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CRÉDITOS ADICIONAIS

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CRÉDITOS ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
	A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações. 
ORÇAMENTO INICIAL (ORDINÁRIO)
	É aquele aprovado pela LOA, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Consiste na importância consignada para atender determinada despesa constante do orçamento. É o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Constitui o limite de recurso financeiro autorizado. 
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO
É constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho do Governo. É portador de uma dotação. 
Os créditos orçamentários iniciais podem sofrer alterações qualitativas e quantitativas por meio de créditos adicionais.
CRÉDITO ADICIONAL
	Constitui autorização de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. Os créditos adicionais classificam-se em:
· Suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária;
· Especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
· Extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevisíveis (ex. guerra, comoção interna ou calamidade pública).
PROCESSAMENTO DAS SOLICITAÇÕES DE ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
CRÉDITO ORDINÁRIO X CRÉDITO ADICIONAL
	Crédito ordinário
	Crédito adicional
	Aprovado na LOA.
	Autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
CRÉDITOS SUPLEMENTARES
· Reforçam a dotação orçamentária;
· Incorporam-se ao orçamento, adicionando-se à dotação orçamentária que devam reforçar;
· Autorizados por lei;
· Abertos por Decreto do Poder Executivo;
· A abertura depende de: 
· Existência de recursos disponíveis;
· Justificativa.
· Vigência limitada ao exercício financeiro;
· Excepcionam o princípio da exclusividade.
CRÉDITOS ESPECIAIS
· Não há dotação orçamentária específica;
· Conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta destes, separadamente. O reforço deve dar-se pela regra prevista no respectivo crédito ou, no caso de omissão, pela abertura de novo crédito especial;
· Autorizados por lei;
· Abertos por Decreto do Poder Executivo;
· A abertura depende de: 
· Existência de recursos disponíveis;
· Justificativa.
· Vigência limitada ao exercício financeiro, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
· Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.
· Excepcionam o princípio da anualidade.
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
· Destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, tais como guerra, comoção interna ou calamidade pública;
· Conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta destes, separadamente. O reforço deve dar-se pela regra prevista no respectivo crédito ou, no caso de omissão, pela abertura de novo crédito extraordinário;
· Independem de autorização legislativa prévia;
· Abertos por Medida Provisória;
· Independem de disponibilidade prévia de recursos (a indicação das fontes de recursos é facultativa);
· Vigência limitada ao exercício financeiro, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
· Excepcionam o princípio da anualidade.
· Jurisprudência:
· A lei de conversão não convalida os vícios na medida provisória.
· Compete ao STF verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida provisória.
	Créditos suplementares
	Créditos especiais
	Créditos extraordinários
	Reforçam a dotação orçamentária
	Não há dotação orçamentária específica
	Destinados a despesas imprevisíveis e urgentes
	Incorporam-se ao orçamento
	Conservam sua especificidade
	Conservam sua especificidade
	Autorizados por lei e abertos por decreto
	Autorizados por lei e abertos por decreto
	Independem de autorização legislativa e são abertos por MP
	A abertura depende de recursos e prévia justificativa
	A abertura depende de recursos e prévia justificativa
	Independem de disponibilidade prévia de recursos
	Excepcionam o princípio a exclusividade
	Excepcionam o princípio da anualidade
	Excepcionam o princípio da anualidade
FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS	
Consideram-se recursos para esse fim, desde que não comprometidos:
· O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
Superávit financeiro: AF – PF – CR + OCV
AF = Ativo Financeiro
PF = Passivo Financeiro
CR = Créditos adicionais reabertos
OCV = Operações de crédito vinculadas 
· Os provenientes de excesso de arrecadação;
Excesso de Arrecadação: (RA – RP) – CEA
RA = Receita Arrecadada 
RP = Receita Prevista
CEA = Créditos Extraordinários Abertos no Exercício
· Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;
· O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las;
· Recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, que ficarem sem despesas correspondentes, desde que haja autorização legislativa prévia e específica;
· Reserva de contingência, desde que definida na LDO;
· Reserva do RPPS para atender a compromissos desse regime.
Os créditos adicionais não provocam, necessariamente, um acréscimo do valor global do orçamento aprovado, mas podem aumentá-lo.
	Ocorre aumento no valor global do orçamento quando as fontes são
	Excesso de arrecadação
Superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior
Operações de créditos autorizadas
	Não ocorre aumento no valor global do orçamento [valor global da LOA permanecerá o mesmo] quando o crédito advier de:
	Anulação total ou parcial de dotação
Reserva de contingência 
Recursos sem despesas correspondentes
Não são considerados fontes para abertura de créditos adicionais:
· Operações de crédito por antecipação de receita orçamentária;
· Mero cancelamento de restos a pagar, sem que haja superávit financeiro;
· Despesas contingenciadas, que não se confundem com reserva de contingência;
· Economia de despesa.
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA
A leitura do art. 167 da CF permite concluir pelos seguintes postulados:
I – é vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
Coerente com o princípio da universalidade, tal inciso veda iniciativas de despesas que não estejam previstas na LOA. As iniciativas dos gestores públicos de natureza orçamentária não podem ficar de fora da LOA. Caso seja necessária a realização de uma despesa sem previsão orçamentária, a alternativa é recorrer à abertura de créditos adicionais especiais.
II – é vedada a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
O teto para a realização de despesas, ainda que se trate apenas de assunção de obrigações diretas, está restrito ao valor do crédito previsto na LOA ou ao crédito adicional já aprovado. Caso seja necessário exceder o teto orçamentário, deve se recorrer à abertura de créditos adicionais suplementares.
III – é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva dificultar a contrataçãode empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou custeio.
	Regra de ouro
	Regra:
	É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital
	
	Ressalvadas:
	As autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
IV – é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
É o princípio orçamentário da não vinculação de receitas, o qual dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, havendo, como visto, as seguintes exceções:
· Repartição constitucional de impostos;
· Destinação de recursos para as ações de saúde, ensino e administração tributária;
· Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;
· Prestação de garantia ou contragarantia à União;
· Pagamento de débitos para com a União.
V – é vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – é vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
É o princípio orçamentário da proibição do estorno, o qual determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização legislativa.
Todavia, recorde-se da exceção: a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa (§ 5º).
VII – é vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
É o princípio orçamentário da quantificação dos créditos orçamentários, o qual veda a concessão ou a utilização de créditos ilimitados. 
VIII – é vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
Em outras palavras, só é permitido que recursos públicos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social sejam utilizados para suprir déficits particulares se houver autorização legislativa. A LOA deve ter como finalidade o interesse público. 
O orçamento das estatais não se sujeita a tal regra, pois, ao serem autorizados os investimentos das próprias empresas estatais não dependentes que o compõe, seus recursos não poderiam ser repassados a terceiros. 
	LOA
	Orçamento fiscal
	Dependem de autorização legislativa para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos
	
	Orçamento da seguridade social
	
	
	Orçamento de investimento
	Independem de autorização legislativa
IX – é vedada a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
Em outras palavras, é permitida a instituição de fundos de qualquer natureza desde que com prévia autorização legislativa.
X – é vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI – é vedada a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
As contribuições previdenciárias devem ser utilizadas apenas para honrar os benefícios.
XII – é vedada, na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
XIII – é vedada a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Vejamos, agora, o que dispõem os parágrafos do art. 167 da Constituição Federal:
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
	Vigência dos Créditos especiais e extraordinários
	Regra:
	Limitada ao exercício financeiro
	
	Salvo se:
	O ato de autorização for promulgado nos últimos 4 (quatro) meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Trata-se do próprio conceito de crédito extraordinário.
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
Trata-se de mais uma exceção ao princípio orçamentário da não afetação de receitas, direcionada aos entes subnacionais, complementando o inciso IV do art. 167. Tal parágrafo dispõe que é permitida a vinculação para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta de receitas próprias geradas por diversos impostos previstos na Constituição Federal, oriundos das competências estadual e municipal e de repartições tributárias que devem ser entregues aos estados e ao Distrito Federal.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
Vimos no inciso VI que o princípio orçamentário da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização legislativa. Entretanto, este paragrafo quinto (acrescido pela Emenda Constitucional nº 85/2015) apresenta uma exceção:ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
DESPESAS COM PESSOAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
O tema despesas com pessoal é disciplinado, na Constituição, em seu art. 169 e seus parágrafos:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
A lei complementar a que alude o dispositivo é a Lei de Responsabilidade Fiscal.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:         
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.         
Em outras palavras, para que haja realização de aumento de despesas com pessoal, deverá haver:
a) prévia dotação na LOA, suficiente para atender as despesas já existentes e ainda aos novos acréscimos;
b) autorização específica na LDO. Entretanto, para o inciso II, há uma ressalva: as empresas públicas e as sociedades de economia mista não exigem autorização específica na LDO para aumentar suas despesas com pessoal.
Vale, ainda, consignar a jurisprudência do STF a respeito do tema:
· Não é exigível prévia dotação orçamentária quando se tratar de recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação. 
· A ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício financeiro.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:        
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;         
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.    
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.         
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.     
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.
Para o cumprimento dos limites com despesas com pessoal, tal como referido no art. 169 da CRFB/88, durante o prazo fixado na Lei de Responsabilidade Fiscal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
· Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança.
· Exoneração dos servidores não estáveis;
· Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
Unidade Orçamentária
(encaminha o pedido)
Órgão Setorial 
(analisa e, se aprouver, encaminha o pedido)
Secretaria de Orçamento Federal
(caso seja aprovado o pedido, prepara os atos legais necessários à formalização da alteração no orçamento)
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