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Abate humanitário de suínos

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Abate Humanitário 
de Suínos
Instituto Federal de Santa Catarina
Câmpus São Miguel do Oeste
Curso Técnico em Alimentos 
Unidade Curricular: Tecnologia de Carnes e Derivados
Docente: Stephanie Pinto
Discentes:
Aline Barbieri
Eduarda Theisen Vogt 
Camila Schons
Graziela Franco Assumpção 
Liandra Ruschel
Conceito de bem-estar 
Bem-estar é: “O estado de um indivíduo 
durante suas tentativas de se ajustar ao ambiente” 
(Donald M. Broom, 1986). Portanto, o bem-estar 
pode ser descrito como o “estado” ou “qualidade de 
vida”, variando entre muito bom e muito ruim. 
De acordo com o RIISPOA os procedimentos de bem-estar do animal 
devem ser respeitados e atendidos por todos os estabelecimentos 
processadores de carne, evitando maus tratos, e assim, o estresse. 
Capacitação e treinamento dos funcionários
❖ A capacitação dos funcionários com o manuseio da carne é de 
fundamental relevância para a qualidade do produto final.
❖ Um dos principais obstáculos para o processo de treinamento é a 
falta de recursos disponíveis, como um ambiente climatizado, 
acesso à água e situações sob cansaço.
Etapas do processo de treinamento:
➢ Difusão de conhecimento*.
➢ Melhoria na forma de desenvolver 
a atividade.
➢ Transformação na forma de 
pensar dos operadores. 
Transporte
❖ Os transportadores devem ser treinados e 
capacitados sobre os cuidados de transporte e 
no bem estar dos animais.
❖ Deve-se manter a velocidade moderada e 
constante
❖ No Brasil não há legislação para a densidade no 
transporte, sendo necessário levar em conta os 
diferentes climas de cada região (quente e frio). 
Desembarque
❖ Deve ser feito até no máximo 30 min após a 
chegada dos suínos;
❖ Deve ser feito por compartimentos;
❖ Pode ser feito com auxílios de manejo;
❖ Fatores como iluminação baixa dificultam esse 
processo;
❖ Animais que apresentam ferimentos e 
contusões devem ser abatidos com o abate 
emergencial.
Rampa de desembarque
❖ Protegido do sol de da chuva;
❖ Laterais fechadas;
❖ Piso e estruturas antiderrapantes;
❖ Constante manutenção e lavagem; 
❖ Inclinação máxima de 10 a 15°.
Pocilgas
❖ As pocilgas são, basicamente, os currais dos 
suínos; 
❖ Pocilgas de chegada e seleção: destinam-se ao 
recebimento, pesagem e classificação dos 
suínos, para a formação de lotes, de acordo com 
o tipo e a procedência;
❖ Deve conter uma rampa a cada 800 suínos;
❖ Devem ser cobertas.
Pocilgas
❖ Pocilga de sequestro: Destina-se 
exclusivamente a receber os suínos que na 
Inspeção "ante-mortem" foram excluídos da 
matança normal, por necessitarem de exame 
clínico e observação mais acurada antes do 
abate.
❖ Pocilgas de matança: local onde 
permanecem os animais 
considerados em condições normais, 
passando por descanso e dieta 
hídrica até o momento do abate.
Pocilgas
Manejo pré-abate
❖ 3 elos ( Animais, Instalações e Pessoas);
❖ Relação do bom manejo com a carne;
❖ Níveis de atividade dos animais (deitar, dormir, 
levantar, comer e beber até as reações de luta, 
fuga e paralisação);
❖ Zona de fuga - contribui diretamente no movimento 
animal;
❖ Ponto de equilíbrio (paleta).
Auxílio para o manejo
 Equipamentos usados para o auxílio do manejo, sendo sua classificação: 
Chocalhos, remo, voz, palmas e 
ar comprimido
❖ Estímulo usando sons
Pranchas (tábuas) e lonas
❖ Estímulo por limitação parcial 
ou total da visão
Auxílio para manejo
Estímulo com as mãos 
(toque nos suínos)
❖ Pequenos empurrões
Bastões elétricos
❖ Tolerado APENAS quando 
nenhum outro método 
funcione.
Área de descanso 
A área de descanso tem como objetivos:
❖ Proporcionar o descanso e a restauração do 
estresse causado pelo transporte;
❖ Controlar a quantidade de suínos agrupados para 
atender a velocidade da linha de abate; 
❖ Completar o tempo de jejum;
❖ Realizar a inspeção ante mortem.
Tempo de descanso e a Hidratação 
❖ Diminuir o estresse térmico pelo calor;
❖ Facilitar a eliminação do conteúdo 
gastrointestinal, evitando a contaminação da 
carcaça pelo rompimento das vísceras durante 
a evisceração. 
Alguns frigoríficos adotam como procedimento inicial 
a lavagem do animal e a submissão à dieta hídrica, 
sendo esta fundamental para: 
❖ Recuperar o animal da desidratação causada pelo 
transporte;
Tempo de Jejum
❖ Todo o período de tempo entre a retirada da ração 
na granja até o momento do abate (12 a 18 horas 
no total);
❖ Durante esse período é importante a 
disponibilização de água;
❖ Os principais objetivos são: 
➢ Permitir que os suínos cheguem ao frigorífico 
com o mínimo conteúdo gastrointestinal;
➢ Melhora do bem-estar e redução da taxa de 
mortalidade durante o transporte;
➢ Evitar a contaminação por Salmonella.
Espaço nas baias de descanso 
❖ Usualmente, esses animais competem por espaço, o que 
acaba gerando estresse, aumentando os níveis de 
agressividade e brigas;
❖ No Brasil a densidade mínima de suínos por baias prevista 
na legislação é de 0,60 m2 /suíno (100 kg).
❖ Os suínos precisam de espaço suficiente para expressar 
seus comportamentos básicos, como levantar, deitar, virar 
e andar, além de explorar o ambiente em busca de água;
Separação dos lotes 
❖ São separados os suínos que chegam ao 
frigorífico com sinais de dor, que apresentem 
doenças, problemas de locomoção, prolapsos e 
hérnias graves, caudofagia, contusões ou 
ferimentos;
❖ Ou ainda, é ideal que machos que possam 
promover maior agitação e brigas no grupo sejam 
separados.
Mistura de Lotes
❖ Os resultados, em relação a diminuição de brigas, são 
melhores quando a mistura ocorre ainda no caminhão, 
e não no frigorífico;
❖ Durante a viagem os suínos focam sua atenção em 
manter o equilíbrio e evitar quedas, não brigando. 
Assim, quando chegam ao frigorífico, já houve contato 
entre os diferentes grupos.
❖ A mistura de diferentes lotes de suínos causa o aumento de 
brigas a fim de restabelecer uma nova hierarquia social, 
prejudicando o bem-estar do animal;
Estrutura da área de descanso
❖ O modo como são planejadas as instalações 
têm influência no bem estar animal e devem 
serem feitas levando em consideração a 
quantidade de animais a serem abatidos;
❖ E devem possuir algumas características, que 
serão vistas a seguir.
Piso da área de descanso
❖ Desde o desembarque até a insensibilização o 
piso deve ser constante, uniforme e 
antiderrapante; 
❖ Os suínos têm pouca percepção de profundidade, 
então relutam em passar por áreas com contraste 
de luz, ralos, buracos, degraus, poças de água, 
calhas, entre outras superfícies com contraste de 
cor e textura.
Corredores da área de descanso
❖ Recomenda-se corredores largos, paredes 
laterais fechadas, superfície lateral dos 
corredores (portões e paredes) uniformes, 
evitando contraste de cor, luz e textura.
Cantos e curvas
❖ Por conta da dificuldade física dos suínos as 
curvas não devem ser muito fechadas, pois 
alguns suíno interpretam como corredor sem 
saída e param, recusando-se a passar ou 
ficando preso, por isso é essencial a clareza 
do trajeto a ser seguida pelos animais, 
evitando assim essas complicações.
Disposição das baias de descanso
❖ A disposição das baias de descanso devem ser 
projetadas de modo que facilite a movimentação 
dos animais, para terem um fluxo contínuo e 
rápido para abastecer a linha de abate;
❖ Espinha de peixe (baias a 45°).
Iluminação e ruídos
❖ A luz não pode ser muito alta nem muito fraca, deve 
ser uniforme e sem reflexos durante o caminho;
❖ Os suínos são extremamente sensíveis aos 
barulhos;
❖ Vocalização: acima de 90 decibéis (altos níveis de 
estresse);
❖ Acima de 105 decibéis (problema sério no 
bem-estar animal).
Insensibilização elétrica
❖ Utilizada para insensibilizar o animal para 
posteriores processos, como o abate e a 
sangria;
❖ Realizada corretamente, previne o 
sofrimento animal e grandes alterações na 
qualidade da carne.
❖ Existem dois tipos*:
➢ Insensibilização elétricade dois pontos 
(alta frequência).
➢ Insensibilização elétrica de três pontos 
(baixa frequência).
Insensibilização Elétrica de 2 Pontos
❖ Método muito utilizado nas indústrias brasileiras;
❖ Usa-se correntes elétricas acima de 100 Hz;
❖ Deseja-se obter a inconsciência do animal, a 
garantindo por tempo suficiente até a 
realização do abate, sendo necessário a rápida 
sucessão da sangria;
❖ Processo realizado manualmente, exigindo um 
alto treinamento dos operários.
Equipamento e posição de eletrodos
❖ Método reversível (a consciência do animal pode retornar);
❖ Dois pontos de corrente elétrica são utilizadas no animal, chamados 
eletrodos;
❖ O equipamento devem estar posicionados entre os olhos e as têmporas.
Insensibilizador de dois pontos Posição correta dos eletrodos
Insensibilização elétrica de 3 pontos 
❖ O sistema de insensibilização por eletrocussão 
induz a inconsciência do animal seguida por 
morte por fibrilação;
❖ É um método irreversível (se aplicado 
corretamente);
❖ Proporciona maior segurança ao suíno para a 
etapa da sangria.
Restrainer 
Suíno pronto para 
insensibilização 
Como funciona? 
❖ Transmite uma corrente elétrica inicial ao 
cérebro, provocando a inconsciência;
❖ Em seguida, há a transmissão de uma 
corrente elétrica para o coração do animal, 
levando a uma parada cardíaca e a morte;
❖ A corrente elétrica transmitida ao coração deve 
ser de baixa frequência para que cause a 
fibrilação cardíaca.
Equipamento 
➢ Cérebro (para levar a inconsciência): mesma 
utilizada no insensibilizador de 2 pontos.
➢ Coração (para causar fibrilação cardíaca): é 
necessário utilizar uma baixa frequência, 
entre 50 a 60 Hz. 
❖ Método irreversível (levará a morte do animal); 
❖ Três pontos de corrente elétrica são transmitidas ao 
animal;
❖ Quantidade de corrente elétrica para causar a 
inconsciência e posterior morte: 
Posição dos eletrodos 
❖ O eletrodo cardiaco deve ser posicionado na região 
3 ou 4 espaço intercostal, no lado esquerdo do peito;
❖ Devem ser aplicados primeiro no cérebro e depois 
no coração, evitando o sofrimento do animal. 
❖ Os eletrodos devem ser posicionados em ambos os 
lados da cabeça e aderidos a pele, na área próxima 
às orelhas;
Sangria
❖ Todo suíno deve estar inconsciente no momento da sangria, permanecendo 
assim até o momento da morte.
❖ A sangria deve ser realizada imediatamente após a insensibilização.
❖ Um sangrador* eficiente verifica os sinais de inconsciência antes da 
realização da sangria. 
❖ Quando existe dúvida, o operador deve repetir a insensibilização ou instruir o 
responsável.
Sangria
Perda de sangue e morte:
❖ A sangria adequada é realizada cortando os grandes 
vasos emergentes do coração (artérias carótidas e 
veias jugulares).
❖ Se realizada corretamente, levará cerca de 25 
segundos até a inconsciência do animal.
❖ O tempo máximo recomendado entre a 
insensibilização e a sangria é de 15 segundos, isso 
pois a consciência é recuperada, quando utilizada a 
eletronarcose, por volta de 37 a 40 segundos. 
Portanto, a sangria realizada dentro de 15 segundos 
irá assegurar a inconsciência até o momento da 
morte.
Procedimento para realização da sangria:
Etapas para realização de uma sangria efetiva:
1. A faca é inserida na linha média do pescoço,na 
depressão em frente ao osso do peito;
2. A pele deve ser cortada com a ponta da faca 
usando pressão leve;
3. Quando a faca perfurar, abaixe o cabo para que a 
ponta da lâmina aponte em direção a cauda dos 
suínos;
4. Cortar todos os grandes vasos que emergem do 
coração;
5. O comprimento do corte realizado pela faca deve 
produzir um grande e rápido fluxo de sangue. Se 
não for apresentado um bom fluxo, realize a 
operação novamente.
Sangria
Sugestões de materiais 
complementares 
SESI - Frigorífico - Suínos Abate - 
https://youtu.be/DQr-6WSKuZQ
SESI - Frigorífico - Suínos Evisceração- 
https://youtu.be/Sq7J8H-ReMM
SESI - Frigorífico - Suínos Recepção- 
https://youtu.be/WzWzMzm3X2A
Referências 
LUDTKE, C.; PANIM CIOCCA, J.; DANDIN, T.; BARBALHO, P.; ANDRADE VILELA, 
J.; DALLA COSTA, O. Abate Humanitário de Suínos. Rio de Janeiro: Rio de 
Janeiro, WSPA, 2010.
CHAVES, Fábio. Matéria critica o conceito de “Abate humanitário”. Vista-se, 
2009. Disponível em: 
<https://www.vista-se.com.br/materia-critica-conceito-de-abate-humanitario/> 
Acesso em: 25 de mar. de 2020
Imagens retiradas do Google Imagens
Gostaríamos de prestar nossos 
sinceros agradecimentos a Luiza 
Kerber e Felipe Kerber, residentes 
de Iporã do Oeste - SC, que nos 
concederam uma entrevista a 
respeito da criação de suínos em 
sua propriedade. A qual será 
disponibilizada pela professora na 
plataforma do moodle. 
Obrigada!
Dúvidas?
alinebarbieri26@hotmail.com
dudaeduardavogt@gmail.com
grazy_assumpcao@hotmail.com
liandraruschel@gmail.com

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