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Resumo - O TILS

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Universidade Estadual Vale do Acaraú
Alunas: Aldyjania Maria Nobre Ribeiro
	 Maria Karolayne Campos Nepomuceno
Curso: Pedagogia Turma: 2018.1
Disciplina: Libras
Professora: Verônica Campêlo Marinho
Resumo: O TILS tradutor/interprete de língua brasileira de sinais (LIBRAS) 
A sigla TILS significa Tradutor Intérprete de Língua de Sinais também conhecido como TILSP - Tradutor Intérprete de Língua de Sinais/Língua Portuguesa, exatamente porque as línguas envolvidas no processo de tradução e/ou interpretação é a Libras- Língua Brasileira de Sinais e a língua portuguesa.	Podemos dizer que essa é uma profissão ainda desconhecida por muitos, pois até meados de 2006 a formação do profissional se deu fora da academia por meio de cursos oferecidos por instituição educacionais, igrejas ou associações de surdos. É somente a partir de 2007 foi que a formação passou a ser instituída em nível superior com a abertura do curso a distância em Letras-Libras: Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Catariana.
Atualmente com a advento da inclusão e a Lei de Libras 10.436/2002 é comum encontrar os TILS em diversos espaços públicos e privados com maior ênfase nos ambientes educacionais. Visto que o aluno surdo usuário da Libras tem direito ao intérprete desde a educação infantil até o ensino superior e tem cobrado seus direitos junto as instâncias públicas quando não é cumprida a exigência. 
O TILS desempenha um papel fundamental na mediação comunicacional entre a pessoa surda e a pessoa ouvinte, sem o profissional é impossível estabelecer uma comunicação satisfatória com a pessoa surda para tanto deve ser dado o valor necessário a esse importante profissional. O profissional TILS é fundamental para mediar o acesso aos conhecimentos para estudantes surdos que frequentam o ensino regular. Assim, é crescente a demanda por este profissional, já que muitos surdos têm ingressado e/ou retornado à escola a cada ano sentindo-se acolhidos pela presença da Libras.
Além de conhecer profundamente a Língua Brasileira de Sinais e as técnicas de interpretação, o intérprete deve sempre manter sua ética profissional e estar atento quanto à vestimenta, aparência pessoal, iluminação, local, fundo visual, barulhos laterais, acomodações, posição natural para sinalizar, tempo de interpretação, expressões faciais, uso do alfabeto manual, tautologia, expressões idiomáticas, possíveis distrações e outros. 
O intérprete deve se manter imparcial, evitando com que religião ou vínculos de amizade interfira em seu trabalho. O processo de interpretação é uma habilidade científica que o cérebro aprende após muito treino e dedicação, portanto ser filho de pais surdos não é sinônimo de qualificação. Além disso, o intérprete tem que ser bilíngue, procurar participar de seminários, saber trabalhar em equipe, ter equilíbrio durante a interpretação e ser capaz de admitir suas limitações quando não se sentir capaz. 
Inicialmente as pessoas interessadas deverão frequentar cursos de Língua de Sinais e ter convivência com os Surdos nas associações, a fim de praticarem o que tem aprendido. Não basta apenas ter conhecimento da língua de sinais, é muito importante que se tenha uma boa fluência para ser tornar um profissional versátil para interpretar da Língua de Sinais para a Língua Portuguesa e vice-versa. Assim como o respeito e a postura ética em sua atuação com a Pessoa Surda são fundamentais para o reconhecimento positivo de seu trabalho. Interpretar exige esforço físico e mental, envolve ética profissional, desempenho e competência. Por tudo isso, é uma profissão que exige um revezamento, de preferência previamente estabelecido, no momento em que está sendo executada. No entanto, atualmente, é comum encontrar muitos intérpretes sacrificados, sobrecarregados no exercício de sua profissão. Como exemplo, cito a incidência da LER (Lesões por Esforço Repetitivo), que pode ser motivo de interrupção da carreira.
A Lei nº 12.319, de 1º/09/2010, regulamentou a profissão do Tradutor e Intérprete da Libras. Na prática, o intérprete serve de ponte entre os surdos usuários da Libras e os ouvintes, com objetivo de estabelecer a comunicação entre ambos. Assim, se o Decreto nº 5.626/2005 fosse cumprido, veríamos em todos os órgãos públicos, hospitais e escolas a atuação desse profissional.
Ser educador de alunos Surdos deve-se buscar compreender a sua particularidade, pois requer uma maior atenção no momento de preparação das aulas, onde o mesmo deverá buscar estratégias para aplicação do conteúdo de maneira que esse aluno seja capaz de entender o que está sendo transmitido. A escolha dos recursos que será usado nas aulas é de fundamental importância, pois os mesmos são grandes aliados no processo de ensino/aprendizagem dos alunos.
O profissional pode encontrar diversos desafios em seu trabalho, principalmente quando o aluno não traz consigo o conhecimento da sua língua natural que é a Libras. Sendo assim, é preciso que ele juntamente com o professor regente discuta mecanismos para o desenvolvimento educacional deste aluno proporcionando sua inserção no espaço escolar como qualquer outra criança. Outra dificuldade encontrada por intérpretes de Língua de Sinais é em relação a sua prática cotidiana, pois encontra possibilidades restritas para o seu exercício profissional, com baixa remuneração e difícil acesso a cursos referentes à sua área de atuação, os quais são geralmente ofertados nos grandes centros urbanos. Isso resulta no despreparo de alguns profissionais, em especial aqueles que interpretam em disciplinas que ainda não possuem sinais específicos. 
A coexistência de dois profissionais em sala de aula - professor e intérprete – pode acarretar confusões de papéis. Muitas vezes, o intérprete assume a função do professor dos estudantes surdos. Assim, entre outras coisas, o intérprete deve: assegurar a participação do estudante surdo no desenvolvimento da aula, através de perguntas e respostas que exijam tempo dos colegas e professores para que a interação se dê; entender que, em qualquer sala de aula, o professor é a figura que tem autoridade absoluta; e ser auxiliado pelo professor, através da revisão e preparação das aulas, com vistas à qualidade da sua atuação durante as mesmas. Como o surdo tem a modalidade de comunicação visual-espacial que diferencia da modalidade dos ouvintes (oral-auditiva), é necessário que nas escolas onde o aluno surdo esteja incluído tenha materiais em que possam auxiliar tanto o Intérprete, como o próprio professor em seu trabalho. É importante ressaltar também o papel da escola enquanto inclusiva, pois muitas vezes não é disponibilizado instrumentos para que o tradutor/intérprete de Libras possa fazer o seu trabalho de maneira que viabilize uma mediação comunicativa efetiva.
Diante de todo o exposto, percebe-se que o Tradutor/Intérprete de LIBRAS perpassa por diversas dificuldades em seu trabalho. Estas dificuldades que estão relacionadas principalmente por questões didático-pedagógicas, valorização do intérprete enquanto profissional e inclusão do aluno surdo na sala regular de ensino. Precisa-se por parte principalmente dos professores conhecer a verdadeira função deste profissional. 
A essas dificuldades requer do TILS planejamento para a interpretação das aulas dadas pelo professor, paciência pelo fato de existirem profissionais que discordam sobre a inclusão do aluno surdo no ensino regular e dedicação para que no seu exercício surjam resultados satisfatórios principalmente para o surdo que é o ator principal do processo educativo. 
Apesar de existirem legislações vigentes referentes ao contexto do surdo e da Língua Brasileira de Sinais, é necessário mais reconhecimento desta língua enquanto detentora da comunicação de uma minoria linguística, como também dos próprios profissionais da área realizando formações contínuas, cursos, oficinas que contemplem a sua prática.

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