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Avaliação Postural

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UM PRODUTO CRIADO PELO
GRUPO VOLL PILATES
Introdução
Sabe-se que uma boa avaliação do seu paciente/aluno é essencial para que o tratamento apresente 
resultados a longo prazo. Sem ela, é impossível começar qualquer tipo de reabilitação ou treinamento. 
É essencial que você conheça quais as dificuldades e objetivos do seu aluno. 
Para tanto, existem inúmeras formas de se avaliar corretamente o corpo de seu aluno. Neste Guia 
Completo de Avaliação Física, Postural e Funcional, você encontrará dicas e exercícios que irão te 
auxiliar durante a avaliação de seu aluno, tudo para que você realize este pré-requisito da forma mais 
correta possível. 
São 8 tipos de avaliação descritas por 8 dos melhores profissionais do país. Dentre elas você irá 
encontrar Avaliação de Movimento Inteligente, Avaliação Postural Estática e Dinâmica, Avaliação 
Cardiorrespiratória e Avaliação utilizando Aparelhos de Pilates.
Avaliação MIT (Movimento Inteligente)
Por Keyner Luiz
Não importa se você trabalha com Pilates, funcional ou outras modalidades. Quando um aluno 
te procura, ele quer atingir algum objetivo. Talvez ele deseje emagrecer, aliviar uma dor crônica 
ou conseguir o tratamento de uma patologia. Mas se você não realizar uma boa avaliação nunca 
conseguirá oferecer isso ao aluno. 
Quem deixa de avaliar corretamente está fadado a perder alunos. Se você sofre com abandono, então 
comece a revisar seus métodos para conseguir aplicar uma boa avaliação. 
Importância de uma Boa Avaliação
Quero começar esse tópico te avisando que informação nunca é demais. Algumas vezes pensamos 
que já sabemos tudo sobre um caso porque o paciente explicou detalhadamente, mas isso não é o 
suficiente.
Por exemplo: se eu te disser que uma pessoa tem hérnia de disco, há quanto tempo a patologia foi 
diagnosticada, os sintomas e a altura da herniação, você saberia me dar um tratamento?
Se a resposta for sim, parabéns, porque eu não conseguiria isso sem realizar uma avaliação muito 
detalhada nesse paciente. Mesmo com todos os exames de imagem em mãos não conseguimos 
entender exatamente o problema que o afeta. 
Sem ver e avaliar o aluno posso admitir que não sei exatamente nada sobre ele. Mesmo que o exame 
venha com o diagnóstico do médico não conseguimos ver o problema completo. 
Nunca estamos trabalhando só com uma coluna ou com um joelho lesionado. Estamos trabalhando 
com uma pessoa com suas cadeias musculares, fáscias e desequilíbrios únicos, além de uma mente que 
controla tudo.
Importância da Avaliação para Retenção de Alunos
Sabia que uma boa avaliação também ajuda a melhorar a motivação do aluno? É claro que tudo 
depende da abordagem utilizada. Quem trata a avaliação como uma prova e mostra para o aluno no 
que ele foi mal terá problemas no futuro. O cliente já sabe que tem problemas de movimento, por isso 
está na sua aula. 
A avaliação é um momento para saber o que o aluno tem de bom, o que ele já melhorou e o que 
precisa melhorar. Quando realizamos avaliações periódicas e mostramos ao paciente sua evolução ele 
fica mais motivado. Ele percebe, por exemplo, que foi de uma nota 3 para uma nota 6 naquele período. 
Além de se alegrar com seu progresso ele percebe que ainda pode evoluir com o treinamento. 
Mesmo que o problema que o aluno está tentando resolver ainda não tenha solução, ele percebe 
que está tendo resultados. É uma forma de evitar que o paciente fique em dúvida sobre o método 
escolhido. 
Só se lembre que a forma de apresentar os resultados também altera a percepção do aluno. Dizer para 
alguém que sua mobilidade está ruim, seu equilíbrio é péssimo ou que o joelho não funciona é uma 
forma de deixar a pessoa negativa com a situação. 
Quem já estudou um pouco de PNL (Programação Neurolinguística) sabe o poder que palavras 
negativas têm. Ao invés de motivar alguém a evoluir, elas desestimulam e deixam um sentimento ruim a 
respeito do que foi falado. 
Precisamos usar os estímulos mentais adequados para conseguir resultados com um aluno. Evite usar 
negativos e sempre dê ênfase a algo que está bom ou normal. Quando precisar falar de algo negativo, 
mostre-o como um ponto que vai melhorar. 
Passos Básicos para uma Boa Avaliação
Sabendo a importância de uma boa avaliação precisamos aprender a realizá-la com eficiência. Separei 5 
passos básicos que vão te ajudar nesse processo.
1. Histórico Clínico e Entrevista
O histórico clínico de um paciente é importantíssimo. Nós sabemos que alguns pacientes trazem 
dezenas de exames de imagem para vermos o caso, mas outros não. Sempre devemos procurar 
conhecer seu histórico, mesmo que seja questionando a respeito de dores e patologias anteriores. 
Converse com seu paciente e nunca apresse a entrevista. Nosso sistema musculoesquelético possui 
“memória” e mesmo lesões antigas podem afetar suas estruturas atualmente. Portanto, entenda muito 
bem tudo que já ocorreu com esse aluno para ver de onde surgiu o quadro atual. 
Também devemos investir os hábitos de lazer e trabalho de qualquer um que nos busca para 
atendimento. O corpo de alguém que joga futebol aos finais de semana com os amigos terá 
mecanismos de lesão diferentes daqueles que afetam um trabalhador de escritório completamente 
sedentário. 
A responsabilidade de descobrir essas informações é completamente do profissional. Algumas vezes 
o aluno as omite ao falar da patologia porque não sabe que são importantes. Então lembre-se de 
perguntar na entrevista sobre todos os detalhes. 
Se precisar, insista. Algumas pessoas não lembram que já sofreram lesões no passado, especialmente se 
for muito tempo atrás. Outras não consideram pequenas dores rotineiras como um problema.
Além disso, ele pode estar tão focado na dor atual que esquece que possui dores em outras partes do 
corpo que podem estar relacionadas. 
Em alguns casos você ainda precisará trabalhar em parceria com o médico responsável pelo paciente. 
Isso se aplica a patologias que exigem tratamento multidisciplinar, como fibromialgia e problemas 
neurológicos, ou pós-operatório. 
2. Avaliação Postural
Quero começar lembrando que não existe postura perfeita. A maioria dos alunos sofrem com algum 
grau de desvio, alguns deles não atrapalham nos movimentos, outros causam sérios desequilíbrios. Por 
isso, avaliar esse fator indica muitos desequilíbrios que existem no corpo. 
Problemas posturais influenciam todo o corpo, inclusive levando à maior dificuldade na respiração e até 
nos processos cardiovasculares. Devemos começar a avaliar a postura desde antes da sessão começar. 
Quando vemos o aluno sentado esperando sua hora, por exemplo, já dá para perceber a posição da 
coluna, ombros e quadril enquanto ele está relaxado. 
Também devemos incluir exercícios específicos para avaliação postural na avaliação inicial. Combine os 
exercícios com os conhecimentos que extraiu dele durante a entrevista, e você conseguirá enxergar seu 
corpo muito melhor. 
3. Avaliação do Movimento
Assim como a postura, o movimento deve ser avaliado desde a primeira vez que você vê o aluno. Ela 
é uma das partes mais importantes no diagnóstico de uma patologia, assim como para definir seu 
tratamento. Devemos aproveitá-la para identificar:
• Musculaturas Tensionadas; 
• Musculaturas Enfraquecidas; 
• Compensações Musculares; 
• Desequilíbrios; 
• Problemas Articulares. 
Quer uma dica? Observe seu aluno em todos os movimentos e não só através de posturas estáticas. A 
avaliação estática é importante, mas está longe de ser o suficiente para entendermos a patologia ou 
lesão. 
Por isso, os exercícios são a forma mais eficiente de avaliar alguém. Sempre dê preferência a exercícios 
funcionais que te ajudam a ver o movimento da forma que é realizado nas atividades da vida diária. 
Movimentos como prancha, agachamento e afundo, por exemplo, servem tanto como avaliação quanto 
comotratamento. 
4. Avaliação de Fatores Psicológicos
Seu aluno sente dor? Então talvez existam fatores que vão além do trauma ou lesão física causando 
desconforto. Isso fica bastante evidente quando trabalhamos com casos de dores crônicas. Muitas 
vezes, a lesão que deu início à dor já foi tratada e, na teoria, curada, mas a pessoa continua sentindo 
um desconforto. 
O motivo pode estar escondido através de fatores psicológicos, como estresse, ansiedade e depressão. 
Em alguns casos precisamos trabalhar em parceria com um profissional da psicologia para conseguir 
alcançar equilíbrio entre mente e corpo. 
5. Reavaliação
Quem disse que seu trabalho acabou depois de avaliar o paciente uma vez? Nada disso! Ainda 
é preciso realizar avaliações periódicas, tanto para mostrar resultados à pessoa, quanto para 
acompanharmos sua evolução e melhorar o tratamento.
 
Gosto de trabalhar com o conceito de avaliação contínua, no qual avalio os movimentos do aluno toda 
aula, mesmo sem ele saber. É a melhor forma de manter seu tratamento eficiente e conseguir identificar 
erros cometidos na avaliação inicial. 
Concluindo...
Quer oferecer o melhor tratamento possível para seu aluno ou paciente? Então não esqueça de avaliá-
lo muito bem! Algumas vezes nos preocupamos tanto com os exercícios que esquecemos que devemos 
entender como o corpo e suas compensações funcionam. 
Nunca deixe de avaliar e nunca avalie com pressa ou sem atenção. 
Avaliação Funcional
Por Luciana Collegari 
A Avaliação Funcional do Movimento Humano tem como objetivo identificar determinadas posturas 
compensatórias, possíveis disfunções musculares e detectar vícios de movimentação que podem causar 
lesões de diversos tipos, por exemplo muscular, ligamentar, articular dentre outras. 
Um programa de exercícios inspirado na avaliação funcional deve ter embasamento em anatomia, 
cinesiologia e biomecânica, por exemplo, as quais nos permite construir mecanismos de movimentos 
corretos contribuindo para e evolução e prevenção de lesões.
É importante inspecionar e entender os aspectos fundamentais do movimento humano, apenas depois 
de analisar movimentos simples poderemos preparar o cliente para desempenhar uma ampla variedade 
de atividades mais complexas.
É necessário um ponto de partida, pois quando se trata de corpo e movimento, é inviável pensar que 
vamos treinar sem um rumo. Muitas pessoas começam a fazer atividade física sem ter conhecimento 
de suas limitações e necessidades, o que é indispensável para qualquer processo de mudança, 
principalmente no que diz respeito a melhora na dor. 
Além disso, no caso de atletas, é essencial identificar a falha de determinado movimento que faz com 
que ele não corra tão rápido ou não alcance a amplitude necessária.
Assim a anamnese e a avaliação postural são muito importantes, pois é através delas que o profissional 
terá o seu primeiro contato com o aluno, e poderá direcionar seu trabalho, ou seja, personalizar suas 
aulas de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa.
Padrão de Movimento
Padrões de movimento podem ter um grande impacto em nossos corpos. Geneticamente, o corpo 
humano foi projetado para pular, correr, nadar, andar de bicicleta e atuar em alto nível.
No entanto, descobrimos através das demandas e da vida cotidiana, que ocorrem estressores que 
produzem um impacto negativo na mecânica do nosso corpo. Como resultado desses estressores, 
ocorrem dor, desequilíbrios, assimetrias e diminuição da função.
Através da Avaliação Funcional dos movimentos, podemos identificar determinadas posturas 
compensatórias e traçar metas para obter um padrão de movimentos mais apropriado para cada 
indivíduo.
Principais Objetivos da Avaliação
• Identificar indivíduos em risco de lesão;
• Analisar áreas com limitações de movimento e disfunções causadas por desequilíbrios musculares e 
assimetria;
• Estabelecer uma linha de base do movimento funcional para a programação apropriada do exercício;
• Traçar estratégias corretivas e optar com clareza movimentos mais adequados de acordo com sua 
individualidade;
• Acompanhar progressos e resultados.
Fatores Importantes em uma Avaliação Funcional
• Estabilidade do Arco Plantar, Joelhos, Pelve, Core e Lombar;
• Mobilidade do Tornozelo, Quadril, Torácica e Glenoumeral;
• Dissociação de Quadril;
• Flexibilidade Muscular e Dinâmica;
• Equilíbrio;
• Ativação Muscular;
• Concentração;
• Postura;
• Amplitude de Movimento.
Concluindo...
O primeiro passo para se obter uma avaliação funcional com informações mais precisas é o 
conhecimento do histórico clínico do aluno. O segundo passo é aplicar um teste funcional de 
movimentos para avaliar diversas funções como por exemplo, estabilidade, mobilidade e postura. 
Por fim, com base no histórico clínico e nas informações colhidas no teste, o instrutor prescreve um 
treino de acordo com o objetivo e as necessidades específicas deste aluno.
Avaliação com Aparelhos de Pilates – Parte I
Por Edvaine Buzinari
Muitas pessoas que trabalham com o Método Pilates têm muitas dúvidas de como realizar uma 
avaliação precisa do seu aluno. 
No vasto campo da Fisioterapia e da Reabilitação, é muito comum encontrarmos diversos modelos 
de avaliação. Desde a avaliação postural estática até testes dinâmicos que analisam músculos 
ou articulações isoladas. E, ainda, alguns modelos que avaliam somente movimentos específicos 
desempenhados repetidamente. 
Mas como trazer estes resultados para montar um plano de treino efetivo? Durante a prática do Pilates 
essa é a principal questão e também a grande dificuldade para os instrutores do Método.
É claro que a Avaliação Estática e os testes específicos são muito importantes e devem ser usados 
sim como suporte, porém para avaliar a funcionalidade humana é necessário observar os padrões de 
movimento.
Por isso, fica clara a necessidade de se montar - e seguir -, um modelo de avaliação que analisa o aluno 
com os próprios exercícios de Pilates. Vamos dar uma conferida?
Importância da Avaliação
Toda a nossa mecânica estrutural só será eficaz se a musculatura, seja ela estabilizadora ou produtora de 
movimento, funcionar de forma estruturada e funcional. 
Nosso organismo é inteligente o suficiente para gerar mecanismos compensatórios - que a princípio 
só funcionam para produzir o movimento -, causando assim uma carga excessiva sobre determinada 
estrutura. 
Podem surgir encurtamento ou enfraquecimento muscular, gerando desgaste mecânico. Caso não seja 
realizado, o ajuste mecânico irá apresentar risco de lesão.
A capacidade de escutar e observar o indivíduo, determinarão uma maior ou menor precisão em 
identificar os músculos envolvidos e na compreensão das situações desencadeantes. Os fatores 
ergonômicos e posturais também devem ser revistos (fatores como hábitos diários, ambiente de 
trabalho, posição de dormir, etc.). 
O ideal é a realização de uma avaliação postural estática breve, onde é observado e anotado todas as 
alterações para identificar qualquer assimetria estática, que servirá apenas de parâmetro para o que 
será identificado mais tarde na avaliação dinâmica com os aparelhos de Pilates.
Avaliação de Pilates com Aparelhos
É a avaliação da função motora e de todas as compensações dinâmicas por meio de exercícios básicos 
nos aparelhos de Pilates. O uso da resistência das molas pode facilitar ou dificultar os movimentos, 
instrumentos ideais para uma boa avaliação. 
Assim, é possível avaliar todos os alunos globalmente, mensurando força muscular, amplitude de 
movimento, estabilidade, presença de assimetrias, e principalmente o nível funcional do aluno.
Joseph Pilates criou uma combinação realmente eficaz de fortalecimento e alongamento que funciona 
praticamente para todos. Seguindo as instruções do método e o conhecimento dosaspectos 
biomecânicos fundamentais do corpo, os exercícios de Pilates servem para avaliar e também para 
melhorar o nível de condicionamento de qualquer pessoa.
Joseph Pilates, em seu primeiro livro Sua Saúde (1934), já se preocupava com as alterações posturais, 
assim como sua relação com o desempenho funcional do indivíduo.
A distorção postural durante os movimentos é uma adaptação ou mudança no modo como o corpo se 
equilibra. Isso é acompanhado por padrões característicos de tensão e fraqueza muscular disfuncional.
A falta de flexibilidade é outra importante consideração na questão do desenvolvimento de disfunções.
O objetivo é identificar a falha mais importante na cadeia cinética. Posturas desequilibradas têm 
reações compensadoras, sendo comum desequilíbrios, tanto da esquerda para a direita quanto de 
anterior para posterior. 
Integre mentalmente a queixa e a história do paciente com a mecânica do equilíbrio do corpo durante 
o movimento. O Método Pilates revela por meio do movimento, as fraquezas do aluno: utilize seus 
sentidos e sinta o que ele precisa, deixei-o se movimentar.
Por isso, a escolha dos exercícios de Pilates para avaliação é a opção mais óbvia, pois o seu trabalho 
de reabilitação ou treinamento será realizado através dos exercícios do Método, e o correto é avaliar o 
aluno com os próprios movimentos do Pilates.
Os Aparelhos de Pilates
Muito mais do que apenas criar, Joseph Pilates revolucionou a vida de muitos de seus alunos durante a 
formação do Método. Ele tinha como missão transformar corpos, deixá-los mais equilibrados e menos 
doentes.
Além disso, planejou equipamentos para certificar-se que as pessoas poderiam trabalhar o seu corpo e, 
ao mesmo tempo, melhorar a postura. 
Os aparelhos de Pilates podem ser ajustados de acordo com o tamanho do aluno ou com a dificuldade 
do exercício. O uso de molas pode ser utilizado para facilitar ou dificultar os movimentos.
Reformer
O Reformer foi um dos primeiros aparelhos desenvolvido por Joseph Pilates e pode-se dizer que é o 
equipamento mais famoso atualmente nos Studios. 
Originalmente, era chamado Universal Reformer. “Reformer” porque reformava todo o corpo e 
“Universal” pois poderiam ser feitos todos os movimentos possíveis de se imaginar em todos os planos 
de movimento.
Basicamente tem uma estrutura parecida com uma cama, com uma plataforma deslizante sobreposta à 
cama, chamada de carro. O carro possui movimentos lineares e fica preso a um conjunto de molas.
Segundo Joseph Pilates, treinar com uma resistência externa (molas) incentiva uma adaptação mais 
rápida do sistema neuromuscular. Além da resistência axial e da contração excêntrica promovida pelas 
molas ajudar na manutenção de ossos fortes e saudáveis.
Quando se fala em trabalhar a força no Reformer, o foco principal é o Power House ou Core. A 
instabilidade gerada pela movimentação do carrinho promove desafios que ajudam no desenvolvimento 
da força muscular e um melhor equilíbrio. Isto afeta diretamente a musculatura do Power House que 
deve estabilizar o movimento.
Cadillac
A palavra Cadillac evoca luxo, inovação, conversível e com muitos extras que todo grande carro 
pode oferecer. E por Joseph Pilates ser apaixonado pelo carro, chamou um de seus equipamentos de 
Cadillac.
É o maior e mais completo equipamento que ele criou. Conta com vários acessórios para braços e 
pernas, molas e barras de suspensão, que tornam este equipamento muito versátil. O que possibilita 
exercícios do nível básico ao avançado.
Foi criado com o objetivo de ajudar pacientes acamados e possibilitar que pudessem realizar um 
treino apenas deitado ou sentado. Até hoje o Cadillac é frequentemente usado para as pessoas com 
mobilidade reduzida, que não conseguem fazer os exercícios de chão.
O Cadillac combina os benefícios de um treino realizado no solo (MAT Work) com a tensão das molas. 
Trabalha o fortalecimento dos músculos do Power House ou Core, além da musculatura profunda da 
coluna. 
Responsáveis pela manutenção de uma boa postura, assim como flexibilidade, mobilidade da coluna, 
tonificação muscular dos membros superiores e inferiores, e coordenação motora.
Chair
O equipamento foi desenvolvido como uma espécie de poltrona (daí o nome de Chair) que se 
transformava em um equipamento de Pilates quando deitada, e em um assento quando removido. 
Joseph se preocupava com a correta forma de se sentar e, por isso, teria começado a pensar em um 
mobiliário que fosse “amigo” de uma coluna saudável.
Ela oferece um trabalho de estabilização das cinturas escapular e pélvica, proporcionando 
fortalecimento dos músculos que as compõem. Promove também exercícios de alongamento, 
mobilidade de coluna e melhora de desvios posturais.
Devido à Chair oferecer um menor apoio, maior amplitude de movimento, isto exige maior força e 
equilíbrio por parte do praticante.
Ao invés de usar o peso do próprio corpo e da gravidade, na Chair lutamos contra uma resistência 
oferecida por molas, o que beneficia a fluidez de movimentos quando tiramos essa carga adicional.
Ladder Barrel
O Ladder Barrel traduzido ao pé da letra como “Barril Escada”, é uma das engenhosas invenções de 
Joseph Pilates. Joe, como um genuíno alemão, adorava cerveja, por isso o Ladder Barrel foi criado a 
partir da observação de um antigo barril de cerveja.
Esse aparelho de Pilates possui uma superfície curva na forma de barril e uma estrutura que se 
assemelha a degraus de uma escada. É o único aparelho do Método Pilates que não utiliza resistência 
de molas.
Um equipamento que permite a inclinação do corpo para frente e para trás, excelente para movimentos 
de extensão e flexão de coluna e para o fortalecimento da musculatura do abdômen, pernas, glúteos e 
coxas.
Exercícios do Método Pilates para uma Boa Avaliação
Os exercícios descritos a seguir são exemplos de testes dinâmicos usados na Avaliação de Pilates com 
Aparelhos. São movimentos voltados para indivíduos saudáveis, com qualquer nível de atividade física, 
sem presença de dor limitante. Mas em casos de impossibilidade de realização, alguns aspectos podem 
ser adaptados.
Um bom comando é essencial durante a avaliação: é necessário dar orientações gerais do método ao 
aluno, como conscientização da respiração, do Power House, coluna e pelve precisam estar neutras, 
estabilização escapular e pélvica e crescimento axial. 
Porém a liberdade de ação do corpo é o mais importante: deixe-o se movimentar! É fundamental deixar 
o aluno errar, pois é aí que as disfunções aparecem, assim o aluno também desenvolve a percepção do 
erro.
Importante anotar a resistência da mola utilizada durante o exercício, para posteriormente poder fazer 
um comparativo de evolução. Observe e estude o corpo do seu aluno/paciente, pontue seus pontos 
bons e ruins, elimine os ruins e melhore os bons.
1. Rolling Back no Cadillac
Neste teste é possível observar a estabilização e mobilidade da coluna, se há regiões hipomóveis, a 
força e resistência abdominal, se o aluno realiza o movimento completo, presença ou não de desvios da 
coluna, compensações lombo-pélvicas, de MMII, da cintura escapular e cervical, além de perceber se há 
encurtamento da cadeia posterior, quando o aluno não consegue sentar sobre os ísquios.
2. Footwork no Reformer
Neste teste pode ser realizada toda a série de Footwork (Toes, Heels, V Position, Tendon Strech e Single 
Leg), sendo cada variação responsável por avaliar determinado ponto do comportamento motor dos 
MMII (membros inferiores).
De modo geral avalia: estabilidade de joelhos, mobilidade de quadril e tornozelos, força e resistência 
de MMII, ADM, desvios e compensações de pelve, joelhos e tornozelos, além de assimetrias entre os 
lados e consciência corporal.
3. Mermaid 
Esse teste pode ser realizado tanto no Reformer, no Cadillac ou na Chair. Usado para avaliara ADM 
(amplitude de movimento) lateral do tronco, se a curva é contínua, se há assimetria entre os lados, 
possíveis compensações e desvios de cervical, ombros e quadril.
Concluindo...
Os resultados da avaliação servirão para selecionar e determinar quais exercícios formarão o programa 
de treino de cada aluno individualmente, a fim de evitar a prescrição de exercícios que possam acentuar 
seus desequilíbrios.
O sucesso de um programa de reabilitação ou treinamento depende unicamente de o profissional 
conseguir identificar o movimento disfuncional de forma efetiva.
 
E com todas as observações da avaliação em mãos, é preciso organizar todos os dados para traçar um 
plano de treino ou aula que beneficie todo o corpo, reestabelecendo o equilíbrio entre mobilidade e 
estabilidade, reprogramando o Sistema Nervoso Central, e equilibrando esse corpo funcionalmente. 
Tudo isso para depois evoluir do exercício básico para o avançado, sem sobrecarga sobre as disfunções. 
Após 3 meses ou 20 aulas, é recomendado fazer uma reavaliação para quantificar o sucesso do plano de 
treino que foi realizado. Pontuar se o aluno apresenta evolução ou melhora da qualidade de movimento 
ou se ainda mantém padrões de movimento desequilibrados. Então deve ser reformulado um novo 
programa de treino.
Referências Bibliográficas
BRICOT, B. Posturologia. São Paulo: Editora Ícone. 1999.
BRYAN M., HAWSON S., 2003. The Benefits of Pilates Exercise in Orthopaedic Rehabilitation. 
Techniques in Orthopaedics 18: 126-129
GOULART, Irma Pujól; TEIXEIRA, Lilian Pinto; LARA, Simone. Análise postural da coluna cervical e 
cintura escapular de crianças praticantes e não praticantes do método pilates. Fisioter. Pesqui., São 
Paulo , v. 23, n. 1, p. 38-44, Mar. 2016 . 
HODGES, P.W., RICHARDSON, C. A. Inefficient muscular stabilization of the lumbar spine associated 
with low back pain: A motor control evaluation of transverses abdominals. Spine. 1996; 21: 2640-2650
KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. São Paulo: Editora Manole, 1995
MCGILL, S. Low back disorders: evidence-based prevention and rehabilitation. Canadá: Human Kinetics, 
2002.
Mochizuki, L., & Amadio, A. C. (2003). As funções do controle postural durante a postura ereta. 
Fisioterapia E Pesquisa, 10(1), 7-15. https://doi.org/10.1590/fpusp.v10i1.77416
NEUMANN, D. A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para a reabilitação física. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2006.
PILATES, J. H. A obra completa de Joseph Pilates: Sua Saúde e O retorno à vida pela Contrologia. São 
Paulo: Editora Phorte, 2010.
ROSSET, L. J. New tools for the assessment of the embouchure’s biomechanics. Internacional Trumpet 
Guild J, p.51-53, v.81,2005. 
SEGAL N.A., HEIN J., BASFORD J.R. The effects of pilates training on flexibility and body composition: 
An observational study (2004) Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 85 (12) , pp. 1977-
1981. 
Avaliação com Aparelhos de Pilates - Parte II
Por Paula Roberto
É muito comum recebermos em nosso Studio uma diversidade de pessoas que apresentam algum tipo 
de patologia. Assim, se não realizarmos uma boa avaliação, não teremos êxito em nossos tratamentos. 
Ninguém vive estático a todo momento: nós realizamos movimentos em todas as nossas atividades de 
vida diária. E, na avaliação, não poderia ser diferente.
Em nossa formação acadêmica, aprendemos a avaliar nossos pacientes de forma estática, porém muitos 
se corrigiam quando estavam sendo observados. Dessa forma, a avaliação não era fiel ao estado da 
patologia.
A primeira coisa que as pessoas fazem quando são observadas em posição estática é corrigir a postura, 
escondendo, às vezes, uma compensação importante. O avaliador, por vezes, não consegue entender 
com eficácia o motivo real pelo qual aquela pessoa está ali. 
Já em uma avaliação dinâmica - e no caso do Método Pilates realizando os exercícios nos aparelhos -, 
o avaliador observará a execução de cada movimento do seu paciente/aluno. Assim, fica mais difícil 
esconder as compensações nos movimentos, as fraquezas, a mobilidade e também flexibilidade.
Se o avaliador pode lançar mão desse recurso, porque não o usar para ter uma avaliação mais rica e um 
tratamento muito mais eficaz?
Como Realizar uma Ótima Pré-Avaliação
O instrutor deve atentar-se às queixas principais dos pacientes/alunos, relacionar essas queixas com as 
patologias que já existem e traçar a partir daí sua aula, tratando o corpo como um todo. 
Uma boa avaliação é sinal de sucesso e existe uma grande falha por muitos instrutores quanto a isso. 
Nunca devemos nos prender a apenas um sintoma, devemos sempre estar atualizados nas patologias, 
anatomia e biomecânica. 
Existe uma série de estudos científicos publicados constantemente, e estar atento às mudanças também 
é fundamental.
A primeira aula do paciente/aluno deve ser pensada de acordo com a sua principal queixa. Por 
exemplo, se ele relatar dor ou desconforto na região lombar escolho, dentre todos os exercícios do 
repertório de Pilates, os que trabalham a região lombar e musculatura estabilizadora - tanto força, 
quanto flexibilidade e mobilidade.
Exercícios de Avaliação com Pilates
• Spine Streches no Cadilac
Um bom exercício é o Spine Streches sentado no Cadilac: além de ser de fácil execução para uma aula 
avaliativa, conseguimos ver no movimento vários segmentos do corpo trabalhando. Sobre o movimento 
Spine Streches, vou analisá-lo em detalhes.
1. Postura do Paciente: quando meu paciente é cobrado a ficar sentado sobre os ísquios, ele não tem 
apoio de coluna torácica e a tendência quando há fraqueza é “desmontar” a postura fisiológica da 
coluna torácica, inclinando-a para frente e ficando em posição cifótica. Ou porque às vezes já tenha uma 
postura cifótica instalada.
2. Execução do Movimento: ao executar o movimento, conseguimos observar a mobilidade da coluna 
torácica e cintura escapular (é muito comum movimento em bloco dessa região).
3. Observar o Movimento da Coluna Lombar na Volta para a Posição Inicial: o paciente tem que 
manter a lombar encaixada fisiologicamente sem aumentar a lordose.
4. Alongamento de Isquiotibiais: como o exercício recruta essa musculatura, conseguimos enxergar se 
ele tem bom alongamento sem perder o alinhamento na posição.
É comum em pacientes com dor lombar relatar desconforto em flexão ou extensão do tronco (devemos 
evitar os movimentos se já estiver o diagnóstico da patologia com contraindicação absoluta).
Front Splits no Reformer
O segundo exemplo de exercício é o Front Splits no Reformer, nele conseguimos avaliar a Síndrome da 
Cadeia Cruzada - ainda falando de lombar.
1. Posição do Aluno/Paciente: hiperlordose (possível causa de dor lombar) tem abdômen protuso, 
encurtamento de quadríceps, assim como no psoas e no quadrado lombar (nesses casos pode haver 
fraqueza desses músculos) e fraqueza de alongamento nos glúteos e abdominais. Ou seja, tudo está 
desalinhado e desequilibrado. Existe uma grande dificuldade desse paciente/aluno manter-se alinhado 
até mesmo na posição inicial do exercício, sem gerar compensações de postura.
2. Execução do Movimento: como vou trabalhar tanto na fraqueza de alongamento quanto de 
encurtamento, devo atentar-me à lordose do meu paciente/aluno. Quanto mais ele empurrar o carrinho 
do Reformer para trás, mais ela irá aumentar a lordose. Devo observar também a rotação de quadril 
(outra compensação significativa e comum nesse exercício), uma vez que a tendência é rodar para 
descer. Uma forma de averiguar o movimento - para quem não consegue ver a rotação -, se for mínima, 
é segurar com as 2 mãos o quadril do paciente e verificar se ele exerce força contra elas. A amplitude 
de movimento também irá sofrer alteração, quanto menos ele compensar, menos ele empurrará o 
Reformer.
RollUp
O terceiro exemplo é o Roll Up. Esse movimento de solo recruta muito os músculos do abdômen e, 
para quem tem hiperlordose, requer maior consciência corporal. Isso porque é necessário deixar a 
coluna lombar apoiada no MAT, além de que o abdômen estará enfraquecido e provavelmente o aluno 
não conseguirá executar o movimento sem usar impulso para alcançar os pés.
Também conseguimos observar a mobilidade da coluna torácica e cintura escapular mobilizando em 
“C” e com alongamento dos isquiotibiais. Podemos ou não pedir para nosso aluno/paciente chegar à 
fadiga muscular para traçarmos a quantidade de repetições a serem executadas na aula não avaliativa.
Conclusão
Quando se trata de patologia, todo cuidado deve ser tomado - indiferente de qual seja -, mesmo na 
aula de avaliação. 
Se nesse primeiro momento meu paciente/aluno sentir dor patológica por realizar movimento indevido, 
provavelmente ele não voltará ao Studio porque irá associar a aula com a dor e não com a cura. Existem 
alguns exercícios chave para teste de força, mobilidade e flexibilidade e podemos usá-los - quase 
sempre sem contraindicações.
Muito se ouve falar sobre o Método Pilates e seus benefícios! Nós como instrutores devemos nos 
atentar às necessidades dos nossos pacientes/alunos. Devemos ser coerentes nas montagens das aulas 
assim como na avaliação, que é o sucesso do tratamento. 
Quando recebemos um paciente/aluno em nosso Studio devemos lançar mão de tudo aquilo 
que sabemos, assim é possível trazer bem-estar aliviando dores e desconfortos gerados pelas 
compensações e patologias.
Avaliação com Exercícios de MAT Pilates
Por Paula Finatto
Avaliar é o primeiro passo dentro do planejamento de um atendimento, seja para reabilitação ou 
treinamento. Avaliar as condições inicias do seu aluno pode ser o diferencial entre um trabalho bem-
sucedido com resultados consistentes e meses de esforço sem progresso. 
Atualmente encontramos inúmeros protocolos de avaliação - muitos deles bastante consistentes -, 
que nos oferecem os mais diferentes scores para componentes da aptidão física. Ou seja, se você está 
planejando um treinamento de força é possível avaliar exatamente qual a carga correspondente aos 
percentuais de uma repetição máxima e, então, prescrever seu treinamento. 
Ter como base bons parâmetros garante que você não subestime seu cliente, levando-o para 
treinamentos sem resultados significativos, ou então que você superestime, ocasionando práticas com 
alto risco de lesão. 
Entendido isso fica a dúvida: como avaliar as habilidades do meu aluno de Pilates? Continue comigo e 
você vai entender tudo sobre a importância de uma avalição específica para os seus alunos de Pilates e 
como isso pode mudar para melhor a qualidade e segurança do seu trabalho com os alunos.
Como Funciona uma Avaliação Específica e qual a Importância?
Um dos mais importantes princípios do treinamento físico é a especificidade. Se quero desenvolver as 
capacidades físicas de um corredor, treinamentos que envolvam o gesto da corrida são essenciais e as 
transferências dos ganhos de treinamentos específicos são sempre mais efetivas. 
Além disso, em outro exemplo, se eu procuro avaliar a velocidade de um nadador não adianta analisar o 
tempo de uma prova de 2 mil metros, que reflete muito mais a capacidade de resistência aeróbica.
Dito isso, a especificidade da avaliação física também é essencial. Para tanto é necessário utilizarmos o 
Método Pilates como ferramenta de avaliação do próprio método.
Normalmente na nossa prática nos Studios de Pilates temos como costume realizar avaliações posturais, 
funcionais e antropométricas em busca das abordagens principais que teremos em relação aos objetivos 
dos nossos alunos. 
Parâmetros de uma Boa Avaliação
Você já parou para pensar que essas avaliações deveriam ser, na realidade, uma prática em qualquer 
modalidade? Elas não são específicas para o método e não levam em consideração qual modalidade 
iremos utilizar a seguir - elas não embasam o planejamento de forma específica! 
E quais parâmetros você usa como base para escolher qual o nível de dificuldade dos exercícios que 
você vai prescrever para seu aluno? Começar pelo mais fácil e ir progredindo parece a resposta lógica, 
certo? Até pode ser a abordagem mais segura, mas certamente não é a mais eficiente.
Essa parece a melhor opção, mas você já parou pensar que seu aluno pode ser subestimado e que você 
vai perder tempo utilizando exercícios que não irão gerar adaptação? 
Ou pior, escolhendo exercícios abaixo da necessidade do seu aluno pode até mesmo levá-lo ao 
destreino. Outro ponto, os exercícios do Método Pilates são, na sua maioria, globais. 
Considerando isso, e se o seu aluno tem flexibilidade para realizar um exercício avançado, mas não 
possui estabilidade lombo-pélvica para sustentar aquela posição? Você estaria aceitando colocá-lo em 
uma posição que pode representar risco de lesão? Quando é a hora certa de progredir nos exercícios?
Protocolos de Avaliação
Para responder essas e outras perguntas criei, com base na literatura científica disponível, um protocolo 
de avaliação que utiliza exercícios do próprio Método Pilates para dar essas respostas e indicar em qual 
nível de habilidade seu aluno se encontra. 
Levando em consideração diferentes aspectos como força de membros superiores, força de membros 
inferiores, mobilidade, flexibilidade da coluna, flexibilidade de extensores do quadril, força e 
funcionalidade abdominal, força de extensores da coluna e estabilidade lombo-pélvica. 
Cada componente da avaliação exige a análise de mais de um exercício gerando scores que poderão 
ser acompanhados para garantir a evolução do seu aluno e o ganho de resultados consistem em menos 
tempo do que um treinamento sem a utilização de avaliação. 
Estamos falando de eficiência, melhores resultados em menos tempo o que levará à maior fidelização 
dos seus clientes e a entrega do resultado final prometido agregando muito mais valor ao seu trabalho. 
A comparação da evolução do seu aluno através de uma boa avaliação é primordial quando falamos em 
retenção de clientes e potencial de indicação.
Além de ver o retorno do seu trabalho de uma forma gratificante, você apresenta os resultados de 
tal maneira gerando vínculos e confiança. Só existe benefícios em incorporar um bom protocolo de 
avaliação na sua metodologia de atendimento.
O que se deve Observar durante a Avalição?
A avaliação específica no Método Pilates baseia-se na observação das habilidades do avaliado ao 
realizar uma série de exercícios de MAT Pilates. Para cada exercício estaremos observando aspectos 
específicos que representam uma ou mais das categorias avaliadas. 
Cada exercício possui um número máximo de pontos possíveis e, ao final da avaliação, poderemos 
calcular se seu aluno é classificado como nível básico, intermediário ou avançado. Isso de forma geral e 
de maneira específica, entre as categorias citadas anteriormente.
As categorias são compostas pelos scores de um conjunto específico de exercícios e traz um olhar 
importante. Nossos alunos podem ter diferentes níveis entre as habilidades: muitas vezes um aluno com 
força pode não ser flexível e classificá-lo somente de forma global pode acarretar em erros na hora de 
prescrever.
Esses resultados vão ajudar a planejar e escolher o nível de dificuldade apropriado dos exercícios, 
garantindo um trabalho individualizado e prescrito de forma adequada. Além disso - tendo essa 
ferramenta em mãos -, será possível planejar os aumentos de dificuldade de forma periódica, períodos 
de regeneração e reavaliar para realizar os ajustes e apresentar os resultados.
Entre os aspectos observados estão:
• Capacidade de Mobilização da Coluna;
• Capacidade de Controlar o Movimento em Fases Excêntricas;
• Capacidade de Manter a Organização da CinturaEscapular;
• Capacidade de Manter a Sinergia na Contração dos Flexores e Estabilizadores da Coluna.
Concluindo...
Avaliar é o primeiro passo de um trabalho responsável, de qualidade e eficiente. Entregar os resultados 
prometidos no menor tempo possível é o que representa um bom profissional que sabe exatamente 
o que está fazendo. Existem muitas prescrições realizadas sem planejamento, resultados que vem de 
forma lenta e muitas vezes por acaso.
 Para ter base em um trabalho de sucesso que irá conquistar seus clientes de forma gratificante, tanto 
para você avaliar, quanto reavaliar seus alunos de forma específica é essencial. A palavra chave que uma 
boa avaliação pode lhe trazer é eficiência. 
Avaliação Postural Dinâmica - Parte I
Por Camila Luquini
Antes de iniciarmos o tema proposto, precisamos abordar e entender alguns assuntos para 
compreender qual a finalidade de realizar uma boa Avaliação Postural Dinâmica, a fim de que nosso 
plano de tratamento seja o mais efetivo possível.
O Pilates é um método que trabalha o corpo em sua totalidade, ou seja, trabalha todo o corpo através 
de exercícios específicos para fortalecimento, alongamento e mobilidade – podendo, inclusive, auxiliar 
na correção postural.
As alterações posturais estão cada vez mais relacionadas aos maus hábitos do cotidiano:
• Má Postura Adotada no Ambiente de Trabalho;
• Fatores Patológicos;
• Problemas de Ordem Psíquica;
• Equilíbrio Muscular Alterado;
• Deficiência Proteica na Alimentação;
• Esforços Excessivos; 
• Sedentarismo. 
Por isso precisamos realizar uma boa avaliação afim de identificar onde estão as origens dos 
desequilíbrios de cada indivíduo. Evitando que os exercícios propostos não possam vir acentuar esses 
desequilíbrios.
Continue lendo para entender!
Conceito de Postura
A postura é composta das posições de todas as articulações do corpo, consiste no alinhamento 
do corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, o que minimiza os estresses e as 
sobrecargas sofridas pelos efeitos da gravidade. 
Consiste em um perfeito equilíbrio entre músculos e ossos com a capacidade de proteger as demais 
estruturas do corpo para obter a sustentação corporal. 
Na postura padrão, a coluna encontra-se com as curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores 
em alinhamento ideal para sustentação de peso. A pelve neutra conduz ao bom alinhamento do 
abdômen e do tronco. 
O tórax e a coluna superior devem estar em uma posição que favoreça o funcionamento ideal para os 
órgãos respiratórios. A cabeça fica ereta em uma posição bem equilibrada, que minimiza a sobrecarga 
sobre a musculatura cervical. 
Podemos relatar a divisão da postura corporal em estática - sob o ponto de vista do corpo do indivíduo 
- e dinâmica - sob a ótica da mobilidade e deslocamento dos movimentos do corpo -, caracterizando 
como o equilíbrio do organismo na posição parada e o equilíbrio do corpo durante movimentos de 
deslocamento. 
Controle Postural: Sistemas Sensoriais e Relação com os Músculos
O controle postural requer a integração dos sistemas sensoriais provenientes dos sistemas visuais, 
vestibulares, auditivos e somatossensoriais que auxiliam o Sistema Nervoso Central na realização de 
ajustes posturais garantindo a posição corporal desejada.
Assim a função principal da postura é ajudar a realizar todas as atividades de vida diária, com menor 
gasto energético. Dessa forma, a postura e o movimento estão intimamente relacionados. 
Através do sistema visual, proprioceptivo e sistema vestibular, podemos manter a postura de forma 
correta, pois esses sistemas são responsáveis pela organização do corpo como um todo. 
A ação dos músculos que constituem as cadeias musculares é responsável pela sustentação do 
alinhamento postural. A postura e o equilíbrio da estrutura corporal estão localizados nas seguintes 
bases:
1. Inferior, que são os pés e pernas;
2. Superior, que é a pelve.
Mas os receptores proprioceptivos que interferem prioritariamente no ajuste postural estático e 
dinâmico são os pés e os olhos.
Os pés têm grande importância na postura, porque eles são a base de apoio e tem grande importância 
na sustentação da postura, pois nele temos receptores proprioceptivos que informam sobre a posição 
do pé e todas as modificações do ambiente. 
Através dessas informações que o corpo inteiro se adapta para que possamos ter um equilíbrio estático 
e dinâmico perfeito, não podemos nos esquecer dos olhos, pois através deles e seus receptores todo o 
organismo se ajusta para realizar qualquer atividade.
Fatores que influenciam nas Alterações Posturais
Atualmente, problemas posturais são considerados uma situação crítica na saúde pública, pois atingem 
a população economicamente ativa e estes fatores as deixam incapacitadas temporariamente ou 
definitivamente para a realização das atividades profissionais e da vida diária. 
A coluna vertebral é submetida a uma série de forças, desempenhando, assim, duas funções 
importantes para o comportamento motor do ser humano. São elas, o eixo de movimentação e o de 
sustentação do corpo. 
As alterações posturais são desvios que podem afetar qualquer estrutura óssea do corpo, mas 
frequentemente atingem a coluna. As principais alterações posturais são: 
• Escoliose;
• Hipercifose;
• Hiperlordose;
• Retificação da Coluna Vertebral. 
Vamos aprender mais sobre cada uma?
Hipercifose
A Cifose é uma curvatura normal da coluna vertebral, localizada na região torácica, estando presente 
em todas as pessoas. A Hipercifose é uma alteração estrutural que ocorre no plano sagital na coluna 
torácica.
Sua etiologia pode ser por má formação ou defeitos dos corpos vertebrais, por doenças sistêmicas 
ou adquiridas. Tendo como consequências posturais os ombros projetados para frente e o dorso 
arredondado.
Hiperlordose 
Denominada como uma curvatura excessiva da parte inferior da coluna, pode estar muitas vezes 
associada à escoliose ou cifose.
Retificação
A retificação é a ausência ou diminuição das curvaturas fisiológicas. Pode acontecer em qualquer divisão 
da coluna.
A Importância da Avaliação Postural no Método Pilates
Um dos fatores de grande importância no crescimento do Método Pilates é a qualidade do movimento 
na execução dos exercícios, que nos proporciona posturas estáticas e dinâmicas, realizadas com 
conforto e segurança. Permitindo, assim, ao praticante uma boa execução e aumento da sua 
consciência corporal.
A boa avaliação é um processo pelo qual podemos revelar e comparar critérios e resultados. Ela 
determina a importância e o valor da informação coletada, podendo ser realizada de forma estática 
e dinâmica - e a realização das duas avaliações juntas é de extrema importância -, pois a avaliação 
dinâmica acaba confirmando as observações e déficit observados na estática.
 
Uma dica importante para avaliação postural é estarmos atentos para todos os movimentos do 
indivíduo a ser avaliado desde o nosso primeiro contato, realizando, primeiramente, uma inspeção 
visual, observando-o a partir de sua entrada no Studio de Pilates, sua forma de andar e sentar. 
Porque no instante em que começamos oficialmente a nossa avaliação, solicitando que o paciente fique 
na posição ortostática para começarmos nossa análise, automaticamente o indivíduo se tencionará. A 
tensão acontece porque o mesmo está em análise, e essa tensão pode ocorrer de forma involuntária.
É normal que o indivíduo automaticamente tente se corrigir, podendo assim comprometer nossa 
avaliação postural de forma importante. Devido a este tensionamento involuntário, podemos concluir 
que, a avaliação postural estática feita isoladamente, não será totalmente fidedigna ao resultado.
Como unir a Avaliação Postural e o Método Pilates?
Com a junção da avaliação postural e do Método Pilates, teremosinúmeros benefícios observando 
como está a questão postural do aluno na realização dos exercícios tornando, assim, a prática mais 
efetiva. Além de facilitar o controle postural e das sobrecargas musculoesqueléticas atribuídas no 
aparelho locomotor.
A Anamnese tem por finalidade estabelecer o contato inicial com o indivíduo. Esse primeiro contato é o 
principal instrumento para que possamos chegar a um diagnóstico com eficiência. A entrevista, a partir 
de uma boa ficha de avaliação, é importante para colhermos informações pertinentes sobre o histórico 
clínico, familiar, genético e patológico do indivíduo. 
A organização dos dados para traçar o plano de aula é de extrema importância. Após colhermos 
todas as informações, identificarmos o tipo de lesão e onde está acontecendo o desajuste muscular e 
postural, aí entramos com os objetivos a curto, médio e longo prazo - não se esquecendo de considerar 
os objetivos do indivíduo associado aos seus objetivos após observação na Anamnese. 
Avaliação Dinâmica com Repertório de Exercícios
Exercícios que podem guiar seu contato inicial com seu aluno ou paciente, a fim de observar 
dinamicamente todos os desequilíbrios, para que seja traçado o melhor plano de tratamento.
Standing Roll Down
Objetivos
Fortalecer a musculatura abdominal, mobilizar a coluna vertebral (ênfase na flexão), estimular a 
consciência corporal e treinar o controle do Power House.
Instruções
Sentado, com os joelhos semi-flexionados e os pés apoiados nas hastes laterais, segure a barra de 
madeira. Faça a flexão do tronco e desça desenrolando totalmente a coluna. Retorne à posição inicial, 
enrolando a coluna, começando pela cervical e ao final do movimento promova o alongamento axial.
Swan
Objetivos
Alongar os músculos da cadeia do tronco, mobilizar a coluna vertebral em extensão e fortalecer os 
músculos deltoide anterior, tríceps braquial, ancôneo e peitoral maior.
Instruções
Em decúbito ventral, apoie as mãos sobre o MAT paralelamente aos ombros. Estenda os cotovelos e o 
tronco, mantendo a cabeça alinhada com a coluna. Retorne à posição inicial.
The Hundred
Objetivos
Fortalecer os músculos reto abdominal, oblíquo interno e externo, transverso abdominal e quadríceps 
femoral. Estimular a circulação sanguínea através dos bombeamentos.
Instruções
Concomitantemente estenda os joelhos, eleve ligeiramente o tronco até o nível das escápulas e estenda 
os ombros.
Spine Stretch
Objetivos
Mobilizar a coluna vertebral e alongar a cadeira posterior.
Instruções
Sentado, em alongamento axial, deixe as pernas estendidas sobre o MAT e os ombros flexionados a 
90°. Flexione o tronco, queixo em direção ao peito, enrolando a coluna até o máximo que conseguir. 
Retorne à posição inicial.
Roll Up
Objetivos
Fortalecer os músculos reto abdominal, oblíquo interno e externo, transverso abdominal e quadríceps 
femoral.
Instruções
Em decúbito dorsal braços estendidos acima da cabeça membros inferiores estendidos e alinhados. 
Enrole a coluna lentamente, levando o queixo em direção ao peito e os braços para frente até o mais 
distante possível. Desenrole a coluna lentamente até chegar ao MAT. 
Leg Pull
Objetivos
Fortalecer os músculos tríceps braquial, ancôneo, deltoide médio e posterior, quadríceps, glúteo médio 
e mínimo, íliopsoas, sartório, pectíneo e tensor da fáscia lata.
Instruções
Em posição supinada, deixe as mãos apoiadas no MAT e as pernas unidas. Flexione um dos MMII. 
Retorne à posição inicial e alterne o MI.
Concluindo...
A Avaliação Postural é um fator de extrema importância para descobrirmos onde estão as 
compensações. E é a partir do Método Pilates que a correção postural e o desenvolvimento do 
alinhamento postural correto contribuem para o alcance dos melhores resultados através da prescrição 
de exercícios direcionados e corretos.
Referências Bibliográficas
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Percepção. São Paulo, v. 6, n. 9, jul/dez, 2006.
Cabri, J. & Silva, L. (2006). Perturbações na região lombar da coluna: estudo comparativo em sujeitos 
idosos e sedentários. In Barreiros, J., Espanha, M., Correia, P. (Eds). Actividade física e envelhecimento 
(pp. 225-231), Lisboa, Edições FMH
Ferreira, E.A. (2005). Postura e controlo postural: desenvolvimento e aplicação de método qualitativo 
de avaliação postural. Dissertação não publicada Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo.
JUHAN, D. in Apresentação in MYERS, T.; Trilhos Anatômicos: meridianos miofasciais para terapeutas 
manuais e do movimento, 1 ed, Barueri, São Paulo, 2003.
Kendall FP; McCreary EK; Provance PG. Postura: alinhamento e equilíbrio muscular. In: Kendall FP; 
McCreary EK; Provance PG. Músculos Provas e Funções. 4ªedição, São Paulo: Manole,1995, p.69-118. 
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Magee D J. Avaliação Postural In: Magee DJ. Disfunção Musculoesquelética. 3ª edição, São Paulo: 
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Myers, Thomas W. Trilhos Anatômicos Miofasciais: meridianos miofasciais para terapeutas manuais e do 
movimento. SP, Summus, 2003.
VIEIRA, A. O método de cadeias musculares e articulares de G.D.S.: uma abordagem somática. Revista 
Movimento - Ano IV - Nº 8 – 2008.
Avaliação Postural Dinâmica - Parte II
Por Edvaine Buzinari
As primeiras pesquisas sobre postura datam do início do século XIX, mas, apesar de ser motivo de 
estudo há tanto tempo, continua sendo um dos termos mais complexos de se definir. 
O termo postura é usado para descrever o alinhamento do corpo e sua orientação no espaço. É um ato 
motor, realizado de forma inconsciente, resultante da relação dinâmica entre os segmentos corporais 
que se adaptam em resposta aos estímulos proprioceptivos.
Não existe uma postura “normal”. Uma postura ideal é usada como ponto de referência, mas raramente 
o aluno irá ter uma “postura perfeita”. 
A postura é considerada adequada quando as forças que sustentam o corpo atuam sem geração de 
sobrecargas, com a máxima eficiência e o mínimo de esforço - mantendo um alinhamento funcional. 
Uma postura inadequada é quando a manutenção do corpo implica na utilização excessiva ou 
desnecessária de forças musculares e em alinhamentos disfuncionais, assim as posturas inadequadas 
dificultam os movimentos. 
Importância da Avaliação Postural
A postura é como um corpo se equilibra: se um corpo não se equilibra, ele cai! 
Para avaliar a postura é necessário observar como o corpo está se equilibrando. É importante ressaltar 
que as pessoas são únicas, e suas posturas diferem de acordo com isso. 
Um indivíduo aprende desde a infância a equilibrar a arquitetura de seu corpo (suas vivências moldam a 
sua postura) assim seus hábitos podem criar uma postura forte e estável ou podem treinar o corpo para 
má postura e instabilidade.
Por isso, faz-se necessário a realização de uma boa Avaliação Postural, para identificar as alterações 
presentes e consequentemente suas disfunções.
Nos últimos 20 anos houve diversas mudanças no âmbito da Fisioterapia e Reabilitação do Esporte, 
sendo incorporados vários tipos de avaliação: desde uma avaliação estática - de estruturas isoladas -, 
até a avaliação integrada e funcional com base no movimento.
Avaliação Estática x Avaliação Dinâmica
A principal distinção entre a Avaliação Estática e Dinâmica é que na Avaliação Estática observamos 
assimetrias e compensações estruturadas, mas não conseguimos identificar o comportamento motor 
ao realizar o movimento. Além de que não conseguimos mensurar as habilidades individuais, como é 
avaliado de forma dinâmica.
É claro que a Avaliação Estática é importante, mas não vivemos estáticos! Seo objetivo é a melhora 
do desempenho e da funcionalidade do corpo de uma forma global, é praticamente impossível traçar 
metas reais apenas com a observação estática.
O sucesso depende unicamente de o profissional conseguir identificar o movimento disfuncional de 
forma efetiva. E a pergunta é: como? Pedindo para que o indivíduo se movimente! 
Anamnese
Um bom atendimento começa com a Avaliação, sendo o instrumento utilizado para o planejamento e 
organização do mesmo. Inicialmente, um bom contato (a comunicação visual, tátil e verbal) e a coleta 
do histórico são partes fundamentais que contribuem com o diagnóstico e prognóstico do aluno.
Histórico do Aluno:
• Informações Pessoais: nome, endereço, telefone, data de nascimento, profissão.
• Queixas: o que trouxe o aluno para atendimento, lesão atual ou prévia, se há liberação médica, 
presença ou não de dor, definição da dor: queima, arde, tem irradiação. 
• Antecedentes: hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, digestivas ou endócrinas, problemas 
respiratórios, epilepsia, osteoporose, histórico médico pregresso, cirurgias já realizadas, presença de 
cicatrizes, exames realizados, medicação em uso.
• Hábitos: alimentação, tabagismo, etilismo, hobbys, esportes que pratica.
• Objetivos: o que ele espera alcançar, ganho de força, melhora da postura, etc.
Avaliação Estática
Deve ser realizada uma avaliação estática breve, onde é observado e anotado todas as alterações para 
identificar qualquer assimetria estática, que servirá apenas de parâmetro para o que será identificado 
mais tarde na avaliação dinâmica.
A avaliação estática deve ser feita com o indivíduo sentado e em pé, nas vistas Anterior, Posterior e 
Lateral.
Postura Sentada
• Vistas Anterior e Posterior: sinais de assimetrias entre os lados, como: ombro ou pelve mais alta; 
descarga desigual nas tuberosidades isquiáticas; inclinação de cabeça ou tronco; etc. 
• Vista Lateral: se há anteriorização ou posteriorização, ou seja, inclinação do tronco para frente ou 
para trás.
Postura em Pé 
• Pés: Cavos ou Planos;
• Tornozelos: Valgos ou Varos;
• Joelhos: Valgos ou Varos; Hiperextensão ou em Ligeira Flexão;
• Quadril: Altura dos Ilíacos, Anteroversão ou Retroversão;
• Coluna: Escoliose, Hipercifose, Hiperlordose ou Retificação;
• Cabeça: Protrusão, Inclinação, Rotação.
Avaliação Dinâmica
É a avaliação qualitativa do comportamento motor e das disfunções posturais que ocorrem durante o 
movimento. Através de testes específicos é possível analisar todos os planos de movimento, grau de 
força muscular, mobilidade global e local, alongamento, coordenação, estabilidade, assimetrias, e assim 
definir com eficácia o nível de funcionalidade do aluno.
O objetivo é identificar a falha mais importante na cadeia cinética. Posturas desequilibradas têm 
reações compensadoras. Ao observar, o examinador deve anotar quaisquer inconsistências ou 
desequilíbrios, tanto da esquerda para a direita quanto de anterior para posterior.
 
Integre mentalmente a queixa e a história do paciente com a mecânica do equilíbrio do corpo durante o 
movimento.
Uma compreensão abrangente dos princípios anatômicos e biomecânicos fornece a base para uma 
avaliação precisa. O importante é inspecionar e entender o movimento humano, através da análise 
dinâmica de exercícios básicos.
Observar os padrões de movimento e não apenas áreas isoladas do corpo. Os principais aspectos a 
serem observados na avaliação dinâmica são: déficits em simetria na mobilidade e estabilidade durante 
os movimentos.
A escolha dos exercícios de Pilates para avaliação é uma opção óbvia, pois o trabalho de reabilitação ou 
treinamento será realizado através dos exercícios do Método, por isso nada mais correto que avaliar o 
aluno com os próprios movimentos do Pilates. 
Devido aos exercícios do Método Pilates serem totalmente funcionais e trabalharem a mobilidade 
coordenada, foram selecionados movimentos que podem ser realizados por todas as pessoas - com 
qualquer nível de atividade física -, sem presença de dor limitante. Mas em casos de impossibilidade de 
realizá-los alguns aspectos podem ser adaptados ou modificados.
Abaixo seguem 3 exemplos de Testes Dinâmicos:
1. Roll Down
Esse exercício pode ser realizado em pé livre ou contra a parede, onde o aluno realiza o movimento de 
flexão da coluna. É possível observar a mobilidade da coluna, o comportamento das cadeias musculares 
e identificar possíveis desvios. 
A curvatura da coluna deve ser contínua, se há presença de interrupções ou quebras demonstra uma 
possível contratura muscular ou encurtamento da cadeia posterior. 
A presença de gibosidade aponta uma escoliose. Deve-se avaliar a distância entre o dedo médio até o 
chão, e se há alteração do alinhamento do ângulo quadril/joelho/tornozelo.
2. Bridge
Com o aluno deitado, é realizado o movimento de ponte e ponte unilateral, em que é possível avaliar o 
comportamento motor durante a dissociação dos membros da cintura pélvica.
Esse movimento testa a força de glúteos e isquiotibiais, além de analisar ADM (Amplitude de 
Movimento), o possível encurtamento da cadeia anterior. Podemos também observar compensações 
como: tensão cervical, assimetrias entre os lados, desvios, rotações da pelve, limitações, estabilidade 
geral e consciência corporal.
3. Swan (Cisne)
Com o aluno em decúbito ventral é realizado o movimento de extensão da coluna. Esse exercício avalia 
ADM e força dos músculos extensores do tronco. 
Importante observar se a curvatura da coluna é contínua ou apresenta bloqueios, áreas com 
hipomobilidade, as compensações cervicais e de ombros, se há integração de MMII e do olhar.
Considerações
• Em casos de dor ou patologias pré-diagnosticadas a avaliação pode ser adaptada de acordo com o 
caso.
• Um bom comando é essencial durante a execução dos exercícios, é necessário ensinar ao aluno, 
dando orientações, porém é fundamental deixar o aluno errar, pois é aí que as disfunções aparecem.
• Confirmar os achados da Avaliação Estática, se o comportamento dos desvios posturais aumenta ou 
diminui conforme o aluno executa os movimentos.
• Deve-se levar em consideração todos os movimentos que geraram assimetrias ou compensações, 
analisar todos os dados obtidos, tanto positivos, quanto negativos. São essas observações que irão 
direcionar os objetivos e necessidades específicas desse aluno.
• Observar variáveis individuais como: tempo de fadiga, expressão facial, rubor de face, fibrilação 
muscular, tensão em articulações distais, e limitação por dor.
• A reavaliação deve ser feita após um período de 3 meses de treino, ou após 20 aulas no mínimo, 
pois é necessário aguardar o tempo das fases cognitiva e associativa do aprendizado motor, para assim 
avaliarmos seu ganho de força, coordenação e controle dos movimentos.
Concluindo...
Uma boa avaliação deve apresentar uma conclusão clara, com objetivos traçados a curto, médio e longo 
prazo. 
Com todas as observações em mãos, é hora de organizar todos os dados para traçar um plano de 
treino específico para aquele aluno, que beneficie todo o corpo, reestabelecendo o equilíbrio entre 
mobilidade e estabilidade, reprogramando o SNC, e equilibrando esse corpo funcionalmente. Evoluir 
do exercício básico para o avançado, sem sobrecarga sobre as disfunções. 
Referências Bibliográficas
AMADIO, A. C.; MOCHIZUKI, L. Aspectos biomecânicos da postura ereta: a relação entre o certo de 
massa e o centro de pressão. Revista portuguesa de ciência de desporto. Escola de Educação Física e 
Esporte, Universidade de São Paulo. v.3, n.3, p.77-83. 2003. 
BIENFAIT, M. As bases da fisiologia da terapia manual. São Paulo: Summus, 2000. 
BRICOT, B. Posturologia. São Paulo: Editora Ícone. 1999.
BRYAN M., HAWSON S., 2003. The Benefits of Pilates Exercise in Orthopaedic Rehabilitation.Techniques in Orthopaedics 18: 126-129
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GOULART, Irma Pujól; TEIXEIRA, Lilian Pinto; LARA, Simone. Análise postural da coluna cervical e 
cintura escapular de crianças praticantes e não praticantes do método pilates. Fisioter. Pesqui., São 
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HODGES, P.W., RICHARDSON, C. A. Inefficient muscular stabilization of the lumbar spine associated 
with low back pain: A motor control evaluation of transverses abdominals. Spine. 1996; 21: 2640-2650
KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. São Paulo: Editora Manole, 1995
LIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2ªed. São Paulo: Ed. Edgar Blücher Ltda, 2005.
MCGILL, S. Low back disorders: evidence-based prevention and rehabilitation. Canadá:
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efdeportes.com/efd85/ergon.htm
NEUMANN, D. A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para a reabilitação física. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2006.
PILATES, J. H. A obra completa de Joseph Pilates: Sua Saúde e O retorno à vida pela Contrologia. São 
Paulo: Editora Phorte, 2010.
ROSSET, L. J. New tools for the assessment of the embouchure’s biomechanics. Internacional Trumpet 
Guild J, p.51-53, v.81,2005. 
RUMAQUELLA, M. et al. Os efeitos da postura sentada na coluna vertebral: uma revisão. Anais do 8º 
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SEGAL N.A., HEIN J., BASFORD J.R. The effects of pilates training on flexibility and body composition: 
An observational study (2004) Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 85 (12) , pp. 1977-
1981. 
SOUCHARD, P. E. Respiração. Tradução de Ângela Santos. São Paulo: Summus, 1989.
Avaliação Postural Estática
Por Marlon Bluner
A fisioterapia surgiu no Brasil no ano de 1951 com a criação de seu curso de formação, mas foi apenas 
em 13 de outubro de 1969 que ela foi reconhecida como profissão (CAVALCANTE 2011).
A fisioterapia por si, abrange várias áreas de atuação, existindo um senso comum em todas as áreas que 
é a anamnese. 
Segundo Porto (2009) a palavra anamnese origina-se de aná = trazer de novo e mnesis = memória. 
Significa, portanto, trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à doença e à pessoa doente. 
Que tal saber mais sobre o assunto? Continue lendo este texto!
Como Realizar uma Avaliação Adequada?
A avaliação adequada é a pré-condição para que se tenha um diagnóstico correto. Esta deve ser 
realizada em uma ordem específica para evitar erros. Ainda vale ressaltar que para se ter um tratamento 
eficiente e que atinja os objetivos propostos, é necessária uma avaliação bem-feita de forma a permitir 
um diagnóstico cinético-funcional bem elaborado (BALDUINO 2012).
A Anamnese reconstrói os fatos do paciente que incitaram as causas da doença para que dessa forma 
o diagnóstico seja seguro. Sendo assim, uma boa avaliação irá permitir um bom tratamento. Para se 
entender uma avaliação estática, é preciso conhecermos as definições descritas de posturas.
A postura é definida como posição espacial do corpo ou de uma de suas partes; a maneira de manter o 
corpo ou compor traços fisionômicos. Segundo Kendall, a postura corporal é um conjunto das posições 
de todas as articulações do corpo dado em qualquer momento.
O controle postural será a habilidade em que o corpo possui de manter o centro de massa corporal 
dentro de uma base de apoio tanto em uma postura estática quanto em uma postura dinâmica 
(KENDALL 1987, SALVE 2003, MELO 2009).
Postura Corporal Estática
De uma maneira geral, a postura é vista como um processo estático, porém de acordo com os estudos 
vimos que esse fato não é verídico. Isso é explicado pela ação da gravidade e dos mecanismos de 
controle neural que constantemente provocam um leve deslocamento do alinhamento corporal. 
Resumindo: em uma postura estática o corpo sofre oscilações e a atividade muscular será acionada a 
fim de evitar que o indivíduo perca o equilíbrio e caia. 
Com o centro de gravidade em conturbação tanto para frente quanto para trás o corpo irá através de 
sua base de apoio tentar restabelecer seu centro de volta (BANCOFF 2004).
Podemos dizer que o conceito de postura corporal vai além de equilíbrio, envolve coordenação 
neuromuscular e adaptações que representam certo movimento. E as respostas posturais involuntárias 
são dependentes de todo um contexto, de acordo com as necessidades de interação entre os sistemas 
de organização postural e o meio externo. 
Por exemplo, em um indivíduo adulto, a capacidade de ativação da musculatura para reorganizar seu 
centro de equilíbrio é bem mais rápida quando comparada com um indivíduo idoso, que possui essa 
ativação mais lenta prejudicando o restabelecimento do centro de gravidade (SILVA 2007).
Estruturas de Controle do Corpo
De acordo com Banconff et al, em uma posição ereta o peso corporal é distribuído da seguinte forma: 
25% em cada calcâneo e 25% na cabeça dos cinco metatarsos de cada pé. O pé e o tornozelo são 
considerados a base de sustentação do nosso corpo, eles irão fornecer a estabilidade suficiente para 
que possamos ficar de pé estaticamente, e quando deambulando, distribuindo o peso corporal.
Para o controle da postura é necessário a intervenção e interação de alguns sistemas, tais como:
Sistema Visual 
• Baseado nas informações sobre o ambiente, localização, direção e velocidade do movimento;
• Possui como função, de maneira geral, orientar o posicionamento e o movimento da cabeça em 
relação ao meio externo;
• Em posicionamento estático as aferências visuais reduzem em, aproximadamente, 50% as oscilações 
do corpo;
• Possui um importante papel no planejamento de reação antecipatória.
Sistema Somatossensorial
• Baseado nas informações de contato e posição do corpo;
• Possui receptores pelo corpo;
• Respondem a estímulos de tato, temperatura, dor e propriocepção;
• Os receptores proprioceptivos que enviam as informações da posição do corpo para o SNC.
Sistema Vestibular 
• Baseado nas forças gravitacionais;
• Responsável pelo envio sobre o posicionamento da cabeça em relação às mudanças temporais das 
velocidades angular e linear.
Relação entre o Sistema Nervoso Central e a Postura
Segundo Medeiros et al, o mecanismo de controle postural se dá através de um processo executado 
pelo Sistema Nervoso Central (SNC) em que padrões de atividades musculares são produzidos para que 
ocorra uma relação entre o centro de massa e a base de sustentação. 
Ainda relatam que toda essa atividade é um processo complexo que envolve respostas aferentes e 
eferentes que recebem uma série de informações sensório-motoras e as organizam de forma a garantir 
a posição, além do movimento corporal do indivíduo.
Podemos dizer que o controle postural é a parte do nosso corpo cuja função é produzir estabilidade 
e condições a fim de gerar movimento para que o mesmo assuma ou mantenha uma posição corporal 
desejada podendo ser ela estática ou dinâmica. 
Estabilidade Corporal
Como o controle postural utiliza informações de vários sistemas (sistema visual, sistema vestibular, 
sistema somatossensorial), a sua estabilidade é garantida mesmo que haja problema em algum deles. 
Essa estabilidade irá depender (TEIXEIRA 2009): 
• Noção da posição e movimento do corpo em relação ao campo gravitacional;
• Ambiente em que esse corpo se encontra.
O sistema de controlepostural é integrante do sistema de controle motor e alguns autores consideram 
que os ajustes posturais necessários para manter o corpo em posição ereta irão depender de certo 
feedback sensorial. Vindo ele do sistema sensorial, proprioceptivo, visual e cutâneo; e estratégias 
associadas aos movimentos voluntários.
Postura Estática e Equilíbrio
Na postura estática é necessário que haja uma relação da manutenção do equilíbrio e resposta neuro-
mecânica, porém, esse equilíbrio somente existe se todas as forças somadas forem iguais a zero e o 
sistema conseguir retornar à sua estabilidade após uma perturbação (SILVA 2007).
Podemos considerar o corpo humano como um pêndulo com várias conexões, onde o centro da sua 
massa está localizado, especificamente, na região anterior da segunda vértebra sacral e para se alcançar 
o equilíbrio é necessário o posicionamento correto desse centro de massa, porém a gravidade e outras 
forças desestabilizadoras provocam sua instabilidade (MOCHIZUKI 2003).
Diante disso, podemos considerar que sua avaliação se torna algo imprescindível e de extrema 
importância, principalmente para que trace um tratamento adequado, para que o mesmo seja eficaz e 
que quantifique a evolução do paciente.
Segundo Souza (2011), a avaliação da postura estática consiste basicamente na análise dos seguintes 
aspectos:
• Vista Anterior;
• Vista Posterior;
• Vista Lateral.
Porém, de acordo com Kendall, é necessário ter um conhecimento também dos princípios básicos 
relacionados ao alinhamento, articulações e músculos, que segundo ele são:
1. O alinhamento anormal é consequência de estresses indevidos nos ossos, articulações, ligamentos e 
músculos;
2. O posicionamento das juntas aponta quais musculaturas podem estar alongadas ou encurtadas;
3. Relação entre os testes musculares e o alinhamento, se a postura for habitual;
4. A musculatura encurtada provoca a aproximação entre sua origem e inserção;
5. Relação entre o encurtamento adaptativo e a permanência da musculatura encurtada;
6. A musculatura fraca provoca a separação entre origem e inserção;
7. A musculatura fraca associada com o alongamento pode ocorrer em músculos que já permanecem 
alongados.
Concluindo...
Portanto para se avaliar um paciente precisamos de vários conceitos a fim de mostrar uma conduta 
terapêutica mais eficaz. Todos os dados relatados pelo paciente deverão ser considerados. Esses 
achados guiarão o terapeuta para uma avalição de sucesso.
Referências Bibliográficas
AIKAWA, A C et al. Efeito das alterações posturais e de equilíbrio estático nas quedas de idosos 
institucionalizados. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 15(3):189-196, maio/jun., 2006.
Balduino PM, Palis FP, Paranaíba VF, Almeida HO, Trindade EMV. A perspectiva do paciente no 
roteiro de anamnese: o olhar do estudante. Rev. Bras. Educ. Med.2012;36(3):335-342
BANCOFF, A D P et al. Estudo do equilíbrio corporal postural através do sistema de baropodometria 
eletrônica. Revista Conexões, v.2, n.2, 2004.
Calvalcante CCL, Rodrigues ARS, Dadalto TV, Silva EB. Evolução científica da fisioterapia em 
40 anos de profissão. Fisioter. Mov. 2011;24(3):513-522
KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall. Músculos – Provas e Funções. 3ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1987.
MEDEIROS, V M L et al. Equilíbrio, controle postural e suas alterações no idoso. Fisioweb – julho de 
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MELO, P S et al. Comparação da oscilação postural estática na posição sentada entre jovens e idosos 
saudáveis. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 13, n. 6, p. 549-54, nov./dez. 2009.
MOCHIZUKI, L et al. As Funções do controle postural durante a postura ereta. Revista de fisioterapia 
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Curso de Fisioterapia.
Porto CC. Semiologia Médica. 6 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
SALVE, M G C et al. Postura corporal - um problema que aflige os trabalhadores. Rev. bras. saúde ocup. 
vol.28 no.105-106 São Paulo 2003.
SILVA, M M. A postura corporal estática e o perfil antropométrico do pé de crianças em idade escolar. 
Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 108 - Mayo de 2007
TEIXEIRA, C L. Equilíbrio e controle postural. Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2010, vol 11, n.20.
Avaliação de Composição Corporal
Por Patricia Mazzer
Um fator primordial para se alcançar o sucesso nos treinamentos ou tratamento do nosso cliente, é uma 
boa Avaliação de Composição Corporal. Estes dados somente são adquiridos seguindo protocolos e 
procedimentos adequados. 
Para realizarmos uma boa Avaliação de Composição Corporal, é necessária uma anamnese 
completa utilizando dados como o IMC (Índice de Massa Corporal), RCQ (Relação Cintura-Quadril) e 
Antropometria.
De maneira concreta, ao mostrar os resultados para nossos alunos, entra em cena a Avaliação de 
Composição Corporal. Com ela, é possível traçar um trabalho de qualidade e segurança, com objetivos 
claros - seja ele estético, desportivo ou de reabilitação.
A composição corporal é definida como proporção entre gordura e tecido isento de gordura no corpo. 
Vamos entender melhor o que isso significa? Continue lendo texto!
Influência da Composição Corporal
A determinação da composição corporal tem grande importância na prática clínica e na avaliação de 
populações. Isso se deve, principalmente, à associação da gordura corporal com diversas alterações 
metabólicas.
Vários estudos mostram que a quantidade de tecido adiposo e sua distribuição pelo corpo estão 
associadas a elevados valores de pressão arterial, dislipidemias - com concentrações elevadas de 
triglicerídeos e reduzidas de colesterol de alta densidade (HDL) -, intolerância à glicose e resistência 
insulínica, os quais contribuem para a elevação do risco cardiovascular.
Diante da influência da quantidade de gordura corporal no estado de saúde dos indivíduos, são 
necessários métodos capazes de avaliar - de forma precisa e confiável -, a quantidade de gordura 
corporal em relação à massa corporal total.
6 Razões que Justificam uma Avaliação de Composição Corporal
1. Determinar o ponto de partida para o início do Programa de Treinamento;
2. Traçar a melhor maneira de conseguir um equilíbrio ideal entre gordura corporal e os 
compartimentos de gordura;
3. Relaciona-se com o estado de saúde geral e desempenha um papel importante nos objetivos 
relacionados à saúde e aptidão física;
4. Monitorar as mudanças nos componentes adiposos e magros durante os esquemas de exercícios 
com diferentes durações e intensidades;
5. Melhor interação dos profissionais com os indivíduos e melhor informação relacionada com nutrição, 
controle de peso e exercício;
6. Obter informações objetivas para os profissionais, correlacionando a composição corporal com o 
desempenho de esportes ou atividades do cliente.
Como Realizar uma Ótima Avaliação de Composição Corporal
Existem várias técnicas para realizar a Avaliação de Composição Corporal: 
• Pesagem Hidrostática;
• Raio-X;
• Condutividade Elétrica Corporal ou Bioimpedância;
• Ultrassom;
• Tomografia Computadorizada;
• Plestimografia com Ar;
• Entre Outros. 
Porém, a técnica de menor custo, maior facilidade de execução, melhor aplicabilidade no dia-dia e sem 
ser um procedimento invasivo é a ANTROPOMETRIA.
Antropometria
A palavra “antropometria” deriva do grego, é a mensuração do corpo humano. 
ANTHROPOS - homem, METRON - equivale a medida.
Entre os métodos antropométricos, as dobras cutâneas são habitualmente utilizadas para determinação 
do percentual de gordura corporal - devido ao baixo custo operacional e à relativa simplicidade de 
utilização.
Existem, na literatura, mais de 100 equações que utilizam as medidas de dobras cutâneas e outras

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