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1
Políticas e Programas de 
Enfermagem no SUS ( Saúde Pública)
Técnico em Enfermagem
Empregabilidade 100%
História da saúde pública no Brasil
2
AULA 1
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Brasil colônia (1500 - 1822)
A “priori”, o Brasil dava ilusão de paraíso terreno. A beleza
e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da
alimentação, a pureza das águas e o clima ameno
combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde dos
habitantes do Novo Mundo.
 Essa visão durou pouco, no séc. XVII a colônia
portuguesa era identificada como “inferno”, onde os
colonizadores brancos e os escravos tinham poucas
chances de sobrevivência.
3
BRASIL COLÔNIA
 Só tinha acesso a saúde quem tinha poder aquisitivo;
 Somente membros da elite;
 Assistência era prestada através de curandeiros,
padres, índios e africanos;
 Existiam poucos hospitais, E que eram de ordem
filantrópica e religiosa.
 1808: chegada da Família Real em Salvador e 
“abertura dos portos brasileiros às nações amigas”.
 Criação da Escola de Medicina e Cirurgia da Bahia.
Brasil Independente (1822)
 Surgimento de epidemias: Varíola, Febre amarela e
Cólera.
 1824: nova Constituição cria Câmaras Municipais para
assumirem as questões de higiene pública.
 1829: médicos criam a Sociedade de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro.
5
 1834 – 1836: mais doenças, como febre tifóide,
sarampo e gripe.
 1849: criada a Comissão Central de Saúde Pública
(depois, transformada em Junta Central de Higiene
Pública) para o combate à febre amarela.
6
BRASIL REPUBLICANO(1889)
 São Paulo: foco na febre amarela.
 Brasil: “túmulo dos estrangeiros”.
 1892: criação do Laboratório de Bacteriologia, onde
iniciou-se a produção do soro antiofídico.
 1899: chega ao Brasil a peste bubônica.
 São Paulo: criação da Fundação do Instituto Butantan
(desenvolvimento do soro “antipestoso”).
 Rio de Janeiro: criação do Instituto Soroterápico
Federal, assumido por Oswaldo Cruz.
7
SAÚDE PÚBLICA NO SÉCULO XX
1903: Oswaldo Cruz assume a Diretoria Geral da
Saúde.
Missão: erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a
varíola.
8
1904 REVOLTA DAS VACINAS
Revolta da Vacina foi uma revolta e manifestação
popular ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904;
Ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil;
 Sanitarista Oswaldo Cruz convenceu
 Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória que
permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por
policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à
força.
 1904: Revolta da Vacina (governo Rodrigues Alves)
 1906: a febre amarela é considerada extinta no Rio de 
Janeiro.
 1909: Carlos Chagas descobre o agente causador da
Doença de Chagas, o trypanosoma cruzi.
“Jeca Tatu”: representava o cabloco brasileiro. Era um
homem fraco e desanimado, cujas as enfermidades o
impediam de participar no esforço de fazer o Brasil
progredir.
10
 1918: criação da Liga Pró- Saneamento do Brasil, por
intelectuais que se opunham ao sistema de vigilância
sanitária que excluía o homem do campo. É o início
do movimento sanitarista no Brasil.
 1918: Epidemia de gripe espanhola.
 Década de 1920: criação do Departamento Nacional
de Saúde Pública (DNSP), em substituição à
Diretoria Geral de Saúde Pública.
11
1923 - LEI ELOY CHAVES 
 Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão CAPS
 Atendeu primeiro os ferroviários, marítimos e
estivadores
 Este dinheiro era utilizado para tratamentos,
medicações, aposentadoria e pensão caso o
trabalhador viesse a falecer e tivesse dependentes
 Substituição do CAPS – IAPS – Instituto de
Aposentadoria e Pensões
 1934: Governo de Getúlio Vargas implementa
programas de assistência médica aos trabalhadores
para garantir o processo de industrialização.
 1943: criação da CLT agregando benefícios como
indenização a acidentados e tratamento médico aos
doentes portadores de carteira assinada.
Década de 1950: criação do Ministério da Saúde, no Rio
de Janeiro.
1953 - Criação do MINISTÉRIO DA SAÚDE : Ministério
da Saúde só veio a ser instituído no dia 25 de julho de
1953, com a Lei nº 1.920, que desdobrou o então
Ministério da Educação e Saúde em dois ministérios:
Saúde e Educação e Cultura.
14
1966 Criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência
Social)
 Unificou os IAPS existentes;
 Uniformizou os benefícios e beneficiou os
marginalizados nos planos anteriores;
 A partir da sua criação, o governo militar passou a
pagar pelos serviços ofertados a população de saúde.
 1973 – FUNRURAL: Medicina Previdenciária aos 
trabalhadores Rurais.
 1974: criação do Ministério da Previdência e Assistência 
Social. INPS transforma-se em INAMPS.
1977 MOVIMENTO SANITARISTA
• Vacinação em massa
• Saneamento 
• Combate as doenças de 
massa
• Estilo repressivo
• Definia os cuidados primários de saúde e a
necessidade de proteger e promover a saúde de
todos
• Meta : “saúde para todos até o ano 2000”
• Surge a visão preventiva da saúde contrapondo ao
modelo curativo
• Promover saúde e Prevenir doenças
1978 DECLARAÇÃO DE ALMA ATA
• Final dos Anos 1970:
reestruturação do Ministério da Saúde.
• Criação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
(SNVS): responsável pelo controle sanitário dos portos,
aeroportos e fronteiras; medicamentos; alimentos;
saneantes; cosméticos e produtos de higiene.
19
• Década de 80: os projetos identificados pelas siglas
Prev-saúde, Conasp e AIS mantiveram sempre a proposta
de reorganizar, de forma racional, as atividades de
proteção e tratamento da saúde individual e coletiva, evitar
as fraudes e lutar contra o monopólio das empresas
particulares de saúde.
• Décadas de 1980 e 1990: surtos de cólera e dengue, e
altos índices de pessoas atingidas por tuberculose,
tracoma, doença de Chagas e doenças mentais.
20
SUDS / SUS
• Movimento sanitarista: Luta em prol da instituição do
SUS, encabeçada pelos secretários municipais de saúde.
• As reivindicações foram catalisadas na 8ª Conferência
Nacional de Saúde (1986), sendo que suas resoluções
foram os parâmetros para a Constituição de 1988.
• Acesso à assistência médico-sanitária é direito do
cidadão e dever do Estado.
• SUDS: Integração de todos os serviços de saúde,
públicos particulares, deveria constituir uma rede
hierarquiza e regionalizada, com a participação da
comunidade na administração das unidades locais.
21
 Grande marco da 
reforma sanitarista
 Participação dos 
usuários pela primeira 
vez
1986 – 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE 
SAÚDE
 Os recursos do Fundo
Nacional de Saúde serão
repassados de forma
regular e automática para
os Municípios, Estados e
Distrito Federal;
 A representação dos
usuários nos conselhos e
conferências de saúde
será de forma PARITÁRIA
em relação ao conjunto
dos demais seguimentos.
Reunir-se-á a cada quatro anos com a representação
dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação
de saúde e propor as diretrizes para a formulação da
política de saúde nos níveis;
É feita de forma ascendente:
1º municipal
2º estadual
3º Conferência Nacional de Saúde
A CONFERÊNCIA DE SAÚDE
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88
Referente à saúde define no artigo 196 que:
“A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO 
ESTADO”. 
1988 APROVAÇÃO DO SUS
O sistema único de saúde
26
AULA 2
SUS
Instituído pela Constituição Federal de 1988, o Sistema
Único de Saúde foi um meio de concretizar o direito à
saúde.
O artigo 200 da Constituição Federal (CF) estabelece a
competência do SUS para controlar e fiscalizar
procedimentos, produtos e substâncias de interesse para
a saúde, e também fiscalizar e inspecionar alimentos,
bebidas e águas para consumo humano.
27
Para regulamentar a estrutura e funcionamento do SUS
foi aprovada a Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8080/90.
Ela dispõe sobre as condições para promoção, proteção
e recuperação da saúde, e a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes.
Constituição de 1988
SUS é instituídoconstitucionalmente (artigos 196 a 200). 
Isso desencadeou a necessidade de novas leis. Lei 8,080 
e Lei 8,142, de 1990, que conjuntamente formam a “Lei 
Orgânica da Saúde”.
28
Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
Art. 1º - Esta Lei regula, em todo o território nacional,
as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
TÍTULO I 
2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao 
seu pleno exercício
LEI nº 8.080/90 (ADAPTADA)
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste 
na reformulação e execução de políticas econômicas e 
sociais que visem à redução de riscos de doenças e de 
outros agravos no estabelecimento de condições que 
assegurem acesso universal e igualitário às ações e 
aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação.
30
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia,
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica
do País.
Parágrafo Único. Dizem respeito também à saúde as
ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade
condições de bem-estar físico, mental e social.
32
TÍTULO II 
Do Sistema Único de Saúde
Disposição Preliminar 
Art. 4º - O conjunto de ações e serviços de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da administração direta e indireta
e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o
Sistema Único de Saúde-SUS.
§ 1º - Estão incluídas no disposto neste artigo as
instituições públicas federais, estaduais e municipais de
controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos,
medicamentos inclusive de sangue e hemoderivados, e
de equipamentos para a saúde.
§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do Sistema
Único de Saúde-SUS, em caráter complementar
34
CAPÍTULO I 
Dos Objetivos e Atribuições 
Art. 5º - Dos objetivos do Sistema Único de Saúde-
SUS :
I - a identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a
promover, nos campos econômico e social, a observância
do disposto no §1º do artigo 2º desta Lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação
do Sistema Único de Saúde-SUS:
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive 
farmacêutica.
II - a participação na formulação da política e na execução
de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na
área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e orientação alimentar;
36
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de
interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e
substâncias de interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e
bebidas, para consumo humano;
IX - participação no controle e na fiscalização da
produção, transporte, guarda e utilização de substâncias
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do
desenvolvimento científico e tecnológico;
§ 1º - ENTENDE-SE POR VIGILÂNCIA SANITÁRIA um
conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação
de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção
ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
§ 2º - ENTENDE-SE POR VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção
de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.
39
§ 3º - ENTENDE-SE POR SAÚDE DO TRABALHADOR,
para fins desta lei, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa a recuperação e a
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidente de
trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;
40
II - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde-SUS, em estudos, pesquisas, avaliação
e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde - SUS, da normatização, fiscalização e
controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentem riscos à saúde do
trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam
á saúde;
41
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade
sindical e a empresas sobre os riscos de acidente de
trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle
dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e
empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças
originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração, a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de
requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de
setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho,
quando houver exposição a risco iminente para a vida ou
saúde dos trabalhadores.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os
serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde - SUS são
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no
artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos
seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em
todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como um
conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de
sua integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos
ou privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua
saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos
serviços de saúde e sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento
de prioridades, a alocação de recursos e a orientação
programática;
VIII - participaçãoda comunidade;
44
IX - descentralização político-administrativa, com direção
única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os
municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de
serviços de saúde;
X - integração, em nível executivo, das ações de saúde,
meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,
materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de
assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os
níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a
evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
PRINCÍPIOS 
DO SUS
IGUALDADE: princípio de justiça
social que garante a igualdade da
assistência à saúde, sem preconceitos
ou privilégios de qualquer espécie.
INTEGRALIDADE: conjunto articulado
e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em
todos os níveis de complexidade do
sistema;
UNIVERSALIDADE: O acesso às 
ações e serviços deve ser garantido a 
todas as pessoas, Independentemente 
de sexo, raça, renda, ocupação, ou 
outras características, sociais ou 
pessoais;
DIRETRIZES
DESCENTRALIZAÇÃO - É entendida como uma redistribuição das
responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis
de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for
tomada, mais chance haverá de acerto
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS - É a garantia constitucional de que a
população, através de suas entidades representativas, participará do processo
de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos
os níveis, desde o federal até o local.
HIERARQUIZAÇÃO: estrutura em níveis de maior ou menor complexidade de
ações e serviços de saúde,. A hierarquização se compõe da atenção primária ou
básica; atenção secundária e terciária ou de média e alta complexidade (ou
densidade tecnológica).
REGIONALIZAÇÃO: Os serviços de saúde capazes de resolver entre 60 a 70% 
das demandas dos usuários. A região de saúde deve ser dotada de 
características culturais, sociais, demográficas, viárias que possibilitem a 
organização de rede de atenção à saúde
TÍTULO III 
Dos Serviços Privados de Assistência à Saúde 
CAPÍTULO I 
Do Funcionamento 
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de
pessoas jurídicas e de direito privado na promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa
privada.
Art. 22. Na prestação de serviços privados de
assistência à saúde, serão observados os princípios
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do
Sistema Único de Saúde-SUS quanto às condições
para seu funcionamento.
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de
empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à
saúde, salvo através de doações de organismos
internacionais vinculados à Organização das Nações
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de
financiamento e empréstimos.
§ 1º Em qualquer caso é obrigatória a autorização do
órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde-
SUS, submetendo-se a seu controle as atividades que
forem desenvolvidas e os instrumentos que forem
firmados.
49
§ 2º Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços
de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por
empresas, para atendimento de seus empregados e
dependentes, sem qualquer ônus para a Seguridade
Social.
50
CAPÍTULO II 
Da Participação Complementar 
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
população de uma determinada área, o Sistema Único
de Saúde-SUS poderá recorrer aos serviços ofertados
pela iniciativa privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos
serviços privados será formalizada mediante contrato ou
convênio, observadas, a respeito, as normas de direito
público.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência
para participar do Sistema Único de Saúde-SUS.
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de
serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão
estabelecida pela direção nacional do Sistema Único de
Saúde-SUS, aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
§ 2º Os serviços contratados submeter-se-ão às
normas técnicas e administrativas e aos princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde-SUS, mantido o
equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
§ 4º Aos proprietários, administradores e dirigentes de
entidades ou serviços contratados é vedado exercer
cargo de chefia ou função de confiança no Sistema
Único de Saúde-SUS.
52
TÍTULO V 
DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I 
Dos recursos
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao
Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua
direção nacional, com a participação dos órgãos da
Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista
as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
53
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos 
provenientes de: 
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da 
assistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital; 
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos 
arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS); e
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e 
industriais.
54
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da
receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de
viciados.
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de
poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser
executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), serão financiadas por recursos tarifários
específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal,
Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).
55
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento
científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas
universidades e pelo orçamento fiscal, além de
recursos de instituições de fomento e financiamento
ou de origem externa e receita própria das instituições
executoras.
56
CAPÍTULO II
Da Gestão Financeira
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de
Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em
cada esfera de sua atuação, e movimentados sob
fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários
do Orçamento da Seguridade Social, de outros
Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
Nacional de Saúde.
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu
sistema de auditoria, a conformidade à programação
aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados
e Municípios 57
Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos
recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as
medidas previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da
receita efetivamente arrecadada transferirão
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a
projetos e atividades a serem executados no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). Parágrafo único.
58
Nadistribuição dos recursos financeiros da Seguridade
Social será observada a mesma proporção da despesa
prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade
Social.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios,
será utilizada a combinação dos seguintes critérios,
segundo análise técnica de programas e projetos:
59
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de
saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no
período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos
estaduais e municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da
rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados
para outras esferas de governo.
60
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e
Municípios será distribuída segundo o quociente de sua
divisão pelo número de habitantes, independentemente
de qualquer procedimento prévio.
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório
processo de migração, os critérios demográficos
mencionados nesta lei serão ponderados por outros
indicadores de crescimento populacional, em especial o
número de eleitores registrados.
61
Artigo 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que
trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das
funções do Poder Legislativo, com as seguintes
instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
62
LEI 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
§ 1° - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro
anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos
níveis correspondentes, convocada pelo Poder
Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo
Conselho de Saúde.
63
§ 2° - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da política de
saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
64
§ 3° - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass) e o Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (Conasems) terão representação
no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4° - A representação dos usuários nos Conselhos de
Saúde e Conferências será paritária em relação ao
conjunto dos demais segmentos.
§ 5° - As Conferências de Saúde e os Conselhos de
Saúde terão sua organização e normas de
funcionamento definidas em regimento próprio,
aprovadas pelo respectivo conselho.
65
Artigo 2° - Os recursos do Fundo Nacional de Saúde
(FNS) serão alocados como:
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da
Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta
e indireta;
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de
iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo
Congresso Nacional;
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do
Ministério da Saúde;
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito
Federal.
66
Parágrafo único - Os recursos referidos no inciso IV
deste artigo destinarse-ão a investimentos na rede de
serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e
hospitalar e às demais ações de saúde.
67
Artigo 3° - Os recursos referidos no inciso IV do artigo
2° desta Lei serão repassados de forma regular e
automática para os Municípios, Estados e Distrito
Federal, de acordo com os critérios previstos no artigo
35 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990.
§ 1° - Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
critérios previstos no artigo 35 da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de
recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1°
do mesmo artigo.
§ 2° - Os recursos referidos neste artigo serão
destinados, pelo menos setenta por cento, aos
Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
68
§ 3° - Os Municípios poderão estabelecer consórcio
para execução de ações e serviços de saúde,
remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos
no inciso IV do artigo 2° desta Lei.
69
Artigo 4° - Para receberem os recursos, de que trata o
artigo 3° desta Lei, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de
acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de agosto de
1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
trata o § 4° do artigo 33 da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
70
V - contrapartida de recursos para a saúde no 
respectivo orçamento; 
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, 
Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois 
anos para sua implantação.
Artigo 5° - É o Ministério da Saúde, mediante portaria
do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer
condições para aplicação desta Lei.
Artigo 6° - Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Artigo 7° - Revogam-se as disposições em contrário.
71
a. Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações
e serviços de saúde cuja complexidade e contingente
populacional transcenda a escala local/municipal;
b. Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades
sociais e territoriais e promover a eqüidade, ampliando a
visão nacional dos problemas, associada à capacidade
de diagnóstico e decisão locoregional, que possibilite os
meios adequados para a redução das desigualdades no
acesso às ações e serviços de saúde existentes no
país;
72
OBJETIVOS DA REGIONALIZAÇÃO
c. Garantir a integralidade na atenção à saúde, ampliando
o conceito de cuidado à
saúde no processo de reordenamento das ações de
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação com
garantia de acesso a todos os níveis de complexidade do
sistema;
d. Potencializar o processo de descentralização,
fortalecendo estados e municípios para exercerem papel
de gestores e para que as demandas dos diferentes
interesses loco-regionais possam ser organizadas e
expressadas na região;
e. Racionalizar os gastos e otimizar os recursos,
possibilitando ganho em escala nas ações e serviços de
saúde de abrangência regional.
73
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Torna-se imprescindível. Dessa forma, a existência e o
funcionamento de conselhos de saúde nos três níveis
de governo passam a ser obrigatórios visando a
garantir a participação social nas políticas de saúde,
tanto em sua formulação como em sua execução.
74
O SUS é um sistema de saúde de abrangência
nacional, porém coexistindo em seu âmbito
subsistemas em cada estado (o SUS estadual) e em
cada município (SUS municipal – onde está a ênfase).
Subsistemas municipais: não precisa
ser propriedade da prefeitura nem ter sede no
território do município. Suas ações podem ser
desenvolvidas pelas unidades estatais ou privadas.
75
FUNCIONAMENTO
Comissões Intergestores Bipartites (CIBs)
- Funcionam no âmbito de cada estado, podendo operar
com subcomissões regionais;
- São integradas por representações da Secretaria
Estadual de Saúde (SES) e do Conselho Estadual de
Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão
equivalente. Um dos representantes dos municípios é o
secretário de saúde da capital.
76
COMISSÕES
Comissões Intergestores Tripartide (CITs)
Fórum nacional, composto por representante do MS, do
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
(CONASS) e do Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (CONASEMS).
Definição e Composição dos Conselhos de Saúde
- Conselho Municipal de Saúde; 
- Conselho Estadual de Saúde;
- Conselho Nacional de Saúde.
77
Conselhode Saúde: órgão ou instância colegiada de
caráter permanente e deliberativo, em cada esfera de
governo, integrante da estrutura básica da secretaria ou
departamento de saúde dos estados e municípios, com
composição, organização e competência fixadas em lei.
- Número de componentes em cada conselho: varia de 10
a 20 membros.
- Representação total: 50% de usuários (indicados
somente por suas entidades), 25% de trabalhadores de
saúde e 25% de prestadores de serviços (público e
privado).
-Não é permitida remuneração para os conselheiros.
78
 Criado em 1937, mas somente em 1990, após a
instituição do SUS, ganhou o papel que desenvolve
hoje.
 Decreto 99.438/90 criou um novo Conselho Nacional
de Saúde, com as seguintes atribuições e
competências:
deliberar sobre formulação de estratégia e controle da
execução da política nacional de saúde em âmbito
federal;
manifestar-se sobre a Política Nacional de Saúde;
79
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
- decidir sobre planos estaduais de saúde quando
solicitado;
- credenciamento de instituições de saúde que se
candidatem a realizar pesquisas em seres humanos;
- acompanhar a execução do cronograma de
transferência de recursos financeiros, consignados ao
SUS, aos estados, municípios e Distrito Federal, dentre
outras.
80
Plano de Saúde, Programação Anual e PPI: expressam a
direcionalidade das políticas de saúde do SUS,
configurando instrumentos de trabalho baseados no
modelo de gestão, no modelo de atenção à saúde, nos
recursos específicos ou estratégicos e no financiamento.
81
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 
DO SUS
PPI ( PROGRAMAÇÃO PACTUADA E 
INTEGRADA)
 é um processo instituído no âmbito do Sistema Único
de Saúde onde, em consonância com o processo de
planejamento, são definidas e quantificadas as ações
de saúde para população residente em cada território,
bem como efetuados os pactos intergestores para
garantia de acesso da população aos serviços de
saúde. Tem por objetivo organizar a rede de serviços,
dando transparência aos fluxos estabelecidos e definir,
a partir de critérios e parâmetros pactuados, os limites
financeiros destinados à assistência da população
própria e das referências recebidas de outros
municípios.
82
Define a programação das ações de saúde em cada
território e norteia a alocação dos recursos financeiros
para saúde a partir de critérios e parâmetros pactuados
entre os gestores.
todas as decisões e detalhamentos que dão base à PPI
devem ser registrados e armazenados na Secretaria
Técnica da CIB, ficando disponíveis permanentemente
para consultas e análises por parte dos diferentes
gestores.
83
A responsabilidade pelos serviços e ações de saúde é
do Poder Público, mas sem eximir o dever da sociedade
para com a sua promoção e proteção.
O funcionamento do SUS é de responsabilidade direta
de seus gestores (NOB/96)
84
RESPONSABILIDADES
1.1 Todo município é responsável pela integralidade da
atenção à saúde da sua população, exercendo essa
responsabilidade de forma solidária com o estado e a
União;
1.2 Todo município deve garantir a integralidade das
ações de saúde prestadas de forma interdisciplinar, por
meio da abordagem integral e contínua do indivíduo no
seu contexto familiar, social e do trabalho; englobando
atividades de: a) promoção da saúde, prevenção de
riscos, danos e agravos; b) ações de assistência,
assegurando o acesso ao atendimento das urgências;
85
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 
DOS MUNICÍPIOS
1.3 Todo município deve promover a eqüidade na
atenção à saúde, considerando as diferenças individuais
e de grupos populacionais, por meio da adequação da
oferta às necessidades como princípio de justiça social,
e ampliação do acesso de populações em situação de
desigualdade, respeitadas as diversidades locais;
86
1.4 Todo município deve participar do financiamento
tripartite do Sistema Único de Saúde;
1.5 Todo município deve assumir a gestão e executar as
ações de atenção básica, incluindo as ações de
promoção e proteção, no seu território;
1.6 Todo município deve assumir integralmente a
gerência de toda a rede pública de serviços de atenção
básica, englobando:
a) as unidades próprias;
b) as transferidas pelo estado ou pela União;
87
1.7 Todo município deve, com apoio dos estados,
identificar as necessidades da população do seu território,
fazer um reconhecimento das iniqüidades, oportunidades
e recursos;
1.8 Todo município deve desenvolver, a partir da
identificação das necessidades, um processo de:
a) planejamento;
b) regulação;
c)programação pactuada e integrada da atenção à saúde;
monitoramento e avaliação.
88
1.9 Todo município deve formular e implementar políticas
para áreas prioritárias, conforme definido nas diferentes
instâncias de pactuação;
1.10 Todo município deve organizar o acesso a serviços
de saúde resolutivos e de qualidade na atenção básica,
viabilizando o planejamento, a programação pactuada e
integrada da atenção à saúde e a atenção à saúde no seu
território, explicitando:
a) a responsabilidade, o compromisso e o vínculo do
serviço e equipe de saúde com a população do seu
território;
b) desenhando a rede de atenção à saúde;
c) promovendo a humanização do atendimento.
89
1.11 Todo município deve organizar e pactuar o acesso
a ações e serviços de atenção especializada a partir das
necessidades serviços de atenção básica com os
demais níveis do sistema, com base no processo da
programação pactuada e integrada da atenção à saúde;
1.12 Todo município deve pactuar e fazer o
acompanhamento da referência da atenção que ocorre
fora do seu território, em cooperação com o estado,
Distrito Federal e com os demais municípios envolvidos
no âmbito regional e estadual, conforme a programação
pactuada e integrada da atenção à saúde;
90
1.13 Todo município que dispõe de serviços de
referência intermunicipal, deve garantir estas
referências de acordo com a programação pactuada e
integrada da atenção à saúde;
1.14 Todo município deve garantir a estrutura física
necessária para a realização das ações de atenção
básica, de acordo com as normas técnicas vigentes;
91
1.15 Todo município deve promover a estruturação da
assistência farmacêutica e garantir, em conjunto com as
demais esferas de governo, o acesso da população aos
medicamentos cuja dispensação esteja sob sua
responsabilidade, promovendo seu uso racional,
observadas as normas vigentes e pactuações
estabelecidas;
1.16 Todo município deve assumir a gestão e execução
das ações de vigilância em saúde realizadas no âmbito
local, de acordo com as normas vigentes e pactuações
estabelecidas, compreendendo as ações de:
92
a) vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) vigilância ambiental.
1.17 Todo município deve elaborar, pactuar e implantar
a política de promoção da saúde, considerando as
diretrizes estabelecidas no âmbito nacional.
93
 Principais funções: 
- Promover as condições e incentivar o poder municipal
para que assuma a gestão da atenção à saúde de
seus munícipes, sempre na perspectiva da atenção
integral;
- Assumir, em caráter transitório, a gestão da atenção à
saúde daquelas populações pertencentes a
municípios que ainda não tomaram para si essa
responsabilidade;
- Ser o promotor da harmonização, da integração e da
modernização dos sistemas municipais, compondo
assim, o SUS-Estadual.
94
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
 1.1 Responder solidariamente com os municípios e a
União, pela integralidade da atenção à saúde da
população;
 1.2 Participar do financiamento tripartite do Sistema
Único de Saúde;
 1.3 Formular e implementar políticas para áreas
prioritárias, conforme definido nas diferentes
instâncias de pactuação;
 1.4 Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito
estadual, a implementação dos Pactos pela Vida e de
Gestão e seu Termo de Compromisso de Gestão;
95
RESPONSABILIDADES GERAIS
 1.5 Apoiar técnica e financeiramente os municípios,
paraque estes assumam integralmente sua
responsabilidade de gestor da atenção à saúde dos
seus munícipes; Responsabilidades Gerais
 1.6 Apoiar técnica, política e financeiramente a gestão
da atenção básica nos municípios, considerando os
cenários epidemiológicos, as necessidades de saúde
e a articulação regional, fazendo um reconhecimento
das iniqüidades, oportunidades e recursos;
96
 1.7
a) Fazer o reconhecimento das necessidades da
população no âmbito estadual;
b) Cooperar técnica e financeiramente com os
municípios, para que possam fazer o mesmo nos seus
territórios;
1.8 Desenvolver, a partir da identificação das
necessidades, um processo de:
a) Planejamento;
b) Regulação;
c) Programação pactuada e integrada da atenção à
saúde;
d) Monitoramento e avaliação.
97
1.9 Coordenar o processo de configuração do desenho
da rede de atenção à saúde, nas relações
intermunicipais, com a participação dos municípios da
região;
1.10 Organizar e pactuar com os municípios, o processo
de referência intermunicipal das ações e dos serviços de
média e alta complexidade a partir da atenção básica, de
acordo com a programação pactuada e integrada da
atenção à saúde;
1.11 Realizar o acompanhamento e a avaliação da
atenção básica no âmbito do território estadual;
98
1.12 Apoiar técnica e financeiramente os municípios
para que garantam a estrutura física necessária para a
realização das ações de atenção básica;
1.13 Promover a estruturação da assistência
farmacêutica e garantir, em conjunto com as demais
esferas de governo, o acesso da população aos
medicamentos cuja dispensação esteja sob sua
responsabilidade, fomentando seu uso racional e
observando as normas vigentes e pactuações
estabelecidas;
1.14 Coordenar e executar as ações de vigilância em
saúde, compreendendo as ações de média e alta
complexidade desta área, de acordo com as normas
vigentes e pactuações estabelecidas;
99
1.15 Assumir transitoriamente, quando necessário, a
execução das ações de vigilância em saúde no município,
comprometendo- se em cooperar para que o município
assuma, no menor prazo possível, sua responsabilidade;
1.16 Executar algumas ações de vigilância em saúde, em
caráter permanente, mediante acordo bipartite e conforme
normatização específica;
1.17 Supervisionar as ações de prevenção e controle da
vigilância em saúde, coordenando aquelas que exigem
ação articulada e simultânea entre os municípios;
100
1.18 Apoiar técnica e financeiramente os municípios
para que executem com qualidade as ações de
vigilância em saúde, compreendendo as ações de
vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, de
acordo com as normas vigentes e pactuações
estabelecidas;
1.19 Elaborar, pactuar e implantar a política de
promoção da saúde, considerando as diretrizes
estabelecidas no âmbito nacional;
1.20 Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de
saúde pública.
101
 Funções do gestor federal:
- exercer a gestão do SUS, no âmbito nacional;
- promover as condições e incentivar o gestor estadual
com vistas ao desenvolvimento dos sistemas municipais;
- Fomentar a harmonização, a integração e a
modernização dos sistemas estaduais, compondo o SUS-
Nacional;
- exercer as funções de normalização e de coordenação
no que se refere à gestão nacional do SUS.
102
RESPONSABILIDADE DA UNIÃO
Implantado em 1998, o PAB é composto de uma parte
fixa e de outra parte variável:
- Fixa: calculada em função do número de habitantes
dos respectivos Municípios, segundo dados do IBGE, é
destinada às ações e aos serviços básicos de saúde.
- Variável: formada por um conjunto de programas que
requer habilitação específica e corresponde a incentivos
financeiros para o desenvolvimento de diversos
programas (Saúde da Família, Farmácia Básica,...).
103
PISO DE ATENÇÃO BÁSICA - PAB
Normas operacionais básicas do SUS 
/ Norma operacional da Assistência 
Saúde
104
AULA 3
 A NOB 96 é decorrente, sobretudo, da experiência ditada
pela prática dos instrumentos operacionais anteriores -
em especial da NOB 1993 - o que possibilitou o
fortalecimento da crença na viabilidade e na importância
do SUS para a saúde de cada um e de todos os
brasileiros.
 Como instrumento de regulação do SUS, esta NOB, além
de incluir as orientações operacionais propriamente ditas,
explicita e dá conseqüência prática, em sua totalidade,
aos princípios e às diretrizes do Sistema,
consubstanciados na Constituição Federal e nas Leis No.
8.080/90 e No. 8.142/90, favorecendo, ainda, mudanças
essenciais no modelo de atenção à saúde no Brasil. 105
NOB / SUS
A presente Norma Operacional Básica tem por finalidade
primordial promover e consolidar o pleno exercício, por
parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da
função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes
(Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32, Parágrafo 1º, da
Constituição Federal), com a conseqüente redefinição das
responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da
União, avançando na consolidação dos princípios do
SUS.
106
FINALIDADE
Esse exercício, viabilizado com a imprescindível
cooperação técnica e financeira dos poderes públicos
estadual e federal, compreende, portanto, não só a
responsabilidade por algum tipo de prestação de
serviços de saúde (Artigo 30, inciso VII), como, da
mesma forma, a responsabilidade pela gestão de um
sistema que atenda, com integralidade, à demanda das
pessoas pela assistência à saúde e às exigências
sanitárias ambientais (Artigo 30, inciso V).
107
Busca-se, dessa forma, a plena responsabilidade do
poder público municipal. Assim, esse poder se
responsabiliza como também pode ser responsabilizado,
ainda que não isoladamente. Os poderes públicos
estadual e federal são sempre co-responsáveis, na
respectiva competência ou na ausência da função
municipal (inciso II do Artigo 23, da Constituição Federal).
Essa responsabilidade, no entanto, não exclui o papel da
família, da comunidade e dos próprios indivíduos, na
promoção, proteção e recuperação da saúde.
108
Isso implica aperfeiçoar a gestão dos serviços de saúde
no país e a própria organização do Sistema, visto que o
município passa a ser, de fato, o responsável imediato
pelo atendimento das necessidades e demandas de
saúde do seu povo e das exigências de intervenções
saneadoras em seu território.
Ao tempo em que aperfeiçoa a gestão do SUS, esta NOB 
aponta para uma reordenação do modelo de atenção à 
saúde, na medida em que redefine:
109
 os papéis de cada esfera de governo e, em especial,
no tocante à direção única;
 os instrumentos gerenciais para que municípios e
estados superem o papel exclusivo de prestadores de
serviços e assumam seus respectivos papéis de
gestores do SUS;
 os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo
progressiva e continuamente a remuneração por
produção de serviços e ampliando as transferências
de caráter global, fundo a fundo, com base em
programações ascendentes, pactuadas e integradas;
110
 a prática do acompanhamento, controle e avaliação
no SUS, superando os mecanismos tradicionais,
centrados no faturamento de serviços produzidos, e
valorizando os resultados advindos de
programações com critérios epidemiológicos e
desempenho com qualidade;
 os vínculos dos serviços com os seus usuários,
privilegiando os núcleos familiares e comunitários,
criando, assim, condições para uma efetiva
participação e controle social.
111
Em face de problemas observados durante a
implementação da NOB/SUS 01/96, entre os quais
podemos citar a questão da definição das
responsabilidades, do planejamento e organização do
sistema, e da resolutividade e acesso a serviços,
estabeleceu-se um amplo processo de discussão entre os
gestores, que resultou na publicação da Norma
Operacional da Assistência Saúde 01/01 (NOAS/SUS
01/01), instituída pela portaria GM/MS nº 95, de 26 de
janeiro de 2001.
112
NOAS / SUS
O conjunto de estratégias apresentadasna NOAS/SUS
articula-se em torno do pressuposto de que, no atual
momento da implantação do SUS, há ampliação das
responsabilidades dos municípios na garantia de acesso
aos serviços da atenção básica. A regionalização e a
organização funcional do sistema são elementos centrais
para o avanço do processo.
113
O objetivo da NOAS/SUS é promover maior equidade
na alocação de recursos e no acesso da população às
ações e serviços de saúde em todos os níveis de
atenção. Estabelece o processo de regionalização
como estratégia de hierarquização dos serviços de
saúde e de busca de maior equidade. Institui o Plano
Diretor de Regionalização (PDR) como instrumento de
ordenamento do processo de regionalização da
assistência em cada Estado e no Distrito Federal.
114
Baseado nos objetivos de definição de prioridades de
intervenção coerentes com a necessidade da
população e garantia de acesso dos cidadãos a todos
os níveis de atenção à saúde.
Cabe às secretarias de Saúde dos Estados e do
Distrito Federal a elaboração do PDR, em consonância
como Plano Estadual de Saúde, devendo o mesmo ser
aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite e pelo
Conselho Estadual de Saúde.
115
O PDR deve ser elaborado na perspectiva de garantir o 
acesso aos cidadãos, o mais próximo possível de sua 
residência, a um conjunto de ações e serviços vinculados 
a: 
 Assistência pré-natal, parto e puerpério;
 Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
infantil;
 Cobertura universal do esquema preconizado pelo PNI 
para todas as faixas etárias;
 Ações de promoção da saúde e prevenção de 
doenças;
116
 Tratamento de intercorrências mais comuns na infância;
 Atendimento de afecções agudas de maior incidência;
 Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas 
de alta prevalência;
 Tratamento clínico e cirúrgico de casos de pequenas 
urgências ambulatoriais;
 Tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais mais 
frequentes;
 Controle de doenças bucais mais comuns;
 Suprimento e dispensação dos medicamentos da 
farmácia básica.
117
Uma das partes integrantes do PDR é o Plano Diretor
de Investimentos (PDI), que visa identificar prioridades
e desenvolver estratégias de investimento de forma a
promover a equalização da oferta de recursos
assistenciais em todos os níveis de complexidade. Na
elaboração do PDR, um dos passos mais importantes é
a definição dos conceitos-chave, a ser feita de acordo
com a realidade de cada Estado. São eles:
118
Região de Saúde – base territorial de planejamento de
atenção à saúde, a ser definida pela Secretaria de Estado
da Saúde, de acordo com as especificidades e
estratégias de regionalização da saúde em cada Estado,
considerando as características demográficas,
socioeconômicas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de
serviços, entre outras. Dependendo do modelo de
regionalização adotado, um Estado pode dividir-se em
regiões e/ou microrregiões de saúde.
119
• Módulo Assistencial – é o espaço territorial que
disponha da resolutividade correspondente ao
primeiro nível de referência, podendo ser constituído
por um ou mais municípios, com área de abrangência
mínima a ser estabelecida para cada Unidade
Federada.
• Município-Polo de uma região ou microrregião – é
aquele que de acordo com a definição da estratégia
de regionalização de cada Estado, apresente papel
de referência para outros municípios, em qualquer
nível de atenção.
120
Microrregião de Saúde – é a unidade territorial mínima 
para qualificação na assistência à saúde, que deverá 
dispor de complexidade assistencial acima do exigido 
para os Módulos Assistenciais, sendo que esta 
definição deverá ser feita no âmbito estadual.
121
A NOAS/SUS definiu um conjunto mínimo de
procedimentos de média complexidade como primeiro
nível de referência intermunicipal, com acesso
garantido a toda a população no âmbito microrregional,
ofertados em um ou mais módulos assistenciais. Esse
conjunto mínimo de serviços de média complexidade
compreende as atividades ambulatoriais, de apoio
diagnóstico e terapêutico e de internação hospitalar.
122
Modelos de atenção em 
saúde
123
AULA 4
 Atenção à saúde é tudo que envolve o cuidado com a
saúde do ser humano, incluindo ações de promoção,
proteção, reabilitação e tratamento às
doenças.(portal.saude.gov.br);
 Atenção à saúde designa a organização estratégica
do sistema e das práticas de saúde em resposta às
necessidades da população. É expressa em políticas,
programas e serviços de saúde consoante os
princípios e as diretrizes que estruturam o Sistema
Único de Saúde (SUS);
124
MODELOS DE ATENÇÃO A SAÚDE
Historicamente, as políticas públicas de saúde do Brasil
estavam diretamente ligadas ao modelo econômico que
vigorava na época, acompanhando suas mudanças.
Modelo Assistencial Sanitarista/Campanhista:
implementado no período em que o Brasil vivia o modelo
econômico agroexportador com ações de imunização, de
saneamento dos portos e de controle de endemias.
Modelo Médico Assistencial Privatista:
implementado inicialmente no período da industrialização
brasileira, para atender as necessidades de saúde dos
trabalhadores (operários) com propósito de preservar o não
adoecimento da classe operária e, consequentemente,
evitar prejuízos ao setor econômico
Sistema de saúde organizado pela medicina profissional
ou biomedicina e inclui submodelos consultório particular
(individual ou empresarial) e da prática pública. Modelo
médico hegemônico (medicina opcional ou ortodoxa) é
então entendida como "um conjunto de práticas,
conhecimentos e teorias geradas pelo desenvolvimento do
que é conhecido como medicina científica.
Identificado como a única forma de tratar a doença,
legitimada tanto por critérios científicos e do Estado.
1 - MODELOS MÉDICO HEGEMÔNICO 
Como integrantes desse modelo, tem-se :
Modelo assistencial Privatista: versão mais conhecida
do modelo hegemônico. É centrada na clínica, voltado
para o atendimento da demanda espontânea e baseado
em procedimentos e serviços especializados.
Modelo da atenção Gerenciada : preserva as seguintes
características do modelo médico hegemônico,
especialmente a saúde/doença como mercadoria, o
biologismo e a subordinação dos consumidores
127
Como integrantes desse modelo, tem-se : 
 Individualismo; 
 Saúde/doença como mercadorias; 
 Ênfase no biologismo; 
 A historicidade da prática médica;
 Medicalização dos problemas;
 Privilégios da medicina curativa; 
 Estímulo ao consumismo médico; 
 Participação passiva e subordinada dos consumismo 
médico.
Predominante no Brasil no que se refere às formas de
intervenção sobre problemas e necessidades de saúde
adotadas pela saúde pública convencional.
Apresenta-se como “subalterno” em relação ao Modelo
Médico Hegemônico.
Remete à ideia de campanha ou programa, sempre
presente no imaginário da população e técnicos diante de
uma necessidade coletiva.
Programas especiais referentes ao modelo sanitarista:
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs)
Programa da Saúde da Família (PSF)
Campanhas Sanitárias
Vigilância Sanitárias e Epidemiológicas
2 - MODELO SANITARISTA
Pacs - Programa de Agentes Comunitários : inicialmente
objetivava a melhoria dos agentes comunitários de saúde,
a capacidade da população de cuidar da sua saúde;
Incorporar ao SUS agentes comunitários,
profissionalizados em auxiliares de enfermagem, para
desenvolver ações básicas de saúde; identificar os fatores
determinantes do processo saúde-doença, desencadear
ações de promoção de saúde e prevenção de doenças
ESFs - Baseiam-se em ações territoriais que extrapolam
os muros das unidades de saúde, enfatizando atividades
educativas e de prevenção de riscos e agravos
específicos, com ações básicas de atenção à saúde de
grupos prioritários; Dirigidos a pobres e excluídos; O seu
desenvolvimento conceitual, institucional e prático permite
sublinhar potencialidades inovadoras
CampanhasSanitárias - Centrado em certos agravos,
risco ou determinados grupos populacionais; Dezenas
de programas e projetos, quase um pra cada doença
considerada relevante ou para grupo populacional
reconhecido como prioritário; Pulverização de recursos e
de atividades
Vigilância Sanitária - Atuação sobre os riscos)
Vigilância Epidemiológica - Controle de danos
131
O modelo do sistema de saúde brasileiro é centrado
na hierarquização das ações e serviços de saúde por
níveis de complexidade. Isto significa dizer que ele se
estrutura em níveis de maior ou menor complexidade
de ações e serviços de saúde, conforme dispõe, ainda,
os arts. 8º e 7º, II, da Lei 8.080/90.
Nesse sentido, o modelo de atenção à saúde, que se
centra em níveis de complexidade dos serviços, deve
ser estruturado pela atenção básica, principal porta de
entrada no sistema, a qual deve ser a sua ordenadora.
132
A hierarquização se compõe da atenção primária ou
básica; atenção secundária e terciária ou de média e
alta complexidade (ou densidade tecnológica).
133
Estratégia saúde família
135
AULA 5
 Saúde da Família é entendida como uma estratégia
de reorientação do modelo assistencial,
operacionalizada mediante a implantação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de saúde.
 Iniciada em 1991 com o PACS (Programa de Agentes
Comunitários de Saúde) .
 Representa uma “porta de entrada”.
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
• É o primeiro contato com os serviços de saúde.
• Organiza os serviços de referência e contrareferência
para os diferentes níveis de atenção.
• Um pouco de história Naturalmente existem várias
concepções sobre a Medicina de Família, sua origem
nos remete à década de 70, quando essa proposição
chegou a faculdades de medicina da América Latina
como reforma curricular como reação à tendência à
especialização e conseqüente desumanização do
atendimento.
137
Várias tendência podem ser identificadas nessas
concepções desde sua vinculação a uma reforma social
e de estado como aconteceu com a medicina de família
de Cuba e na China que propôs os conhecidos médicos
de pés descalços até a proposição dos países
industrializados de saúde comunitária passando
necessariamente pelo Family Practice da reforma do
sistema de saúde da Inglaterra do pós guerra que é foi
considerado um modelo de acesso universal adotado
por muitos outros países.
138
O atendimento é prestado na unidade básica de saúde
ou no domicílio, pelos profissionais (médicos,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes
comunitários de saúde) que compõem as equipes de
Saúde da Família.
139
ATENDIMENTO
 Cada equipe é capacitada para:
 Conhecer a realidade das famílias pelas quais é
responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico
de suas características sociais.
 Identificar os principais problemas de saúde e
situações de risco aos qual a população que ela
atende está exposta.
 Elaborar, com a participação da comunidade, um plano
local para enfrentar os determinantes do processo
saúde/doença.
140
EQUIPE
 Prestar assistência integral, respondendo de forma
contínua e racionalizada à demanda, organizada ou
espontânea, na Unidade de Saúde da Família, na
comunidade, no domicílio e no acompanhamento ao
atendimento nos serviços de referência ambulatorial
ou hospitalar.
 Desenvolver ações educativas e intersetoriais para
enfrentar os problemas de saúde identificados.
141
 A partir de 1992, o conceito de promoção da saúde:
Intersetorialidade;
Participação popular.
 A estratégia do PSF:
Família como núcleo social alvo em território definido.
 Atenção Básica não é:
Para pobres;
Sinal de baixa resolutibidade;
Lugar para profissionais sem qualificação.
142
 Atenção Básica é
Serviço de alta qualidade e resolutividade
Valorização da promoção e proteção da saúde;
Parte de um sistema hierarquizado.
143
 A Saúde da Família como estratégia estruturante
dos sistemas municipais de saúde tem provocado
um importante movimento com o intuito de reordenar
o modelo de atenção no SUS. Busca maior
racionalidade na utilização dos demais níveis
assistenciais e tem produzido resultados positivos
nos principais indicadores de saúde das populações
assistidas às equipes saúde da família.
144
 O trabalho de equipes da Saúde da Família é o
elemento-chave para a busca permanente de
comunicação e troca de experiências e conhecimentos
entre os integrantes da equipe e desses com o saber
popular do Agente Comunitário de Saúde. As equipes
são compostas, no mínimo, por um médico de família,
um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6
agentes comunitários de saúde. Quando ampliada,
conta ainda com: um dentista, um auxiliar de
consultório dentário e um técnico em higiene dental.
145
• Prestar assistência integral, contínua, com
resolutibidade e boa qualidade às necessidades de
saúde da população.
• Intervir nos fatores de risco á população.
• Humanizar as práticas de saúde através do
estabelecimento de um vínculo entre os profissionais
de saúde e a população.
• Contribuir para a democratização do conhecimento do
processo saúde/doença,da organização dos serviços e
da produção social da saúde.
146
OBJETIVOS DO PSF
• Estimular a organização da comunidade para o 
efetivo exercício do controle social.
• Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento
de cerca de 3 mil a 4 mil de uma determinada área, e
estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à
saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente
nas unidades básicas de saúde, nas residências e na
mobilização da comunidade, caracterizando-se:
• como porta de entrada de um sistema hierarquizado e
regionalizado de saúde;
147
 Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser
responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a
média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando
critérios de equidade para essa definição. Recomenda-
se que o número de pessoas por equipe considere o
grau de vulnerabilidade das famílias daquele território,
sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade,
menor deverá ser a quantidade de pessoas por
 Número de ACS deve ser suficiente para cobrir 1005 a
área, com no máximo de 750 pessoas por agentes e 12
acs por equipe de saúde, não ultra passando o limite
máximo recomendado.
148
 Por ter território definido, com uma população
delimitada, sob a sua responsabilidade;
 Por intervir sobre os fatores de risco aos quais a
comunidade está exposta;
 Por prestar assistência integral, permanente e de
qualidade;
 Por realizar atividades de educação e promoção da
saúde.
149
 Os agentes comunitários de saúde podem ser
encontrados em duas situações distintas em relação
à rede do SUS:
 Ligados a uma unidade básica de saúde ainda não
organizada na lógica da Saúde da Família;
 E ligados a uma unidade básica de Saúde da Família
como membro da equipe multiprofissional.
150
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
 Mapear sua área de atuação; 
 Cadastrar as famílias de sua área, mantendo os 
cadastros atualizados. 
 Identificar indivíduos e famílias expostos a situações 
de risco; 
 Realizar visitas domiciliares;
 Colher dados para análise da situação das famílias 
acompanhadas;
 Desenvolver ações de promoção e prevenção de 
doenças.
151
SÃO ATRIBUIÇÕES DO ACS 
 Médicos: Atende a todos os integrantes da cada
família e desenvolve com os demais integrantes da
equipe , ações preventivas e de promoção da
qualidade de vida da população.
 Enfermeiro: Supervisiona o trabalho o ACS e do
Auxiliar de enfermagem, realiza consultas na unidade
de saúde, bem como assiste às pessoas que
necessitam de cuidados de enfermagem, no domicílio
152
COMPONENTES DAS EQUIPES
• Responsabilizar-se pelas ações de vig.à saúde;
• Capacita o ACS;
• Promove ações de educação em saúde;
• Discutir junto á equipe e comunidade relações
existentes entre cidadania e saúde.
153
 Auxiliar de Enfermagem:
 Realiza procedimentos de enfermagemna unidade
básica de saúde, no domicilio e executa ações de
orientação sanitária.
 Auxilia na identificação das famílias de risco;
 Auxilia os ACS nas visitas domiciliares;
 Participa das discussões e organização do processo
de trabalho da unidade de saúde.
154
 Agente Comunitário de Saúde: faz a ligação entre as
famílias e o serviço de saúde, visitando cada
domicílio pelo menos uma vez por mês; realiza
mapeamento de cada área, o cadastramento das
famílias e estimula a comunidade para práticas que
proporcionem melhores condições de saúde e de
vida.
 Cirurgião – Dentista: Realizar exames clínicos para
diagnóstico epidemiológico, Realizar os
procedimentos clínicos previstos pela NOB-SUS/96 e
NOAS-MS/2001
155
Federal
 Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção
básica;
 Co-financiar o sistema de atenção básica;
 Ordenar a formação de recursos humanos;
 Propor mecanismos para a programação, controle,
regulação, e avaliação da atenção básica;
 Manter as bases de dados nacionais.
156
RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS 
GESTORAS EM ATENÇÃO BÁSICA
Estadual
 Acompanhar a implantação e execução das ações de
atenção básica em seu território;
 Regular as relações inter-municipais;
 Coordenar a execução das políticas de qualificação de
recursos humanos em seu território;
 Co-financiar as ações de atenção básica;
 Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da
atenção básica em seu território.
157
Municipal
 Definir e implantar o modelo de atenção básica em
seu território;
 Contratualizar o trabalho em atenção básica;
 Manter a rede de unidades básicas de saúde em
funcionamento ( gestão e gerência);
 Co-financiar as ações de atenção básica;
 Alimentar os sistemas de informação;
 Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica
sob sua supervisão.
158
 Um dos pontos mais fortes do Programa de Saúde
da Família (PSF) é a busca ativa: a equipe vai às
casas das pessoas, vê de perto a realidade de cada
família, toma providências para evitar as doenças,
atua para curar os casos em que a doença já existe,
dá orientação para garantir uma vida melhor, com
saúde.
159
OBSERVAÇÃO
 Nas cidades onde funciona o Programa Saúde da
Família (PSF), o comando geral das ações fica por
conta do Secretário Municipal de Saúde. Mesmo
quando o próprio prefeito é médico. Na maioria dos
casos, foi o secretário quem teve a idéia e deu os
primeiros passos para a implantação do programa. É
no secretário que o prefeito se apóia para que o PSF
passe a fazer parte do sistema municipal de saúde,
dentro de uma nova lógica de integração ampla com
a comunidade.
160
Pacto pela saúde
161
AULA 6
Pactos pela Vida, em 
Defesa do SUS e de 
Gestão
162
 Substituição do atual processo de habilitação pela
adesão solidária aos Termos de Compromisso de
Gestão
 Regionalização solidária e cooperativa como eixo
estruturante do processo de Descentralização
 Integração das várias formas de repasse dos
recursos federais
 Unificação dos vários pactos hoje existentes
163
PRINCIPAIS ASPECTOS DO PACTO 
 Estabelece um conjunto de compromissos sanitários
considerados prioritários, pactuado de forma tripartite,
a ser implantado por cada ente federado. Esses
compromissos deverão ser efetivados pela rede do
SUS, de forma a garantir o alcance de metas
pactuadas. Prioridades estaduais, regionais ou
municipais podem ser agregadas às prioridades
nacionais, a partir de pactuações locais.
164
PACTO PELA VIDA
Saúde do idoso Implantar a “Política Nacional 
Câncer do colo do útero e da 
mama
Contribuir para a redução 
Mortalidade infantil e materna Reduzir a mortalidade
Doenças emergentes e 
endemias
Fortalecer a capacidade de 
resposta do sistema com 
ênfase na dengue, hanseníase, 
tuberculose malária, influenza 
hepatite e AIDS
Promoção da saúde Elaborar e implantar a “Política 
Nacional de Promoção da 
Saúde” 
Atenção básica à Saúde Consolidar e qualificar a ESF 
como modelo de atenção 
básica e como ordenadora das 
redes de atenção à saúde 165
Saúde do trabalhador
Saúde Mental
Fortalecimento da 
resposta do sistema às 
pessoas com deficiência
COMPROMISSOS 
SANITÁRIOS 
PRIORITÁRIOS 
Atenção integral às 
pessoas em situação ou 
risco de violência
Saúde do Homem
166
Diretrizes:
 Expressar os compromissos entre os gestores do
SUS com a consolidação da Reforma Sanitária
Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do
Sistema Único de Saúde estabelecidos na
Constituição Federal.
 Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de
competência e em conjunto com os demais gestores,
que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de
Saúde como política pública.
167
PACTO EM DEFESA DO SUS
É uma diretriz do sistema único de saúde e um eixo 
estruturamente do pacto de gestão e deve orientar a 
descentralização das ações e serviços de saúde e os 
processos de negociação e pactuação entre os 
gestores.
Fonte: Ministério da saúde – Portaria 399 – GM, 2006.
168
REGIONALIZAÇÃO
 As regiões de saúde são recortes territoriais
inseridos em um espaço geográfico contínuo,
identificadas pelos gestores municipais e
estaduais e aprovadas nas CIB’S.
169
 Define as responsabilidades sanitárias e atribuições 
do município, do distrito federal, do estado e da 
união. 
 A gestão do SUS é construída de forma solidária e 
cooperada, com apoio mútuo através de 
compromissos assumidos nas CIB’S e CIT.
170
RESPONSABILIDADES SANITÁRIAS
Algumas responsabilidades atribuídas aos municípios
devem ser assumidas por todos os municípios.
As outras responsabilidades serão atribuídas de acordo
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de
serviços localizada no território municipal.
Quanto aquelas atribuídas aos estados, devem ser
assumidas por todos eles.
171
DOCUMENTO DE 
FORMALIZAÇÃO DO 
PACTO PELA VIDA E 
DE GESTÃO
TERMO DE 
COMPROMISSO DE 
GESTÃO-TCG (De cada 
Ente Federativo)
172
FORMALIZAÇÃO
O TCG, contém as metas e objetivos do pacto pela vida,
as responsabilidades e atribuições de cada gestor, e os
indicadores de monitoramento.
A assinatura do termo de compromisso de gestão
substitui o atual processo de habilitação, conforme
detalhamento em portaria específica.
173
Promoção de saúde
174
AULA 7
“Promoção da saúde é o nome dado ao processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria de
sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior
participação no controle deste processo. Para atingir
um Estado de completo bem-estar físico, mental e
social os indivíduos e grupos devem saber identificar
aspirações, satisfazer necessidades e modificar
favoravelmente o meio ambiente... Assim, a promoção
da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor
saúde, e vai além de um estilo de vida saudável, na
direção de um bem-estar global”. (Carta de Ottawa,
1986)
175
I- Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade 
e riscos à saúde; 
II- Incorporar e implementar ações de promoção da 
saúde, com ênfase na atenção básica;
III- Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de 
sujeitos e coletividades;
IV- Contribuir para o aumento da resolubilidade do 
Sistema, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e 
segurança das ações de promoção da saúde;
176
OBJETIVOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE
V- Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de
convivência e de produção de saúde para o
desenvolvimento das ações de promoção da saúde;
VI- Contribuir para elaboração e implementação de
políticas públicas integradas que visem a melhoria da
qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos e
rurais;
VII- Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de
doenças e agravos à saúde;
VIII- Valorizar e ampliar a cooperação do setor Saúde com
outras áreas de governos, setores e atores sociais para a
gestão de políticas públicas e a criação e/ou o
fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das
situações dedesigualdade
177
SUS - possibilidade de enfocar os aspectos que
determinam o processo saúde-adoecimento em nosso
País;
Vigilância em saúde - reforça a exigência de um
movimento integrador na construção de consensos e
sinergias;
Trabalho em rede - Exige planejamento das ações em
saúde vinculada às necessidades percebidas e
vivenciadas pela população nos diferentes territórios e,
concomitantemente, garantindo intervenções nos
determinantes e condicionantes de saúde;
178
ATRIBUIÇÕES PARA A PROMOÇÃO DA 
SAÚDE
Intersetorialidade - O compromisso do setor Saúde na
articulação intersetorial é tornar cada vez mais visível
o processo saúdeadoecimento;
179
Conferências Internacionais:
 Conferencia Internacional de Ata Ama (1978);
 I Conferência Internacional sobre PS (1986) –
Ottawa;
 II Conferência, em Adelaide, Austrália (1988);
 III Conferência - Sundsvall, Suécia (1991);
 IV Conferência, - Jacarta, Indonésia (1997);
 V Conferência, - Cidade do México, México (2000);
 VI Conferência, - Bangkok, na Tailândia;
180
MARCOS LEGAIS PARA CRIAÇÃO DA 
PNPS – PROGRAMA NACIONAL DE 
PROMOÇÃO DE SAÚDE
Constituição da República Federativa do Brasil de 1981:
Art. 196, dispondo que “a saúde é direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”
 Lei 8.080 de 1990:
Art. 2º, “saúde é um direito fundamental do ser humano,
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício”
181
Art. 3º, que dispõe que “a saúde tem como fatores
determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais; os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do País”
182
 Lei 8.080 de 1990:
Art. 15 : Dispõe que a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios devem elaborar normas
técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade
para promoção da saúde do trabalhador e também
elaborar normas técnico-científicas de promoção,
proteção e recuperação da saúde .
183
Portarias: 
Interministerial n° 1.010 
(2006)
Promoção da 
Alimentação Saudável 
nas Escolas
Decreto nº 6.286 
(2007) 
Programa Saúde na 
Escola (PSE)
Portaria nº. 
1.409/GM/MS (2007)
Comitê Gestor da 
Política Nacional de 
Promoção da Saúde -
CGPNPS
184
Portaria Interministerial 
nº. 675 (2008)
Comissão Intersetorial
de Educação e Saúde 
na Escola – CIESE
Portaria GM/MS nº. 719 
(2011) 
Programa Academia da 
Saúde
185
186
187
188
Sistema de informação em 
saúde
189
AULA 8
Serviços 
de Saúde
Impacto positivo 
nas condições de 
saúde da população
Epidemiologia
Dados 
epidemiológicos Informação 
em saúde
Indicadores de 
saúde
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
(SIS)
No setor saúde, a informação deve ser entendida como
uma redutor de incertezas, um instrumento para detectar
focos prioritários, levando a um planejamento
responsável e a execução de ações de que condicionem
a realidade às transformações necessárias.
Finalidade 
do SIS
avaliação
dados
decisão
ação
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
(SIS)
OMS 
“Um mecanismo de coleta, 
processamento, análise e 
transmissão da informação 
necessária para se organizar e 
operar os serviços de saúde e, 
também, para a investigação e 
o planejamento com vistas ao 
controle de doenças”.
OPAS
“Conjunto de componentes que 
atuam de forma integrada e 
que têm por finalidade 
produzir a informação 
necessária e oportuna para 
implementar processos de 
decisões no sistema de serviços 
de saúde”. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
(SIS)
O SIS é composto por diferentes sub sistemas, que
produzem um enorme quantidade de dados referentes à
atividades setoriais em saúde, gerando grandes bancos
de dados nacionais.
Objetivo básico: aquisição do conhecimento para
fundamentar a gestão dos serviços
 Estes sistemas tiveram um crescimento acelerado nos
últimos anos, especialmente com a implantação do
SUS, que conta com diversos desses sistemas.
 Ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS) é
atribuída a responsabilidade de coletar, processar e
disseminar informações sobre saúde.
 Possibilitar a análise da situação de saúde no nível
local, tomando como referencial microrregiões
homogêneas e considerando, necessariamente, as
condições de vida da população, na determinação do
processo saúde-doença.
 Nível local tem a responsabilidade, não apenas com a
alimentação dos sistemas de informações em saúde,
mas também com a sua organização e gestão (BRASIL,
2008).
 O registro, a compilação e a difusão dos dados em
saúde do SUS são processos realizados pelo
Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
 Na integração do sistema de informação ao sistema
de saúde, visa-se a criaras condições para
promover a equidade, a cobertura universal das
ações e o atendimento das demandas.
195
SIH -
SUS
SIA
SIM
SINASC
SINAN
SISA
B
SISVAN
SI-
PNI
SIOP
S
...
SISTEMAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO 
DE 
MORTALIDADE 
SIM
Declaração de 
óbito –D.O.
Contém 
informações 
sobre óbitos e 
óbitos fetais 3 vias : 
1 SMS
2 família
3 hospital
 1979
 Estatísticas de mortalidade
 Informações de mortalidade 
são importantes para o 
conhecimento dos agravos 
que afetam as populações, 
refletindo suas condições de 
vida e saúde
 Problemas:
- Sub-registro
- Qualidade do preenchimento 
da DO
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO DE 
NASCIDOS VIVOS -
SINASC
Declaração de 
nascidos vivos –
D.N. 
Contém 
informações sobre 
as características 
dos nascido vivos, 
da mãe, da 
gestação e do 
parto
 1990
 Utilizada nas atividades de planejamento da
assistência ao parto e ao nascituro, assim como na
construção de indicadores de saúde e demográficos,
tais como a taxa de mortalidade infantil, neonatal e
perinatal e as taxas de fecundidade e natalidade ;
Contabiliza o número de nascimentos em todo
território nacional, coleta dados epidemiológicos que
permitam identificar as crianças que nascem com
risco de vida, para intervir com maior rapidez para
prevenir e até controlar os fatores de risco.
199
SISTEMA NACIONAL DE AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO- SINAN
 1994
 Notificação de doenças é importante para a detecção
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual e
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças e
agravos
 Lista Nacional de doenças de notificação compulsória
 estados e municípios podem estabelecer a
obrigatoriedade da notificação de outros agravos além
dos que constam da listagem nacional
201
O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e
investigação de casos de doenças e agravos que constam
na lista nacional de doenças de notificação compulsória.
Portaria GM/MS nº 104 de janeiro de 2011
1. Acidentes por animais peçonhentos;
2. Atendimento antirrrábico;
3. Botulismo;
4. Carbúnculo ou Antraz;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue;
8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt - Jacob;
10. Doença Meningocócica e outras Meningites;
11. Doenças de Chagas Aguda;
12. Esquistossomose;
203
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação;
14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana –
HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de 
transmissão vertical;
22. Influenza humana por novo subtipo;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, 
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
205
24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
25. Leishmaniose Visceral;
26.

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