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Diagnostico outubro de 2018 - HIdrolandia completo

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Município de Hidrolândia
Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Centro-Oeste (ITCO)
REVISÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE HIDROLÂNDIA - GO
D I A G N Ó S T I C O
Hidrolândia
Agosto/2018
PREFEITO MUNICIPAL
Paulo Sérgio de Rezende
NÚCLEO GESTOR DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE
HIDROLÂNDIA
Frederico Einstein B. Cordeiro Nunes, Secretário de Planejamento, Desenvolvimento,
Indústria e Comércio da Prefeitura, Coordenador do Núcleo Gestor;
Gustavo Alves Forte, advogado, OAB/GO 22.822, Thaisy Ferreira de Mendonça,
OAB/GO 24.432, Representantes da Área Jurídica da Prefeitura;
Beatriz da Mota Chaveiro de Abreu, engenheira civil, CPF 000.674.951-84,
representante Departamento de Engenharia da Prefeitura;
Eleusa Maria Lavrinha Barreto Matias, Secretária de Educação, CPF 431.851.521-91,
representante da Secretaria Municipal de Educação;
Rogério Machado da Silva, vereador, CPF 831.155.281-91, representante da Câmara
Municipal de Hidrolândia;
Altino Di Loyola, empresário, CPF 002.466.311-07, representante da Associação
Comercial e Industrial de Hidrolândia;
Ricardo Vieira da Silva, Secretário Municipal de Turismo, CPF 861.784.231-87,
representante do setor de turismo;
Bendito Alves Cruvinel, Servidor Público, CPF 130.142.501-04, representando os
Funcionários Públicos;
Rosenilda Rodrigues Machado Martins, Secretária Municipal de Saúde, CPF
589.875.841-00, representante da Secretaria Municipal de Saúde;
Hugo José Borges de Jesus, Secretário Municipal de Meio Ambiente, CPF
274.105.441-04, representante da Secretaria de Meio Ambiente;
Luciano Arantes de Resende, Secretário Municipal da Agricultura, CPF 08.397.051-15,
representante da Secretaria Municipal de Agricultura;
Geovane de Carvalho Ferreira, Eng. Agrônomo, CPF 444.239.696-53, representante
da Agência EMATER de Hidrolândia de Goiás;
Luciana Marie Ishizuka de Rezende, Secretária Municipal de Assistência Social, CPF
247.417.698-52, representante da Secretaria de Assistência Social;
Sebastião Matias Neto, CPF 276.449.281-20, representante da Secretaria Municipal de
Finanças;
Eurico Lopes Arantes, Secretário Municipal de Transporte, Obras e Serviços, CPF
087.416.341-34, representante da Secretaria Municipal de Transporte, Obras e
Serviços;
Rogério Luiz Teles de Abreu, CPF 838.302.271-91, representando a população em
geral;
André Lopes da Silva, Profissional Liberal, CPF 335.454.481-34, representando os
profissionais Liberais;
Divino Aparecido Matias, Secretário de Articulação Política, CPF 319.460.201-25,
representante da Secretaria Municipal de Articulação Política;
Luiz Paulo Fernandes, Secretário Municipal de Esporte e Juventude, CPF
023.115.671-52, representante da Secretaria Municipal de Esporte e Juventude;
Germano Augusto de Oliveira, Maçom, CPF 001.259.041-00, representante da
Maçonaria de Hidrolândia;
Claudio Lourenço Araújo, Fiscal de Tributo da Prefeitura de Hidrolândia, CPF
031.870.081-60, representante do Departamento de Fiscalização e Arrecadação;
Jeusa Maria Vaz de Sousa, CPF 486.286.891-68, representante da Secretaria de
Planejamento do Município de Hidrolândia.
FICHA TÉCNICA
Equipe Técnica do ITCO
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DO CENTRO-OESTE
Selomar Célio Breda
Presidente do ITCO; MBA em Gestão Exec. de Empresas
Alexandre Vieira Moura
Engenheiro Civil, Me. Engenharia Urbana
Alfredo Palau Pena
Arqueólogo, Biólogo e Me. em Ecologia
Danielly Albery Pereira de Araújo
Engenheira ambiental e Eng. Seg. no Trab.
Lucas Espíndola Rosa
Geógrafo, Me. Geografia
Maria Aparecida Guimarães Skorupski
Assistente Social e Cientista política
Nicali Bleyer Ferreira dos Santos
Geógrafa, Ma. Geografia, Dra. Ciências Ambientais
Rayna Chaves Teixeira
Ecóloga e Me. Biodiversidade Vegetal
Renato de Melo Rocha
Arquiteto e urbanista, Me. Urban. Sustentável
Sérgio Batista Temer
Arquiteto e urbanista, Esp. Planej. Reg., Me. Urban.
Sílvio Costa Mattos
Geólogo e Eng. Seg. no Trab., Esp. Políticas Púb.
Sóstenes Arruda
Advogado Especialista em Meio Ambiente
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa das etnias indígenas identificadas no século XVIII. Com
alteração para identificar a localização do município de Goiânia como
referência, no Estado de Goiás...................................................................9
Figura 2: Mapa etno-histórico produzido pelo etnólogo Curt Nimuendajú, com
alterações realizadas para destacar o Estado de Goiás e proximidades
da área desta pesquisa.............................................................................10
Figura 3: Casarão (4) Rua Alan Kardec c/ Rua Vereador Vicente Francisco- Vila
Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018...............................................................13
Figura 4: Casarão (5) da Rua Joaquim Pires de Miranda esquina com a Rua
Vereador Vicente Francisco-Vila Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018...........14
Figura 5: Casarão (11) da Rua Alan Kardec com a Rua Dirceu Sena, Vila
Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018...............................................................14
Figura 6: Casarão (10) da Rua Dirceu Sena com Rua Joaquim Pires de Miranda,
n. 612, Vila Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018............................................15
Figura 7: Casarão (7) da Rua Dirceu de Mendonça com a Rua José Amâncio
Pinto, Hidrolândia- GO, 2018 ....................................................................15
Figura 8: Casarão (6) da rua Vereador Vicente Francisco n. 577, Vila Grimpas,
Hidrolândia- GO, 2018 ..............................................................................16
Figura 9: Casarão (3) da Rua Antônio Pires Cardoso, Vila Grimpas, Hidrolândia-
GO, 2018 ..................................................................................................16
Figura 10: Casarão (2) Rua Craós com Rua José Amâncio Pinto - Praça Antônio
Cardoso, Bairro Centro, Hidrolândia- GO, 2018........................................17
Figura 11: Casarão (1) da Avenida Goiânia, Bairro Centro, Hidrolândia- GO, 2018 ..17
Figura 12: Casarão (12) da Rua Antônio Miranda com a Rua Alan Kardec, Vila
Grimpas, Hidrolândia-GO, 2018................................................................18
Figura 13: Casarão (13) da Rua Antônio Miranda com Rua José Amâncio Pinto,
Vila Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018........................................................18
Figura 14: Edificação situado na rua José Amâncio, Vila Grimpas, Hidrolândia-
GO, 2018 ..................................................................................................19
Figura 15: Capela de Nossa Senhora de Fátima, situada na praça central do
Distrito de Nova Fatima, Hidrolândia- GO, 2018.......................................20
Figura 16: Capela no Distrito de Oloana, Hidrolândia- GO, 2018 ..............................20
Figura 17: Calçada em pedra do Casarão (4) situado na Rua Alan Kardec c/ Rua
Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018..........22
Figura 18: Estrutura de alicerce do Casarão (4) situado na Rua Alan Kardec c/
Rua Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018 ..22
Figura 19: Estrutura da parede em tijolos de adobe do Casarão (4) situado na
Rua Alan Kardec c/ Rua Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas.
Hidrolândia- GO, 2018 ..............................................................................23
Figura 20: Cartaz de divulgação da programação da Trezena de Santo Antônio.
Salão Paroquial, centro, Hidrolândia- GO, 2018 .......................................24
Figura 21: Barraquinhas da 65ª Festa em devoção a Santo Antônio. Salão
Paroquial, centro, Hidrolândia- GO, 2018 .................................................24
Figura 22: Momento de oração antes do jantar da comitiva na Fazenda Recanto,
Distrito Bonito do Meio, Hidrolândia-GO, 2018 .........................................25
Figura 23: Acampamento das comitivas de Orizona e Catalão na Fazenda
Recanto, Distrito Bonito do Meio,Hidrolândia-GO, 2018 ..........................25
Figura 24: Trecho de rota de romeiros. GO- 319, Hidrolandia- GO, 2018.................26
Figura 25: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014.
Hidrolândia- GO........................................................................................27
Figura 26: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014.
Hidrolândia- GO........................................................................................27
Figura 27: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014.
Hidrolândia- GO........................................................................................28
Figura 28: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014.
Hidrolândia- GO........................................................................................28
Figura 29: Produtos derivados da jabuticaba, a venda no Restaurante local. Bairro
central, Hidrolândia- GO, 2018. ................................................................29
Figura 30: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório
da Roça, Hidrolândia- GO, 2018...............................................................29
Figura 31: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório
da Roça, Hidrolândia- GO, 2018...............................................................30
Figura 32: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório
da Roça, Hidrolândia- GO, 2018...............................................................30
Figura 33: Cartaz de divulgação do evento no Distrito de Oloana, Hidrolandia-GO,
2018..........................................................................................................31
Figura 34: Feira Livre, montada junto ao Lago Municipal, Bairro Mutirão,
Hidrolândia- GO, 2018 ..............................................................................32
Figura 35: Mapa de localização do município de Hidrolândia – contexto regional. ....42
Figura 36: Hidrolândia – localização espacial. ...........................................................43
Figura 37: Hidrolândia - centralidades .......................................................................46
Figura 38: População Total: Hidrolândia, Goiás, Brasil. .............................................48
Figura 39: Hidrolândia - evolução temporal da população. ........................................48
Figura 40: Hidrolândia – taxa de crescimento populacional. ......................................49
Figura 41: Hidrolândia – população rural e urbana (2010) .........................................50
Figura 42: Hidrolândia – evolução temporal população urbana e rural. .....................51
Figura 43: Hidrolândia – evolução temporal da população rural. ...............................51
Figura 44: Goiás – evolução temporal da população rural. ........................................51
Figura 45: Brasil – evolução temporal da evolução rural. ..........................................52
Figura 46: Hidrolândia – população por faixa etária...................................................54
Figura 47: Hidrolândia – pirâmide etária 1991. ..........................................................54
Figura 48: Hidrolândia – pirâmide etária 2010. ..........................................................55
Figura 49: Hidrolândia e estado de Goiás – natalidade. ............................................56
Figura 50: Hidrolândia – origem da população. .........................................................57
Figura 51: Hidrolândia: evolução temporal do quantitativo populacional de homens
e mulheres. ...............................................................................................58
Figura 52: Hidrolândia – fluxo escolar por faixa etária ...............................................60
Figura 53: Hidrolândia – taxa de abandono do Ensino Médio....................................61
Figura 54: Hidrolândia – escolaridade da população por faixa etária.........................62
Figura 55: Hidrolândia – espacialidade da dos serviços de educação CMEI .............65
Figura 56: Hidrolândia – espacialidade dos serviços de educação CMEI 2. ..............66
Figura 57: Hidrolândia – espacialidade serviços de educação escolas......................67
Figura 58: Hidrolândia – espacialidade serviços de educação – 2.............................68
Figura 59: Hidrolândia – leitos hospitalares. ..............................................................69
Figura 60: Hidrolândia – número de leitos por 1.000 habitantes (por 1.000)..............69
Figura 61: Índice de infestação de dengue. ...............................................................73
Figura 62: Hidrolândia – índice de casos de diabetes p 100.000hab.........................74
Figura 63: Hidrolândia – índice de casos de alcoolismo p/ 100.000 hab....................74
Figura 64: Hidrolândia – índice de casos de hipertensão p/ 100.000 hab..................75
Figura 65: Hidrolândia – espacialidade da saúde. .....................................................78
Figura 66: Hidrolândia – espacialidade dos serviços de saúde 2...............................79
Figura 67: Brasil, Goiás e Hidrolândia – Índice de Desenvolvimento Humano
evolução temporal.....................................................................................82
Figura 68: A ...............................................................................................................82
Figura 69: Brasil, Goiás, Hidrolândia – Índice de Gini evolução temporal..................83
Figura 70: Hidrolândia – registro de óbitos evolução temporal. .................................83
Figura 71: Hidrolândia – indicadores de violência, 2017. ...........................................84
Figura 72: Índice de Violência, especializado para o estado de Goiás, 2010............85
Figura 73: Hidrolândia – utilização de terras agrícolas. .............................................90
Figura 74: Hidrolândia – mapa de uso e cobertura do solo, 2017..............................91
Figura 75: Hidrolândia – percentual por área plantada (2005 – 2010). ......................92
Figura 76: Hidrolândia – produtividade por hectare R$/HÁ (2005 – 2010). ................92
Figura 77: Hidrolândia – área plantada por tipo de produção. ...................................93
Figura 78: Hidrolândia – produção agrícola por área plantada (valores em reais
por hectare, 2000).....................................................................................93
Figura 79: Hidrolândia – pessoas ocupadas de 18 anos ou mais, 2010. ...................94
Figura 80: Hidrolândia - % pessoas ocupadas 18 anos a cima, 2010........................95
Figura 81: Hidrolândia – renda per capita ..................................................................98
Figura 82: Hidrolândia - salário Médio mensal por trabalhador..................................99
Figura 83: Hidrolândia – PIB per capita, 2011 a 2015..............................................100
Figura 84: Hidrolândia – evolução temporal do PIB. ................................................101
Figura 85: Hidrolândia – composição do PIB 2015. .................................................101
Figura 86: Hidrolândia – composição do PIB evolução temporal .............................102
Figura 87: Hidrolândia – despesas orçamentárias, 2014/2015. ...............................102
Figura 88: Hidrolândia – produção de água mineral ................................................110
Figura 89: Região metropolitana de Goiânia – produção de água mineral. .............110
Figura 90: Massas de ar atuantes no Brasil no verão e no inverno..........................117
Figura 91: Gráfico de temperaturas mínimas e máximas mensais referente à
normal climatológica do período de 1961 a 1990....................................118
Figura 92: Gráfico de temperaturas médias mensais referente à normal
climatológica do períodode 1961 a 1990. ..............................................118
Figura 93: Normal climatológica referente à temperatura média considerando a
normal climatológica de 1961 a 1990 .....................................................119
Figura 94: Gráfico de umidade relativa média mensal referente à normal
climatológica do período de 1961 a 1990 ...............................................120
Figura 95: Normal climatológica referente à umidade relativa considerando a
normal climatológica de 1961 a 1990 .....................................................121
Figura 96: Gráfico de precipitação média mensal referente à normal climatológica
do período de 1961 a 1990.....................................................................122
Figura 97: Normal climatológica referente à precipitação considerando os anos de
1961 a 1990............................................................................................123
Figura 98: Normal climatológica referente à evaporação considerando os anos de
1961 a 1990............................................................................................124
Figura 99: Morro Feio em visada perpendicular, sentido E-W, entre os núcleos
urbanos do Garavelo Sul e Centro Histórico. ..........................................127
Figura 100: Fragmento micáceo, evidenciando o formato placóide de micaxisto
observado no Grupo Araxá – Unidade B. ...............................................127
Figura 101: Quartzito observado em corte de estrada em direção à Serra do
Caxambú, referente ao Grupo Araxá – Unidade B..................................127
Figura 102: Laterita (duricrosta) observada na região da GO-319, após Nova
Fátima.....................................................................................................127
Figura 103: Depósitos aluvionares às margens do Ribeirão Dourados......................127
Figura 104: Mapa geológico do município de Hidrolândia (GO).................................128
Figura 105: Mapa de geomorfologia do município de Hidrolândia (GO). ...................130
Figura 106: Formas de Relevo Tabular e Encosta/Fundo de Vale na bacia do
córrego São Germano, separados pela linha de ruptura do horizonte. ...132
Figura 107: Formas de Relevo evidenciando o Topo Convexo mais à frente com a
presença de Cerrado Ralo, disciplinados pela linha de ruptura em que
se inicia o relevo Tabular onde há plantação de cítrus disciplinado pela
Serra da Felicidade ao fundo (Topo Aguçado). ......................................132
Figura 108: Relevo Tabular em primeiro plano, delimitado pelas matas ciliares do
córrego Pedra Branca (Encostas/Fundo de Vales. Ao fundo, o Morro
Feio (Topo Aguçado) e novamente o relevo Tabular utilizado para
plantação de cítrus..................................................................................132
Figura 109: Relevo de Topo Aguçado (Serra da Felicidade) disciplinado pelo relevo
Plano / Rampeado em que se assenta o pivô a esquerda. A direita da
fotografia nota-se o distrito de Oloana. ...................................................132
Figura 110: Mapa de solos do município de Hidrolândia (GO)...................................135
Figura 111: Latossolo Vermelho observado em corte da rodovia GO-040 em
direção ao Distrito de Oloana..................................................................136
Figura 112: Cambissolo Háplico observado em corte de estrada vicinal, próximo a
Serra do Caxambú / Distrito de Santa Maria...........................................136
Figura 113: Serra das Grimpas os canais hidrográficos e suas nascentes. Região
de produtividade moderada de água. .....................................................139
Figura 114: Serra da Felicidade (quartzitos) observada na área mais alçada,
limitada por área de pastagem com ocorrência de Latossolos. ..............139
Figura 115: Mapa hidrogeológico do município de Hidrolândia (GO).........................140
Figura 116: Compartimentação morfopedológica do município de Hidrolândia (GO) 142
Figura 117: Manto de alteração enriquecido de manganês observado no município
de Hidrolândia (GO)................................................................................145
Figura 118: CMP III observado com plantação de citros, próximo ao distrito de
Santa Helena. .........................................................................................145
Figura 119: CMP II visto em primeiro plano, evidenciado pelos Topos Convexos, e
o CMP I constatado no final da imagem, a partir do Hogback da Serra
da Felicidade. .........................................................................................145
Figura 120: CMP II observado com plantação de jabuticabas, com área mais
alçada ao fundo, na Fazenda Jaboticabal próximo ao distrito de Nova
Fátima.....................................................................................................145
Figura 121: Carta de Risco do Município de Hidrolândia (GO). .................................147
Figura 122: Áreas potenciais para conservação/preservação ambiental do
município de Hidrolândia (GO)................................................................149
Figura 123: Município de Hidrolândia. .......................................................................156
Figura 124: Imagem de satélite do Município. ...........................................................156
Figura 125: Localização de alguns distritos. ..............................................................157
Figura 126: Níveis de atendimento com água e esgotos dos municípios...................158
Figura 127: Níveis de atendimento com água e esgotos dos municípios...................159
Figura 128: Índice de perdas na distribuição. ............................................................160
Figura 129: Croqui do Sistema de Abastecimento de Água Existente .......................162
Figura 130: Captação Ribeirão Grimpas....................................................................162
Figura 131: Captação Poço artesiano........................................................................163
Figura 132: Localização da captação e da ETA de Hidrolândia.................................163
Figura 133: Localização das Estações Elevatórias ....................................................164
Figura 134: Identificação reservatórios ......................................................................164
Figura 135: Resumo da situação desde o início do PAC até dezembro/2009 e
evolução até junho/2015 (Valores em R$ milhões).................................165
Figura 136: Características dos Serviços de Saneamento na RMG. .........................166
Figura 137: Boca de lobo...........................................................................................167
Figura 138: Boca de lobo com sujeira........................................................................167
Figura 139: Ponto de alagamento no Bairro Nazaré. .................................................168
Figura 140: Pontos de alagamentos nos bairros São Francisco, Santa Barbara, e
Flamboyant. ............................................................................................168
Figura 141: Ponto de alagamento no Condomínio de Chácaras Dolce Vita. .............169
Figura 142: Ponto de alagamento no Bairro Vale dos Sonhos...................................169
Figura 143: Pavimentação asfáltica danificada, Setor Portal das Águas. ..................170
Figura 144: Pavimentação asfáltica danificada, Setor Portal das Águas. ..................170
Figura 145: Localização das vias danificadas, Setor Portal das Águas. ....................171
Figura 146: Localização do Aterro Sanitário. .............................................................171
Figura 147: Aterro Sanitário Simplificado...................................................................172
Figura 148: Aterro Sanitário Simplificado com lixo exposto. ......................................172
Figura 149: Local dodepósito irregular de lixo. .........................................................173
Figura 150: Parte do material depositado de forma irregular – Distrito de Oloana.....173
Figura 151: Morro com a presença da planta “Mamona” – Distrito de Oloana. ..........174
Figura 152: Avaliação do serviço de coleta de lixo/limpeza urbana. ..........................174
Figura 153: Consumo por classe Brasil (GWh)..........................................................175
Figura 154: Consumo por classe Centro-Oeste(GWh). .............................................175
Figura 155: Consumo por classe Região Metropolitana de Goiânia. .........................176
Figura 156: Via urbana acessando diretamente a GO-319. .......................................178
Figura 157: Estado de conservação das vias pavimentadas. ....................................179
Figura 158: Estado de conservação das vias sem pavimentação – Garavelo Sul. ....179
Figura 159: Estado de conservação das vias sem pavimentação – zona rural. .........179
Figura 160: Avaliação do serviço de Conservação de ruas e avenidas. ....................180
Figura 161: Via pavimentada com bloco de concreto. ...............................................180
Figura 162: Grau de reflexão (Albedo) de diferentes materiais..................................181
Figura 163: Itinerário da Linha 213 - Terminal Praça da Bíblia/Hidrolândia. ..............182
Figura 164: Itinerário da Linha 284 - Terminal Praça da Bíblia/Nova Fátima. ............183
Figura 165: Tabela de Horários da Linha 213 - Terminal Praça da
Bíblia/Hidrolândia....................................................................................183
Figura 166: Tabela de Horários da Linha 284 - Terminal Praça da Bíblia/Nova
Fátima.....................................................................................................184
Figura 167: Padrões de qualidade para o transporte coletivo por ônibus. .................184
Figura 168: Rota da Linha 213 - Terminal Praça da Bíblia/Hidrolândia......................185
Figura 169: Meios de transporte utilizados pelos entrevistados.................................186
Figura 170: Localização do Cemitério Distrito de Oloana. .........................................187
Figura 171: Localização do Cemitério Distrito de Nova Fátima..................................187
Figura 172: Localização do Cemitério em Hidrolândia...............................................188
Figura 173: Evolução da malha urbana e áreas construídas .....................................194
Figura 174: Expansão Urbana ao Norte do Núcleo Histórico.....................................195
Figura 175: Aspecto geral do Setor Garavelo Sul I ....................................................196
Figura 176: Cobertura e Uso do Solo no Município de Hidrolândia ...........................198
Figura 177: Prefeitura Municipal e Rua Dirceu Mendonça.........................................199
Figura 178: Mapa das Centralidades da Cidade de Hidrolândia ................................200
Figura 179: Macro estruturação viária Município de Hidrolândia ...............................201
Figura 180: Estradas Vicinais no Município de Hidrolândia ......................................202
Figura 181: Residências em estilo colonial localizada na Praça da Matriz e na
Avenida Botafogo ...................................................................................203
Figura 182: Secretaria de Assistência Social em estilo eclético e Residência em
estilo modernista.....................................................................................203
Figura 183: Lago Municipal........................................................................................204
Figura 184: CEMEI e Escola Municipal no Bairro Morada do Sol e Unidade Escolar
Pró infância em construção no bairro Parque Flamboyant......................205
Figura 185: Rua principal de comércio em Nova Fátima ..........................................205
Figura 186: Residência em reforma e Praça principal ...............................................206
Figura 187: Reservatório elevado da SANEAGO em Nova Fátima ...........................207
Figura 188: Rodovia GO 040 e via principal de Oloana .............................................208
Figura 189: Igreja, Quadra Poliesportiva e Cemitério em Oloana ..............................209
Figura 190: Residencial Portal dos Sonhos. Programa MCMV..................................223
Figura 191: Setor São Francisco ...............................................................................223
Figura 192: Caminho de Cora Coralina .....................................................................230
Figura 193: Mapa das Regiões Turísticas do Estado de Goiás .................................230
Figura 194: Restaurante Sabor Caseiro (comida típica). ...........................................232
Figura 195: Placas de Recantos e Balneários. ..........................................................233
Figura 196: Balneário Recanto Jabuticabal ...............................................................234
Figura 197: Empreendimentos da Fazenda e Vinícola Jaboticabal. ..........................234
Figura 198: Estrada e Paisagem Rural de Hidrolândia. .............................................235
LISTA DE TABELAS E QUADROS
TABELAS
Tabela 1: Hidrolândia - Estrutura Etária da População ..............................................54
Tabela 2: Hidrolândia – natalidade.............................................................................55
Tabela 3: Hidrolândia - Longevidade, Mortalidade e Fecundidade. ...........................57
Tabela 4: Hidrolândia - síntese dos dados demográficos...........................................59
Tabela 5: Hidrolândia – matrículas evolução temporal...............................................63
Tabela 6: Hidrolândia – número de profissionais. ......................................................70
Tabela 7: Hidrolândia – equipamentos de saúde. ......................................................71
Tabela 8: Hidrolândia – imunização em crianças de até 1 ano de idade....................71
Tabela 9: Hidrolândia – vulnerabilidade social. ..........................................................86
Tabela 10: Hidrolândia IDM – Economia, 2016............................................................87
Tabela 11: Hidrolândia IDM - Educação ......................................................................87
Tabela 12: Hidrolândia IDM – infraestrutura.................................................................88
Tabela 13: Hidrolândia IDM - Saúde............................................................................88
Tabela 14: Hidrolândia IDM – Segurança. ...................................................................88
Tabela 15: Hidrolândia IDM – trabalho.........................................................................88
Tabela 16: Hidrolândia – estabelecimentos agropecuários por situação. ....................89
Tabela 17: Hidrolândia – contratações (anos 2000, 2010 e 2017). ..............................96
Tabela 18: Hidrolândia – empregos número total por setor. ........................................97
Tabela 19: Hidrolândia – rendimento médio por setor de atividade econômica, 2000 –
2016. ..........................................................................................................99
Tabela 20: Hidrolândia - recebimento orçamentárias - despesas ..............................103
Tabela 21: Hidrolândia – estabelecimentos agropecuários........................................103
Tabela 22: Hidrolândia – efetivo pecuária..................................................................104
Tabela 23: Hidrolândia – produção de origem animal. ...............................................105
Tabela 24: Hidrolândia – produção agrícola ..............................................................105
Tabela 25: Hidrolândia – produçãomineral ...............................................................107
Tabela 26: Hidrolândia – extração vegetal. ................................................................107
Tabela 27: Hidrolândia – cadastro central de empresas. ...........................................108
Tabela 28: Hidrolândia – empresas por segmento da economia. ..............................109
Tabela 29: Hidrolândia – maiores empresas por capital social ..................................109
Tabela 30: Temperaturas Mínimas e Máximas mensais e médias anuais (em ºC)
referente à normal climatológica do período de 1961 a 1990...................117
Tabela 31: Temperatura média mensal e anual (em ºC) referente à normal
climatológica do período de 1961 a 1990.................................................118
Tabela 32: Médias Mensais e anual de Umidade Relativa do Ar (%) referente ao
período de 1961 a 1990 ...........................................................................120
Tabela 33: Precipitação e número de dias de chuva total mensal e anual referente
à normal climatológica do período de 1961 a 1990. .................................122
Tabela 34: Médias Mensais da Evaporação (mm). ....................................................123
QUADROS
Quadro 1: Sítios Arqueológicos Cadastrados IPHAN para o Vale do Médio rio Meia
Ponte, Goiás. ..............................................................................................12
Quadro 2: Síntese dos compartimentos morfopedológicos de Hidrolândia (GO). ......145
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................1
INTRODUÇÃO ................................................................................................................2
1. CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL ....................................................................5
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ETNO-HISTÓRICA..............................................................5
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA ...............................................................8
1.3 PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL ...................................................................13
1.3.1 Patrimônio Histórico ..........................................................................................13
1.3.2 Patrimônio Religioso .........................................................................................19
1.3.3 Patrimônio Arqueológico ...................................................................................21
1.4 PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL ..................................................................23
1.4.1 Celebrações ......................................................................................................23
1.4.1.1 Pousos e romarias .........................................................................................25
1.4.2 Saberes e modo de fazer ..................................................................................26
1.4.3 Formas de expressão........................................................................................31
1.4.4 Lugares de manifestação cultural......................................................................31
1.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................32
1.5.1 Potencial Histórico Cultural ...............................................................................32
1.5.2 Potencial Arqueológico......................................................................................33
1.5.3 Recomendações sugeridas para o Patrimônio Arqueológico ............................33
1.5.4 Recomendações sugeridas para o Patrimônio Cultural.....................................33
1.6 REFERÊNCIAS .......................................................................................................34
2. DIAGNÓSTICO SÓCIOECONOMICO.......................................................................39
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................39
2.2 LOCALIZAÇÃO ESPACIAL E ASPECTOS GERAIS DO CONTEXTO LOCAL .......42
2.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................45
2.4 AS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS.....................................................47
2.4.1 Aspectos Demográficos e Populacionais ..........................................................47
2.4.2 Educação ..........................................................................................................59
2.4.3 Saúde................................................................................................................69
2.4.4 Assistência Social .............................................................................................80
2.4.5 Indicadores Socioeconômicos...........................................................................81
2.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA, SILVICULTURA,
EXTRAÇÃO VEGETAL ..................................................................................................89
2.6 EMPREGO E RENDA .............................................................................................94
2.7 INDICADORES E DADOS ECONÔMICOS. ..........................................................100
2.8 REFERENCIAS .....................................................................................................111
3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-BIÓTICA-AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE
HIDROLÂNDIA ...........................................................................................................113
3.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-BIÓTICA-AMBIENTAL ............................................113
3.1.1 Considerações metodológicas ........................................................................113
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO ................................................................116
3.2.1 Aspectos climáticos e Dinâmica atmosférica...................................................116
3.2.2 Temperatura do Ar ..........................................................................................117
3.2.3 Umidade Relativa do Ar ..................................................................................119
3.2.4 Precipitação ....................................................................................................121
3.2.5 Evaporação .....................................................................................................123
3.3 ASPECTOS GEOLÓGICOS..................................................................................124
3.4 ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS.....................................................................129
3.5 ASPECTOS PEDOLÓGICOS (SOLOS) ................................................................132
3.6 ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS.......................................................................136
3.6.1 Sistema Aquífero Complexos Acamadados (SACA)......................................137
3.6.2 Sistema Aquífero Araxá (SAAX).....................................................................137
3.7 COMPARTIMENTAÇÃO MORFOPEDOLÓGICA..................................................141
3.8 CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS ÁREAS DE RISCO........................................146
3.9 CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO/PROTEÇÃO...148
3.10. REFERÊNCIAS ..................................................................................................151
4. INFRAESTRUTURA................................................................................................155
4.1 INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO BÁSICO................................................158
4.1.1 Abastecimento e distribuição de água.............................................................159
4.2 COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO .............................................................165
4.2.1 Drenagem .......................................................................................................1674.3 COLETA, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS ..................................................................................................................171
4.4 INFRAESTRUTURA DE ENERGIA ELÉTRICA.....................................................175
4.5 INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES.................................................177
4.6 SISTEMA VIÁRIO..................................................................................................177
4.7 INFRAESTRUTURA URBANA - TRANSPORTE COLETIVO................................182
4.8 CEMITÉRIO...........................................................................................................186
4.9 DIAGNOSTICO .....................................................................................................188
4.10 REFERÊNCIAS ..................................................................................................190
5. PLANEJAMENTO URBANO E LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA .............................192
5.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................192
5.2 EVOLUÇÃO URBANA...........................................................................................192
5.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO.............................................................................196
5.4 HIERARQUIZAÇÃO VIÁRIA..................................................................................201
5.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E TIPOLOGIAS CONSTRUTIVAS.............................203
5.6 ESPAÇOS PÚBLICOS E EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS.............................204
5.7 DISTRITOS E NÚCLEOS URBANOS ...................................................................205
5.7.1 Distrito de Nova Fátima...................................................................................205
5.7.2 Povoado de Oloana.........................................................................................207
5.8 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA...............................................................................210
5.8.1 Introdução .......................................................................................................210
5.8.2 Plano Diretor Municipal ...................................................................................210
5.8.3 Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo ................................................215
5.8.4 Lei de Parcelamento do Solo ..........................................................................215
5.8.5 Código de Obras e Edificações .......................................................................215
5.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................216
5.10 REFERÊNCIAS ...................................................................................................217
6. HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL..................................................................220
6.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................220
6.2 NECESSIDADES HABITACIONAIS ......................................................................220
6.3 OFERTA HABITACIONAL.....................................................................................222
6.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................224
6.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................225
7. DIAGNÓSTICO DO TURISMO................................................................................227
7.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................227
7.2. O CONTEXTO DO TURISMO MUNDIAL, NACIONAL E ESTADUAL ..................227
7.2.1. O Turismo no Mundo......................................................................................227
7.2.2 O Turismo no Brasil.........................................................................................227
7.2.3 O Turismo no Estado de Goiás .......................................................................228
7.3 O TURISMO EM HIDROLÂNDIA...........................................................................231
7.3.1 Gestão Pública do Turismo em Hidrolândia ....................................................231
7.3.2 Hospedagem e Alimentação em Hidrolândia ..................................................231
7.3.3 Eventos em Hidrolândia ..................................................................................232
7.3.4 O Fluxo de Turistas em Hidrolândia ................................................................233
7.4. POTENCIALIDADES DO TURISMO EM HIDROLÂNDIA.....................................236
7.4.1 Mercado Potencial de Hidrolândia...................................................................236
7.4.2 Potencialidade no segmento de natureza .......................................................236
7.4.3 Potencialidade no segmento cultural...............................................................237
7.4.4 Potencialidade no segmento de turismo rural..................................................237
7.4.5 Potencialidade no segmento de turismo negócios ..........................................238
7.4.6 Potencialidade no segmento de turismo..........................................................238
7.4.7 Potencialidade no segmento de turismo de lazer ............................................239
7.4.8 Potencialidade nos setores de hospedagem e alimentação............................239
7.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................240
7.6 REFERÊNCIAS .....................................................................................................242
1
APRESENTAÇÃO
O presente documento tem como objetivo detalhar o cumprimento do escopo dos
serviços técnicos contratados entre o Município de Hidrolândia, Estado de Goiás, e o
Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Centro–Oeste – ITCO, inscrito no
CNPJ-MF sob o número 06.030.675/0001-60, situado a Av. Anhanguera, n° 5.674, sala
101, Centro, Goiânia, Estado de Goiás, pautado no item Diagnóstico Técnico do
Município do “Anexo I – Termo de Referência” do Edital de Licitação nº 005/2017
apresentado no processo licitatório realizado pelo Município, que trata da elaboração da
revisão do Plano Diretor do Município de Hidrolândia - GO.
2
INTRODUÇÃO
O caso em tela trata-se do diagnóstico ambiental, socioeconômico e urbanístico
do Município de Hidrolândia – GO, e visa apoiar as decisões que serão tomadas para
a revisão da atual Lei 288/06 e suas alterações, e que até o momento regulamentam o
arcabouço jurídico urbano e rural do Município. Todas ações previstas na Lei Federal
nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), subsidiaram e serão a linha mestra da
formulação de políticas urbanas que responderão aos questionamentos e desafios
para definir de modo claro e objetivo os rumos a serem tomados para um
desenvolvimento estruturado em bases compatíveis com a sustentabilidade local
específica, ou seja, com a realidade do Município de Hidrolândia.
Neste contexto e a partir da mobilização social realizada na cidade de
Hidrolândia e apoiados em dados primários e secundários levantados pela equipe
técnica do Instituto de Desenvolvimento tecnológico do Centro-Oeste (ITCO),
poderemos subsidiar as discussões para o crescimento sustentável de Hidrolândia. A
Leitura do território é importante para identificar as potencialidades e fragilidades
ambientais e Socioeconômicas, e assim, propor melhorias para a qualidade de vida da
população. Assim sendo, elaboramos um Diagnóstico Ambiental, Socioeconômico e de
infraestrutura e equipamentos Urbanísticos do Município bem como analisamos a
legislação urbanística, no sentido de subsidiar as discussões para a elaboração do
Plano Diretor Municipal.Os Diagnósticos Ambientais são instrumentos poderosos que proporcionam um
conhecimento da realidade física, biótica e socioeconômica, para que se definam as
condições de uso e ocupação do solo de uma determinada porção territorial em bases
sustentáveis. Ademais, demonstram com clareza o estágio de desenvolvimento do
território analisado, evidenciando a situação em que se encontram as populações. Tais
informações são valiosas no sentido de diagnosticar quais são os componentes que
necessitam de maiores investimentos públicos.
Complementarmente, os Diagnósticos Socioeconômicos demonstram com
clareza o estágio de desenvolvimento, segundo índices oficiais, em que se encontram
as populações. São informações valiosas no sentido de avaliar quais são as
componentes sociais que necessitam de maiores investimentos públicos, por exemplo.
As questões urbanísticas representam a materialização da forma como a
sociedade, de acordo com seu nível de desenvolvimento social e econômico, se
apropriou do território e o transformou segundo a legislação e normas vigentes.
3
A metodologia utilizada para atender os objetivos propostos neste projeto
compreende uma combinação de procedimentos, pois para cada tema estudado
lançou-se mão de métodos próprios e adequados para tal, os quais estão descritos
nos capítulos correspondentes.
Destaca-se que, por representar um estudo diagnóstico, basicamente foram
desenvolvidas duas fases: o PLANEJAMENTO e o DIAGNÓSTICO propriamente dito,
demonstrado no fluxograma a seguir:
4
1
CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
5
1. CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ETNO-HISTÓRICA
Hidrolândia é um município brasileiro do estado de Goiás, que compõe a Região
Metropolitana de Goiânia (RMG). Pertence a Mesorregião Centro Goiano (IBGE, 2008),
e a Microrregião Goiânia (IBGE, 2008), em uma distância de aproximadamente 40 km
da capital do estado, Goiânia.
A origem do atual município Hidrolândia se promoveu nos meados do sec. XIX.
Seu povoamento, como na grande maioria das ocupações de quase todos povoados,
arraiais e vilas sertanejas, e neste caso as terras goianas, se efetivaram com a fase de
desenvolvimento da atividade da agropecuária, posterior à fase da mineração, ocorrida
nos meados do sec. XVIII (NOGUEIRA, 2012; BERTRAN, 1988; PALACIN, 1994).
Após a exploração litorânea nordestina, novas áreas foram sendo ocupadas
durante a colonização do Brasil, intensificando as atividades já existentes. Outras
atividades econômicas, como a pecuária e mineração, foram responsáveis para a
ocupação do interior, mas de em menor intensidade, se comparado com a costa
litorânea, realidade que foi aos poucos se modificando com abertura de estradas e a
modernização dos meios de transportes.
As primeiras incursões dirigidas ao território goiano nos setecentos foram
impulsionadas pela procura de jazidas auríferas, motivando a sua ocupação, como
também responsáveis pelo início da transformação dos nativos em cristãos, ou mesmo
pela dizimação, visto que a presença dos índios e os constantes ataques dificultava a
efetivação dos interesses de colonização e de exploração por parte da Coroa
Portuguesa.
Passando o ápice da fase da mineração nas regiões centrais do Brasil, novas
atividades econômicas surgiam, surgindo principalmente migrações de famílias de
Minas Gerais e do Nordeste Brasileiro, incrementando o sistema agrícola e comercial da
região, mas também com um período curto, devido à dificuldade de transportá-la aos
grandes centros, visto que o meio de transporte era a utilização de animais e estradas
precárias. A economia agrícola representou uma atividade no período de transição entre
a economia mineradora e a economia de exportação pecuária. A fase da atividade
pecuarista foi caracterizada pela dispersão dos colonos pelo espaço rural, mas em
contrapartida pela fixação no homem no campo, fator primordial para o povoamento e
6
pela formação da identidade cultural goiana, principalmente pelo isolamento ocasionado
pela dificuldade de comunicação com outros estados pelas longas distancias (GALI,
2005; PALACIN, 1994).
Segundo pesquisas e relatos feitos no município consta na obra “Se liga no
futuro”, que dentre tantas terras goianas escolhidas pelos novos ocupantes, estava a
situada no vale do Ribeirão das Grimpas. Os primeiros a migrarem por estas terras
foram o casal Joaquim Pereira Cardoso, e sua cônjuge Josefa Honória de Jesus,
juntamente com Antônio Alves Magalhães. Ainda nos meados de 1830, outras famílias
se instalaram nas proximidades do Ribeirão das Grimpas. O nome “Grimpas” refere-se a
lugares altos, cume de montanhas. Grimpas foi primeiramente utilizado como topônimo
da fazenda do Sr. Cardoso, juntamente com o do santo que passaria a ser o padroeiro
do povoado: Fazenda Santo Antônio das Grimpas. O nome de Santo Antônio também
foi usado para batizar o povoado que se formava em torno da fazenda (GOIÁS, 2004).
Como a grande maioria das cidades goianas, o município de Hidrolândia, antigo
Povoado de Santo Antônio, teve sua origem na doação de terras para a construção do
patrimônio de Santo Antônio, em 1896, iniciada pelos descendentes do Sr. Cardoso, e
demais famílias pioneiras.
De acordo com Silva (1998), a estrada Salineira, construída em 1863, que ligava
Goiás a Coxim, em Mato Grosso, foi a grande responsável pela ocupação de grandes
áreas sertanejas da região sudoestina do estado de Goiás, surgindo vários povoados ao
longo do traçado, e com a estrada Salineira que cortava a região do Mato Grosso
goiano, no sentido Noroeste-Sudoeste, toda a região sudoeste, e em relação a
Hidrolândia, o autor acrescenta:
Com a estrada Salineira, cortando a região do Mato Grosso Goiano no sentido
Noroeste-Sudoeste, toda a região sudoeste e as demais regiões compreendidas entre
as duas estradas- a Salineira e a Primitiva que passava pelo espigão divisor das aguas
do alto e médio Paranaíba, começaram a estender seus raios de ação explorativa e logo
começaram a surgir povoações como Morrinhos, Pouso Alto (Piracanjuba), Sussuapara
(Bela Vista), e Santo Antônio das Grimpas (Hidrolândia) e outras (SILVA, 1998).
Pelos relatos dos moradores de Hidrolândia, o antigo povoado de Grimpas foi um
ponto de pouso de tropas, que transitavam entre Minas Gerais e outros estados, e os
tropeiros acampavam em frente a antiga capela de Santo Antônio, já demolida. Nesse
contexto na historiografia goiana, a agricultura de subsistência, a lida dura com o gado e
a busca de alternativas de sustento, que contava com um trabalho árduo no cotidiano
rural eram amenizados nos lugares de confraternização, onde suas trocas culturais
eram efetivadas. Mutirões, almoços de domingo, missas e festividades religiosas com
7
vizinhos estreitavam laços de amizade e de interesses. A dependência com outras
localidades com artigos de primeiras necessidades, e até mesmo a boa vontade dos
padres para celebrar a missa, levaram os fazendeiros da vizinhança a doarem terras,
madeiras e mão de obra para dar início ao patrimônio.
Segundo Oliveira (2002), foi nessa ocasião das doações de terras que a
Capelinha de Santo Antônio foi erigida, iniciando ali as celebrações religiosas. Em
sequência o povoado de Santo Antônio que pertencia ao Distrito de Pouso Alto
(Piracanjuba), foi elevado à categoria de Arraial, e posteriormente Distrito de Santo
Antônio das Grimpas (1899).
Santos (2002) aponta a forte influência que a Igreja Católica tinha sobre a
população, que apegada às tradições, mantinha o elo entre passado e presente,
alimentando as representações de uma memória coletiva unificadora. Acrescenta o
autor que são nas festividades que as diferenciações entre as camadas sociais se
tornavam bem evidentes:
A tradição das festas religiosas representava momentos em que a população
encontrava a “sua” história e reforçava “sua” identidade, traduzida pela demonstração
de poder dos líderes, que nessas festas eram sempre escolhidos dentre os membros da
elite local –detentores das maiores propriedades rurais – o que denota a importância do
poder como marcador social na construção de identidades coletivas – marcadamente
hierarquizadas – assim como da história que se quer “verdadeira” (SANTOS, 2002).
Com a criação do Distrito de Santo Antônio das Grimpas, o lugar despertou o
interesse econômico de criadores e pecuarista, em vista as fertilidades das terras, bem
abastecida por mananciais e sua localização estratégica, devido a confluência
territorial da capital goiana com os grandes centros da região sudeste. Os caminhos
do traçado original da BR-14 (atual BR-153) ligava a capital Vila Boa (atual Cidade de
Goiás) aos centros econômicos de São Paulo e Rio de Janeiro, passando por Pouso
Alto, favorecendo todas as terras em volta do Distrito em questão, a atual Hidrolândia
(SILVA, 1998).
Nos descritos de Josefina de Oliveira (2002), a motivação de fazendeiros de
Minas Gerais, como também de outras do próprio estado em migrarem –se para a
região, formaram as fazendas de São Germânio, Bonito, Grimpas, São Braz, dentre
outras. Nessa época foi edificado um novo cemitério, uma escola primaria, cartório,
Agencia dos Correios, a prefeitura e o surgimento de alguns estabelecimentos
comerciais, fazendo a cidade se estender para parte alta rumo oeste, até sua
emancipação em 1930, com o topônimo de Hidrolândia (OLIVEIRA, 2002).
8
No entanto, com a nova capital Goiânia, o município de Hidrolândia volta a
categoria de Distrito, com o topônimo antigo: “Grimpas”, transferindo todos os serviços
judiciais para Goiânia, voltando a ser município somente em 1949.
O traçado da ferrovia nas décadas de 1910 não contemplou o então Distrito de
Grimpas, comprometendo seu desenvolvimento econômico. No entanto, o atual
município foi favorecido pela pavimentação da BR-153, juntamente com a transferência
da capital Federal, Brasília, na década de 60, mas não refletindo em alta escala em sua
expansão demográfica.
Hidrolândia possui atualmente algo em torno de 20 mil habitantes IBGE, 2010). E
apesar da proximidade com a metrópole Goiânia, e o novo modo de viver advindas da
pós- modernidade, o município tem presente o seu patrimônio cultural, paisagístico, e o
Patrimônio Histórico edificado. A ligação cultural com a vida do campo é demonstrada
de várias formas, desde a vestimenta usadas em eventos culturais, como nas suas
paisagens naturais, que atraem muitos turistas para seus balneários. Fazendas e
chácaras com criação de gado, animais de pequenos portes, como também de frutas
ainda estão presentes nas mediações de sua área urbana.
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA
A colonização europeia no Brasil se iniciou durante a primeira década do século
XVI. Estima-se que havia aproximadamente 200 etnias indígenas habitando o território
brasileiro quando portugueses aqui chegaram. Todavia, ao comparado com a região
litorânea, os primeiros registros etnográficos no sertão e interior do país são oriundos do
final do século XVI e, especialmente, ao longo do século XVIII.
Embora a região do Brasil Central tenha sido ocupada por grupos
predominantemente do tronco linguístico Macro-Jê, é possível observar, também, a
presença de grupos étnicos do tronco linguístico Tupi. Alguns desses grupos foram
documentados no mapa etno-histórico produzido por Curt Nimuendaju, em 1944,
(ROCHA, 2001) (Figura 1).
Sendo assim, no polígono territorial que abrangia o Estado de Goiás no século
XVIII1, foram constatado a presença dos seguintes grupos indígenas: Kayapó (estavam
presentes, especialmente, na região centro e sudoeste); Akwen (estavam situados na
região sudoeste e na região leste, fronteiriça com o Estado da Bahia), grupo que se
subdividia entre os Akroá e os Xakriabá; Xavante e Xerente (também são subdivididos
1
Ressalta-se, neste caso, que o Estado do Tocantins era incorporado ao distrito estadual
político-administrativo de Goiás.
9
do grupo Akwen, se localizavam na região central do Estado); Timbira, cujos outros
grupos provenientes são Apinayé e Krahô (se localizavam no extremo norte do Estado
de Goiás); Karajá (há séculos ocupam a calha do Rio Araguaia, desde a foz do Rio
Vermelho até sua confluência com o Rio Tocantins); Avá-Canoeiro (no território quase
que exclusivamente de tronco linguístico Jê, este é um grupo de tronco Tupi-Guarani
que, desde o século XVIII, se estabeleceu fixado nas margens e ilhas do alto curso do
Rio Tocantins) (LARAIA, 2006).
Figura 1: Mapa das etnias indígenas identificadas no século XVIII. Com alteração para
identificar a localização do município de Goiânia como referência, no Estado de Goiás.
Fonte: ROCHA, 2001, p. 31.
É importante destacar que, além destes, outros grupos étnicos chegaram a
ocupar a região central do Brasil, porém, algumas ações executadas pelos bandeirantes
e demais exploradores do sertão estiveram associadas à exterminação e dizimação dos
mesmos. Por exemplo, como verbalizado por Laraia (2006, p. 13), “os bandeirantes
10
destruíram as populações indígenas do sul de Goiás, entre elas os Kayapó do Sul,
prováveis habitantes da região banhada hoje pelo vale do rio Meia Ponte, onde hoje se
ergue Goiânia, Aparecida de Goiânia, Bela Vista e Hidrolândia”.
Em especial, se observamos o mapa étnico documentado por Rocha (2001, p.
31) e de Curt Nimuendajú (IBGE, 1981) (Figura 2), vê-se que o grupo indígena Kayapó
do Sul residia nas proximidades do município atual de Hidrolândia.
Figura 2: Mapa etno-histórico produzido pelo etnólogo Curt Nimuendajú, com alterações
realizadas para destacar o Estado de Goiás e proximidades da área desta pesquisa.
Fonte: www.etnolinguistica.org (acessado em maio de 2016).
Os Kayapó, atualmente, estão distribuídos por regiões do Planalto Central do
Brasil, cuja população estima-se em 8.500 indígenas, sendo que se encontram
subdivididos em aproximadamente 15 subgrupos, sendo alguns deles: Gorotire, Xikrin
do Cateté, Xikrin do Bacajá, Metuktire (Txu-karramãe) e Mekragnotí.
Dentre as práticas culturais, destaque para a pesca, caça, coleta e agricultura.
Embora alguns grupos estejam deixando praticar o nomadismo, há aqueles que resistem
e ainda a continuam reproduzindo-o, se deslocando continuamente para áreas florestais.
Os Kayapó possuem complexa organização social, cujos trabalhos e demais práticas
cotidianas são divididas através dos sexos: masculino e feminino. O sistema político não
se configura de forma centralizadora, cada grupo Kayapó é composto por dois ou mais
http://www.etnolinguistica.org/biblio:nimuendaju-1981-mapa
11
chefes que, mesmo possuindo este título, não tomam decisões próprias, sobretudo elas
são feitas de forma consensual e conjunta com demais integrantes do grupo.
Contudo, a sociedade Kayapó, além de nômades, foram deslocados de
forçadamente para alguns aldeamentos, como o Xingu.
A partir da análise histórica de um País, um Estado, um município, pode-se
observar como houve a evolução social, econômica, cultural da população pertencente
a este lugar. Ao se pesquisar sobre o município de Hidrolândia no Estado de Goiás,
percebe-se que este passou por algumas transformações desde sua criação. Por outro
lado, observa-se que sua história remonta a um período importante da história nacional:
o Período Colonial. Desta forma, para entender como se deu a criação de Hidrolândia, é
preciso voltar na história e verificar como se deu a colonização do território brasileiro,
antes da chegada dos portugueses no século XVI.
Antes da chegada de qualquer europeu no continente americano, este já era
habitado por milhões de pessoas. Segundo algumas pesquisas arqueológicas o homem
está no continente americano desde finais do Pleistoceno e início do Holoceno. As teorias
aceitas demonstram que durante o último período glacial – entre 13 e 12 mil anos atrás -
várias levas humanas conseguiram atravessar o Estreito de Bering, dando origem ao
povoamento do continente americano. No entanto são registrados sítios com datações
mais tardias que remontaentre 40.000 a 14.000 AP, no Piauí o sítio Bouqueirão da Pedra
Furada apresenta datas além de 48.000 B.P. (PARENTI, 2001), já no Mato Grosso o Sítio
Abrigo do Sol (19.400 ± 1.100 AP e 14.470 ± 140 AP) (MILLER,1987) e Sítio Santa Elina
com datações entre 27.000 e 22.500 B.P. (VIALOU, 2005).
Depois desta travessia, estas populações foram se espalhando por todo o
continente. No Brasil, a chegada destas levas é apresentada por duas áreas, uma ao
norte, chegando pelo atual Amazonas, Roraima, povoando todo o norte e nordeste. Por
outro lado, uma leva teria chegado do sul, introduzindo-se pelo atual Rio Grande do Sul
e migrando para as regiões Sudeste, Centro Oeste. No Centro Oeste as datações mais
antigas remontam para o povoamento da região desde 11.500 anos antes do presente
(FUNARI e ROBRAHN-GONZÁLEZ, 2009).
Em Goiás, no fim deste período em 1972, temos as pesquisas realizadas pelos
arqueólogos Altair Sales Barbosa, Pedro Ignácio Schmitz, que dão início ao Programa
Arqueológico de Goiás (PAG), numa colaboração entre a Universidade Católica de
Goiás, o Instituto Anchietano de Pesquisas e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(SCHMITZ et al, 1982, 1984, 1986). As regiões por eles intensamente pesquisadas
foram Caiapônia (Projeto Alto Araguaia) e Serranópolis (Projeto Paranaíba) de onde
12
temos vários sítios arqueológicos de grande potencial informativo sobre o povoamento
do Centro Oeste no passado. Sobre estas regiões temos várias publicações que as
caracterizam como descrições, croquis, fotos (SCHMITZ et al, 1982, 1984, 1987, 1996;
MELLO & VIANA, 2006).
Através do PRONAPA, os pesquisadores estabeleceram metodologias para que
pudessem identificar as semelhanças encontradas nos materiais arqueológicos
escavados e traçar um panorama sobre o povoamento do território brasileiro no
passado, criando-se dessa forma as Tradições e Fases arqueológicas.
As tradições arqueológicas são um conjunto de características estilísticas,
tecnológicas semelhantes entre si e que podem apresentar pequenas variações. Estas
pequenas variações dentro de uma Tradição arqueológica é chamada de Fase
arqueológica. Assim, temos como exemplo as Tradições Una, Tupi-guarani, Aratu, Uru,
que representam tradições de materiais cerâmicos.
Os sítios arqueológicos pré-históricos registrados no Vale do rio Médio rio Meia
Ponte que abrange parte dos municípios de Nerópolis, Goiânia, Teresópolis,
Goianápolis e Aparecida de Goiânia (Quadro 1) são da Tradição Aratu, que se
caracterização por assentamentos, formando grandes aldeias a céu aberto de
horticultores ceramistas e pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, mais em especifico
ao Jê do Norte, sendo os Kaiapó do Sul seus representantes coloniais (SCHMITZ;
ROGGE, 2008), tendo como uma das principais fontes de subsistência o cultivo do
milho (SCHMITZ et al. 1982).
Quadro 1: Sítios Arqueológicos Cadastrados IPHAN para o Vale do Médio rio Meia
Ponte, Goiás.
Sítios Pré-
Históricos
E N Material Arqueológico Municípios
Barreiro 694069 8168127 Lítico Goiânia
Cana Brava 696179 8171195 Cerâmico/Lítico Goiânia
João Leite 2 690362 8166930 Lítico Goiânia
Lobeira 696825 8171877 Cerâmico Goiânia
Corrente 695882 8170366 Cerâmica Goianápolis
Ipê 695056 8170652 Lítico Goianápolis
Macaúba 696900 8170880 Cerâmico/Lítico Goianápolis
Pau D'Óleo 697458 8172203 Cerâmico/Lítico Goianápolis
Hudson 2 700302 8174423 Cerâmico/Lítico Nerópolis
Bananeira 700096 8172814 Cerâmico/Lítico Terezópolis de Goiás
Paineira 699768 8173626 Lítico
Terezópolis de
Goiás/Nerópolis
Milharal 691194 8136405 Cerâmico/Lítico Aparecida de Goiânia
Aratu 1 691594 8136205 Cerâmico Aparecida de Goiânia
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Cont.
Sítios Pré-
Históricos
E N Material Arqueológico Municípios
Aratu 2 690294 8136605 Cerâmico/Lítico Aparecida de Goiânia
Barriguda 694860 8134567 Cerâmico Aparecida de Goiânia
Históricos
Gameleira 691907 8168579
Cerâmica, osso, vidro, louça e
metal
Goiânia
Onça 1 693783 8169029 cerâmica, vidro, louça e metal Goiânia
Onça 2 693589 8169290
Cerâmica, osso, vidro, louça e
metal
Goiânia
Onça 3 693923 8169147 lítico, vidro, louça e metal Goiânia
Onça 4 693941 8169419 cerâmica, vidro, louça e metal Goiânia
Casa Grande 698525 8171895 cerâmica, osso, vidro e louça Goianápolis
Fonte: IPHAN. Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos, julho de 2018.
1.3 PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL
1.3.1 Patrimônio Histórico
Edificações em estilos coloniais localizados na região onde começou o povoado
de Grimpas, atual Hidrolândia. Alguns deles com riscos estruturais ou pela
descaracterização, mas que ainda traz para o presente o modo de viver dos primeiros
moradores que ali estabelecerem na construção da cidade (Figuras 3 a 13).
Figura 3: Casarão (4) Rua Alan Kardec c/ Rua Vereador Vicente Francisco- Vila
Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Ffoto Alfredo Palau Peña
14
Figura 4: Casarão (5) da Rua Joaquim Pires de Miranda esquina com a Rua Vereador
Vicente Francisco-Vila Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 5: Casarão (11) da Rua Alan Kardec com a Rua Dirceu Sena, Vila Grimpas,
Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
15
Figura 6: Casarão (10) da Rua Dirceu Sena com Rua Joaquim Pires de Miranda, n.
612, Vila Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 7: Casarão (7) da Rua Dirceu de Mendonça com a Rua José Amâncio Pinto,
Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
16
Figura 8: Casarão (6) da rua Vereador Vicente Francisco n. 577, Vila Grimpas,
Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 9: Casarão (3) da Rua Antônio Pires Cardoso, Vila Grimpas, Hidrolândia- GO,
2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
17
Figura 10: Casarão (2) Rua Craós com Rua José Amâncio Pinto - Praça Antônio
Cardoso, Bairro Centro, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 11: Casarão (1) da Avenida Goiânia, Bairro Centro, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Peña
18
Figura 12: Casarão (12) da Rua Antônio Miranda com a Rua Alan Kardec, Vila Grimpas,
Hidrolândia-GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 13: Casarão (13) da Rua Antônio Miranda com Rua José Amâncio Pinto, Vila
Grimpas, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
19
Outra edificação que se destaca como Patrimônio Edificado é o Armazém
Silva, construída há mais de 80 anos, com platibandas geométricas que remonta ao
estilo Art Déco, diferenciando das demais do estilo colonial, presente no mesmo
bairro (Figura 14).
Figura 14: Edificação situado na rua José Amâncio, Vila Grimpas, Hidrolândia- GO,
2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
1.3.2 Patrimônio Religioso
O Patrimônio Religioso de Hidrolândia está presente na cidade, mais
principalmente em seus Distritos e comunidades rurais. Missas, batizados e
celebrações fazem parte de suas agendas.
A Paróquia Santo Antônio das Grimpas- Hidrolândia, fundada em 1953, é uma
edificação construída em devoção ao santo padroeiro, Santo Antônio. A antiga capela
construída pelos pioneiros da região não existe mais.
Outras edificações em devoções à diversos santos estão presentes em distintas
comunidades em áreas circunvizinhas (Figura 15 e 16).
20
Figura 15: Capela de Nossa Senhora de Fátima, situada na praça central do Distrito de
Nova Fatima, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Pena
Figura 16: Capela no Distrito de Oloana, Hidrolândia-GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Peña
21
1.3.3 Patrimônio Arqueológico
O patrimônio arqueológico pode ser dividido em dois contextos para o município
de Hidrolândia, um Pré-Colonial (Arqueologia Pré-histórica) e outro Colonial-
Contemporâneo (Arqueologia Histórica). O Pré-Colonial é caracterizado pelas ocupações
principalmente de grupos horticultores ceramistas, que dependiam principalmente de
locais ou lugares com a presença de jazidas de argila, para promoção do fabrico de
vasilhas, vasilhames e utensílios de barro. São muitos os sítios conhecidos com estas
características no vale do rio Meia Ponte, inclusivena divisa com o município de
Aparecida de Goiânia, ocupando áreas principalmente entre seus tributários constituindo
suas aldeias. No entanto nenhum registro foi realizado no Cadastro Nacional de Sítios
Arqueológicos (CNSA-CNA-IPHAN) para o município de Hidrolândia.
O sítio Barriguda foi registrado em 2015 em Aparecida de Goiânia nas
proximidades da divisa com o município de Hidrolândia. Este fica a uma distância de 12
km do córrego Grimpas, na sede municipal de Hidrolândia, pertencente a grupos
horticultores ceramistas da Tradição Aratu.
Alguns relatos de moradores reportaram para a ocorrência de ossos humanos
exumados no quintal da Escola Estadual Augusta Machado, e que muitos citaram como
sendo o antigo cemitério do povoado de Grimpas (Hidrolândia) e outros a provável
ocupação de índios antes da chegada dos colonizadores mineradores e fazendeiros
entre os meados do sec. XVIII e meados do sec. XIX, principalmente com o
desenvolvimento da atividade da agropecuária (NOGUEIRA, 2012; BERTRAN, 1988;
PALACIN, 1994), outros de possuírem ferramentas de pedra como os machados polidos,
e presença de cacos cerâmicos e potes, característicos de ocupações de horticultores
ceramistas. Estes relatos corroboram com o potencial arqueológico não só para o
município de Hidrolândia como para sua própria sede.
A evidência do tipo de ocupação e o surgimento do povoado de Grimpas,
estabelece um contexto direto e de muito valor para a Arqueologia Histórica, com marcos
evidentes como os casarões presentes na “cidade velha” as margens do córrego das
Grimpas, que além de resguardar boa parte das estruturas das edificações, tem ainda
suas áreas de quintais e que remetem a toda a história dessa população ocupante
(Figuras 17 a 19).
Mesmo que estes casarões na cidade e nas fazendas alguns tenham sido
recuperados pelos proprietários com algumas descaracterizações, são ainda um
potencial arquitetônico, histórico e arqueológico para o município e região.
22
Figura 17: Calçada em pedra do Casarão (4) situado na Rua Alan Kardec c/ Rua
Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Pena
Figura 18: Estrutura de alicerce do Casarão (4) situado na Rua Alan Kardec c/ Rua
Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Pena
23
Figura 19: Estrutura da parede em tijolos de adobe do Casarão (4) situado na Rua Alan
Kardec c/ Rua Vereador Vicente Francisco- Vila Grimpas. Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Peña
1.4 PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL
1.4.1 Celebrações
As festividades têm programação relacionada ao campo com forte apego às
tradições religiosas. As folias de Reis têm presença certa no ciclo natalino. A festa de
padroeiro Santo Antônio é celebrada em 13 de junho, porém a Trezena inicia dia 01 de
junho até o dia de festa em homenagem ao santo padroeiro. Este ano foi celebrado a
65ª festa em louvor ao padroeiro Santo Antônio. A programação religiosa é intensa, e
conta com número significativo de fiéis, tanto no Salão paroquial, quanto nas
Comunidades circunvizinhas: Bonito, Morro Feio, Nova Fátima, dentre outras. São
missas, novenas, batizados, procissão, bingos, leilões, quermesse com barraquinhas
com comidas típicas e brincadeiras (Figuras 20 e 21).
24
Figura 20: Cartaz de divulgação da programação da Trezena de Santo Antônio. Salão
Paroquial, centro, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Peña
Figura 21: Barraquinhas da 65ª Festa em devoção a Santo Antônio. Salão Paroquial,
centro, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
25
1.4.1.1 Pousos e romarias
Hidrolândia desde sua formação foi ponto de pouso de tropeiros e de boiadas,
favorecida pela sua localização estratégica, formando um entroncamento de acesso a vários
municípios, tanto para fins econômicos, quanto de caráter religioso. Atualmente a tradição
de dar o pouso aos devotos na Romaria de carros de bois da Festa do Divino Pai Eterno
de Trindade, é mantida há anos na Fazenda Recanto, no Bonito do Meio, propriedade do
Sr. Antônio Rezende. Os romeiros são de Orizona e Catalão (Figuras 22 e 23).
Figura 22: Momento de oração antes do jantar da comitiva na Fazenda Recanto,
Distrito Bonito do Meio, Hidrolândia-GO, 2018
Fonte: Foto Maísa Maria Rezende Silva
Figura 23: Acampamento das comitivas de Orizona e Catalão na Fazenda Recanto,
Distrito Bonito do Meio, Hidrolândia-GO, 2018
Fonte: Foto Maísa Maria Rezende Silva
26
Nas estradas e rodovias de acesso a Hidrolândia, uma das rotas de Carreiros e
Peregrinos rumo a Trindade para a Festa Do Divino Pai Eterno, é intensa a presença
desses fieis (Figura 24).
Figura 24: Trecho de rota de romeiros. GO- 319, Hidrolandia- GO, 2018
Fonte: Foto Alfredo Palau Peña
1.4.2 Saberes e modo de fazer
Dentro da categoria de saberes, a fiação e a tecelagem está presente em
projetos sociais no município de Hidrolândia. Segundo relato de uma funcionária
municipal, responsável pelo projeto, o grupo de artesãs ainda é ativo, e se reúnem no
CCI, Centro de Convivência do Idoso, em um prédio situado aos fundos da Prefeitura
de Hidrolândia.
O grupo faz muitas apresentações em eventos culturais e em faculdades de moda,
no entanto, a idade avançada das participantes tem comprometido a coesão do grupo.
Atualmente o número é bem reduzido. São 200 pessoas envolvidas e sessenta
produzindo, considerando as pessoas das pequenas propriedades rurais do entorno,
tanto Distritos, como povoados. A produção é vendida no SESC de Caldas Novas.
No curso dado pelas mais experientes, apenas duas alunas estão inscritas,
sendo motivo de preocupação pelos responsáveis pelo projeto, devido ao grande
potencial existente na região e apresentado em encontros e eventos anteriores, como
no Mutirão das fiandeiras.
27
O Mutirão das Fiandeiras que ocorre em uma data do ano, onde o grupo de
fiandeiras de Hidrolândia, juntamente com outros municípios promovem trocas culturais
ainda presentes, mantendo o saber fazer do Patrimônio Cultural Imaterial, passado de
geração a geração pela oralidade e observação (Figuras 25 a 28).
Figura 25: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014. Hidrolândia- GO.
Fonte: Foto arquivo da historiadora Susan Valtuille.
Figura 26: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014. Hidrolândia- GO.
Fonte: Foto arquivo da historiadora Susan Valtuille.
28
Figura 27: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014. Hidrolândia- GO.
Fonte: Foto arquivo da historiadora Susan Valtuille.
Figura 28: Mutirão das fiandeiras. Evento ocorrido em agosto de 2014. Hidrolândia- GO.
Fonte: Foto arquivo da historiadora Susan Valtuille.
Outro saber e modo de fazer presente no município e com potencial a ser
explorado, são os sabores. As plantações de pés de jabuticaba se destacam entre as
demais, ofertando aos visitantes o acesso ao produto direto do pé, quanto na sua
produção de doces, geleias, vinhos e licores produzidos pela Dona Maria Alice,
disponibilizados em apenas quatro pontos comerciais do município (Figura 29).
29
Figura 29: Produtos derivados da jabuticaba, a venda no Restaurante local. Bairro
central, Hidrolândia- GO, 2018.
Fonte: Foto Susan Valtuille
Artigos alimentícios naturais diversos, de produção artesanal dos moradores da
região comercializados em uma loja da cidade, dentre eles, doces, banha de porco,
especiarias, rapadura, melado, etc. (Figuras 30 a 32).
Figura 30: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório da
Roça, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
30
Figura 31: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório da
Roça, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
Figura 32: Artigos da produção de moradores rurais comercializados no Empório da
Roça, Hidrolândia- GO, 2018
Fonte: Foto Susan Valtuille
31
1.4.3 Formas de expressão
Segundo relatos dos moradores, a catira juntamente com os violeiros, é
presente certa nas celebrações

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