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Pesquisa- As influencias do construtivismo russo no design gráfico

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
MATHEUS FILLIPE DA SILVA CHIQUETTO
AS INFLUÊNCIAS DO CONSTRUTIVISMO RUSSO NO DESIGN GRÁFICO
CAMPINAS/SP
2020
MATHEUS FILLIPE DA SILVA CHIQUETTO
AS INFLUÊNCIAS DO CONSTRUTIVISMO RUSSO NO DESIGN GRÁFICO
Trabalho sobre a influência do construtivismo no design gráfico ministrado pela disciplina de Comunicação editorial na Universidade Paulista – UNIP.
Professor: Milton Antônio Lebre
CAMPINAS/SP
2020
RESUMO
Para entender o contexto em que se inseria o Construtivismo Russo e suas influências no design atualmente, é preciso compreender o momento histórico que o precedeu. Antes de tudo, não há como pensar na consolidação do design gráfico como profissão e em um movimento tão conhecido por seu temperamento propagandista-social como o Construtivismo sem fazer menção à Revolução Industrial, ocorrida no século XIX. Esse momento explosivo que marca o início de uma sociedade ocidental capitalista trouxe inovações tecnológicas, econômicas, como também sociais e filosóficas, importantes para o surgimento do movimento vanguardista. As atraentes quinquilharias, a produção em massa e o recente poder de compra da sociedade proletária demandava o preenchimento de uma lacuna até então pouco explorada: o apelo da propaganda. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, na segunda metade do século XX, parte da Europa encontrava-se devastada. Esse cenário dilacerado, junto à idealização da tecnologia trazida pós-Revolução Industrial propiciaram o surgimento do Construtivismo Russo como movimento vanguardista. Sua rejeição pelo passado e caráter otimista levantaram a arte para um patamar de esfera social. Isso era tão evidente que transcendia o teor conteudista de informar apenas pelo texto, mas também o fazia por imagens.
Palavras-chaves: Design, arte, construtivismo russo, movimento vanguardista
ABSTRACT
To understand the context in which Russian Constructivism and its influences on design today were inserted, one must understand the historical moment that preceded it. First of all, there is no way to think of the consolidation of graphic design as a profession and in a movement as well known for its propagandist-social temperament as Constructivism without mentioning the Industrial Revolution, which occurred in the 19th century. This explosive moment that marks the beginning of a western capitalist society brought technological, economic, as well as social and philosophical innovations, important for the emergence of the avant-garde movement. The attractive trinkets, mass production and the recent purchasing power of the proletarian society required filling a gap hitherto little explored: the appeal of advertising. With the end of World War I, in the second half of the 20th century, part of Europe was devastated. This torn scenario, together with the idealization of technology brought after the Industrial Revolution, led to the emergence of Russian Constructivism as an avant-garde movement. His rejection of the past and optimistic character raised art to a level of social sphere. This was so evident that it transcended the content of informing only by the text, but also did so by images.
Key-words: Design, art, russian constructivism, avant-garde movement
SUMÁRIO
Introdução .................................................................................................................. 1
Desenvolvimento ....................................................................................................... 2
Os maestros dos cartazes políticos russos ................................................................. 4
Os Construtivistas ..................................................................................................... 5
Exposição em Serralves, 1999 .................................................................................. 6
O design gráfico e a revolução ................................................................................. 8
El Lissitski, o maestro da comunicação ................................................................... 9
Os irmãos Stenberg ................................................................................................ 11 
Conclusão ............................................................................................................... 12
Referências ............................................................................................................. 13
INTRODUÇÃO
Trabalho de revisão bibliográfica acerca das influências do construtivismo russo no design gráfico e suas aplicações abordando aspectos como o oque foi o construtivismo russo, sua ligação com a arte e o design gráfico, os construtivistas, o design gráfico e a revolução, como todos esses movimentos e revoluções fizeram parte da influência do construtivismo russo no design gráfico. 
 
DESENVOLVIMENTO
1. O Construtivismo Russo foi um movimento de vanguarda que abriu o século XX passando por cima, sem pedir licença, de uma série de concepções artísticas que duraram por muito tempo, e contribuiu, em muito, para a forma como pensamos e produzimos arte e design desde o século passado. 
O início do século XX foi marcado por uma série de disputas territoriais na Europa que levaram a um desenvolvimento bélico intenso e culminaram na Primeira Guerra Mundial, na qual a Rússia foi peça importante. Com a maioria dos homens na guerra, as mulheres foram para as indústrias. Enquanto isso, a fome se espalhava, acompanhada por baixíssimos salários e cargas horárias de trabalho excessivas. Isso contribuiu para que os trabalhadores fossem às ruas em protesto, convocando greves gerais e aumentando a força do movimento, inclusive interrompendo o abastecimento de alimento e combustível por todo o país. Era o caos. Cercado pela população, em 1917, o Czar Nicolau II assina sua abdicação. A partir daí iniciou-se um governo provisório instável, fraco e que não tinha o apoio da massa trabalhadora, e que duraria somente até o fim daquele ano, quando operários, soldados e camponeses, liderados por Lênin e o Exército Vermelho, irromperiam a chamada Revolução Vermelha. Entender esse contexto é importante porque ele tem profunda relação com o caráter revolucionário do Construtivismo Russo. O cenário de caos e instabilidade induziam à uma reorganização da sociedade em questão, mas isso não era algo novo. A novidade aqui é que, baseadas em ideologias ligadas ao marxismo, anarquismo e outros movimentos, as pessoas passariam a pensar e projetar essa nova forma de organização, seu espaço e suas vidas deveriam ser reorganizadas de maneira racional e muito mais autônoma. A partir disso, os construtivistas viriam na arte muito mais o papel de criar, construir novas realidades, do que de representar realidades que se deveria jogar fora.
Estética e teoricamente, o Construtivismo encontra origens no Cubismo de Picasso e no Suprematismo de Malevich. Alinhadas aos ideais emancipacionistas da Revolução Socialista, as ideias construtivistas pregaram uma autonomia maior do artista, o fim da arte da elite, e uma democratização radical da arte, significando sua morte no estado em que se encontrava para nascer de outra forma, uma arte democrática, popular e, acima de tudo, funcional. O principal defensor dessas ideias, e líder de uma importante ala do movimento, foi Alexandr Mikhailovich Rodchenko (1981 – 1956). Rodchenko foi um dos que defenderam com mais vontade que a arte deveria ter uma função social, cumprir um papel prático na vida das pessoas. Não é raro, e também não é exagero, ouvir dizer que que a arte não foi mais a mesma depois de Rodchenko. Ninguém havia pensado de forma tão enfática a produção artística como elemento político tão essencial à forma como nos organizamos socialmente e como entendemos a sociedade e o espaço em que vivemos. Sua maneira de criar era construindo a partir de propriedades formais e materiais, de maneira racional, estrutural e científica. Essa postura estava em ressonância com os ideais daRevolução e de Lênin, que o integrou ao Departamento de Arte do Estado, onde ele enfatizaria a participação do artista como essencial para o suprimento material e intelectual da sociedade.
Rodchenko deixa de lado a arte de cavalete, alegando ser uma limitação antiquada à produção criativa, e parte para experimentar novas técnicas. Foi fotógrafo, escultor, pintor, designer. Ao lado dele, outros artistas promoveriam experimentações que revolucionaram o mundo da época e que explicam muito do mundo de hoje. Com o Construtivismo Russo, a defesa da morte da arte realista e a pregação de uma arte útil, vemos aparecer a principal abordagem do design que existe hoje: o design funcionalista. Os construtivistas acreditavam que o artista especial, iluminado, pertencia ao passado, e que em um futuro socialista regado pelo desenvolvimento tecnológico, as ferramentas artísticas e, consequentemente, a técnica, deveriam ser radicalmente democratizadas. Seguindo essa linha, vários artistas trabalharam, através de sua arte, o desenvolvimento da comunicação de massas, conseguindo transmitir ideias para uma população que nem sequer sabia ler (Lissitzky impulsiona a alfabetização a partir dessa ideia). São fundadas as Vkhutemas, escolas de tecnologia e arte aplicada, que deveriam preparar artistas para a indústria e para a transformação cultural do país e disseminação das ideias construtivistas e socialistas. Vemos, então, o que alguns consideram como o início do ensino formal de design.
Em 1934, através do Congresso dos Escritores, o Construtivismo é proibido na URSS, alguns artistas são expulsos ou constrangidos a se exilarem. A ala ligada a Stálin determina o retorno do realismo do período imperial, mas agora chamado realismo socialista. Mas, se por um lado, a arte construtivista perde espaço em um lugar que ela ajudou a construir, por outro lado, vemos sua transmutação no design e em movimentos artísticos pela Europa, influenciando muito em nossa vida até hoje.
2. Os maestros dos cartazes políticos russos
O cartaz passou por um período de testes desde meados do século XIX, após sua intensa utilização nos meios comerciais e culturais. Nesse período, provou ser um eficaz meio de persuasão, mais que isso, se estabeleceu como um inestimável recurso sensorial capaz de produzir uma catarse coletiva – necessária para dar uma energia irreal à guerra e aos problemas sociais que o século XX trouxe já nos seus primeiros anos. O cartaz era um excelente meio para dar um ar otimista aos sentimentos dos povos, que vislumbravam na trajetória dos conflitos um futuro de catástrofes. Assim, as mensagens transmitiam a exaltação do patriotismo, o fortalecimento dos pensamentos de igualdade e da vitória e, até mesmo, um desprezo por idéias ou inimigos. A evolução dos cartazes como meio de comunicação e persuasão caminha paralelamente com a evolução dos meios de impressão, os quais começaram a possibilitar a produção de cartazes coloridos de ótima qualidade.
		A Rússia do início do século XX,  sem dúvida, foi uma das mais importantes escolas na utilização das artes gráficas ou das artes em geral como meio de persuasão política. Na Idade Média, os artistas já colaboravam com a divulgação dos preceitos da Igreja e na persuasão do povo por meio de suas obras, porém de forma involuntária. Na Rússia, contudo, os mais importantes nomes das artes estavam realmente engajados em um ideal. O autor italiano Giulio Carlo Argan explica que “a crescente identificação com as idéias revolucionárias e os fundamentos da nova sociedade correm junto com o desejo de converter a arte em uma arma para construir, para transformar a sociedade, a realidade que haviam se apoderado”.
Até perto de 1917, existia uma grande influência francesa nas artes gráficas comerciais russas, somente após esta data é que o estilo russo encontra um caminho próprio, influenciado pelos artistas ligados ao processo revolucionário. Não se sabe ao certo o motivo, mas a Rússia foi um dos mais importantes celeiros de artistas gráficos e fotógrafos do início do século XX. Até mesmo nomes que não tiveram participação no engajamento revolucionário, tais como Vladimir Bobritzky, Sacha Stone e Alexei Brodivitch – assunto de artigo na abcDesign número 9 – possuem um trabalho singular. Essas personalidades emigraram e desenvolveram um importante trabalho de vanguarda nos Estados Unidos, sendo que Brodovitch exerceu importante influência no desenvolvimento de alguns alunos, como Irving Penn, Richard Avedon, Art Kane. Além disso, Brodovitch possui o mérito de lançar ao mercado editorial de moda nomes como Mann Ray e Henry Cartier-Bresson.
3. Os Construtivistas 
O construtivismo foi um movimento de vanguarda, lançado em Moscovo, pouco depois da revolução soviética, por Vladimir Tatlin, Alexander Rodchenco, El Lissitzky e Naum Gabo 
4. Exposição em Serralves, 1999 
A exposição do Museu Serralves — 17 Set - 25 Dez 1999 — reuniu algumas das mais significativas obras gráfica e fotográfica de um dos artistas mais relevantes das vanguardas russas do princípio do século, que muito contribuiu para a Arte abstracta dos anos 20.
Foi dada especial atenção à intensa colaboração com fotógrafos, designers e realizadores de cinema alemães e soviéticos, que influenciaram o seu percurso.
Esta exposição foi organizada pelo Sprengel Museum de Hannover (Alemanha), e co-produzida pelo MACBA (Museu de Arte Contemporânea de Barcelona) e pela Fundação de Serralves. Comissária: Margarita Tupitsyn.
 
 Número da revista MERZ, de Schwitters. Desenho da capa: El Lissitzky 1924.
Fotomontagem de Lissitzky.
5. O design gráfico e a revolução
A revolução colocou em movimento não apenas uma nova forma de perceber a sociedade, mas também um questionamento e uma proposta de ruptura com os modelos que estavam em vigor. Acima de tudo, ela propõe uma remodelação da sociedade e, naturalmente, as artes gráficas não ficavam de fora, já que os artistas eram peça fundamental nesse processo. Esse impulso coletivo de diversas vanguardas rechaçava o estabelecido, ou seja, rompia totalmente com o passado recente, inclusive como forma de negar o czarismo. Os construtivistas diziam que haviam recuperado a tarefa da arte de todos os tempos que é construir, alguns artistas inclusive colocavam a renúncia à própria arte em favor da “construção de um novo ideal”. A nova estética proposta utilizava diferentes meios, como a fotografia, a tipografia e, ainda, o incipiente cinema da época. O próprio Lênin apostava no
cinema como um poderoso meio de persuasão das massas, já que na época 76% da população era analfabeta.
Acima de tudo, todo o meio artístico estava engajado na construção de uma nova sociedade, a sociedade coletiva e “igualitária socialista”. Talvez este engajamento que aglutinou a nata do meio artístico russo é que tornou esta vanguarda russa, sem dúvida um dos mais importantes – se não o mais importante, segundo o meu ponto de vista – movimentos estéticos, ligados ao design gráfico do século XX.
6. El Lissitski, o maestro da comunicação
Um dos principais nomes do design gráfico russo, ou talvez, o principal foi o de El Lissitzky. Ele acreditava na necessidade de propostas de novos modos de utilização para os códigos já convencionados pela retina, prioritariamente a tipografia, não afetando apenas o desenho das letras, mas seu comportamento visual impresso e o vínculo com a nova proposta política. Uma prova disso é o manifesto tipográfico “A topografia da tipografia” escrita por ele.
El Lissitsky, sem dúvida, foi o grande maestro da propaganda russa, atuando tanto na concepção gráfica quanto textual, já que era também poeta e literato, primeiramente reconhecido por essas atividades, apesar de acreditar que texto e imagem fazem parte de um mesmo processo. Ele atuou na área do design gráfico, principalmente, na produção de livros e cartazes e também na área do design tridimensional, além de trabalhar como pintor. Junto com o poeta Maiakovski, desenvolveu uma nova estratégia de comunicação, na qual a tipografia era um dos principaisvalores.
 Poster de uma exposição. Fotomontagem de Lissitzky.
Tanto El Lissitzky, quanto Maiakovsky estavam empenhados em um projeto de alfabetização estética das massas. El Lissitski produziu uma imensa quantidade de cartazes, revistas, livros, logomarcas e anúncios publicitários, alguns em co-autoria com Alexander Rodchenko. O fato de ter estudado na Alemanha, passando também um longo período na Suiça, com certeza, imprimiu um caráter internacional ao seu trabalho, tanto por receber influências quanto por levá-las a importantes nomes do design gráfico, como Moholy-Nagy, Kurt Scwitters, Gerrit Rietveld, Theo Van Doesburg, além de dadaístas. Em 1919, quando lecionava desenho em Vitebsk, na Rússia, foi colega de outro grande “gênio” do construtivismo, o importante artista Malevitch, que sem dúvida influenciou seu trabalho gráfico com o suprematismo.
El Lissitski desenvolveu importantes trabalhos gráficos utilizando colagens e uma aprimorada técnica de fotomontagem, mesclada a uma estética tipográfica renovada. Segundo Tchichold, tipógrafo e teórico suiço, autor do livro Die neue tipographie, “Lissitki aproveitou seu tempo na Europa para transformar seus projetos gráficos de livros em autênticas maravilhas tipográficas, para expor suas teorias em revistas, para divulgar sua obra e de seus colegas empenhados na educação das massas”.
7. Os irmãos Stenberg
Os irmãos Vladimir e Georgy Stenberg não tiveram o status de El Lissitski e Rodchenko. A produção dos dois, entretanto, justifica a colocação deles em um local de extrema importância na produção de cartazes políticos russos. Eles possuíam experiência na produção cenográfica para teatros, meio no qual também trabalharam El Lissitski e Rodchenko. A grande contribuição estética dos irmãos está no fato de que, diferente de outros designers gráficos do construtivismo, eles não trabalhavam com a fotografia, mas utilizavam as fotografias e os fotogramas cinematográficos como referência para seu trabalho. Batizado de “realismo mágico”, essa técnica se baseava na ilusão tridimensional. A empresa durou cerca de dez anos e acabou após a trágica morte de Georgi Stenberg em um acidente de carro.
CONCLUSÃO
Provavelmente, a maior contribuição para o design gráfico do século XX foi a vanguarda russa. Porém, o grande paradoxo é que, ao mesmo tempo em que na Rússia os “artistas gráficos” buscavam uma linguagem estética que servia de forma eficaz a um público com pouca instrução ou das massas operárias e camponesas, na Europa esses mesmos trabalhos eram cultuados nos mais importantes meios intelectuais do design, como a própria Bauhaus. O fato é que eles, descompromissadamente, desenvolveram algo próprio que influenciou não apenas uma época, mas todas as gerações que vieram nas décadas seguintes.
REFERÊNCIAS
http://www.revistacliche.com.br/2013/07/construtivismo-russo-e-design-parte-1/
http://tipografos.net/bauhaus/lissitzky.html
https://www.abcdesign.com.br/os-cartazes-russos-e-a-comunicacao-com-as-massas/

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