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Avaliação Psicológica

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Avaliação Psicológica 
Avaliação Psicológica 
Testes Psicológicos e Suas Finalidades 
Teste é uma palavra de origem inglesa que significa “prova”; deriva do latim 
testis e é usada internacionalmente para denominar uma modalidade de 
medição bastante conhecida hoje em dia em diversos campos científicos e 
técnicos. “Uma medição só é chamada de teste se for usada, primordialmente, 
para se descobrir algo sobre o indivíduo, em vez de responder a uma questão 
geral.( Tyler, 1973). 
O instrumento psicométrico mais típico é o teste. Todavia, não é o único. Trata-
se de uma situação estimuladora padronizada (itens de teste e ambiente de 
aplicação) à qual uma pessoa responde. 
Entende-se por situação experimental tudo aquilo que faz parte do teste e da 
aplicação do mesmo, definidos anteriormente, ou seja, material empregado, 
instruções, local da aplicação, etc… Essas condições precisam ser 
padronizadas para que se evitem variações nas condições da administração. 
Em segundo lugar, se o teste é um estímulo que gera uma resposta do 
indivíduo, o registro desse comportamento é deveras importante. Deve ser 
preciso para ser confiável. No caso dos testes em que cabe ao indivíduo 
registrar a própria resposta, não há problema. Entretanto, quando se precisa 
anotar a resposta do indivíduo e, ao mesmo tempo, observar sua 
responsividade não-verbal, todo o cuidado é pouco. 
Teste de Zulliger 
Finalidade: Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer 
finalidade (psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, 
avaliação de desempenho, etc.). A interpretação integrada das três pranchas 
propicia uma visão muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua 
estrutura ou em sua dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos 
afetivo-emocionais, bem como em termos de intelectualidade, pensamento, 
objetivos de vida, sociabilidade, relacionamento interpessoal, etc. 
O Teste de Zulliger constitui-se de três pranchas: Prancha I – Aspectos 
primitivos da personalidade Prancha II – Afetividade / Emoções Prancha III – 
Relacionamento 
 
De uma forma geral, a avaliação psicológica pode ser definida como um 
conjunto de técnicas e procedimentos que tem o objetivo de verificar 
determinadas características psicológicas de uma pessoa, sendo o psicólogo o 
único profissional habilitado por lei para exercer esta função (CFP 007/2003).O 
objetivo da avaliação psicológica não é fazer julgamentos morais ou 
estabelecer critério de certo ou errado e sim buscar entender a partir de 
técnicas especificas as diferenças individuais, no que diz respeito às suas 
capacidades, habilidades, características de personalidade, comportamentos 
ou algum possível conflito (interno ou externo) de determinada pessoa. 
 
Muitas vezes a avaliação psicológica é confundida como uma simples 
aplicação de um único teste, porém, para realizá-la existem diversos métodos e 
técnicas, como por exemplo: testes psicológicos, dinâmicas de grupo, 
entrevistas, observação, testes situacionais, anamneses, entre outros. De 
acordo com a lei 4.119/62, o profissional da área de psicologia tem a liberdade 
para escolher quais serão as técnicas a serem utilizadas, desde que essa 
escolha seja pautada no objetivo das características psicológicas a serem 
investigadas. Por exemplo, as técnicas utilizadas para fazer uma seleção de 
um funcionário que está ingressando em uma empresa serão diferentes das 
técnicas utilizadas para se fazer um diagnóstico ou realizar orientação 
profissional. 
 
A avaliação psicológica é amplamente utilizada em diversos contextos, dentro 
de empresa, por exemplo, ela desempenha uma função essencial não apenas 
na área de seleção , mas também na área de desenvolvimento pessoal e 
mesmo de avaliação de potencial. Muitas organizações constatam que a 
avaliação psicológica é uma ferramenta poderosa de tomada de decisão que 
tráz benefícios indubitáveis para os indivíduos e para a organização. No âmbito 
de seleção de pessoal é possível detectar perfis mais adequados e os que não 
são compatíveis com o cargo, evitando assim consequências prejudiciais, 
como o adoecimento, prejuízos financeiros e a desmotivação do funcionário 
com o cargo exercido (Ferreira & Santos, 2010). 
 
A realização da avaliação psicológica na área da saúde é indispensável 
quando pensamos em medidas “curativas” ou preventivas, pois a partir dessa 
técnica é possível que o profissional tenha mais clareza sobre diagnósticos, 
métodos de tratamento ou de prevenção de determinadas patologias (Custódio, 
2002). Pode-se citar ainda a contribuição da avaliação psicológica nas 
situações em que se faz necessário avaliar pessoas que podem ser expostas a 
situações de risco como por exemplo se determinada pessoa está apta a 
conduzir veículos ou portar armas de fogo, tal resultado pode evitar possíveis 
transtornos tanto para o individuo como para sociedade. O uso dessa técnica 
também é uma importante ferramenta para a tomada de decisões seja ele no 
âmbito jurídico, na área neuropsicológica, orientação vocacional, entre outros. 
Teste Wartegg 
Finalidade: O Teste de Wartegg é uma técnica de investigação da 
personalidade através de desenhos obtidos por meio de uma variedade de 
pequenos elementos gráficos que servem como uma série de temas formais a 
serem desenvolvidos pelo indivíduo de maneira pessoal. São oito campos onde 
o testando deverá realizar oito desenhos, na seqüência que desejar, o tema
que quiser, de acordo com seu próprio ritmo. Cada campo tem um valor 
arquetípico: 
Campo 1 – O eu, ego, auto-estima 
Campo 2 – Fantasias, afetividade 
Campo 3 – Ambição, metas, objetivos 
Campo 4 – Angústia, como lida com conflitos 
Campo 5 – Energia vital, transposição de obstáculos 
Campo 6 – Criatividade 
Campo 7 – Sexualidade, sensualidade e sensibilidade 
Campo 8 – Social, empatia com os outros 
A integração desses campos constituem a própria personalidade humana, tanto 
na sua estrutura como na sua dinâmica. 
Avaliação psicológica 
A avaliação psicológica diz respeito a um procedimento de levantamento de 
informações a respeito de um paciente ou cliente, com o propósito de tomada 
de decisão, podendo ser avaliadas características 
como inteligência, personalidade, interesse, entre outros. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Interesse
No senso comum, avaliação psicológica tem sido associada a aplicação de 
testes psicológicos. Esse entendimento, porém, não é correto, uma vez que a 
avaliação diz respeito a um processo maior de coleta de dados, sendo que a 
utilização de instrumentos como testes, escalas e inventários apenas uma 
possibilidade. 
 
Personalidade 
 
Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os 
padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de 
alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a 
cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de 
"conjunto das características marcantes de uma pessoa", de forma que se 
pode dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso no entanto leva 
em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico aqui tratado. 
O presente artigo descreve uma série de características que foram tratadas 
como componentes da personalidade. Para uma introdução às diferentes 
teorias que procuram explicar o desenvolvimento e a estrutura da 
personalidade 
 
Encontrar uma exata definição para termo personalidade não é uma tarefa 
simples. O termo é usado na linguagem comum - isto é, como parte 
da psicologia do senso comum - com diferentes significados, e esses 
significados costumam influenciar as definições científicas do termo. Assim, na 
literatura psicológica alemã persönlichkeit costuma ser usado de maneira 
ampla, incluindo temas como inteligência;o conceito anglófono 
de personality costuma ser aplicado de maneira mais restrita, referindo-se mais 
aos aspectos sociais e emocionais do conceito alemão. 
Carver e Scheier dão a seguinte definição: "Personalidade é uma organização 
interna e dinâmica dos sistemas psicofísicos que criam os padrões de 
comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma pessoa". Esta 
definição de trabalho salienta que personalidade: 
é uma organização e não uma aglomerado de partes soltas; 
é dinâmica e não estática, imutável; 
é um conceito psicológico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus 
processos; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
é uma força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o 
mundo que a cerca; 
mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e 
consistentes 
expressa-se de diferentes maneiras - comportamento, pensamento e emoções. 
Asendorpf complementa essa definição. Para ele personalidade são as 
particularidades pessoais duradouras, não patológicas e relevantes para o 
comportamento de um indivíduo em uma determinada população. Esta 
definição acrescenta àquela de Carver e Scheier alguns pontos importantes: 
Os traços de personalidade são relativamente estáveis no tempo; 
As diferenças interpessoais são variações frequentes e normais - o estudo das 
variações anormais é objeto da psicologia clínica (ver também transtorno 
mental e transtorno de personalidade) 
A personalidade é influenciada culturalmente. As observações da psicologia da 
personalidade são assim ligadas apenas à população em que foram feitas; 
para uma generalização de tais observações para outras populações é 
necessária uma verificação empírica. 
 
Aspectos da personalidade 
 
Personalidade é, como se viu, um conceito complexo, com várias facetas. A 
seguir serão apresentados alguns aspectos que costumam ser considerados 
como partes da personalidade ou que a influenciam de maneira especial. Os 
parágrafos individuais são apenas introduções mínimas aos assuntos 
relacionados e links são oferecidos para artigos onde cada um dos temas é 
tratado com mais profundidade. 
 
Forma física e personalidade 
 
A relação entre forma física e personalidade estimula a imaginação de filósofos 
e pensadores desde a antiguidade. Kretschmer propôs nos anos 20 do século 
XX uma classificação dos tipos físicos que, supunha ele, estavam relacionados 
com diferentes transtornos mentais, posteriormente com diferentes 
temperamentos. Ele classifica três tipos físicos: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cl%C3%ADnica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_personalidade
Tipo longilíneo ou leptossômico, de corpos delgados, ombros estreitos, peito 
aplainado, rosto alargado e estreito, membros longos e delgados. Teria uma 
maior tendência para a esquizofrenia e um temperamento mais sensível; 
Tipo atlético ou muscular, de sistema ósseo e muscular desenvolvidos, ombros 
largos, cadeiras estreitas e pescoço grosso. Teria tendência para a epilepsia e 
um temperamento intermediário entre os outros dois; 
Tipo brevelíneo ou pícnico, de rosto arredondado, abdome saliente, membros 
curtos. Tenderia à ciclotimia e a um temperamento mais tranquilo. 
A relação correlativa entre essas características foi inicialmente empiricamente 
comprovada. Análises posteriores mais exatas, que levavam em conta outras 
variáveis - como a idade - e usavam métodos mais objetivos, acabaram por 
derrubar a teoria de Kretschmer. 
No entanto a possibilidade de haver uma real relação entre forma física e 
características psicológicas não é improvável, mas não de maneira direta, 
como pensava Kretschmer. A forma física pode, através de um processo de 
autopercepção, ser considerada positiva ou negativa e, assim, influenciar 
a autoestima, influenciando assim os traços de comportamento; pode ainda ser 
influenciada pela percepção que a pessoa tem de si, influenciar os motivos e 
interesses da pessoa, influenciando assim também as tendências de 
comportamento da pessoa. No entanto não apenas a autopercepção pode 
influenciar a autoestima e os interesses de alguém; o juízo de outras pessoas e 
a reação destas desempenham também um importante papel nesse processo, 
de forma que as características de comportamento estáveis (assim a 
personalidade) são influenciadas indiretamente e de quatro maneiras diferentes 
pela forma física: 
 
Forma física → autopercepção → autoestima → comportamento 
Forma física → autopercepção → interesses e motivos → comportamento 
Forma física → juízo alheio (reação dos outros ao indivíduo) → autoestima → 
comportamento 
Forma física → juízo alheio → interesses e motivos → comportamento 
 
Temperamento 
Temperamento designa as disposições do indivíduo ligadas à forma do 
comportamento, principalmente as ligadas aos "três As da personalidade": 
afetividade, ativação (excitação) e atenção. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclotimia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoestima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motivo_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disposi%C3%A7%C3%A3o
Competências ou habilidades 
 
Competências ou habilidades são traços da personalidade que exprimem a 
capacidade de alguém de alcançar determinada realização ou desempenho. 
 
Inteligência 
 
Inteligência é um construto complexo que descreve a capacidade intelectual do 
indivíduo. 
 
Criatividade 
 
Criatividade, apesar ser um termo muito difundido e discutido, é 
um construto de difícil definição, porque cada autor parece defini-lo de uma 
maneira diferente. Alguns autores chegam mesmo a se perguntar se 
criatividade não seria um conjunto de traços de personalidade ao invés de um 
só. Guilford (1950) define criatividade como a capacidade de pensar 
divergentemente, ou seja, de encontrar soluções diferentes e novas para um 
problema, em oposição ao pensamento convergente que encontra soluções 
para problemas para os quais há apenas uma resposta correta. Já Russ 
(1993) trabalha com um conceito mais amplo, que inclui traços afetivos do 
indivíduo, como a tolerância de ambiguidade, a abertura diante de novas 
experiências, grande números de interesses e baixa tendência para o uso 
de mecanismos de defesa. 
 
Competência social e inteligência emocional 
 
O termo competência social, na psicologia do senso comum normalmente 
entendido como a capacidade de lidar com outras pessoas, é de difícil 
definição, por conter dois componentes distintos, que têm entre si 
uma correlação muito pequena: a capacidade de defender e/ou de impor os 
próprios interesses e a capacidade de construir relacionamentos. 
Inteligência emocional é um termo problemático. Ele foi definido de diferentes 
formas por diferentes autores (Salovey & Mayer, 1990; Mayer et al. 2000; Van 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Construto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Construto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismos_de_defesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o
der Zee et al., 2002) e em todas as suas definições não representa uma 
atividade intelectual - ou seja, não corresponde à idéia de inteligência (ver 
acima). O termo "inteligência emocional" refere-se sobretudo a determinadas 
competências no lidar com emoções que, apesarde serem estáveis na 
personalidade do indivíduo, costumam variar de acordo com as emoções 
envolvidas - ou seja a pessoa pode saber lidar bem com a emoção medo, mas 
não com a raiva. 
 
Disposições ligadas à ação 
Necessidades, motivos e interesses 
 
Enquanto "temperamento" refere-se à forma do comportamento ou da ação, 
necessidades, motivos e interesses dizem respeito à direção da ação, ou seja, 
aos seus objetivos - estando assim intimamente ligados à motivação. As 
pessoas variam com relação ao significado pessoal de 
diferentes necessidades, que determinam, por sua vez, suas ações e 
seu comportamento. Motivos são disposições ligadas ao valor atribuído às 
consequências dos atos - como por exemplo a "busca de sucesso" ou a 
"evitação de fracassos" podem ser fins mais ou menos desejáveis - e são fruto 
de uma interação entre necessidades e pressões externas. Interesses também 
incluem uma valoração, mas direcionadas para a ação em si, independente do 
resultado - por exemplo jogar xadrez ou escrever na Wikipédia podem ser 
consideradas ações mais ou menos agradáveis, independentemente do 
sucesso atingido. 
 
Convicções ligadas à ação 
 
Os motivos são, como visto, disposições ligadas ao valor dado às 
consequências de uma ação. Eles estão assim intimamente ligados às 
expectativas do indivíduo com relação a suas ações. Há diferentes estilos de 
expectativas (al. Erwartungsstile), como por exemplo é o caso de a pessoa ser 
mais ou menos pessimista ou otimista. Durante a realização de uma atividade 
agem os chamados mecanismos de controle da ação (al. Handlungskontrolle), 
que têm por objetivo, por assim dizer, proteger a ação contra intenções 
concorrentes. Aqui podem manifestar-se diferentes estilos de controle da ação. 
Por exemplo, pessoas perseverantes são capazes de "desligar" por algum 
tempo outras atividades a fim de alcançar um determinado resultado enquanto 
pessoas menos perseverantes distraem-se mais facilmente. Quando a ação 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento
atinge o seu resultado surgem juízos relacionados a sua causa: por que 
determinada coisa aconteceu? A esse tipo de juízo dá-se o nome de atribuição. 
Também quanto à atribuição há diferentes estilos - por exemplo algumas 
pessoas tendem a colocar a culpa sempre nos outros ou a se sentir sempre 
responsáveis. Esses três grupos de características da personalidade (estilos de 
expectativas, de controle da ação e de atribuição) foram chamados por 
Asendorpf convicções ligadas à ação (Handlungsüberzeugungen). Um tipo 
especial de expectativas são as chamadas expectativas 
de autoeficácia, autoeficácia percebida ou ainda expectativas subjetivas 
de competência. Estes termos designam a expectativa que uma pessoa tem de 
ser capaz de realizar determinada tarefa. Esta característica da personalidade 
está intimamente ligada aos diferentes estilos de atribuição: uma pessoa que 
tende a se considerar incapaz de realizar um tarefa (ex. ser aprovado em um 
exame) irá, com maior probabilidade, considerar um sucesso (passar 
no vestibular) como obra do acaso do que uma realização pessoal. 
 
Estilos de superação (coping) 
 
O termo coping foi gerado no contexto da pesquisa sobre o estresse e designa 
os mecanismos que auxiliam o indivíduo a superar uma situação estressante. 
Lazarus (1966) diferencia entre dois tipos de coping: coping orientado para o 
problema, que é a busca de uma modificação da situação que causa o 
estresse, e coping intrapsíquico, que é praticamente uma mudança na maneira 
da pessoa lidar com a situação - quer por uma mudança na maneira de lidar 
com a situação ou com as emoções provocadas pela situação (ex. técnicas de 
relaxamento, tentativa de ver o lado positivo da situação, etc.). 
Por exemplo uma pessoa estressada por morar em más condições, em uma 
rua barulhenta e não conseguir dormir pode tentar resolver esse problema 
mudando de casa (coping orientado para o problema) ou, por exemplo, tentar 
aprender alguma forma de relaxar apesar do barulho ou começar a direcionar 
sua atenção para os bons amigos que moram no bairro e os bons momentos 
vividos na casa (coping intrapsíquico). Posteriormente um terceiro tipo 
de coping, o "coping por expressão emocional" foi acrescentado, que é uma 
mudança na forma da reação emocional ao estresse - ex. sorrir quando se está 
triste. 
Essas três categorias de coping reúnem uma série de diferentes formas de 
lidar com uma situação de estresse. Dentre essas inúmeras formas o indivíduo 
tende a escolher e dar preferência a algumas - a esse traço da personalidade 
se dá o nome de "estilo de coping". 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atribui%C3%A7%C3%A3o_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoefic%C3%A1cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Compet%C3%AAncia_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vestibular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_relaxamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_relaxamento
Disposições ligadas à valoração (ou ao juízo de valor) 
 
Temperamento, competências e as disposições ligadas à ação são traços de 
personalidade ligados ao comportamento. Um outro grupo de traços está ligado 
às particularidades da valoração ou do juízo de valor. Valorar um objeto da 
percepção ou imaginário é dar-lhe um valor e esse valor gera preferências - e 
estas podem tornar-se relevantes para o comportamento. 
 
Postura 
 
Por postura de valores (Werthaltungen) entende-se a tendência individual de se 
julgarem determinados objetivos (ex. liberdade, igualdade) ou disposições de 
ação (ex. honestidade, prestatibilidade) como desejáveis ou indesejáveis. Entre 
os diferentes tipos de postura e as disposições de comportamento 
correspondentes há uma relação de correlação - ou seja, pessoas que 
valorizam novidades (postura) tendem a ser curiosas (disposição de 
comportamento); pessoas ansiosas (disposição de comportamento) costumam 
valorizar a segurança (postura). 
 
Atitude 
 
Atitude designa as particularidades individuais na valoração de objetos 
específicos, quer da percepção, quer da imaginação. As atitudes influenciam 
não o comportamento diretamente em uma dada situação, mas o 
comportamento em uma série de situações diferentes. Assim uma pessoa com 
uma atitude positiva com relação a uma alimentação saudável pode gostar de 
comer frituras (comportamento isolado), mas pode cozinhar ela própria, 
comprar alimentos naturais e integrais e fazer cursos sobre a alimentação 
(série de situações). Atitudes coletadas através de perguntas não influenciam o 
comportamento real quando tal comportamento é socialmente desejável ou 
indesejável. Assim, pessoas com atitudes preconceituosas contra um 
determinado grupo de pessoas talvez não se comporte de acordo com essa 
atitude por ser um tal comportamento socialmente condenado. 
Como se vê, a principal diferença entre postura e atitude é o grau de abstração 
dos objetivos a que se referem, referindo-se a atitude a elementos mais 
concretos. No entanto a difereça entre "mais" e "menos" concreto é uma 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o
diferença quantitativa e assim a distinção entre as duas disposições nem 
sempre é clara. 
 
Disposições ligadas à própria pessoa 
 
Disposições ligadas à própria pessoa referem-se à tendência de a pessoa ver e 
julgar a si mesma em determinadas situações. Tais disposições usam os 
conceitos de si-mesmo na primeira pessoa (Eu) e na terceira pessoa (Mim). 
Eu designa a instância interna da pessoa que é responsável pela ação e pelo 
conhecimento; mim (inglês me) (ou si-mesmo quando dito na terceira pessoa) 
designa a parte interna da pessoa que é objeto do conhecimento, ou seja,aquilo que eu sei sobre mim. 
Esse auto-conhecimento tem, por sua vez, duas parte: uma descritiva, 
a autoimagem, e outra valorativa, a autoestima (veja ambas abaixo). 
 
"eu", "mim" e "autoimagem" 
 
A autoimagem, essa descrição de si mesmo que cada um faz, é também 
disposicional, ou seja, é uma tendência relativamente estável que a pessoa tem 
de se ver de uma determinada maneira em determinadas situações. Ela é 
composta tanto de conhecimento universal, que diz respeito a todas as 
pessoas que são como eu (estudantes são críticos, brasileiros são simpáticos, 
etc.), como de conhecimento individual, ou seja, relativo somente a mim (eu 
tenho medo de altura, sou bom esportista, etc.). Como se vê esse 
conhecimento também é influenciado por preconceitos e ideias preconcebidas. 
 
Autoestima 
 
A autoestima, como parte valorativa do conhecimento de si mesmo, ou seja, o 
juízo que eu faço sobre mim mesmo, pode ser concebida como a atitude de 
uma pessoa sobre si mesma e assim também é uma característica da 
personalidade, se bem que menos estável do que a autoimagem por ser 
sensível a variações do humor. A autoestima é uma característica situação-
específica, ou seja, ela varia de acordo com a situação: eu posso estar 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Si-mesmo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humor
satisfeito comigo mesmo quando estou na universidade, mas insatisfeito 
quando estou na quadra de esportes. 
 
Aspectos disposicionais da dinâmica da autoestima 
 
Outros aspectos disposicionais ligados à autoestima são as 
chamadas cognições ligadas a si mesmo: autopercepção, a percepção do 
próprio corpo e do próprio comportamento; a memória de si, as recordações 
ligadas à própria pessoa e às experiências feitas no passado; o reflexo social, 
ou seja, a opinião que nós pensamos que outras pessoas têm a nosso respeito, 
e a comparação social, ou seja, a autoestima não é apenas baseada na nossa 
percepção de nós mesmo, mas também na percepção que nós fazemos dos 
outros a nosso redor. Um dos motivos mais descritos na literatura psicológica é 
o motivo de aumento da autoestima: todas as pessoas desejam ter uma 
autoestima positiva e têm assim uma tendência a se supervalorizar. Essa 
tendência é normal e saudável até um determinado ponto, em que passa a ser 
socialmente condenada. Nesse momento, caracterizado pela falta de empatia, 
hipersensibilidade com relação a críticas e variações do humor, essa tendência 
recebe o nome de narcisismo - mas não se trata ainda do transtorno de 
personalidade narcísico, mas ainda de uma variação normal da personalidade. 
Um outro processo importante ligado ao conceito de si mesmo é 
a autorrepresentação. 
O sociólogo E. Goffman comparou o comportamento social a um teatro público, 
em que nós nos representamos a nós próprios. Essa representação tem um 
determinado fim: a administração da própria imagem, ou seja, cada um procura 
controlar a impressão que ele provoca sobre os outros. 
Momentos há em que temos a nossa atenção voltada para nós mesmo. A esse 
estado normalmente curto dá-se o nome 
de autorreflexão (al. Selbstaufmerksamkeit). Alguns autores puseram-se a 
questão, se há uma disposição em direção a uma autoreflexão mais ou menos 
forte. A essa disposição Asendorpf deu o nome 
de autoconsciência (al. Selbstbewusstheit). Esta é por sua vez composta de 
três fatores (Feingstein et al., 1975): 
(i) autoconsciência privada, ou seja, a tendência de pensar muito sobre si 
mesmo; 
(ii) autoconsciência pública, em outras palavras, a tendência de se preocupar 
sobre a impressão que se causa sobre outros, e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aten%C3%A7%C3%A3o
(iii) ansiedade social, que é a tendência a ter medo em situações sociais. 
 
Bem-estar 
 
O bem-estar designa a parte subjetiva da saúde mental. Apesar de ser também 
influenciado por fatores externos ao indivíduo e de suas capacidades, o bem-
estar representa também um determinado traço da personalidade relativamente 
independente de tais fatores. 
 
Desenvolvimento da personalidade 
A estabilidade da personalidade 
 
A pesquisa empírica conseguiu determinar quatro princípios para descrever a 
estabilidade dos traços de personalidade: 
Quanto maior o intervalo entre a primeira e a segunda medição, maior a 
mudança - ou seja, os traços da personalidade se modificam com o passar do 
tempo; 
Em diferentes áreas da personalidade a estabilidade também é diferente - por 
exemplo: durante a vida, a inteligência tem uma estabilidade muito alta; já o 
temperamento tem uma estabilidade mediana, enquanto a autoestima pode 
variar muito. 
Muitos traços da personalidade são tanto mais instáveis quanto mais instável é 
o ambiente social - assim mudanças bruscas no ambiente podem trazer 
consigo mudanças na personalidade da pessoa; 
Na infância, quanto mais cedo é feita a primeira medição, mais instáveis são os 
traços da personalidade - isto é, com o aumento da idade há uma tendência de 
estabilização das características da personalidade, se bem que na puberdade 
possa haver alguns momentos passageiros de instabilidade. Duas razões são 
apresentadas para esse aumento na estabilidade da personalidade: 
No decorrer do desenvolvimento a auto-imagem torna-se cada vez mais 
estável - o conhecimento que a criança tem de si mesma cresce com o tempo 
e, se o ambiente for relativamente estável, também a estabilidade nas formas 
de reação a ele cresce; 
Com o aumento da idade aumenta também a possibilidade de a criança 
modificar o seu ambiente a fim de que ele se adeqúe à própria personalidade - 
a criança pode escolher as atividades que lhe agradam, os amigos, etc.. 
Não apenas os traços individuais tendem a se tornar cada vez mais estáveis - o 
perfil geral da personalidade também tende a uma crescente estabilidade 
 
Psicologia da personalidade 
 
Psicologia da personalidade ou psicologia diferencial é a parte 
da psicologia que se dedica a descrever e explicar "as particularidades 
humanas duradouras, não patológicas e que influenciam o comportamento 
dentro de uma determinada população". Além disso tem essa disciplina o 
objetivo de integrar os resultados empíricos em uma teoria da personalidade e 
de desenvolver métodos para opsicodiagnóstico e fundamentá-los 
teoricamente. Enquanto alguns autores usam ambos os termos como 
sinônimos, outros preferem tratá-los como duas disciplinas diferentes. 
O termo psicologia diferencial foi introduzido pelo psicólogo alemão W. 
Stern (1911), que expressava com ele um dos três diferentes campos de 
estudo em que ele dividia a psicologia: 
(i) uma "psicologia individual", que se dedica ao estudo do indivíduo, 
(ii) uma "psicologia especial", que se deveria dedicar ao estudo de 
características de grupos e 
(iii) uma "psicologia diferencial stricto sensu", que deveria estudar as diferenças 
entre indivíduos e entre grupos. Como se vê, a terminologia de Stern não é 
clara – pois ele usa a palavra diferencial com dois sentidos diferentes – e além 
disso sua "psicologia diferencial latu sensu" abrange áreas tradicionalmente 
atribuídas à psicologia clínica, à psicologia social e à psicologia do 
desenvolvimento. Essa falta de clareza levou o termo a desaparecer da 
literatura científica anglófona desde a década de 70 do século XX. Em alemão 
hodierno o termo se refere a uma parte da psicologia da personalidade que 
trabalha com métodos diferenciais. 
Importantes temas são o diagnóstico de inteligência (ver quociente de 
inteligência), a criatividade, bem como a questão mais genérica a respeito da 
origem de tais diferenças, por exemplo, se elas se devem mais a diferenças 
genéticas (ver hereditariedade) ou mais à experiência de vida de cada um. 
O uso científico do termo personalidade pela psicologia diferencial difere 
daquele típico da psicologia do senso comum. A psicologia científicabusca a 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicodiagn%C3%B3stico
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=W._Stern&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=W._Stern&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_diferencial&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Criatividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hereditariedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum
formação de um modelo teórico de personalidade, enquanto as teorias do 
senso comum se baseiam muitas vezes em processos de atribuição subjetivos: 
por exemplo, a partir de determinado comportamento de alguém, se diz que ele 
tem uma "personalidade forte". Exemplos de paradigmas científicos para o 
estudo da personalidade são: o paradigma psicoanalítico, o interacionista, 
o comportamental, o evolucionista e o cognitivista 
 
Descrição da Personalidade 
 
A Psicologia da Personalidade conhece três maneiras distintas 
para classificar a personalidade: a em dimensões, a classificação em tipos e a 
classificação baseada nos transtornos de personalidade. 
 
Descrição dimensional da personalidade 
 
O objetivo deste método de classificação é reduzir a variedade quase infinita de 
personalidades a um número mínimo de 
dimensões estatisticamente independentes. O ponto de partida para gerar tais 
dimensões é normalmente uma análise do vocabulário que um determinado 
idioma tem para descrever características da personalidade de alguém. Um 
grupo representativo da população desse idioma recebe então a tarefa de 
separar essas palavras em categorias de palavras. Os resultados são então 
analisados através de um método estatístico chamado análise fatorial. Esse 
método, também chamado de método lexical, foi a base das propostas 
de Catell, de Guilford e de Eysenck. A classificação atualmente mais em uso no 
mundo científico foi proposta por T. Norman e L. R. Goldberg e é conhecida 
como "Big Five", por descrever a personalidade através de cinco fatores ou 
dimensões: 
Extraversão - refere-se a quanto uma pessoa busca contatos, é auto confiante 
e espontânea; 
Amabilidade - refere-se a quanto uma pessoa é gentil, empática, mostra 
consideração pelos outros; 
Conscienciosidade (ou Responsabilidade) - refere-se a quanto uma pessoa é 
cuidadosa, atenciosa, perseverante, empenhada naquilo que faz; 
Instabilidade emocional (ou Neuroticismo) - refere-se a quanto uma pessoa 
tende a preocupa-se, ser nervosa, ter medo e estar tensa; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atribui%C3%A7%C3%A3o_(psicologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psican%C3%A1lise
https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dimens%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tipo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_fatorial
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Catell&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilford
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Eysenck&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=T._Norman&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L._R._Goldberg&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Five_(psicologia)
Abertura para novas experiências (ou Intelectualidade, ou ainda Cultura) - 
refere-se a quanto uma pessoa tende a refletir, ser imaginativa, curiosa e 
original. 
A personalidade de uma pessoa pode assim ser descrita na forma de um perfil 
composto de valores em cada uma dessas dimensões, que são colhidos 
através de um questionário psicológico como por exemplo o NEO-FFI. A 
pesquisa do Big Five foi originalmente feita em inglês mas foi repetida com 
sucesso em vários outros idiomas. A vantagem desse tipo de classificação é a 
capacidade que ela tem de descrever a personalidade, em geral complexa e 
multifacetada, através de poucas dimensões variáveis. Seu maior problema é a 
falta de uma base teórica, que justifique essas dimensões, afinal as dimensões 
foram geradas através de uma análise linguística e estão assim intimamente 
ligadas à psicologia do senso comum e a suas limitações. 
 
Descrição tipológica da personalidade 
 
Enquanto o método dimensional classifica características de uma pessoa, o 
método tipológico classifica a pessoa. Isso pode se dar de duas maneiras 
diferentes: ou se definem as características próprias de cada uma das classes, 
ou se descreve para cada uma delas um protótipo, ou seja uma pessoa fictícia 
que representa essa classe de forma ideal. A definição das características ou 
dos protótipos de cada classe é feita a partir dos pressupostos teóricos dos 
diferentes autores. Por exemplo pode-se usar o Big-Five como base de um 
sistema tipológico, levando em conta o perfil da pessoa como 
parâmetro. Freud e Jung, com base em outros parâmetros relevantes para 
suas teorias, propuseram outras classificações tipológicas. 
 
Descrição baseada nos transtornos de personalidade 
 
Os transtornos de personalidade são um determinado tipo de transtorno 
psíquico definidos nos dois sistemas de classificação mais difundidos hoje em 
dia: o DSM-IV, da Associação Psiquiátrica Americana (APA), e o capítulo F do 
CID 10, da Organização Mundial da Saúde. Tais transtornos - ao contrário do 
que o nome dá a entender - não se definem pelos parâmetros típicos 
da psicologia da personalidade, como o Big-Five ou outros, mas pela presença 
ou não de determinados sintomas, como é típico nos sistemas de classificação 
para diagnose médica. Do ponto de vista da psicologia da personalidade é 
importante notar que o limite entre cada um dos oito tipos de transtorno de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicodiagn%C3%B3stico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_senso_comum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_G._Jung
https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-IV
https://pt.wikipedia.org/wiki/APA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_da_Sa%C3%BAde
personalidade descritos na CID 10 e variações normais da personalidade é um 
limite gradual e a diferença entre "normal" e "doente", nesse caso, é antes uma 
diferença quantitativa do que qualitativa. Isso significa, em outras palavras, que 
uma determinada variação de personalidade pode ser normal até um 
determinado ponto e a partir daí tornar-se patológica, observação que já havia 
sido feita por Freud. Assim, mesmo as pessoas que não apresentam uma 
alteração patológica da personalidade (como definida nos sistemas de 
classificação mencionados) podem ter um "estilo de personalidade" que tende 
mais ou menos na direção de um dos transtornos da personalidade. 
 
A pesquisa empírica da personalidade 
A coleta de dados 
 
Existem muitas formas de se coletar dados para a pesquisa científica da 
personalidade. Pervin, Cervone e John, baseados em outros autores, 
apresentam quatro categorias de métodos: 
Dados biográficos - são dados que se podem obter pela análise de currículos, 
relatórios escolares e outros documentos que descrevam o desenvolvimento da 
pessoa (ex. registros policiais sobre os crimes cometidos); 
Observação - são dados coletados por pessoas treinadas para observar 
determinados tipos de comportamento. 
Essas pessoas,dependendo do que deve ser observado, podem ser os pais, 
amigos, professores ou profissionais mais especializados (ex. relatório dos 
professores sobre o comportamento de um aluno); 
Testes - são informações coletadas através de testes psicológicos 
estandardizados (ex. desempenho em um teste de QI); 
Informações dadas pelo próprio indivíduo - são dados fornecidos pela própria 
pessoa, que aqui se torna seu próprio observador. Para esse fim podem ser 
usados questionários estandardizados. 
Além desses quatro tipos de métodos foram desenvolvidos mais recentemente 
outras formas de coleta de dados que não se deixam classificar nesse 
esquema. Um exemplo são os métodos de diário: o sujeito deve preencher 
todos os dias (ou sempre que um determinado fenômeno ocorra) um "diário", 
de forma que as informações sejam mais diretas. Além disso, na pesquisa 
empírica os pesquisadores costumam utilizar mais de um método, a fim de 
equilibrar as vantagens e desvantagens de cada um. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10_Cap%C3%ADtulo_V:_Transtornos_mentais_e_comportamentais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Freud
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_de_intelig%C3%AAncia
Princípios orientadores da coleta de dados 
 
Dois princípios norteiam o trabalho de coleta de dados: a validade e 
a fiabilidade (fidedignidade ou confiabilidade) da mensuração. Quando um 
dado é válido, ele corresponde realmente a um fenômeno existente na 
realidade empírica; quando um dado é confiável, sua medição foi feita de tal 
forma que uma nova medição conduziria ao mesmo resultado. Por exemplo 
uma balança desregulada é válida, porque é capaz de registrar o peso, mas 
não é confiável, por não produzir dados confiáveis. Um terceiro princípio, 
a objetividade, só é relevante nos casos em que não se queira uma influência 
da subjetividade na medição. Na psicologia da personalidade a opinião e a 
experiência subjetiva são muitas vezes exatamente o que se busca e por isso, 
nesses casos, a objetividade desempenha um papel secundário. 
 
Problemas éticos na pesquisa da personalidade 
 
A pesquisa científica oferece muitas situações eticamente problemáticas. 
Independentemente do objeto de estudo, o pesquisador tem a obrigação de 
zelar pelo bem-estar dos participantes de suas pesquisas. Ele é assim 
responsável por protegê-los de possíveis perigos durante todo o processo de 
coleta de dados. Muitas vezes é necessário um parecer favorável de um 
conselhos de ética oficialmente reconhecido para que uma pesquisa possa ser 
realizada. Uma vez coletados os dados põe-se o problema de sua divulgação. 
Não apenas a publicação de dados falsos, um problema infelizmente mais 
frequente do que o desejado, se coloca como um problema ético, mas também 
e sobretudo o significado de preconceitos do pesquisador na interpretação 
desses dados. Uma terceira área de importância cada vez maior é o uso de 
métodos e conhecimentos psicológicos na vida pública (ex. testes psicológicos 
são utilizados na escolha de pessoal, na distribuição de vagas em 
universidades etc.; resultados de pesquisas psicológicas servem de base para 
decisões políticas). Essa situação exige dos pesquisadores o maior cuidado na 
divulgação dos resultados de suas pesquisas. 
 
Três abordagens de pesquisa 
O pesquisador pode usar um de três estratégias na organização de sua 
pesquisa. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens, que devem ser 
levadas em conta na fase de planejamento - o método utilizado deve ser 
apropriado para a questão proposta: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem-estar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito
O estudo de caso 
 
O estudo de caso tem por fim descrever uma pessoa, em seu pensar, sentir e 
agir. Para muitos pesquisadores essa é a única maneira de fazer jus à 
complexidade do ser humano. Os estudos de caso, apesar de servirem à 
pesquisa de diferentes áreas, foi sobretudo utilizado na pesquisa clínica. 
Apesar de permitir a observação do comportamento humano em situações 
naturais, da complexidade da inter-relação entre a pessoa e seu ambiente e de 
possibilitar uma compreensão mais aprofundada do indivíduo, os estudos de 
caso têm alguns problemas sérios: a observação, o mais das vezes, não é 
sistemática, a interpretação dos dados tende a ser mais subjetiva e a relação 
entre as diferentes variáveis observadas não é claro (fulano é depressivo por 
não ter amigos ou não tem amigos por ser depressivo?). 
 
A pesquisa correlativa 
 
O principal objetivo da pesquisa correlativa é determinar a relação entre duas 
ou mais variáveis observadas. A estratégia de pesquisa neste caso é medir 
duas ou mais variáveis em uma determinada população e calcular através de 
métodos estatísticos o quanto essas variáveis variam juntas. Esse tipo de 
pesquisa permite responder a perguntas do tipo "pessoas felizes vivem mais?", 
"fumantes morrem mais cedo?", "pessoas otimistas sofrem menos de 
depressão?". Como se vê, esse tipo de pesquisa permite que se analise um 
grande número de variáveis e a direção da relação entre elas (quanto mais X 
mais/menos Y) e permite que se pesquise grandes populações; por outro lado 
a pesquisa correlativa não permite determinar a causa de uma correlação (para 
maiores detalhes), a validade, a confiabilidade e a objetividade precisam ser 
muito melhores, aumentando as dificuldades metodológicas, e as pessoas 
pesquisadas não são vistas em sua completude, mas somente como 
"portadores de dados". 
 
A pesquisa experimental 
 
A pesquisa experimental caracteriza-se pelo princípio do laboratório: o 
pesquisador tenta controlar ("desligar") todas as influências externas, de tal 
modo que ele possa observar o que acontece com uma variável quando ele 
modifica outra. Por exemplo, para saber se as pessoas trabalham melhor com 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cl%C3%ADnica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Correla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio
música ambiente, o pesquisador procura um grupo de pessoas disposta a 
participar do seu projeto, define uma mesma tarefa para todas as pessoas (de 
preferência na mesma sala, com o mesmo material) ele define através do 
acaso ("randomização") quais pessoas vão realizar essa tarefa com música e 
quais sem. Dessa forma, se as pessoas que trabalharam com música 
trabalharem melhor, o pesquisador saberá que é por causa da música e não 
por outra razão qualquer. 
Como se vê, esse tipo de pesquisa permite a observação detalhada e objetiva 
de apenas algumas variáveis relevantes e, sobretudo, permite que se possa 
afirmar se uma variável é causa da outra; por outro lado isso implica que 
fenômenos que não possam ser realizados em laboratório não podem ser 
pesquisados, a situação é artificial e, por isso, pode ser que as pessoas se 
comportem de maneira diferente quando estão fora do laboratório. 
 
Transtorno de Personalidade 
 
Os transtornos de personalidade, também referidos como perturbações da 
personalidade, formam uma classe de transtorno mental que se caracteriza por 
padrões de interação interpessoais tão desviantes da norma, que o 
desempenho do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada 
pode ficar comprometido. Na maior parte das vezes, os sintomas são 
vivenciados pelo indivíduo como "normais" (eu-sintônico), de forma que a 
diagnose somente pode ser estabelecida a partir de uma perspectiva exterior. 
Mais do que outros transtornos mentais, os transtornos da personalidade 
apresentam o perigo de uma estigmatização do paciente. Isso se deve 
sobretudo à terminologia, que sugere um transtorno de toda a personalidade do 
indivíduo e, muitas vezes, está ligada a juízos morais com relação ao paciente. 
Os atuais sistemas de classificação (DSM-V e CID-10) - que utilizam o método 
descritivo e não etiológico - permitiram o desenvolvimento de novas 
abordagens, que procuram descrever taistranstornos como transtornos da 
interação interpessoal e levaram ao desenvolvimento de novos 
tratamentos psicoterapêuticos. 
No Brasil existe pouco material publicado na área, sendo uma das áreas de 
pesquisa em psicologia e psiquiatria com maior escassez de publicações 
científicas. 
 
Critérios de diagnóstico do DSM-IV-TR 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-IV
https://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicoterapia
Transtornos de personalidade fazem parte do Eixo II do manual 
psiquiátrico DSM-IV-TR, da Associação Americana de Psiquiatria. 
 
Critérios gerais de diagnóstico 
 
O diagnóstico de um transtorno de personalidade deve satisfazer os critérios 
abaixo, juntamente com os critérios específicos do transtorno em consideração. 
A. Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente do que a 
cultura vigente espera. Esse padrão é manifestado em duas (ou mais) áreas 
seguintes: 
cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos) 
afeto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das 
respostas emocionais) 
funcionamento interpessoal 
controle do impulso 
B. O comportamento é inflexível e invasivo, com alcance em ampla gama de 
situações pessoais e sociais. 
C. O comportamento leva clinicamente a um significante desconforto e prejuízo 
nas áreas de funcionamento social e ocupacional, ou outra área importante de 
funcionamento. 
D. O padrão é estável, de longa duração e deve iniciar, pelo menos, na 
adolescência ou início da idade adulta. 
E. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou 
consequência de outra doença mental. 
F. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou 
consequência de causas fisiológicas como abuso de substâncias ou uma 
condição médica geral tal como dano cerebral. 
Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um transtorno de 
personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como tendo tal transtorno, 
ainda, elas podem receber um diagnóstico correlacionado. Para se diagnosticar 
um indivíduo menor de idade com um transtorno de personalidade, os sintomas 
devem estar presentes por, pelo menos, um ano. O transtorno de 
personalidade antissocial não pode, por definição, ser diagnosticado em 
pessoas menores de 18 anos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manual_Diagn%C3%B3stico_e_Estat%C3%ADstico_de_Desordens_Mentais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_mental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial
Lista de transtornos de personalidade definidos no DSM-IV-TR 
Cluster/Grupo A (transtornos excêntricos ou estranhos) 
 
Os indivíduos que estão neste grupo, costumam ser apelidados como 
esquisitos, isolados socialmente, frios emocionalmente, inexpressivos, 
distantes e muito desconfiados. Este grupo está mais propenso a desenvolver 
sintomas psicóticos. 
Transtorno de personalidade esquizoide — Indivíduos isolados socialmente, 
não expressam ou vivenciam emoções como alegria ou raiva, frios 
emocionalmente, indiferentes e não fazem questão de manter laços afetivos 
com outras pessoas, sendo assim, vistos como independentes 
emocionalmente. São muito introspectivos, e muitas vezes não têm amizades. 
Não anseiam por tais relacionamentos e geralmente preferem viver sozinhos e 
isolados. (Não confundir com depressão nervosa grave.) 
Transtorno de personalidade esquizotípica — Pessoas com as mesmas 
características ao esquizoide, contudo, estão mais próximas à esquizofrenia. 
Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes especiais, outros 
podem ser supersticiosos e cheios de "manias", sendo que geralmente 
possuem crença excessiva ou fanatismo religioso. Frequentemente participam 
de seitas excêntricas, ou acabam por se apegar excessivamente a alguma 
forma de "ocultismo" ou religiosidade, muitas vezes tornam-se fanáticos 
religiosos que passam a vida a "pregar" seus conceitos de forma exagerada, 
acreditando serem escolhidos por alguma entidade divina ou, ocasionalmente, 
acreditam sentir presença ocultas, ouvir vozes e chamados do além, entre 
outros comportamentos próximos às psicoses. (Não confundir 
com esquizofrenia.) 
Transtorno de personalidade paranoide — São pessoas demasiadamente 
desconfiadas e paranoicas. Não conseguem confiar em outros, sempre alegam 
que vão ser passados para trás ou que estão tramando e conspirando algo 
contra ele. Em momentos de estresse, essas características tendem a piorar e 
são essencialmente rancorosos, com dificuldade em perdoar os erros e 
fracassos das outras pessoas. Atribuem isso sempre às supostas tramoias, 
conspirações, perseguições etc. São frios emocionalmente e podem se manter 
distantes às outras pessoas porque acreditam estar sempre sendo enganados, 
às vezes reagindo com hostilidade por motivos incompreensíveis aos olhos de 
outros. (Não confundir com esquizofrenia ou delírio.) 
Cluster/Grupo B (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares) 
Pessoas que convivem intimamente costumam perceber um quê de anormal no 
comportamento dos indivíduos que compõem este grupo, frequentemente 
https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM_IV
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizoide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizot%C3%ADpica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_paranoide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Del%C3%ADrio
sendo apelidados como "problemáticos". Nele, estão presentes os indivíduos 
que são vistos aos olhos de outros como manipuladores, rebeldes, com 
tendência a quebrar regras e rotinas, irritantes, "maus", inconstantes, 
impulsivos, dramáticos, sedutores, imprevisíveis, egoístas e muito intolerante 
às decepções. Neste grupo, os sintomas inflexíveis dos distúrbios afetam muito 
mais as pessoas em sua volta, do que o próprio indivíduo. 
Transtorno de personalidade antissocial — São sociopatas, indivíduos 
egocêntricos desde a adolescência e que mesmo na idade adulta mantêm 
comportamentos persistentes de desrespeito as normas, regras ou leis sociais. 
Causam prejuízos e transtornos significativos as pessoas próximas em seu 
círculo social. Frequentemente surgem ocorrências de transtorno de conduta e 
histórico de problemas em relação conjugal devido sua propensão para 
adultério e infidelidade. 
Não desenvolvem empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e a desprezar os 
sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Impera o egoismo. Enganam, 
seduzem e manipulam as pessoas a fim de obter vantagens pessoais ou 
prazer. São capazes de fingir um comportamento exemplar e se fazer passar 
por vitima com maestria. Distorcem fatos e acontecimentos verídicos a fim de 
convencer quem lhes dá atenção. (O diagnóstico de antissocial não está 
relacionado a evitar socializações, algo mais provável no transtorno de 
personalidade esquiva.) 
Transtorno de personalidade histriônica — São pessoas muito emotivas, 
hipersensíveis, exageradas, superficiais, emocionalmente instáveis, 
dramáticas, muito preocupadas com a aparência física (vaidosos e 
provocativos) e com notável tendência a exigir excessiva atenção para si a todo 
momento. Caso contrário, sentem-se profundamente incomodados, podendo 
expressar suas emoções de forma exagerada, como rompantes de choro ou 
raiva por coisa mínima. 
Geralmente vestem-se de maneira chamativa, sobretudo sexualmente 
provocante e costumam estar sempre à caça de elogios a respeito de sua 
aparência física. Tendem a infidelidade contumaz, são muito manipuladores, 
sedutores, controlando pessoas e circunstâncias para conseguir atenção.Fazem uso da manipulação emocional e sedutora, frequentemente vestindo-se 
de maneira chamativa, provocando, encantando e seduzindo outras pessoas. 
(Não confundir com Transtorno Afetivo Bipolar.) 
Transtorno de personalidade borderline — Distúrbio comparável a uma "doença 
do amor", uma vez que seus sintomas tornam-se muito exacerbados quando 
apaixonam-se. São indivíduos muito inconstantes, exagerados, 
constantemente insatisfeitos, intolerante às decepções e frustrações, com 
pensamento extremista 8-80 (totalmente bom ou totalmente mau: não 
conseguem ver lado bom e ruim numa mesma pessoa ou situação), não 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_antissocial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_conduta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_conjugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empatia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_histri%C3%B4nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_Afetivo_Bipolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_lim%C3%ADtrofe
conseguindo relacionar-se de maneira saudável com seus familiares e pessoas 
íntimas, tratando-as frequentemente de maneira estúpida, agressiva ou 
rebelde. Quando apaixonam-se por uma pessoa, tratam-na como um deus, 
entretanto, à menor contrariedade ou sinal de rejeição percebida, acreditam 
erroneamente estar sendo ignorados e abandonados, tornando-se irritantes, 
insuportáveis e autodestrutivos passando drasticamente do amor idealizado 
para o ódio, tratando cruelmente o parceiro como um verdadeiro demônio, 
sendo assim, com notável tendência a terminar relacionamentos de forma 
raivosa. Essas relações íntimas são frequentemente intensas, mas caóticas e 
instáveis, terminando sempre em chantagens, manipulações, ameaças suicidas 
ou autodestrutivas. 
Essas pessoas têm profundos sentimentos de raiva e vazio crônico, são 
emocionalmente instáveis, com surtos de carência afetiva, mostrando-se 
também controladoras e muito ciumentas. Além disso, têm tendência suicida e, 
a fim de se libertar do sentimento de vazio e rejeição, podem engajar-se em 
comportamentos compulsivos como automutilação, comer compulsivamente, 
gastos em excesso etc. São irritadiças quando estão com pessoas muito 
íntimas e se sentem merecedoras de cuidados e atenção especial a todo 
momento. Muitas vezes não conseguem controlar fortes emoções como a 
raiva. Sentem-se sempre mal amados, rejeitados e ignorados por motivos 
banais, o que causa um gatilho para agressividade e manipulações. São 
pessoas manipuladoras, uma vez que temem ser rejeitados em seus 
relacionamentos amorosos, fazendo esforços totalmente desproporcionais para 
evitar o abandono. (Não confundir com Transtorno Afetivo Bipolar.) 
Transtorno de personalidade narcisista — Pessoas arrogantes, orgulhosas e 
que se acham superiores e mais especiais que os outros. De primeira, esses 
indivíduos passam uma grande impressão de que são metidos, egoístas ou 
antipáticos, demonstram pouca empatia para com os outros, não se importam 
com sentimentos alheios e podem ser frios emocionalmente. Quase sempre se 
acham "os melhores", "os mais lindos", "os mais ricos" etc. e exigem ser 
atendidos pelos melhores médicos, pelos melhores professores e outros 
"melhores" profissionais por causa de seu sentimento de superioridade. 
Diferentemente do histriônico, narcisistas podem se cuidar em excesso 
(vaidosos) para mostrar às outras pessoas o quanto são mais "bonitos" e 
anseiam por elogios não para receber atenção, mas apenas para mostrar que 
são supostamente superiores às outras pessoas. (Não confundir 
com megalomania.) 
Cluster/Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos) 
Os indivíduos que compõem este grupo são vistos como medrosos, ansiosos, 
frágeis, dependentes, fóbicos e com tendência a serem submissos, 
organizados, obedientes e, ao contrário do grupo B, evitam quebrar regras ou 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_Afetivo_Bipolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_narcisista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalomania
rotinas. Neste grupo, frequentemente os traços inflexíveis dos transtornos 
prejudicam muito mais o próprio indivíduo, do que as pessoas à sua volta. Este 
grupo está mais propenso aos transtornos de ansiedade. 
Transtorno de personalidade dependente — Pessoas muito dependentes 
emocionalmente e fisicamente, sempre dependendo de outras pessoas para 
fazer qualquer coisa. Notavelmente carentes, elas não conseguem viver só e 
estão sempre à procura de um relacionamento íntimo para se manter 
dependente. Com frequência, são submissos às pessoas por quais mantêm um 
laço afetivo, podendo demonstrar muita empatia ou altruísmo por outras 
pessoas e pouca preocupação consigo mesmo. Não costumam contrariar as 
outras pessoas e emoções como raiva e desgosto frequentemente são 
reprimidas e disfarçadas, pois têm medo excessivo em magoar o outro. Com 
medo da perda e abandono, esses indivíduos pensam muito mais nas outras 
pessoas do que em si, deixando de fazer coisas que gostam, para satisfazer 
aos outros. 
Eles são propensos a envolverem-se em relacionamentos perturbadores, com 
tendências sadomasoquistas, muitas vezes aceitando atitudes abusivas contra 
si. Por isso, a insatisfação é constante e o sentimento crônico de tristeza é 
comum nessas pessoas, uma vez que tornam-se pessoas excessivamente 
submissas aos outros, muitas vezes deixando-se ser vítimas de maus tratos 
por parte de outras pessoas por quais mantêm dependência. Geralmente, 
possuem medo de machucar o outro e têm dificuldade em romper tais 
relacionamentos. Quando terminam, sentem-se culpados e frequentemente 
partem desesperadamente em busca de um novo relacionamento. 
(Não confundir com distimia.) 
Transtorno de personalidade esquiva — Indivíduos que são excessivamente 
tímidos, com grande ansiedade na vida social, sendo que frequentemente 
carregam um sentimento de inferioridade em relação às outras pessoas. Via de 
regra, têm uma baixa auto-estima e temem serem ridicularizados ou criticados 
em público. Na realidade, anseiam contato íntimo entre as pessoas, mas com 
medo de serem ridicularizados, envergonham-se e se isolam socialmente. 
Eles podem evitar festas, lugares cheios de pessoas e outras ocasiões sociais 
que poderão ser o centro das atenções, sendo que muitas vezes não têm 
amigos. Por vezes, carregam grande sofrimento pois têm uma grande vontade 
de se relacionar com outros, mas não conseguem por conta da vergonha e 
timidez excessiva que enfrentam ao deparar-se com outras pessoas. 
(Nãoconfundir com depressão nervosa grave, fobia social e transtorno de 
ansiedade generalizada.) 
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva — São pessoas teimosas e 
inflexíveis, excessivamente organizadas, temendo descuidos, 
desorganizações, sujeira ou qualquer outra forma de "bagunça". Elas priorizam 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtornos_de_ansiedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distimia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fobia_social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_ansiedade_generalizada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_ansiedade_generalizada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_obsessivo-compulsiva
o correto e organizado, podendo gastar muito tempo trabalhando, estudando 
ou limpando, deixando de lado relacionamentos, diversão e lazer. Além disso, 
elas tendem a fazer seus deveres a sós porque temem que outras pessoas não 
irão fazer corretamente. Nos seus relacionamentos, eles podem ser um pouco 
distantes ou isolados e aparentar frieza emocional. Com frequência têm 
dificuldade em desfazer-se de velharias e coleções, podendo acumular muitos 
utensílios, móveis e objetos antigos. Via de regra, se sobrecarregamem suas 
atividades, algumas vezes desenvolvem compulsão desenfreada para o 
trabalho. Não confundir com Transtorno obsessivo-compulsivo [TOC]. 
 
A principal finalidade é obter um conhecimento de indivíduos ou grupos, com 
um objetivo específico e determinado pelo perfil que deve ser verificado. A 
avaliação nada mais é do que um processo de coleta de dados e 
interpretações de informações, na qual podem ser utilizados diversos métodos 
e técnicas, incluindo testes psicológicos padronizados. 
Para que um teste psicológico possa ser utilizado ele precisa passar por 
inúmeras etapas que garantam que ele possui fundamento técnico e científico, 
ou seja, passou por pesquisas que confirmam que os estudos realizados 
confirmaram que o mesmo possui condições mínimas de avaliar o que ele 
propõe. 
Por ser uma coleta de dados baseada em uma metodologia específica, se 
houver divergências na forma de aplicação o resultado pode não ser fidedigno, 
e é por isso que o profissional precisa sempre seguir as normas contidas nos 
manuais dos testes, tanto para a aplicação quanto para a correção e análise 
dos resultados. Isso quer dizer que nenhum psicólogo “acha” alguma coisa a 
partir de um teste, pois deve existir fundamento e comprovação da eficiência do 
instrumento para que ele possa ser considerado útil. 
 
Uma avaliação psicológica baseia-se na utilização de um método técnico-
científico que permite coletar dados, realizar estudos e interpretar as 
informações no que diz respeito aos processos e fenômenos psicológicos 
através procedimentos de prognósticos e diagnósticos, através de técnicas, 
instrumentos e métodos. 
Esses procedimentos são testes sistemáticos que avaliam o comportamento de 
um indivíduo, considerando sempre os fatores sociais e históricos aos quais 
este foi condicionado e quais foram os seus efeitos na psique. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivo
O único profissional habilitado por lei (Art. 13 da Lei no 4.119/62) a realizar 
esses testes é o psicólogo, devendo ele sempre manter a ética, 
profissionalismo, sigilo e imparcialidade que promovem ao indivíduo avaliado a 
preservação da sua integridade. 
É de suma importância que esse profissional tenha consciência de como um 
diagnóstico pode influenciar a realidade de um indivíduo, tanto que existem 
críticas a respeito desse tipo de avaliação, pois ela pode, muitas vezes, facilitar 
processos de exclusão de um avaliado. 
 
Os testes psicológicos existem desde a antiguidade e eram utilizados por 
gregos em processos educacionais para conseguir domínio em suas atividades 
intelectuais e físicas, mas não eram focados nas diferenças comportamentais. 
Após algum tempo surgiram testes que avaliavam a personalidade com o 
objetivo de medir características afetivas ou de cunho não intelectual do 
comportamento. A utilização deles visa avaliar o ajustamento emocional, as 
relações sociais, as atitudes, os interesses, a motivação, os hábitos, bem como 
possíveis alterações emocionais e conflitos internos de um indivíduo. 
Existe uma gama de testes psicológicos, mas os principais consistem em: 
Entrevista clínica: é um elemento central em testes psicológicos. As entrevistas 
costumam ter de 1 a 2 horas de duração e acontecem com mais frequência em 
consultórios clínicos. Ela é uma oportunidade que o psicólogo tem de coletar 
informações sobre a história pessoal da pessoa como, por exemplo, sobre sua 
família, etc. 
Avaliação do funcionamento intelectual (QI): o QI (quociente intelectual) é uma 
medida que avalia as competências cognitivas, ou seja, a inteligência de um 
indivíduo. Essa avaliação não mede a inteligência real da pessoa, mas 
componentes que cremos que possam ser importantes da inteligência através 
de testes de inteligência e avaliação neuropsicológica. O primeiro é mais 
comum de ser administrado, mas o segundo pode, em alguns casos, levar dias 
para ser concluído, pois é um método de avaliação muito mais amplo, que está 
focado em determinar tanto os pontos fortes quanto os déficits cognitivos de 
um indivíduo e geralmente é realizado em pessoas que tiveram alguma 
disfunção, dano ou problema cerebral. 
Determinação da personalidade: esse teste ajuda o profissional a entender com 
mais clareza a personalidade de uma pessoa, visto que a personalidade é 
desenvolvida durante toda a vida de uma pessoa desde a sua infância até a 
idade adulta, combinando fatores complexos, sejam eles sociais, genéticos ou 
sociais. 
Avaliação comportamental: essa avaliação tem o objetivo de compreender o 
comportamento de um indivíduo e os pensamentos que o influenciam a tomar 
determinadas atitudes, possibilitando ao profissional mudar e/ou controlar um 
comportamento. 
 
DISC (psicologia) 
 
Avaliação Disc é uma teoria postulada pelo psicólogo Dr. William Moulton 
Marston em seu livro "Emotions of Normal People" (1928), publicado pela 
primeira vez em português no ano de 2014, com o nome de "As Emoções das 
Pessoas Normais", que determina alguns padrões de comportamento. A partir 
desta teoria, foram elaboradas ferramentas para análise de perfil 
comportamental, sendo o primeiro instrumento de mensuração (Activity Vector 
Analysis) desenvolvido por Walter Clarke (1945). Tais avaliações consideram 
comportamentos ou emoções observáveis, não abrangendo, portanto, a 
personalidade dos indivíduos. 
 
DISC é um modelo baseado no trabalho do Dr. William Moulton Marston (1893-
1947) para examinar o comportamento dos indivíduos em um determinado 
ambiente. Para Marston, existem quatro tipos básicos de comportamentos 
previsíveis observados nas pessoas e tais respostas comportamentais ocorrem 
a partir da combinação de duas dimensões: uma interna (referente à percepção 
do poder pessoal no ambiente) e outra externa (percepção da favorabilidade do 
ambiente). Como resultantes desta matriz temos os seguintes fatores: 
Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) e Conformidade (C) (variações 
nestes termos podem ocorrer em função do referencial utilizado). 
Nossa individualidade é bem mais complexa do que sugere inicialmente 
qualquer modelo. A singularidade de cada sujeito, aqui, pode ser compreendida 
a partir da ideia de que somos compostos por um ou dois estilos principais de 
comportamento que se destacam frente aos demais. De qualquer forma, estas 
intensidades são combinadas com as intensidades dos demais fatores e assim 
é definido nosso estilo de comportamento em geral. 
Cada um dos padrões comportamentais tem um valor único em termos de 
características gerais, motivações, contribuições para a equipe e para a 
organização, ou seja, não há um melhor do que outro. As tendências de cada 
padrão podem ser funcionais ou disfuncionais dependendo da intensidade de 
uso dos comportamentos e dos requisitos específicos do ambiente/desafio em 
questão. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Moulton_Marston
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Moulton_Marston
Instrumentos psicológicos reconhecidos já foram correlacionados com o DISC, 
dentre eles o 16PF e o Myers Briggs Type Indicator. E dentre as aplicações 
desta ferramenta, destacam-se desde processos seletivos até programas de 
desenvolvimento, seja em nível individual, de equipe ou de gestão. 
 
As avaliações são feitas testando as preferências de uma pessoa a partir da 
associações entre palavras. DISC é uma sigla para: 
Dominância – relativo a como a pessoa lida com problemas e desafios. 
Influência – relativo a como a pessoa lida com pessoas e influencia os outros. 
Estabilidade – relativo a como a pessoa lida com mudanças e seu ritmo. 
Conformidade – relativo a como a pessoa lida com regras e procedimentos 
estabelecidos por outros. 
 
Estas quatro dimensões podem ser agrupadas em uma grade, sendo os 
quadrantes superiores ocupados pelos padrões "D" e "I" (representando os 
perfis mais ativos) e "C" e "S" abaixo (representando os perfis mais receptivos)."D" e "C", em seguida, compartilham a coluna da esquerda e representam 
estilos mais focados em tarefas/resultados, enquanto "I" e "S" compartilham a 
coluna da direita e representam estilos mais voltados a pessoas. Nesta matriz, 
a dimensão vertical representa um fator de "comportamento ativo" ou 
"comportamento receptivo", enquanto a dimensão horizontal representa 
"ambiente percebido como desfavorável" versus "ambiente percebido como 
favorável". 
Dominância: Pessoas com alta pontuação no fator "D" são muito ativas ao lidar 
com problemas e desafios. Descritas como egocêntricas, diretas, ousadas, 
dominadoras, exigentes, enérgicas, determinadas. Já baixas pontuações “D” 
indicam pessoas mais moderadas e conservadoras, descritas como discretas, 
realistas, conservadoras, pacíficas, precavidas e modestas. 
Influência: Pessoas com altos escores de "I" gostam de influenciar os outros 
através de conversas e atividades e tendem a ser emocionais. São descritas 
como entusiastas, persuasivas, convincentes, amistosas, comunicativas, 
confiantes e otimistas. Já aqueles com baixos escores de "I" influenciam mais 
por dados e fatos e não com sentimentos, sendo descritos como reflexivos, 
seletivos, factuais, recatados, desconfiados, pessimistas. 
Estabilidade: Pessoas com altos escores em "S" apreciam um ritmo constante, 
segurança e não gostam de mudanças súbitas. São indivíduos descritos como 
pacientes, confiáveis, calmos, leais, persistentes, gentis, previsíveis. Já baixos 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=16PF&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Myers_Briggs_Type_Indicator
escores em "S" estão relacionados ao apreço por mudança e variedade e tais 
indivíduos são descritos como móveis, alertas, inquietos, impetuosos, 
espontâneos, impacientes e até mesmo impulsivos. 
Conformidade: Pessoas com alto escore em "C" valorizam aderir a regras, 
regulamentos e estrutura. Gostam de atuar com qualidade e fazer certo desde 
a primeira vez. São descritas como disciplinadas, cautelosas, sistemáticas, 
precisas, analíticas, perfeccionistas e lógicas. Já os com baixos escores em "C" 
tendem a desafiar regras e buscam independência. Descritos como 
independentes, obstinados, voluntariosos, teimosos, rebeldes, arbitrários e 
indiferentes a detalhes. 
 
Como o DISC pode ser usado? 
Gerenciamento de Mudanças – Aprenda comportamentos para transformar 
resistência em receptividade. 
Coaching e Mentoring – Descubra como ajudar os outros a atingir seu potencial 
de forma consistente. 
Resolução de Conflitos – Traga clareza e compreensão para diferenciar estilos 
comportamentais. 
Atendimento ao cliente – Ensine as equipes de suporte administrativo e de 
atendimento ao cliente a fornecer serviços e interações estelares de maneira 
confiável, independentemente do estilo comportamental. 
Contratação e Seleção / Benchmarking e Comparação – Capacite proprietários 
de empresas, gerentes e profissionais de RH com a capacidade de comparar 
novos candidatos a benchmarks desejáveis de desempenho no trabalho. 
Liderança e gerenciamento de habilidades – capacitar os líderes de sua 
organização com a capacidade de obter o máximo proveito de suas equipes, 
motivando de forma confiável e genuína sua equipe. 
Treinamento de vendas – gere receita ensinando até mesmo os profissionais 
de vendas mais novatos ou experientes a identificar e aproveitar 
comportamentos identificáveis em seus clientes potenciais. 
Team building – Crie suas equipes com base em habilidades e características 
compatíveis, não apenas ideias genéricas de equilíbrio. 
Produtividade – Planeje reuniões e projetos com diferentes estilos 
comportamentais em mente para garantir os melhores resultados 
 
Com as informações sobre os perfis comportamentais, a Metodologia DISC 
possibilita, além de assertividade na gestão e desenvolvimento de pessoas, 
uma análise mais justa do ser humano. 
Cada um é avaliado de acordo com os perfis predominantes e nenhum é 
melhor que outro. Há perfis mais adequados para determinadas funções ou 
com mais facilidade para desenvolver certas características e habilidades, mas 
sem determinismo ou juízo de valor. Além disso, analisar o comportamento 
ajuda a eliminar vieses externos. 
Exame Psicotécnico 
O Exame Psicotécnico é um método de avaliação da personalidade. Um exame 
deste é capaz de definir o comportamento padrão de uma pessoa ou de um 
grupo de pessoas, bem como definir diferenças entre indivíduos e as suas 
reações diante a várias situações do dia a dia ou situações que fogem o 
cotidiano. 
Apesar de hoje este exame ser uma das mais fortes ferramentas usadas para 
avaliação do perfil das pessoas em concursos públicos e exames de direção, 
estes exames não são submetidos apenas a estas pessoas, áreas que o tornou 
popularmente conhecido, mas também canditatos a emprego em empresas ou 
instituições. 
Este é o único campo de atuação exclusiva de um psicólogo, em outras 
palavras, apenas um psicólogo pode realizar o Exame Psicoténico, caso 
profissionais de outra área o façam estarão sujeitos à pena, e até mesmo 
invalidação do exame. 
Para este exame não existem respostas corretas ou um gabarito, existem 
outros métodos e técnicas que caracterizam o comportamento e descrevê-lo de 
acordo com grupos, categorias ou até mesmo escalas numéricas. 
A realização do exame pode ser feita de diversas formas; existem testes onde 
o avaliado é sujeito a fazer traços e desenhos (linhas, retas paralelas, círculos,
zigue-zagues, casas, pessoas) ; o objetivo destes é examinar a coordenação 
motora, a capacidade de observação, a percepção de espaço e as proporções 
dos objetos e do corpo humano. Este tipo de exame recebe nome de " PMK ". 
Este exame consiste em alguns pontos cruciais que o entrevistador deve se 
atentar que são: 
Sudorese (paciente suando muito ) 
Movimentos corporais intensos 
Elevação do tom de voz 
Dificuldade de resposta (gagueira, troca de letras ) 
Profundidade do olhar diante situações impostas 
Agressividade das respostas 
entre outros pontos. 
Os testes descritos acima são ferramentas que para a sua construção foram e 
continuam tendo como base resultados anteriores obtidos com sucesso, 
observações e experimentos e por isso podem vir a apresentar falhas no 
decorrer de sua interpretação, logo não devem ser tomados como única fonte 
para a avaliação do perfil do candidato. 
Avaliação Psicológica 
A avaliação psicológica é um procedimento que visa avaliar, através de 
instrumentos previamente validados para a determinada função, os diversos 
processos psicológicos que compõe o indivíduo, sendo o psicólogo o único 
profissional habilitado por lei para exercer esta função. A avaliação e descrição 
da realidade psicológica de alguém fornece ao psicólogo um conjunto de 
informações, as quais este deve saber interpretar, selecionar e sobretudo 
transmitir e devolver. 
Esta responsabilidade traz consigo uma série de considerações éticas que 
visam não somente a imparcialidade do processo em si, mas principalmente a 
humanização deste, tendo como foco, em última instância a preservação da 
integridade do sujeito avaliado.Partindo deste principio muitas questões vem a 
tona, como a influência do diagnóstico no contexto social do avaliado; o 
posicionamento do psicólogo em relação à avaliação; além do sigilo 
profissional na confecção de laudos, além de várias outras que cercam a 
responsabilidade ética na avaliação psicológica. 
O psicólogo deve ter consciência da influência que um diagnostico pode trazer 
para a realidade do avaliado. Uma das críticas feitas a avaliação diz respeito a 
esta questão, que a avaliação muitas vezes pode ser facilitadora dos processos 
de exclusão. 
 
A idéia que surge neste contexto refere-se a importância que este diagnóstico 
pode adquirir na vida do sujeito, falando-se tanto em uma relação pessoal (“o 
teste diz que eu não sou apto para o emprego

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