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Apostila - Direito Penal Militar

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SUMÁRIO 
____________________________________________ 
 
• Aplicação da Lei Penal Militar 
• Crime 
• Concurso de Agentes 
• Das Penas Principais 
• Das Penas Acessórias 
• Ação Penal 
• Extinção da Punibilidade 
• Dos crimes militares em tempo de paz 
• Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar 
• Dos crimes contra o serviço e o dever militar 
• Dos crimes contra a Administração Militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
 
EXPLICAÇÃO PARTE I: Aplicação da lei penal 
 
Princípios da legalidade e da anterioridade. 
 
De acordo com o princípio da legalidade, para que algo seja considerado um crime 
é necessário que exista uma lei que defina este ato como sendo criminoso. Dessa forma, 
ninguém pode ser punido por uma ação a não ser que a lei determine que essa ação é um 
crime. Esse princípio visa limitar o poder punitivo estatal. 
O princípio da anterioridade diz que para que para que algo seja considerado como 
crime é necessário que exista uma lei anterior que o defina como crime. Não é permitido 
julgar retrogradamente atos cometidos. Esse princípio garante que o cidadão tenha o 
direito de conhecer com antecedência quais os atos que são considerados como 
criminosos. 
 
Lei penal no tempo e no espaço. 
 
Quanto ao tempo, o Código Penal dita que ninguém pode ser punido por um fato 
que a lei posterior definiu como não sendo crime. Dessa forma, se uma lei determina que 
um ato não é mais criminoso cessam-se os efeitos penais da sentença condenatória. A 
única exceção corresponde à lei excepcional ou temporária. Essas, mesmo cessadas a sua 
duração, podem ser aplicadas a atos ilegais praticados durante a sua vigência. 
Quanto ao espaço, em todos os crimes praticados dentro do território nacional se 
aplica a lei brasileira. 
 
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 Tempo e lugar do crime. 
 
Considera-se como tempo do crime o momento da ação ou omissão, mesmo que 
o resultado do crime advinha em outro momento. O lugar do crime corresponde ao local 
onde ocorreu a ação ou omissão, totalmente ou em parte e também onde se produziu ou 
onde deveria produzir-se o resultado. 
 
Lei penal excepcional, especial e temporária. 
 
A Lei penal temporária corresponde a uma lei que seja válida por um período finito 
e pré-determinado de tempo. A Lei excepcional ou lei temporária em sentido amplo 
corresponde a normas que visam atender necessidades estatais temporárias, como, por 
exemplo, guerras ou calamidades. Ela perdura por todo o período considerado 
excepcional. A Lei especial é mais específica, regendo um ou mais fatos sociais de modo 
particular, excepcional ou supletivo. Havendo conflito entre uma lei ordinária e a especial 
a especial prevalecerá. 
 
Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal. 
 
Para crimes efetuados no território nacional deve-se aplicar a lei brasileira, desde 
que ela respeite convenções, tratados e regras de direito internacional. 
Embarcações e aeronaves brasileiras que sejam de natureza pública ou que 
estejam a serviço do governo brasileiro são consideradas como extensões do solo 
brasileiro, onde quer que elas se encontrem. O mesmo vale para embarcações brasileiras 
mercantes ou de propriedade privada que se encontre no espaço aéreo ou alto mar 
pertencentes ao território brasileiro. Naves estrangeiras de propriedade privada também 
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estão sujeitas à lei brasileira se elas se encontrarem em pouso no território nacional ou 
em voo no espaço aéreo correspondente ou em pouso no território nacional. O mesmo 
vale para embarcações estrangeiras que estejam em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
 
 
Contagem de prazo. 
 
Quando prazos precisam ser levados em conta o dia do começo se inclui na 
contagem. Os dias, meses e anos são contados pelo calendário comum. 
 
 
 Interpretação da lei penal. 
 
Visa determinar o alcance da norma penal e o seu real significado. As leis podem 
ser interpretadas de acordo com: 
 
 - Quem as elabora: A lei autêntica ou legislativa é a feita pelo órgão 
responsável pela elaboração do texto. A doutrinaria é feita por estudiosos, professores e 
autores de obras de Direito em seus livros, artigos, conferências, etc. A lei judicial é feita 
pelos tribunais e juízes durante um julgamento. 
 
 - O modo da lei: Ao fazer uma interpretação gramatical se leva em conta o 
sentido literal das palavras. Nas interpretações teleológicas se busca descobrir o 
significado através de uma análise dos fins desta lei. Nas históricas se avalia os debates 
que levaram à apresentação daquele projeto de lei. Na interpretação sistemática se busca 
o significado de uma norma a partir da sua integração com outros dispositivos presentes 
na mesma lei à qual ela pertence e com o sistema jurídico como um todo. 
 
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 - O resultado: Em uma interpretação declarativa se conclui que o texto da 
lei corresponde exatamente ao que o legislador desejavadizer. Na interpretação restritiva 
se conclui que o texto da lei acabou abrangendo mais do que o legislador desejava, 
portanto de interpreta a lei restringindo a sua atuação. Na interpretação extensiva se 
conclui que o texto abrangeu menos que o legislador desejava e, portanto, a interpretação 
amplia a sua aplicação. 
Se, após se usar todas as formas interpretativas, ainda persistir alguma dúvida, a 
questão será resolvida do modo mais favorável ao réu. Isso é chamado de Princípio do “in 
dubio pro reo”. 
Além dessas formas interpretativas ainda há a possibilidade de uma interpretação 
analógica (“intra legem”). Nela é necessário extrair o seu sentido a partir dos elementos 
presentes no próprio texto. Esse tipo de interpretação deve ser usado quando o texto 
apresenta uma sequência causal seguida por uma fórmula genérica. 
 
 
Analogia. 
 
É a aplicação de uma hipótese não prevista em lei usando uma lei que tenha sido 
redigida para um caso semelhante. Por exemplo, suponha que um certo fato X precise ser 
julgado, mas que não haja uma lei adequada para julgar esse fato. Mas há um fato Y que é 
regulado por uma lei e há semelhanças entre X e Y. Então é possível usar a analogia para 
aplicar a legislação que rege Y no fato X. 
Note que essa é uma forma de integrar a lei penal e não uma forma de interpretá -
la. A analogia é diferente da interpretação analógica. 
 
 Irretroatividade da lei penal. 
 
Quando uma lei passa a vigorar ela não pode ser usada para punir atos que foram 
cometidos antes da sua vigência. Mas uma retroatividade benéfica pode acontecer. Por 
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exemplo, se de acordo com uma nova lei um fato deixar de ser criminoso, os que cumprem 
pena por esse fato serão beneficiados por ela. 
 
EXPLICAÇÃO PARTE II: Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior 
deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença 
condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. 
 
TEMPUS REGIT ACTUM 
ABOLITIO CRIMINIS 
 
Retroatividade de lei mais benigna 
Art.1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se 
retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 
 
 
Apuração da maior benignidade 
 
 Art. 2º, §2°: Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior 
devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis 
ao fato. 
 
Combinação de leis. É possível? 
 
EMENTA: HABEAS CORPUS. RECLASSIFICAÇÃO TIPOLÓGICA DE CRIME COMUM 
PARA CRIME MILITAR. AFASTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA LEI N° 8.072/90. 
IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. LEGITIMIDADE DA 
DIFERENÇA DE TRATAMENTO. A diferença de tratamento legal entre os crimes comuns e 
os crimes militares, mesmo em se tratando de crimes militares impróprios, não revela 
inconstitucionalidade, pois o Código Penal Militar não institui privilégios. Ao contrário, em 
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muitos pontos, o tratamento dispensado ao autor de um delito é mais gravoso do que 
aquele do Código Penal comum (RE 115.770/RJ). O que se pretende, neste habeas, é a 
aplicação do Código Penal Militar apenas na parte que interessa ao paciente. Entretanto , 
isto representaria a criação de uma norma híbrida, em parte composta pelo Código Penal 
Militar e, em outra parte, pelo Código Penal comum. Isto, evidentemente, violaria o 
princípio da reserva legal e o próprio princípio da separação de poderes. Ordem 
parcialmente concedida, apenas para determinar que o juízo das execuções penais analise 
se o paciente faz jus à progressão de regime prisional, tendo em vista a declaração de 
inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n° 8.072/90 (HC 82.959/SP). 
 
 
Medidas de segurança 
 
Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, 
prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. 
 
Foi recepcionado? 
Lei excepcional ou temporária 
 
Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
 
 
TEMPO DO CRIME 
 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o do resultado. 
 
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LUGAR DO CRIME 
 
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade 
criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde 
se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se 
praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. 
 
 
Sistema misto 
 
LEI PENAL NO ESPAÇO Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em 
parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo 
processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 
 
 
Território nacional por extensão 
 
§1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território 
nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando 
militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade 
competente, ainda que de propriedade privada. 
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 
 
§2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves 
ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime 
atente contra as instituições militares. 
 
Princípio da extraterritorialidade incondicionada (irrestrita) 
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O direito penal militar adota a teoria da extraterritorialidade irrestrita, sendo 
suficiente, para a sua aplicação, que o delito praticado constitua crime militar nos termos 
da lei penal militar nacional, independentemente da nacionalidade da vítima ou do 
criminoso, do lugar onde tenha sido cometido o crime ou do fato de ter havido prévio 
processo em país estrangeiro. 
 
 
Aplicação da lei penal militar quanto às pessoas 
 
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer 
pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas 
servir em posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. 
 
 
 
ART. 3º - LEI 6880/80 
 
§ 1° Os militares encontram-se em uma das seguintes situações: 
a) na ativa: 
 
I - os de carreira; 
 
II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial, 
durante os prazos previstos na legislação que tratado serviço militar, ou durante as 
prorrogações daqueles prazos; 
 
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, 
reincluídos, designados ou mobilizados; 
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IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; 
 
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas 
Forças Armadas. 
 
§ 2º Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e 
permanente do serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida. 
 
b) na inatividade: 
 
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e 
percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, 
mediante convocação ou mobilização; e 
 
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores 
estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a 
perceber remuneração da União. 
 
lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executando 
tarefa por tempo certo, segundo regulamentação para cada Força Armada. 
 
Art. 4º São considerados reserva das Forças Armadas: 
 
I - individualmente: 
 
a) os militares da reserva remunerada; e 
 
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa. 
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II - no seu conjunto: 
 
a) as Polícias Militares; e 
 
b) os Corpos de Bombeiros Militares. 
 
Defeito de incorporação 
 
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, 
salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime. 
 
Militares dos Estados e competência da Justiça Militar da União 
 
I - É da Justiça Militar da União a competência para julgar o crime que envolve 
militar federal e militar estadual, considerando que desperta o interesse da União, sendo 
seu papel tutelar interesses da Federação como: manutenção da ordem, disciplina e 
hierarquia nas Corporações Militares Estaduais e nas FFAA. 
 
 1. Lesões corporais praticadas por policial militar contra capitão do exército, 
dentro de um batalhão de infantaria, local sujeito à Administração militar federal, é crime 
militar de competência da Justiça Militar da União, em face da qualificação dos envolvidos 
e também pela proteção que merece o local onde acontecidos os fatos. 
 
2. Aplicação da letra "a" do inciso II do art. 9º do Código Penal Militar. 
 
3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Auditor da 1ª Auditoria da 
2ª Circunscrição Judiciária Militar da União em São Paulo, o suscitado. 
 
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Assemelhado 
 
 Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em 
virtude de lei ou regulamento. 
 
 
Comandante 
 
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, 
toda autoridade com função de direção. 
 
Superior 
 
 Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de 
igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal 
militar. 
 
 
 
 
 
 
 
DO CRIME MILITAR 
 
Conceito: 
 
Crime militar e Transgressão Disciplinar 
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Infrações disciplinares 
 
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. 
 
 “No atual Código Penal Militar, são prescritos os crimes militares e regulamentadas 
as infrações disciplinares. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
 
Crimes Militares Próprios 
Crimes Militares Impróprios 
Crimes Tipicamente Militares 
 
 
Do Crime Militar em Tempo de Paz 
 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
 
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei 
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; 
 
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição 
na lei penal comum, quando praticados: 
 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma 
situação ou assemelhado; 
 
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b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à 
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza 
militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra 
militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996); 
 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da 
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob 
a administração militar, ou a ordem administrativa militar; 
 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra 
as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso 
 
I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem 
administrativa militar; 
 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade 
ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no 
exercício de função inerente ao seu cargo; 
 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, 
observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
 
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d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função 
de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da 
ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele 
fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
 
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e 
cometidos contracivil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados 
no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei N 7.565, de 19 de 
dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº 12.432, 
de 2011) 
 
Súmula Vinculante nº 36 
 
Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes 
de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta 
de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que 
expedidas pela Marinha do Brasil 
 
“ Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida, 
praticado por militar do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade 
inerente às funções institucionais das Forças Armadas.” 
 
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TEORIAS DO DOLO NO CÓDIGO PENAL MILITAR 
 
Art. 33. Diz-se o crime: 
 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
 
1 – TEORIA DA VONTADE 
 
2 – TEORIA DO ASSENTIMENTO TIPO CULPOSO 
 
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou 
diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não 
prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se 
realizaria ou que poderia evitá-lo. 
 
Princípio da Excepcionalidade do Crime Culposo 
 
 Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por 
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
 
Relação de Causalidade 
 
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não 
teria ocorrido. 
 
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 § 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação 
quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a 
quem os praticou. 
 
 
 
Iter Criminis 
 
Fases: 
 
 1ª - Cogitação (cogitatio) 
 2ª - Preparação (conatus remotus) 
 3ª - Execução (conatus proximus) 
4ª - Consumação (summatum opus) 
 5ª – Exaurimento 
 
Teoria adotada pelo CPM: OBJETIVO-FORMAL 
 
Tentativa 
 
Art. 30. Diz-se o crime II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma 
por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
 
Pena de tentativa 
 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, 
diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar 
a pena do crime consumado. 
 
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EMENTA. Embargos. Tentativa de homicídio. Caso de excepcional gravidade. 
Apenação correspondente ao crime consumado. Vingança. Motivo torpe. 
Descaracterização. Agente que movido por sentimento de vingança resolve eliminar, 
deixando, porém, paraplégica a pessoa que imaginava tivesse sido a autora das injustas e 
fortes agressões por ele sofridas, não há como identificar-se, em tal reação, por si só, um 
ato de torpeza e nem assim descreveu a denúncia. Tal atitude resulta, entretanto, 
excepcional gravidade, merecendo a pena do crime consumado. Unânime, rejeitados os 
embargos do Ministério Público Militar e, por maioria, não acolhidos os embargos da 
defesa. 
 
Arrependimento posterior 
 
 O Código Penal Castrense encampa a teoria do arrependimento posterior? 
“O direito penal militar contempla o arrependimento posterior como causa 
obrigatória de redução de pena.” 
 
ILICITUDE 
 
CONCEITO: 
 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE: 
 
 
Exclusão de crime 
 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 
I - em estado de necessidade; 
 
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II - em legítima defesa; 
 
III - em estrito cumprimento do dever legal; 
 
IV - em exercício regular de direito. 
 
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, 
aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os 
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a 
unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o 
saque. 
 
 “No direito penal militar, o consentimento do ofendido está entre as causas 
expressas excludentes de ilicitude e apresenta como peculiaridade, nesse sistema penal, a 
possibilidade de ocorrer antes ou após a prática da infração.” 
 
 
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE 
 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar 
direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo 
evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente 
inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arros tar o perigo. 
 
TEORIAS SOBRE O ESTADO DE NECESSIDADE 
 
Código Penal Brasileiro (CPB) 
 
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Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar 
de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
 
Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade 
 
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de 
pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo 
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, 
ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível 
conduta diversa. 
 
 
Estado de necessidade, como excludente do crime 
 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar 
direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo 
evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente 
inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 
 
“No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria diferenc iadora 
do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e interesses em conflito. O estado de 
necessidade pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de exclusão da 
culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude.” 
 
 “Nodireito castrense, o estado de necessidade pode constituir causa de exclusão 
da culpabilidade do delito". 
 
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Excludente de ilicitude do Comandante 
 
 Exclusão de crime 
 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 
I - em estado de necessidade; 
 
II - em legítima defesa; 
 
III - em estrito cumprimento do dever legal; 
 
IV - em exercício regular do direito. 
 
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, 
aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os 
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a 
unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o 
saque. 
 
 “A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de me ios violentos 
por parte do comandante para compelir os subalternos a executar serviços e manobras 
urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o saque.” 
 
 
Excesso nas causas de justificação 
 
EXCESSO EXCULPANTE 
Art. 45, CPM 
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Excesso escusável 
 
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou 
perturbação de ânimo, em face da situação. 
 
 “O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem idêntico disciplinamento no 
direito penal militar e no direito penal comum, sendo o excesso intensivo, em qualquer 
caso, excludente de culpabilidade do agente.” 
 
EXCESSO DOLOSO 
 
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso. 
 
ELEMENTOS NÃO CONSTITUTIVOS DO CRIME 
 
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: 
 
I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente; 
 
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de 
quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a 
agressão. 
 
 “Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é 
irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da condição de superior do outro 
militar atingido e consciência de que está infringindo as regras de disciplina e hierarquia 
militar.” 
 
 
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CULPABILIDADE 
 
 Elementos: 
 
1 – Imputabilidade 
2 – Potencial Consciência da Ilicitude 
3 – Exigibilidade de Conduta Diversa 
 
Potencial Consciência da Ilicitude 
 
Erro de Direito 
 
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o 
agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o 
fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis. 
 
Há domínio da situação fática. 
Não tem consciência de que se trata de um comportamento proibido. 
 
 
 
 
 
 
 
Semelhança e Diferença para o tratamento do Erro de Proibição do Código Penal 
 
 Erro de Fato 
 
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Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente 
escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de 
situação de fato que tornaria a ação legítima. 
 
Erro culposo 
 
§1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível 
como crime culposo. 
 
Causas Legais de exclusão da Culpabilidade 
Coação Irresistível (art. 38) 
Obediência Hierárquica (art. 38) 
Estado de Necessidade Exculpante ( art. 39) 
Excesso Escusável (art. 45) 
 
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime: 
 
Coação irresistível 
 
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria 
vontade; 
 
Obediência hierárquica 
 
b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de 
serviços. 
 
§1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem. 
 
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§2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente 
criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o inferior. 
 
 “Admite-se a coação moral irresistível como causa de exclusão da culpabilidade no 
crime de deserção.” 
 
ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE 
 
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de 
pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo 
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, 
ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível 
conduta diversa. 
 
CONCURSO DE AGENTES 
 
 Crimes Unissubjetivos: 
Crimes Plurissubjetivos 
 
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS 
 
 1 – Teoria Monista (Monística ou Unitária ou Igualitária) 
 
 “ O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime, 
adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, 
o qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de 
pessoas.” 
 
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Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas. 
 
O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer para o crime 
incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria 
monista.” 
 
 
2 – Teoria Dualista 
 
Autor X Partícipe 
 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
 
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou 
praticando violência; 
 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, 
em comum, contra superior; 
 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou 
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, 
ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou 
prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou 
da disciplina militar: 
 
Pena -reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
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Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar: 
 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar 
sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, 
fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no 
artigo. 
 
Teoria Pluralista 
 
Corrupção passiva 
Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora 
da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar 
promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Corrupção ativa 
 
Art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, 
omissão ou retardamento de ato funcional: 
Pena - reclusão, até oito anos. 
 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS: 
 
 A) Pluralidade de pessoas e de condutas 
B) Relevância causal de cada conduta 
C) Liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas 
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D) Identidade de infração penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES PESSOAIS 
 
Condições ou circunstâncias pessoais 
 
Art. 53, § 1º: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos 
outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam, 
outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares 
do crime. 
 
 “ O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de 
caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o que significa dizer que responde 
por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um militar, cometa, por exemplo, 
crime de peculato tipificado no CPM.” 
 
HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. DENÚNCIA. 
ATIPICIDADE. CONCURSO DE AGENTES. MILITAR E FUNCIONÁRIO CIVIL. CIRCUNSTÂNCIA 
DE CARÁTER PESSOAL, ELEMENTAR DO CRIME. APLICAÇÃO DA TEORIA MONISTA. 
Denúncia que descreve fato típico, em tese, de forma circunstanciada, e faz adequada 
qualificação dos acusados, não enseja o trancamento da ação penal. Embora não exista 
hierarquia entre um sargento e um funcionário civil da Marinha, a qualidade de superior 
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hierárquico daquele em relação à vítima, um soldado, se estende ao civil porque, no 
caso, elementar do crime. Aplicação da teoria monista. Inviável o pretendido trancamento 
da ação penal. HABEAS indeferido. 
 
 
PARTICIPAÇÃO 
 
Teoria Adotada pelo Código Penal Militar 
 Impunibilidade na Participação 
 
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em 
contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
CABEÇAS 
 
 Art. 53 
 
§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que 
dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. 
 
 § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes 
considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. 
 
 “ Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos antecedentes causais 
(conditio sine qua non), consideram-se cabeça, nos crimes de autoria coletiva necessária, 
os oficiais ou inferiores que exercem função de oficial.” 
 
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 “O oficial militar que, em concurso com praças, vier a praticar um crime de autoria 
coletiva necessária não será considerado cabeça somente em decorrência do princípio da 
hierarquia com os inferiores.” 
 
PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
MODELO SANCIONATÓRIO ADOTADO 
 
PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
 
PENAS: 
 
• PRINCIPAIS 
• ACESSÓRIAS 
 
MEDIDAS DE SEGURANÇA: 
 
• PESSOAIS 
• PATRIMONIAIS 
 
PENAS PRINCIPAIS: 
1 – MORTE 
2 – RECLUSÃO - PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
3 – DETENÇÃO - PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
4 – PRISÃO - PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
5 – IMPEDIMENTO - RESTRITIVA DE LIBERDADE 
6 – SUSPENSÃO - RESTRITIVAS DE DIREITOS 
7 – REFORMA - RESTRITIVAS DE DIREITOS 
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 “O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e impróprios, e sobre 
infrações disciplinares militares. Entre as sanções penais, está expressa a possibilidade de 
se aplicar a pena de multa nos casos de delitos de natureza patrimonial ou de infração 
penal que cause prejuízos financeiros à administração militar.” 
 
 “Nos casos de crimes militares, a pena de multa somente poderá ser imposta aos 
autores de delitos militares impróprios, por expressa disposição contida no CPM.” 
 
 “ Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes militares a 
cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa, conforme 
também prevê o Código Penal Comum.” 
 
 
 
 
 
PENA DE MORTE 
 
AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL 
PREVISÃO LEGAL: FORMA DE EXECUÇÃO: 
 
 “A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é executada por 
fuzilamento e que, nessa situação, o condenado militar deverá deixar a prisão com o 
uniforme sem as insígnias, e o condenado civil deverá estar vestido decentemente, 
devendo ambos os condenados estar de olhos vendados no momento da execução, salvo 
se o recusarem.” 
 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
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Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o 
mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos. 
 
 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A MILITAR 
 
Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é 
convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: 
(Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978) 
 
I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; 
 
II - pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos 
que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo 
superior a dois anos. 
 
 “ A penade reclusão superior a dois anos somente será cumprida pelo oficial em 
estabelecimento prisional civil após ser declarada a perda do posto e da patente.” 
 
ART. 2º, § ÚNICO, LEP 
 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao 
condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à 
jurisdição ordinária. 
 
SÚMULA 192, STJ: 
 
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COMPETE AO JUIZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO A EXECUÇÃO DAS PENAS 
IMPOSTAS A SENTENCIADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL, MILITAR OU ELEITORAL, QUANDO 
RECOLHIDOS A ESTABELECIMENTOS SUJEITOS A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL. 
 
PENA DE IMPEDIMENTO 
 
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da 
unidade, sem prejuízo da instrução militar. 
 
 “ A pena de impedimento prevista no COM é aplicável a qualquer crime militar, 
próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. 
Essa pena obsta o exercício das funções policiais e militares pelo prazo mínimo de 
dois anos, submetendo o apenado, quando se tratar de oficial, à pena acessória de perda 
do posto.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENAS ACESSÓRIAS 
 
OFICIAIS: 
• PERDA DO POSTO E PATENTE 
• INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO 
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• INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO 
 
PRAÇAS: 
• EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 
 
CIVIS: 
• PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA 
• INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃOPÚBLICA 
 
SUSPENSÃO: 
• PODER FAMILIAR, TUTELA OU CURATELA/DIREITOS POLÍTICOS 
 
MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
Espécies de medidas de segurança 
 
Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira 
espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em 
manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio 
judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não 
detentivas são a cassação de licença para direção de veículos motorizados, o exílio local e 
a proibição de frequentar determinados lugares. As patrimoniais são a interdição de 
estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco. 
 
 
 
1) PESSOAIS 
• DETENTIVAS 
• NÃO-DETENTIVAS 
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2) PATRIMONIAIS 
 
 “ O estatuto penal militar vigente não contempla as medidas de segurança de 
natureza patrimonial.” 
 
Súmula 527, STJ: “O tempo de duração da medida de segurança não deve 
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.” 
 
Exílio local 
 
Art. 116. 
 
 O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como medida 
preventiva, a bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na proibição de 
que este resida ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na localidade, município ou 
comarca em que o crime foi praticado. Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo 
que cessa ou é suspensa condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade. 
 
PENAS ACESSÓRIAS 
 
Não se trata de substituição de penas principais. 
 A aplicação depende da imposição de uma pena principal. 
 São aplicadas cumulativamente com as penas principais, de acordo com a natureza 
do crime. Rol taxativo de penas acessórias (art. 98, CPM). 
 
 
 
 
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1 – PERDA DO POSTO E DA PATENTE (Art. 99, CPM) Art. 99. 
 
A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade 
por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações. 
 
OBS.: Art. 142, §3º, inciso VI, CRFB. 
 
 VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou 
com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo 
de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra. 
 
2 – DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO 
 
(Art. 100, CPM) Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato 
o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou 
cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 
252, 303, 304, 311 e 312. 
 
 “ Considere que um tenente, estando de serviço, em área fora da administração 
militar, tenha constrangido uma mulher à prática de conjunção carnal, mediante grave 
ameaça, e por isso tenha sido preso em flagrante e denunciado pela prática do crime 
previsto no art. 232, CPM (estupro). Considere ainda que, durante o processo, tenha sido 
juntada aos autos certidão de casamento do referido tenente com a vítima, fato ocorrido 
após o dia do delito. Em face dessas considerações e com base no CPM, julgue o item que 
se segue: 
Se o oficial for condenado pelo crime em tela, será declarado indigno para o 
oficialato. 
 
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 “Representação para declaração de indignidade. Condenação de oficial à pena 
privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos. Sentença transitada em julgado. 
Concussão. Ofensa aos preceitos éticos e morais. Inviabilidade da permanência do oficial 
na Força. Fato atinge o decoro e o pundonor militar. Procedência do pedido para declarar 
o militar oficial indigno do oficialato, com a perda do seu posto e patente, na forma do art. 
142, § 3º, VI e VII, da CF.” STM, RDIIOF 0000040-09.2011.7.00.0000 – DF 
 
3 – DECLARAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO (Art. 101, CPM) 
 
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar 
condenado nos crimes dos arts. 141 e 142. Entendimento para gerar conflito ou 
divergência com o Brasil. 
 
 Art. 141. Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nele 
existente, para gerar conflito ou divergência de caráter internacional entre o Brasil e 
qualquer outro país, ou para lhes perturbar as relações diplomáticas: 
 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos. 
 
Art. 142. Tentar: 
 
I - submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro; 
 
II - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o 
território nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua 
soberania; 
 
 III - internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional: 
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Pena - reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para 
os demais agentes. 
 
 
 
 
4 – EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 
 
Exclusão das forças armadas 
 
Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior 
a dois anos, importa sua exclusão das forças armadas. 
 
Art. 125, § 4º, CRFB: “Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os 
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos 
disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo 
ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da 
graduação das praças.” 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E 
PROCESSUAL PENAL. MILITAR. EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO. PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE DE 12 (DOZE) ANOS DE RECLUSÃO PELA PRÁTICA DO CRIME DE HOMICÍDIO 
QUALIFICADO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 
 
 1. Compete à Justiça Militar Estadual decidir sobre a perda da graduação de praças 
somente quando se tratar de crimes militares. 
 
2. No caso sub examine, o recorrente foi condenado à pena de 12 (doze) anos de 
reclusão, pela prática do crime homicídio qualificado, e como efeito secundário dessa 
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condenação, perdeu a função de policial militar, sem a necessidade de instauração de 
procedimento específico para esse fim. Precedente: RE 605.917- ED/SC, Rel. Min. Dias 
Toffoli, Primeira Turma, DJe 22/6/2012. 
 
3. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “CRIMINAL – HOMICÍDIO 
QUALIFICADO – DECISÃO QUE NÃO SE APRESENTA MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À 
PROVA DOS AUTOS – CONDENAÇÃO MANTIDA – PERDA DO CARGO PÚBLICO – 
MANUTENÇÃO. Encontrando o veredicto apoio no conjunto probatório, a sentença deve 
ser confirmada, não havendo falar-se em decisão manifestamente contrária à prova dos 
autos. A perda do cargo público constitui efeito da condenação, quando a pena privativa 
de liberdade é superior a 04 (quatro) anos de reclusão, sendo decidida tal questão – Perda 
do cargo público -, pelo Tribunal Militar apenas em caso de cometimento de crime militar, 
o que não se verifica na espécie. Desprovimento ao recurso que se impõe” (fl. 132 do 
volume 3 dos autos eletrônicos). 
 
4. Agravo regimental DESPROVIDO. ARE 742879 AgR / MG - MINAS GERAIS - STF. 
 
CRIME DE TORTURA – CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA A OFICIAL DA POLÍCIA 
MILITAR – PERDA DO POSTO E DA PATENTE COMO CONSEQUÊNCIA NATURAL DESSA 
CONDENAÇÃO (LEI Nº 9.455/97, ART. 1º, § 5º) – INAPLICABILIDADE DA REGRA INSCRITA 
NO ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO, PELO FATO DE O CRIME DE TORTURA NÃO SE 
QUALIFICAR COMO DELITO MILITAR – PRECEDENTES – SEGUNDOS EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – 
PRETENSÃO RECURSAL QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO DA CAUSA – 
CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE – PRONTO CUMPRIMENTO DO JULGADO 
DESTA SUPREMA CORTE, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO RESPECTIVO 
ACÓRDÃO, PARA EFEITO DE IMEDIATA EXECUÇÃO DAS DECISÕES EMANADAS DO 
TRIBUNAL LOCAL – POSSIBILIDADE – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. 
TORTURA – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM – PERDA DO CARGO COMO EFEITO 
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AUTOMÁTICO E NECESSÁRIO DA CONDENAÇÃO PENAL. - O crime de tortura, tipificado na 
Lei nº 9.455/97, não se qualifica como delito de natureza castrense, achando-se incluído, 
por isso mesmo, na esfera de competência penal da Justiça comum (federal ou local, 
conforme o caso), ainda que praticado por membro das Forças Armadas ou por 
integrante da Polícia Militar. Doutrina. Precedentes. - A perda do cargo, função ou 
emprego público – que configura efeito extrapenal secundário – constitui consequência 
necessária que resulta, automaticamente, de pleno direito, da condenação penal 
imposta ao agente público pela prática do crime de tortura, ainda que se cuide de 
integrante da Polícia Militar, não se lhe aplicando, a despeito de tratar-se de Oficial da 
Corporação, a cláusula inscrita no art. 125, § 4º, da Constituição da República. 
Doutrina. Precedentes. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – UTILIZAÇÃO 
PROCRASTINATÓRIA – EXECUÇÃO IMEDIATA – POSSIBILIDADE. - A reiteração de embargos 
de declaração, sem que se registre qualquer dos pressupostos legais de embargabilidade 
(CPP, art. 620), reveste-se de caráter abusivo e evidencia o intuito protelatório que anima 
a conduta processual da parte recorrente. - O propósito revelado pelo embargante, de 
impedir a consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi desfavorável – 
valendo-se, para esse efeito, da utilização sucessiva e procrastinatória de embargos 
declaratórios incabíveis –, constitui fim que desqualifica o comportamento processual da 
parte recorrente e que autoriza, em consequência, o imediato cumprimento da decisão 
emanada desta Suprema Corte, independentemente da publicação do acórdão 
consubstanciador do respectivo julgamento. AI 769637. 
 
5 – PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 103, CPM) 
 
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: 
 
 I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de 
poder ou violação de dever inerente à função pública; 
 
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 II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois 
anos. Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, 
se estiver no exercício de função pública de qualquer natureza. 
 
“De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do civil a pena 
privativa de liberdade superior a dois anos, implicam, respectivamente, a exclusão do 
militar das Forças Armadas e a perda da função pública ao civil”. 
 
6 – INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 104, CPM) 
 
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de 
dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime 
praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à função pública. 
 
Termo inicial 
 
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa 
ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta 
em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena. 
 
7 – SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA E CURATELA (Art. 105, CPM) 
 
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja 
qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, 
enquanto dura a execução da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição 
(art. 113). 
 
Suspensão provisória 
 
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Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória 
do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. 
 
8 – SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (Art. 106, CPM) Art. 106. 
 
 Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança 
imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função pública, o 
condenado não pode votar, nem ser votado. 
 
 
EXPLICAÇÃO PARTE I: EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Extinção da punibilidade 
 
A extinção da punibilidade é a impossibilidade de indiciar alguém pelo crime que o 
mesmo cometeu. 
 
Imputabilidade penal 
 
É quando o indiciado ou agente do crime sabe determinar a sua culpa em relação ao ato 
cometido. Para ajudar a memorizar esse conceito, lembre-se de que o verbo ‘imputar’ 
significa atribuir uma responsabilidade a alguém. 
 
Crimes contra a segurança externa do país 
 
Os crimes que conferem essa denominação são aqueles em que há hostilidade 
contra país estrangeiro, provocando uma indisposição contra o país ou até expor o Brasil 
à consequência de guerra, por exemplo. Isso pode levar a eliminação de relações 
diplomáticas. 
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Crimes contra a autoridade ou disciplina militar 
 
Consiste em reunião de militares para a realização de motins ou revoltas que tem 
como objetivo desobedecer ou ir contra as ordens da autoridade militar. A apologia de 
fato criminoso também está incluída tal como a violência contra serviço militar (e contra 
inferior). Assumir o controle indevido, usar indevidamente o uniforme, abuso de 
requisição militar e de autoridade, fuga de preso, são outros tipos de crimes. 
 
Crimes contra o serviço militar e o dever militar 
 
Faltar sem aviso prévio, dormir em serviço, embriaguez no cargo, descumprimento 
de missão, dar auxílio ao desertor, são alguns exemplos do que seriam os crimes contra o 
serviço militar e o dever militar. 
 
Crimes contra a pessoa 
 
Já os crimes contra a pessoa é mais conhecido como crimes contra a vida, 
envolvendo então, o crime de homicídio, que consiste em eliminar um indivíduo pelas 
mãos de outra pessoa. Há diversos tipos de homicídio: 
 
• Homicídio simples: é o ato em que o indivíduo morre, sem premeditação. 
• Homicídio privilegiado: é quando acontece o homicídio devido à provocação 
da vítima. 
• Homicídio qualificado: é quando o culpado pensa em como executar o 
crime, seja por motivos fúteis ou por traição, por exemplo. 
• Homicídio culposo: é quando o indiciado comete o homicídio pela 
imprudência. 
 
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Crimes contra o patrimônio 
 
Os crimes contra patrimônio são aqueles que invadem a propriedade privada, 
quando há assalto, furto ou estelionato. 
 
Crimes contra a incolumidade pública 
 
Quando se fala em crimes contra a incolumidade pública, estamos falando de algo 
de ordem coletiva e é causado pelas pessoas que podem gerar perigo para a população. 
Dentro desse grupo, há crimes que envolvem a segurança dos meios de comunicação e do 
transporte público, por exemplo. Além disso, nos serviços de saúde pública também 
podem ocorrer tais tipos de crime. 
 
Crimes contra a administração militar 
 
Os crimes contra a administração militar dizem respeito à lavagem ou ao desvio de 
dinheiro em razão ao cargo militar que se exerce. 
 
EXPLICAÇÃO PARTE II:PUNIBILIDADE 
 
 É Exclusiva do Estado? 
 
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Situações expressamente previstas em lei. 
Rol de causas de extinção da punibilidade distinto do rol previsto no Código Penal 
Comum. 
 
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE GERAL DO CPM 
 
• MORTE 
• ANISTIA 
• INDULTO 
• ABOLITIO CRIMINIS 
• PRESCRIÇÃO 
• REABILITAÇÃO 
• RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO 
 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE ESPECIAL 
 
PERDÃO JUDICIAL NA RECEPTAÇÃO CULPOSA 
 
Art. 123, Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, 
elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos 
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, 
a agravação da pena resultante da conexão. 
‘ 
‘’Nas infrações penais conexas, especificamente em relação aos crimes militares 
próprios, a declaração de extinção da punibilidade de um dos delitos impede que este 
agrave a pena resultante dos demais delitos da conexão.’’ 
 
1 – MORTE DO AGENTE 
 
Princípio da Intranscendência da pena 
Certidão de óbito 
 
2 – ANISTIA (CLEMÊNCIA SOBERANA ou INDULGÊNCIA PRINCIPIS) 
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Concedida por meio do Congresso Nacional. 
É irrevogável. 
Tem por objeto fatos e não pessoas. Efeitos retroativos (ex tunc). 
Não se aplica à crimes hediondos e equiparados. 
 
3 – INDULTO 
 
 Concedido mediante decreto presidencial ou por outra autoridade no exercício de 
delegação. Fulmina apenas a pretensão executória. 
 
4 – GRAÇA 
 
Não há previsão expressa de extinção da punibilidade pela “Graça”. 
 
 
 
5 – ABOLITIO CRIMINIS 
 
Afasta todos os efeitos penais. 
 
6 – REABILITAÇÃO 
 
É causa que extingue a punibilidade!! 
 
Art. 134. A reabilitação alcança quaisquer penas impostas por sentença definitiva. 
 
 
Prazo exigido para requerer habilitação 
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Art. 134, §1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em 
que for extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou da 
medida de segurança aplicada em substituição (art. 113), ou do dia em que terminar o 
prazo da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, desde que o 
condenado: 
 
 a) tenha tido domicílio no País, no prazo acima referido; 
 
b) tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom 
comportamento público e privado; 
 
c) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta 
impossibilidade de o fazer até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a 
renúncia da vítima ou novação da dívida. 
 
O prazo para requerer a reabilitação, após o cumprimento ou a extinção da pena, 
é idêntico no processo penal comum e no processo penal militar. 
 
 
 
7 – RESSARCIMENTODO DANO NO PECULATO CULPOSO 
 
 Momento: até o trânsito em julgado 
 
Art. 303, § 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a 
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena 
imposta. 
 
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No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença irrecorrível, acarreta 
a extinção da punibilidade do agente, tanto no CP como no CPM. 
 
8 – PERDÃO JUDICIAL 
 
 Receptação culposa 
 
 Art. 255. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela manifesta 
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-
se obtida por meio criminoso: 
 
Pena - detenção, até um ano. 
 
Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um 
décimo do salário mínimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena. 
 
9 – PRESCRIÇÃO 
 
CONCEITO 
 
Art. 133. A prescrição, embora não alegada, deve ser declarada de ofício. 
 
 
 
Espécies de prescrição 
 
Art. 124. A prescrição refere-se à ação penal ou à execução da pena. 
 
PRESCRIÇÃO DA PENA EM ABSTRATO 
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Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º deste artigo, regula-
se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
 
I - em trinta anos, se a pena é de morte; 
 
II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
 
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; 
 
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito; 
 
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; 
 
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
 
VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
 
A prescrição da ação penal dos crimes aos quais é cominada pena de morte se dá 
em vinte anos. 
 
 
 
 
Termo inicial da prescrição da ação penal 
 
§ 2º A prescrição da ação penal começa a correr: 
 
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a) do dia em que o crime se consumou; 
 
b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
 
c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
 
d) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tornou conhecido. 
 
CAUSAS SUSPENSIVAS: 
 
Art. 125, § 4º A prescrição da ação penal não corre: 
 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; 
 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
 
No processo penal militar, efetivada a citação por edital, não comparecendo o réu, 
nem constituindo advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada de provas consideradas urgentes e, se 
for o caso, decretar a prisão preventiva. 
 
CAUSAS INTERRUPTIVAS 
 
Art. 125, §5º O curso da prescrição da ação penal interrompe-se: 
 
I - pela instauração do processo; 
 
II - pela sentença condenatória recorrível. 
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A extinção da punibilidade dá-se, entre outras causas, pela prescrição, a qual, no 
curso da ação penal, é interrompida pela instauração do processo, pela sentença 
condenatória recorrível e pela prática de outro crime pelo acusado. 
 
Art. 125, § 6º: A interrupção da prescrição produz efeito relativamente a todos os 
autores do crime; e nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, a 
interrupção relativa a qualquer deles estende-se aos demais. 
 
CAUSA DE REDUÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL 
 
Art. 129. São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o criminoso 
era, ao tempo do crime, menor de vinte e um anos ou maior de setenta. 
 
Obs.: PRESCRIÇÃO VIRTUAL: Súmula 438, STJ: 
“É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva 
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do 
processo penal.” 
 
 
REGRAS ESPECIAIS DE PRESCRIÇÃO 
 
Art. 127. Verifica-se em quatro anos a prescrição nos crimes cuja pena cominada, 
no máximo, é de reforma ou de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou 
função. 
 Art. 130. É imprescritível a execução das penas acessórias. 
 
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE INSUBMISSÃO 
 
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Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o 
insubmisso atinge a idade de trinta anos. 
 
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE DESERÇÃO 
 
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só 
extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se 
oficial, a de sessenta. 
 
A prescrição da ação penal militar, de regra, regula-se pelo máximo da pena 
privativa de liberdade cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de causa extintiva 
da punibilidade Entretanto, no crime de deserção, o sistema do CPM configura duas 
hipóteses para a questão da prescrição, ora aplicando a norma geral, ora estabelecendo 
norma especial, previstas igualmente no estatuto castrense. 
 
Se um oficial da Aeronáutica desertasse aos 25 anos de idade e fosse capturado 25 
anos depois, a ação penal já se encontraria prescrita em abstrato, pois o crime de deserção 
possui pena máxima de 2 anos. 
 
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR 
 
VISÃO PRINCIPIOLÓGICA 
 
DO MOTIM E DA REVOLTA 
 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
 
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II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou 
praticando violência; 
 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, 
em comum, contra superior; 
 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou 
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, 
ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou 
prática de violência, em desobediência

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