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Disco Intervertebral e Hérnia de Disco

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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE
FRANCISCO RAFAEL DE OLIVEIRA SANTOS
DISCO INTERVERTEBRAL E HÉRNIA
CURITIBA-PR
2020
O disco intervertebral é uma “esponjinha” que fica entre duas vértebras, sendo uma espécie de amortecedor da coluna. Separando as vértebras, estes discos amortecem a carga que exercemos sobre a coluna com cada passo que damos, e também, permitem que façamos os mais diversos movimentos.
Juntamente com a vértebra, o disco forma a unidade vertebral, possuindo várias funções: amortece impactos; dá flexibilidade à coluna; mantém a vértebra de cima separada da de baixo.
Esse disco é formado por um núcleo pulposo arredondado, de consistência gelatinosa semilíquida, composta por mucopolissacarídeos. Este núcleo pulposo tem uma enorme capacidade de reter água. No adulto jovem, aliás, é composto de 88% de água. O núcleo produz uma pressão que mantém as vértebras distantes umas das outras e o anel fibroso mantém o núcleo na posição central. Este núcleo é rodeado por uma parte periférica, o anel fibroso, uma placa de fibrocartilagem disposta em camadas concêntricas ao redor do núcleo. Trata-se de um amortecedor fibro-hidráulico, autodistribuidor de tensões.
Infelizmente, com o avançar da idade, o disco vai perdendo a capacidade de absorver e reter líquido, de acordo com a pressão que sofre durante a vida, ano após ano. O desgaste do disco se inicia aos 25 anos de idade.
O disco precisa de um sistema de compressão e descompressão para nutri-lo; funciona como uma esponja e sua nutrição se dá por osmose. Resumindo: ao dormirmos (onde não há pressão), o líquido nutritivo é absorvido do meio externo para dentro do núcleo (o disco enche de água) num processo de hidratação. Com o passar do dia, havendo pressão sobre o disco, o líquido extravasa do interior para o exterior, num processo de desidratação. Esta é a razão pela qual levantamos pela manhã uns centímetros mais altos do que deitamos à noite (disco bem nutrido = aumento do diâmetro).
Este aumento de diâmetro noturno em um disco desidratado (com fissuras) que perdeu a elasticidade, aliado à falta de movimentos, também explica por que, às vezes, acordamos com dor nas costas.
Os discos são unidos aos corpos vertebrais por uma fina cartilagem. Eles são também mantidos pelos ligamentos vertebrais comuns: o ligamento longitudinal posterior (LLP), fixando-se aos discos; e o ligamento longitudinal anterior (LLA), fixando-se aos corpos vertebrais.
Um movimento de flexão anterior da coluna, visto de perfil ao nível de duas vértebras lombares:
- O disco é pinçado anteriormente e alongado posteriormente;
- Os ligamentos situados posteriormente ao núcleo (eixo do movimento de flexão) são colocados em tensão.
O primeiro a estar tensionado é o ligamento supraespinhal; posteriormente vêm os ligamentos interespinhais e interapofisários. Estes ligamentos não são suficientes para frear estas inclinações quando estas são de grande amplitude ou de longa duração. Um trabalho muscular também se faz necessário para frear estes movimentos.
Com o passar do tempo, os ligamentos distendidos não fornecem uma estabilização suficiente e não informam em tempo hábil que a coluna está em tensão. Com essa estrutura fragilizada, pode-se apresentar uma solicitação mais viva da flexão anterior em carga.
Há também a possibilidade de estiramento do ligamento longitudinal posterior (LLP). Isto é mais grave devido à posição onde este ligamento se encontra, ou seja, no canal raquidiano, anteriormente à medula espinhal. Ao mínimo edema consequente a um estiramento de ligamento, rapidamente as consequências levam às dores, ou seja, a lombalgia. O edema pode, igualmente, comprimir as raízes nervosas em sua saída do canal, a compressão mais frequente é a do nervo ciático, nervo que sai de orifícios de conjugação L4/L5, L5/S1 e dos três primeiros orifícios sacros. Pode mesmo ocorrer a migração de uma parte do núcleo para fora do disco, no canal raquidiano: é a hérnia de disco (que é de fato, uma hérnia do núcleo).
Com a flexão do tronco, há uma pressão muito maior do núcleo do disco, deslocando-o para trás, do que a pressão que é exercida no núcleo para frente, quando a coluna é movimentada em extensão. 
 HÉRNIA DE DISCO:
 A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1).
Se a lesão no anel fibroso que mantém o núcleo for grande, o líquido contido no núcleo poderá sair para o meio externo e, quando isso acontece, o disco poderá diminuir de volume, achatando-se. Por isso, chamamos de hérnia de disco. Dependendo do local da saída desse “gel”, o paciente poderá sentir fortes dores ou não. Com esse conceito, fica claro que o importante é saber qual é a localização da hérnia de disco, e não o seu tamanho.
O disco é composto de duas partes principais: uma delas é a parte central, chamada núcleo pulposo ou líquido viscoso. O núcleo funciona como um amortecedor para proteger das pressões e torções exercidas por nós no dia a dia. A segunda parte é composta de um tecido cartilaginoso chamado anel fibroso. Esse anel mantém o núcleo na parte central e tem características elásticas que permitem e facilitam os movimentos de flexão, extensão e rotação do tronco.
Existe uma estrutura muito importante chamada placa terminal que faz parte desse complexo, mas essa estrutura pertence à vértebra e fica localizada na região superior e inferior de cada vértebra. Assim, a integridade dessas estruturas é que conserva e nutre o núcleo pulposo. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos do núcleo poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal poderá causar dores na coluna vertebral.
A saída do núcleo pulposo ou o abaulamento do disco poderão provocar uma pressão nas raízes nervosas correspondentes à hérnia de disco ou à protrusão. Essa pressão na raiz nervosa poderá causar os mais diversos sintomas que serão descritos mais adiante.
A hérnia de disco apresenta diferentes fases de evolução. Quando o nível de comprometimento da coluna não é tão crônico, opções de tratamento conservador, como técnicas de fisioterapia, podem ser adotadas com êxito. A própria 
administração de medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares, prescritos pelo médico, também pode auxiliar bastante. Apesar de constituírem a minoria, há os casos mais graves, onde nenhum procedimento não invasivo surte efeito. Nesses casos, a cirurgia pode ser necessária para corrigir o problema.
Normalmente, a maioria dos casos de hérnia de disco podem ser tratados com garantia de sucesso, sendo necessária, contudo, uma manutenção de importantes hábitos ao longo da vida para evitar recidivas. O período de recuperação total é individual, ou seja, cada paciente evolui de acordo com suas condições, não existe um período padrão. Esse processo também vai depender do quadro da hérnia de disco submetido ao tratamento e do comportamento do paciente em obediência às orientações médicas.
Segundo pesquisas, somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de cirurgia. A maioria é curada com terapias não agressivas. O que acontece, em geral, com as pessoas que sofrem com hérnia de disco é o encaminhamento para uma cirurgia corretiva. Como toda operação, esse procedimento implica riscos, como o de sofrer reações à anestesia ou ser vítima de infecções.
REFERÊNCIAS:
https://www.itcvertebral.com.br/hernia-de-disco/
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/disco-intervertebral/64791
Ebook: Manual da coluna sem dor: Um guia completo sobre a dor de coluna esuas causas (Viva sem Dor Livro 1)

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