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O fonoaudiólogo é responsável pela função social da audição e aborda a utilidade prática da capacidade auditiva, visando aumentar a habilidade do deficiente auditivo em lidar com situações de vida diárias · Áreas de atuação da Audiologia Audiologia Clínica Audiologia Educacional Audiologia Industrial Audiologia Infantil Audiologia Neonatal · Bateria Básica Anamnese (entrevista) Meatoscopia (observar se existe possibilidade de realização do exame, havendo presença de corpos estranhos ou cera obstruindo o meato e impedindo a visualização da membrana timpânica) Acumetria (realização de testes auditivos usando diapasões. Os diapasões são barras metálicas em formato de U que, quando vibradas em várias frequências e emitem sons puros. Dentre os vários testes que podem ser realizados, os mais conhecidos são os Weber e Rinne) Audiometria tonal liminar (é necessário cabina tratada acusticamente, um audiômetro, onde estarão acoplados transdutores (fones), para a pesquisa de limiares tonais por via aérea e um vibrador ósseo, para a pesquisa de limiares tonais por via óssea.) Audiometria vocal Imitanciometria · Intrumentos, equipamentos Otoscópio (inspeção do meato auditivo externo verificando se a orelha está apta para o exame) Diapasão (instrumento de metal utilizado na realização da acumetria, para avaliar a resposta auditiva ao estímulo sonoro.) Cabima audiométrica (instrumento Auxiliar na realização da audiometria tonal liminar e vocal) Audiômetro (equipamento essencial para avaliação auditiva) Imitanciômetro (equipamento para avaliar o funcionamento da orelha média) Anamnese “É uma entrevista realizado pelo profissional da saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença”. · Objetivo Obter informações sobre as condições da função auditiva. Avaliar qualitativamente a audição. Observar se a perda auditiva está impactando a comunicação. Levantar hipótese sobre os possíveis resultados. Determinar a forma mais adequada de avaliação. · Elementos importantes Identificação Queixa Principal História da Doença Atual História Médica Pregressa História Familiar História Pessoal · Perguntas O que te trouxe aqui? Você já percebeu a dificuldade com a sua audição? O que você tem notado? Por quanto tempo? Quando você acha que a perda da audição começou? Será que o seu problema de audição afeta ambas as orelhas ou apenas uma orelha? A dificuldade foi gradual ou súbita? (Se sim, qual orelha, OD, OE ou AO) Você tem zumbido? (Se sim, na cabeça ou na orelha? Qual orelha, OD, OE ou AO?) Qual o tipo do zumbido? Você tem uma história de infecção de orelha? Como aconteceu? Você teve dor na orelha, qual? Você sentiu as orelhas tapadas? Você sente tonturas? Existe uma história familiar de perda auditiva? Você tem maior dificuldade em ouvir as mulheres, homens, ou as vozes das crianças? Será que as pessoas comentam sobre o volume da sua televisão? Alguém disse que você fala muito alto na conversação? Qual sua impressão sobre sua audição? Você frequentemente têm de pedir às pessoas para repetir palavras ou frases? Você ouve as pessoas falando, mas não consegue entender o que está sendo dito? Você já precisou ficar internado ou realizou alguma cirurgia? Qual? Já tomou ou toma alguma medicação? Quais e para que? Problemas de saúde em geral. Possui alguma doença? Qual? Há quanto tempo? Tabagista, Consume bebida alcóolica ou usa de drogas? · Usuário de Prótese Já fez uso de prótese auditiva? Quando? Por que deixou de usar? (Se sim, grau de satisfação, quantas horas utiliza por dia.) Anotar (Marca, Modelo e Dificuldades com manuseio e uso) Verificar meato auditivo apto para exame (cera) Exames · Via aérea 1000 2000 3000 4000 6000 8000 250 500 Usar o modo warble e intermitente para que não haja confusão nos sons. Sempre começar o exame na frequência de 1000Hz ou 1kHz. Para pessoas que não tem graves perdas auditivas começar o exame na intensidade de 40. Para pessoas que tem graves perdas começar o exame na intensidade de 70. Normalmente as pessoas que perdem a audição são mais sensíveis as frequências graves. · Via óssea 1000 2000 3000 4000 500 Usar modo boné. Sempre começar pela melhor orelha. O resultado tem que ser melhor ou igual a via aérea. De -10dB até 70dB Obs¹: Via aérea indica o grau de perda auditiva. Via óssea indica tipo de perda auditiva. Obs²: Acima de 25dB é audição normal e abaixo de 25dB é perda auditiva. Parecer – Limiares auditivo dentro dos padrões de normalidade em ambas as orelhas. Audiometria = Logoaudiometria · Limiar reconhecimento de fala LRF = SRT Somar frequências de 500, 1000 e 2000 e dividir por 3. Confirmação se a via aerea está correta. Resultado é a média dos limiares auditivos de Via aérea, ou seja, igual ou 10dB pior que a média. O resultado do SRT é a intensidade onde acertou-se o 50% da mensagem. Técnica: O teste é iniciado 40dB acima desta média, lê-se uma palavra e se o paciente acertar baixar a intensidade em 10dB, e seguir assim até que este erre. Neste momento aumentar 5dB e começar a ler 4 palavras, quando o paciente errar 2 e acertar 2, ou seja, 50% o exame está finalizado. · Índice reconhecimento de fala IRF = IPRF Devemos fazer a média dos limiares auditivos de Via aerea de 500, 1000 e 2000Hz e somar 40dB. Objetivo de verificar o percentual de reconhecimento de fala. Técnica: A intensidade é mantida fixa, 40 dB acima da média. Deverá ser efetuado utilizando-se a lista de 25 palavras (monossílabos e dissílabos) para cada orelha e sempre na mesma intensidade. Deverá ser contado o número de acertos ou erros para no final calcular o percentual de reconhecimento. Cada palavra em listas de 25 dissílabos ou monossílabos equivale a 4%, assim cada erro diminui-se 4% ou a cada acerto aumenta-se 4%. Quando resultado for igual ou maior a 88% é obrigatório fazer o exame também com a lista de dissílabos. · Limiar detecção de fala LDF = SDT Seu resultado deverá estar igual a média dos limiares da via aerea ou ao melhor limiar auditivo nas frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000Hz. Objetivo investigar em que nível de intensidade o paciente apresenta resposta a detecção da voz. Não é possível fazer o LRF em casos de perdas auditivas severas e profundas e em pacientes que não apresentem linguagem oral. Técnica: Inicia-se 30dB abaixo da média e apresenta-se o som da fala utilizando o monossílabo – pápápá diminuindo de 5 em 5dB. Tipos de perda auditiva · Funcional (simulando perda) Resultado dos exames não se encaixam · Central (perda leve mas difícil ouvinte) Ligada as patologias neurológicas. Resultado dos exames não são graves mas não entende a fala, ocorrendo problema no processamento. · Condutiva (problema na condução do som) Patologia na orelha media ou externa. Via aérea alterada (maior de 25dB) Via óssea a audição é normal, ou seja, a cóclea esta intacta. GAP tem que ser igual ou maior que 15dB. · Neurossensorial (perda completa) Via óssea alterada. Via aérea alterada. GAP tem que ser menor ou igual a 10dB. · Mista (neurossensorial e condutiva) Via óssea alterada. Via aérea alterada. GAP tem que ser maior ou igual a 15dB. Obs¹: Quando a via óssea ou via aérea é ausente, não é possível calcular o GAP. Obs²: Se não tiver presença de via aérea e via óssea, indica que o paciente tem anacusia ou cofase (ausência das vias). Grau de perda Perda auditiva – geralmente ocorre por rigidez no sistema · Frequências graves Obs: pela via óssea não dá para se ver o tipo de perda auditiva Grau de perda auditiva Media das frequências (adulta) 500, 1000, 2000 e 4000 Normal 0 a 25 Leve 26 a 40 Moderada 41 a 70 Severa 71 a 90 Profunda 91 - Mascaramento de via aérea Quando mascara via aérea? Quando os limiares de via óssea e via aérea da orelha testada, apresentam um GAP maior que 10 dB em determinada frequência. Formula - NS + 10 + LVA NS (nível de sensação) – diferença entre via óssea e via aerea. Audiômetro – na orelha testada (ruim) Obs¹: quando a ósseaé ausente, não mascara óssea. Obs²: mascaramento serve para eliminar a participação da orelha não testada na avaliação da orelha testada. Obs³: só fazer mascaramento quando o AI for igual ou maior. AI (atenuação interaural) – diferença do som que está na orelha testada até a orelha não testada. 250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000 AI 40 40 40 45 45 50 50 50 Audição cruzada – quando a orelha não testada responde para o som da apresentado na orelha testada. Mascaramento de via óssea Quando mascara via óssea? Quando os limiares da via óssea e via aérea da orelha testada apresenta GAP maior que 15 Db. Formula - VOT + AI - 5 Db Fones – o vibrador ósseo fica na mastoide da orelha testada e o fone na orelha não testada emitindo um ruído. Mascaramento de SRT *sempre que mascara via aerea. 1° media tritonal da orelha ruim (500, 1000 e 2000) 2° pegamos o pior valor possível 3° diminuir do AI da fala que é 45 Ex: 60 – 45 = 15 4° o resultado é o nível de sensação continua (minhoquinha na outra orelha) 5° procurar a melhor via óssea (entre minhoquinha e via óssea) 6° usar a melhor óssea para o nível de sensação Formula - NS + 10 + LVA 7°o resultado é o valor para o ruído. Mascaramento de IRF Sempre que mascarar VA e SRT tem que mascarar IRF? Não, deve-se ver primeiro se o nível de sensação está ultrapassando a via óssea da orelha não testada. Formula - NS + 10 + LVA 1° Fazer a media tritonal + 40 2° Pegar o resultado e – 45 (AI) 3° Olha onde está chegando na outra orelha e pega a melhor óssea, com maior nível de sensação. 4° Aplica na formula 5° O resultado é o mascaramento (ruído), sendo que este o valor fica fixo. Imitanciometro (impedância) * Exame objetivo, pois não precisa da resposta do paciente. Equipamento – imitanciomentro Classificação da curva - volume Pressão · Tipo A – Volume 0,3 a 1,6 Pressão + 50 a – 100 da Pa Dentro da normalidade, não tem problema. · Tipo AR – Volume > 0,3 Pressão + 50 a – 100 da Pa Ossículos rígidos. · Tipo AD (desarticulação ou maleável) – Volume < 1,6 Pressão + 50 a – 100 da Pa Reconstrução da membrana timpânica, pois isso fica maleável. Também pode ser ossos desencaixados. · Tipo C – Volume 0,3 a 1,6 Pressão além de – 100 de Pa Normalmente encontrada em indivíduos com disfunção da tuba auditiva. · Tipo B – Volume ausente Pressão ausente Ausência na mobilidade, orelha media está cheia, podendo ser infecção. Mecanismo de reflexo · Espi lateral – entra na orelha direita e se mantem no córtex da orelha direita. · Contra lateral – entra na orelha direita e cruza para o córtex da orelha esquerda. Arco reflexo cóclea VIII nervo craniano tronco encefálico VII nervo facial estapedio
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