequência têm dificuldade em desfazer-se de velharias e coleções, podendo acumular muitos utensílios, móveis e objetos antigos. Via de regra, se sobrecarregamem suas atividades, algumas vezes desenvolvem compulsão desenfreada para o trabalho. Não confundir com Transtorno obsessivo-compulsivo [TOC]. A principal finalidade é obter um conhecimento de indivíduos ou grupos, com um objetivo específico e determinado pelo perfil que deve ser verificado. A avaliação nada mais é do que um processo de coleta de dados e interpretações de informações, na qual podem ser utilizados diversos métodos e técnicas, incluindo testes psicológicos padronizados. Para que um teste psicológico possa ser utilizado ele precisa passar por inúmeras etapas que garantam que ele possui fundamento técnico e científico, ou seja, passou por pesquisas que confirmam que os estudos realizados confirmaram que o mesmo possui condições mínimas de avaliar o que ele propõe. Por ser uma coleta de dados baseada em uma metodologia específica, se houver divergências na forma de aplicação o resultado pode não ser fidedigno, e é por isso que o profissional precisa sempre seguir as normas contidas nos manuais dos testes, tanto para a aplicação quanto para a correção e análise dos resultados. Isso quer dizer que nenhum psicólogo “acha” alguma coisa a partir de um teste, pois deve existir fundamento e comprovação da eficiência do instrumento para que ele possa ser considerado útil. Uma avaliação psicológica baseia-se na utilização de um método técnico- científico que permite coletar dados, realizar estudos e interpretar as informações no que diz respeito aos processos e fenômenos psicológicos através procedimentos de prognósticos e diagnósticos, através de técnicas, instrumentos e métodos. Esses procedimentos são testes sistemáticos que avaliam o comportamento de um indivíduo, considerando sempre os fatores sociais e históricos aos quais este foi condicionado e quais foram os seus efeitos na psique. https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivo O único profissional habilitado por lei (Art. 13 da Lei no 4.119/62) a realizar esses testes é o psicólogo, devendo ele sempre manter a ética, profissionalismo, sigilo e imparcialidade que promovem ao indivíduo avaliado a preservação da sua integridade. É de suma importância que esse profissional tenha consciência de como um diagnóstico pode influenciar a realidade de um indivíduo, tanto que existem críticas a respeito desse tipo de avaliação, pois ela pode, muitas vezes, facilitar processos de exclusão de um avaliado. Os testes psicológicos existem desde a antiguidade e eram utilizados por gregos em processos educacionais para conseguir domínio em suas atividades intelectuais e físicas, mas não eram focados nas diferenças comportamentais. Após algum tempo surgiram testes que avaliavam a personalidade com o objetivo de medir características afetivas ou de cunho não intelectual do comportamento. A utilização deles visa avaliar o ajustamento emocional, as relações sociais, as atitudes, os interesses, a motivação, os hábitos, bem como possíveis alterações emocionais e conflitos internos de um indivíduo. Existe uma gama de testes psicológicos, mas os principais consistem em: Entrevista clínica: é um elemento central em testes psicológicos. As entrevistas costumam ter de 1 a 2 horas de duração e acontecem com mais frequência em consultórios clínicos. Ela é uma oportunidade que o psicólogo tem de coletar informações sobre a história pessoal da pessoa como, por exemplo, sobre sua família, etc. Avaliação do funcionamento intelectual (QI): o QI (quociente intelectual) é uma medida que avalia as competências cognitivas, ou seja, a inteligência de um indivíduo. Essa avaliação não mede a inteligência real da pessoa, mas componentes que cremos que possam ser importantes da inteligência através de testes de inteligência e avaliação neuropsicológica. O primeiro é mais comum de ser administrado, mas o segundo pode, em alguns casos, levar dias para ser concluído, pois é um método de avaliação muito mais amplo, que está focado em determinar tanto os pontos fortes quanto os déficits cognitivos de um indivíduo e geralmente é realizado em pessoas que tiveram alguma disfunção, dano ou problema cerebral. Determinação da personalidade: esse teste ajuda o profissional a entender com mais clareza a personalidade de uma pessoa, visto que a personalidade é desenvolvida durante toda a vida de uma pessoa desde a sua infância até a idade adulta, combinando fatores complexos, sejam eles sociais, genéticos ou sociais. Avaliação comportamental: essa avaliação tem o objetivo de compreender o comportamento de um indivíduo e os pensamentos que o influenciam a tomar determinadas atitudes, possibilitando ao profissional mudar e/ou controlar um comportamento. DISC (psicologia) Avaliação Disc é uma teoria postulada pelo psicólogo Dr. William Moulton Marston em seu livro "Emotions of Normal People" (1928), publicado pela primeira vez em português no ano de 2014, com o nome de "As Emoções das Pessoas Normais", que determina alguns padrões de comportamento. A partir desta teoria, foram elaboradas ferramentas para análise de perfil comportamental, sendo o primeiro instrumento de mensuração (Activity Vector Analysis) desenvolvido por Walter Clarke (1945). Tais avaliações consideram comportamentos ou emoções observáveis, não abrangendo, portanto, a personalidade dos indivíduos. DISC é um modelo baseado no trabalho do Dr. William Moulton Marston (1893- 1947) para examinar o comportamento dos indivíduos em um determinado ambiente. Para Marston, existem quatro tipos básicos de comportamentos previsíveis observados nas pessoas e tais respostas comportamentais ocorrem a partir da combinação de duas dimensões: uma interna (referente à percepção do poder pessoal no ambiente) e outra externa (percepção da favorabilidade do ambiente). Como resultantes desta matriz temos os seguintes fatores: Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) e Conformidade (C) (variações nestes termos podem ocorrer em função do referencial utilizado). Nossa individualidade é bem mais complexa do que sugere inicialmente qualquer modelo. A singularidade de cada sujeito, aqui, pode ser compreendida a partir da ideia de que somos compostos por um ou dois estilos principais de comportamento que se destacam frente aos demais. De qualquer forma, estas intensidades são combinadas com as intensidades dos demais fatores e assim é definido nosso estilo de comportamento em geral. Cada um dos padrões comportamentais tem um valor único em termos de características gerais, motivações, contribuições para a equipe e para a organização, ou seja, não há um melhor do que outro. As tendências de cada padrão podem ser funcionais ou disfuncionais dependendo da intensidade de uso dos comportamentos e dos requisitos específicos do ambiente/desafio em questão. https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Moulton_Marston https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Moulton_Marston Instrumentos psicológicos reconhecidos já foram correlacionados com o DISC, dentre eles o 16PF e o Myers Briggs Type Indicator. E dentre as aplicações desta ferramenta, destacam-se desde processos seletivos até programas de desenvolvimento, seja em nível individual, de equipe ou de gestão. As avaliações são feitas testando as preferências de uma pessoa a partir da associações entre palavras. DISC é uma sigla para: Dominância – relativo a como a pessoa lida com problemas e desafios. Influência – relativo a como a pessoa lida com pessoas e influencia os outros. Estabilidade – relativo a como a pessoa lida com mudanças e seu ritmo. Conformidade – relativo a como a pessoa lida com regras e procedimentos estabelecidos por outros. Estas quatro dimensões podem ser agrupadas em uma grade, sendo os quadrantes superiores ocupados pelos padrões "D" e "I" (representando os perfis mais ativos) e "C" e "S" abaixo (representando os perfis mais receptivos)."D" e "C", em seguida, compartilham a coluna da esquerda e representam estilos mais focados em tarefas/resultados, enquanto "I" e "S" compartilham a coluna da direita e representam estilos mais voltados a pessoas. Nesta matriz, a dimensão vertical representa um fator de "comportamento ativo" ou "comportamento receptivo", enquanto a dimensão horizontal representa "ambiente percebido como desfavorável" versus "ambiente percebido como favorável". Dominância: Pessoas com alta pontuação no fator "D" são muito ativas ao lidar com problemas e desafios. Descritas como egocêntricas, diretas, ousadas, dominadoras, exigentes, enérgicas, determinadas. Já baixas pontuações “D” indicam pessoas mais moderadas e conservadoras, descritas como discretas, realistas, conservadoras, pacíficas, precavidas e modestas. Influência: Pessoas com altos escores de "I" gostam de influenciar os outros através de conversas e atividades e tendem a ser emocionais. São descritas como entusiastas, persuasivas, convincentes, amistosas, comunicativas, confiantes e otimistas. Já aqueles com baixos escores de "I" influenciam mais por dados e fatos e não com sentimentos, sendo descritos como reflexivos, seletivos, factuais, recatados, desconfiados, pessimistas. Estabilidade: Pessoas com altos escores em "S" apreciam um ritmo constante, segurança e não gostam de mudanças súbitas. São indivíduos descritos como pacientes, confiáveis, calmos, leais, persistentes, gentis, previsíveis. Já baixos https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=16PF&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Myers_Briggs_Type_Indicator escores em "S" estão relacionados ao apreço por mudança e variedade e tais indivíduos são descritos como móveis, alertas, inquietos, impetuosos, espontâneos, impacientes e até mesmo impulsivos. Conformidade: Pessoas com alto escore em "C" valorizam aderir a regras, regulamentos e estrutura. Gostam de atuar com qualidade e fazer certo desde a primeira vez. São descritas como disciplinadas, cautelosas, sistemáticas, precisas, analíticas, perfeccionistas e lógicas. Já os com baixos escores em "C" tendem a desafiar regras e buscam independência. Descritos como independentes, obstinados, voluntariosos, teimosos, rebeldes, arbitrários e indiferentes a detalhes. Como o DISC pode ser usado? Gerenciamento de Mudanças – Aprenda comportamentos para transformar resistência em receptividade. Coaching e Mentoring – Descubra como ajudar os outros a atingir seu potencial de forma consistente. Resolução de Conflitos – Traga clareza e compreensão para diferenciar estilos comportamentais. Atendimento ao cliente – Ensine as equipes de suporte administrativo e de atendimento ao cliente a fornecer serviços e interações estelares de maneira confiável, independentemente do estilo comportamental. Contratação e Seleção / Benchmarking e Comparação – Capacite proprietários de empresas, gerentes e profissionais de RH com a capacidade de comparar novos candidatos a benchmarks desejáveis de desempenho no trabalho. Liderança e gerenciamento de habilidades – capacitar os líderes de sua organização com a capacidade de obter o máximo proveito de suas equipes, motivando de forma confiável e genuína sua equipe. Treinamento de vendas – gere receita ensinando até mesmo os profissionais de vendas mais novatos ou experientes a identificar e aproveitar comportamentos identificáveis em seus clientes potenciais. Team building – Crie suas equipes com base em habilidades e características compatíveis, não apenas ideias genéricas de equilíbrio. Produtividade – Planeje reuniões e projetos com diferentes estilos comportamentais em mente para garantir os melhores resultados Com as informações sobre os perfis comportamentais, a Metodologia DISC possibilita, além de assertividade na gestão e desenvolvimento de pessoas, uma análise mais justa do ser humano. Cada um é avaliado de acordo com os perfis predominantes e nenhum é melhor que outro. Há perfis mais adequados para determinadas funções ou com mais facilidade para desenvolver certas características e habilidades, mas sem determinismo ou juízo de valor. Além disso, analisar o comportamento ajuda a eliminar vieses externos. Exame Psicotécnico O Exame Psicotécnico é um método de avaliação da personalidade. Um exame deste é capaz de definir o comportamento padrão de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, bem como definir diferenças entre indivíduos e as suas reações diante a várias situações do dia a dia ou situações que fogem o cotidiano. Apesar de hoje este exame ser uma das mais fortes ferramentas usadas para avaliação do perfil das pessoas em concursos públicos e exames de direção, estes exames não são submetidos apenas a estas pessoas, áreas que o tornou popularmente conhecido, mas também canditatos a emprego em empresas ou instituições. Este é o único campo de atuação exclusiva de um psicólogo, em outras palavras, apenas um psicólogo pode realizar o Exame Psicoténico, caso profissionais de outra área o façam estarão sujeitos à pena, e até mesmo invalidação do exame. Para este exame não existem respostas corretas ou um gabarito, existem outros métodos e técnicas que caracterizam o comportamento e descrevê-lo de acordo com grupos, categorias ou até mesmo escalas numéricas. A realização do exame pode ser feita de diversas formas; existem testes onde o avaliado é sujeito a fazer traços e desenhos (linhas, retas paralelas, círculos, zigue-zagues, casas, pessoas) ; o objetivo destes é examinar a coordenação motora, a capacidade de observação, a percepção de espaço e as proporções dos objetos e do corpo humano. Este tipo de exame recebe nome de " PMK ". Este exame consiste em alguns pontos cruciais que o entrevistador deve se atentar que são: Sudorese (paciente suando muito ) Movimentos corporais intensos Elevação do tom de voz Dificuldade de resposta (gagueira, troca de letras ) Profundidade do olhar diante situações impostas Agressividade das respostas entre outros pontos. Os testes descritos acima são ferramentas que para a sua construção foram e continuam tendo como base resultados anteriores obtidos com sucesso, observações e experimentos e por isso podem vir a apresentar falhas no decorrer de sua interpretação, logo não devem ser tomados como única fonte para a avaliação do perfil do candidato. Avaliação Psicológica A avaliação psicológica é um procedimento que visa avaliar, através de instrumentos previamente validados para a determinada função, os diversos processos psicológicos que compõe o indivíduo, sendo o psicólogo o único profissional habilitado por lei para exercer esta função. A avaliação e descrição da realidade psicológica de alguém fornece ao psicólogo um conjunto de informações, as quais este deve saber interpretar, selecionar e sobretudo transmitir e devolver. Esta responsabilidade traz consigo uma série de considerações éticas que visam não somente a imparcialidade do processo em si, mas principalmente a humanização deste, tendo como foco, em última instância a preservação da integridade do sujeito avaliado.Partindo deste principio muitas questões vem a tona, como a influência do diagnóstico no contexto social do avaliado; o posicionamento do psicólogo em relação à avaliação; além do sigilo profissional na confecção de laudos, além de várias outras que cercam a responsabilidade ética na avaliação psicológica. O psicólogo deve ter consciência da influência que um diagnostico pode trazer para a realidade do avaliado. Uma das críticas feitas a avaliação diz respeito a esta questão, que a avaliação muitas vezes pode ser facilitadora dos processos de exclusão. A idéia que surge neste contexto refere-se a importância que este diagnóstico pode adquirir na vida do sujeito, falando-se tanto em uma relação pessoal (“o teste diz que eu não sou apto para o emprego
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