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Aula - Consistência de dietas

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Consistência de dietas 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
DISICIPLINA: TÉCNICA DIETÉTICA AVANÇADA 
Docente: Ísis Maria Pereira Borges 
 
 
2020 
Dietas Hospitalares 
Instituição hospitalar → Prevenção 
Recuperação da saúde do paciente 
 
 
 
 Dieta hospitalar 
 
 
 
Aporte de nutrientes  Preservação do estado nutricional 
Papel importante na experiência da internação 
Atenuar o sofrimento 
Dietas hospitalares 
Fatores para a prescrição de dietas; 
 
 Cultura; 
 Hábitos de alimentação; 
 Nível socioeconômico do paciente; 
 Histórico clínico da patologia em questão 
 Estado anatômico do trato gastrointestinal; 
 Fornecimento dos nutrientes 
 Evolução do estado clínico x plano alimentar 
Dietas Hospitalares 
Fracionamento → Aumentado ou diminuído 
 
Temperatura 
 
 
 Influência o sabor dos alimentos. 
 Saciedade: Quente = reduz produção de hormônio grelina = 
diminui sensação de fome = aumenta a saciedade 
 Motilidade gástrica =quentes = retardam a motilidade gástrica 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
Volume → Relação entre o peso dos alimentos da dieta e a 
quantidade de energia proveniente destes. 
 
V = 1 → indica volume normal 
V < 1 → indica volume reduzido 
V > 1 → indica volume aumentado 
 
Ex: VET = 2. 000 kcal 
Peso total dos alimentos da dieta = 1.943 g 
V = 1943 / 2000 = 0,97 ~ 1,0 
V =g/kcal 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
Densidade → Relação entre a quantidade de energia do(s) 
alimento(s) e a quantidade (peso/volume) que será consumida. 
 
DC = VET / kcal 
Volume total (g/ml) 
 
DC = 1 → dieta normal 
DC > 1 → dieta hipercalórica 
DC < 1 → dieta hipocalórica 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
 
VOLUME X DENSIDADE 
V = 1 DC= 1 Dieta Normal Manter peso 
V < 1 DC >1 Dieta 
hipercalórica 
Aumentar o peso 
V > 1 DC <1 Dieta hipocalórica Diminuir o peso 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
Purinas 
 
 Bases Nitrogenadas (DNA e RNA); 
 Purinas  Xantina oxidase  Ácido úrico (sangue e urina) 
 Hiperuricemia  cristais de urato de sódio (articulações, rins) 
 
 Hiperpurínicas / Normopurínicas / Apurínicas 
 
 Evitar: Caldos de carne, vísceras, ovos, carne vermelha, frutos 
do mar, peixes, como sardinha e salmão, miúdos, cerveja. 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Alimentos com alto teor de 
purinas 
Caldo e extratos de carne 
 Vísceras 
 Ovo 
 Peixes (arenque, cavala e 
sardinha), mariscos 
 Fermento de pães e de 
cerveja. 
Alimentos com moderado teor 
de purinas 
 
*Peixe e Aves 
 Aspargos, cogumelos e 
espinafre. 
Feijões, ervilhas e lentilhas. 
Os alimentos nesta lista devem 
ser retirados 
1 porção (60 a 90g) de PA ou ½ xícara 
de vegetais deste grupo é permitido 
diariamente na dieta hipopurínica 
Dietas Hospitalares 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
 
 
Teor de nutrientes; 
 Proteína: Hiper, Normo e Hipoprotéica 
 Lipídios: Hiper, Normo e Hipolipídica 
 Carboidratos: Hiper, Normo e Hipoglicídica 
 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
Dietas Hospitalares 
Conteúdo de resíduos 
 
 Isenta de resíduos - para repouso gastrointestinal . Alimentos: caldos, 
chás, água de coco, sucos coados 
 
 Poucos resíduos - frutas e/ou verduras cozidas em forma de purês. 
 
 Com resíduos brandos – tecido conjuntivo abrandado pela cocção 
mas sem subdivisão; cereais parcialmente triturados, verduras tenras 
cruas ou cozidas, frutas cozidas. 
 
 
 Rica em resíduos – Cereais integrais, frutas cruas e se possível com 
casca, hortaliças cruas e vegetais folhosos. 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS 
DIETAS MODIFICADAS PELA 
CONSISTÊNCIA 
 
 
Dietas Hospitalares 
A consistência de uma dieta é determinada pela 
textura dos alimentos e preparações que a compõem 
 
Dietas Hospitalares 
Líquida restrita 
Líquida completa 
Semilíquida 
Pastosa 
Branda 
Normal 
Dieta Líquida Restrita 
Indicação: 
 
Preparo de exames, pré e pós-cirúrgicos, 
Diarreia aguda e outros distúrbios digestivos. 
 
 
Características: 
 
 Composta de líquidos transparentes; 
 Período: 2 a 3 dias x 12 horas 
 Fracionamento: de 3 em 3 horas (objetivo da dieta) 
 Hipocalórica, hipoglicídica, hipoprotéica e hipolipídica 
 Volume: 200 a 300ml por refeição 
 Isenta de fibras 
 
 
Dieta Líquida Restrita 
Finalidade: 
 
 Saciar a sede; 
 Evitar a desidratação; 
 Manter a função renal. 
 
Alimentos permitidos: suco de lima (coado), chás, água de 
coco, caldo de vegetais coados. 
 
Alimentos contra-indicados: leite e derivados, carnes e os 
respectivos caldos, ovos, hortaliças, condimentos (exceto 
o sal), alimentos com consistência 
 
 
Dieta Líquida Restrita 
Cardápio 1: 
 
 7 horas → Chá (300ml) + açúcar (10g) 
 9 horas → Suco de lima coado (300ml) + açúcar (10g) 
 11h → Água de coco (300ml) 
 13h → Chá (300ml) + açúcar (10g) 
 15h → Suco de lima coado (300ml) + açúcar (10g) 
 17h → Água de coco (300ml) 
 19h → Chá (300ml) + açúcar (10g) 
 21h → Suco de lima coado (300ml) + açúcar (10g) 
 23h → Água de coco (300ml) 
 
 
 
 
Dieta Líquida Restrita 
Cardápio 2: 
 
 7 horas → Água de coco (200ml) 
 9 horas → Suco de lima coado (200ml) 
 11h → Caldo de vegetais coado (200ml) 
 13h → Suco de laranja diluído (200ml) 
 15h → Suco de maçã com limão coado (200ml) 
 17h → Água de arroz (200ml) 
 19h → Suco de lima(200ml) 
 21h → Água de coco (200ml) 
 23h → Chá (200ml) 
 
 
 
 
Dieta Líquida Completa 
Indicação: 
 
Pós operatório imediato e evolução na dieta de cirurgias digestivas, 
dificuldade de mastigação, disfagia, preparo de determinados exames, 
pacientes com anorexia 
 
Características: 
 
 Composta de alimentos líquidos e de substâncias que se liquefazem 
na boca e de fácil absorção. 
 Período: 24h x Tempo indeterminado. 
 Fracionamento: 2 em 2 horas ou 3 em 3 horas. 
 Hipocalórica, Normoprotéica, normoglicídica e normlipídica. 
 Volume: 200 a 300ml por refeição. 
 Baixo teor ou isenta de fibras. 
 
 
Dieta Líquida Completa 
Finalidade: 
 
 Repousar o trato gastrointestinal e amenizar a 
sintomatologia 
 
Alimentos permitidos: Mingaus a 3%, caldos e sopas 
liquidificadas; sucos diluídos e/ou coados; leite, gelatina, chá, 
café, sucos de frutas e de vegetais coados. 
 
Alimentos contra-indicados: cereais integrais, sementes, farelos, 
sementes oleaginosas, hortaliças, frutas inteiras com casca, 
queijos ricos em gorduras, embutidos, condimentos picantes. 
 
 
Dieta Líquida Completa 
Cardápio 1: 
 
 7 horas → Café (100ml) + açúcar (10ml) + Leite (1 xícara chá) 
 9 horas → Suco coado de laranja lima (300ml) + açúcar (10g) 
 11h → Caldo de vegetais e carne (300ml) 
 13h → Suco de laranja lima coado (300ml) + açúcar (10g) 
 15h → Leite (250ml) + Sustagem (25g) + Açúcar(10g) 
 17h → Suco de laranja lima coado (300ml) + açúcar (10g) 
 19h → Caldo de vegetais e carne (300ml) 
 21h → Café (100ml) + açúcar (10ml) + Leite (1 xícara chá) 
 23h → Água de coco (300ml) 
 
 
 
 
Dieta Líquida Completa 
Cardápio II: 
 
 Café da manhã: Leite com biscoito doce. 
 Lanche da manhã: Suco de goiaba coado. 
 Almoço: Caldo de vegetais com frango (coado). 
 Lanche da tarde: Suco de laranja coado. 
 Jantar: Caldo de carne vermelha e vegetais (coado). 
 Ceia: Mingau de amido de milho 
 
 
 
 
Dieta Semilíquida 
Indicação: 
 
Situações em que a mastigação e deglutição estão prejudicadas, 
preparo determinados exames, pós-operatórios de cirurgias do TGI 
 
Características: 
 
 Composta: alimentos líquidos e substancia em estado dispersão 
grosseira. 
 Período: tempo indeterminado 
 Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias x 2 em 2 horas 
 Normoprotéica, normoglicídicae normlipídica. 
 Volume: 200 a 400ml 
 
 
Dieta Semilíquida 
Finalidade: 
 
 Minimizar o trabalho do trato gastrointestinal e a presença 
de resíduos no colón. 
 
Alimentos permitidos: Sopas cremosas, vitaminas e frutas, sucos, 
leites enriquecidos 
 
Alimentos contra-indicados: Leguminosas e grãos, alimentos crus 
e inteiros 
 
 
 
Dieta Semilíquida 
Cardápio 1: 
 
Desjejum → Mingau enriquecido com susgtagem (300ml) 
 Lanche da manhã → Fruta fortificada: suco de laranja, 
beterraba, mamão, banana prata, creme de leite e açúcar 
(350ml) 
 Almoço → Sopa creme de vegetais com feijão (300ml) 
 Lanche da tarde → Vitamina de frutas (300ml) 
 Jantar → Sopa creme de vegetais (300ml) 
 Ceia → Mingau enriquecido com Sustagem (300ml) 
 
 
 
Dieta Semilíquida 
Cardápio 2: 
 
Desjejum → Café com leite + Mingau de maizena 
 Lanche da manhã → Suco coado de laranja pêra 
 Almoço → Sopa de vegetais + doce de goiabada em pasta 
 Lanche da tarde → Água de coco + suco de laranja lima 
 Jantar → Sopa creme de vegetais + café com leite + gelatina 
 Ceia → Mingau de tapioca enriquecido com Sustagem 
 
 
Dieta Pastosa 
Indicação: 
 
Dificuldade de mastigação e deglutição, alguns pós 
operatórios, casos neurológicos. 
 
Características: 
 
 Consistência pastosa ou abrandada por cocção e processos 
mecânicos 
 Período: Tempo indeterminado. 
 Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias 
 Normoprotéica, normoglicídica e normlipídica. 
 Pobre em resíduos 
 
Dieta Pastosa 
Finalidade: 
 
 Favorecer a mastigação e deglutição sem que haja esforço. 
 
Alimentos permitidos: aqueles que possam ser transformados 
em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. 
Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e 
amassados 
 
Alimentos contra-indicados: alimentos duros, secos, crocantes, 
empanadas, fritos, cruas, com semente, casca, pele. Iogurte com 
pedaços de frutas, hortaliças folhosas cruas. 
 
 
Dieta Pastosa 
Cardápio 1: 
 
 Desjejum → Café com leite + Biscoito tipo maria ou maisena + 
geléia de frutas + Mamão 
 Lanche da manhã → Suco de laranja 
 Almoço → Purê misto + peixe desfiado + arroz papa + feijão 
peneirado + banana prata amassada 
 Lanche da tarde → Mingau de amido de milho 
 Jantar → Sopa creme de vegetais + Café com leite + Pão com 
manteiga + banana da terra cozida 
 Ceia → Iogurte com polpa de frutas 
 
 
 
Dieta Pastosa 
Cardápio 2: 
 
Desjejum → Café com leite + pão com manteiga + Mingau 
de maizena 
 Lanche da manhã → Suco de laranja 
 Almoço → Purê misto+ carne moída + arroz papa com caldo 
de feijão + gelatina 
 Lanche da tarde → Mamão e melão picado 
 Jantar → Sopa de vegetais, carne vermelha e arroz 
 Ceia → Mingau de milho 
 
 
 
Dieta Branda 
Indicação: 
 
Em alguns pós operatórios, como transição para dieta 
normal, indivíduos com dificuldade de mastigação, com 
motilidade gástrica reduzida e diminuição da absorção 
 
Características: 
 
 Consistência branda (alimentos macios, subdivididos) 
 Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias 
 Normoprotéica, normoglicídica e normlipídica. 
 Pobre em resíduos (abrandado por cocção ou ação mecânica) 
 
 
Dieta Branda 
Finalidade: 
 
 Manutenção do estado nutricional através do fornecimento de 
calorias e nutrientes, além de melhoras mastigação, deglutição e 
digestão. 
 
Alimentos permitidos: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, 
grelhadas; vegetais cozidos , ovo cozido, pochê ou quente; frutas 
(sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); 
torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); sopas, óleos 
vegetais; margarina; 
 
Alimentos contra-indicados: cereais integrais, frituras, leguminosas 
inteiras, condimentos fortes e picantes, queijos duros e fortes, frutas 
oleaginosas, vegetais e frutas do tipo A, exceto na forma de creme ou 
sucos, respectivamente. 
 
 
Dieta Branda 
Cardápio 1: 
 
Desjejum → Café com leite + pão com manteiga + banana da 
terra cozida + mamão 
 Lanche da manhã → Suco de laranja 
 Almoço → Abobora refogada + quiabada + arroz + feijão 
amassado + banana da prata 
 Lanche da tarde → Mingau de milho 
 Jantar → Arroz + isca de carne ao molho om verdura e 
beterraba cozida 
 Ceia → Maçã 
 
 
 
Dieta Branda 
Cardápio 2: 
 
 Desjejum → Café com leite + pão com manteiga e queijo branco + 
Banana assada 
 Lanche da manhã → Suco de laranja coado + biscoito maria com 
geleia 
 Almoço → Brócolis, cenoura e batata cozida + arroz com caldo 
de feijão + peixe assado + mamão picado 
 Lanche da tarde → Vitamina de banana 
 Jantar → Sopa de vegetais, + café com leite + biscoito maria com 
geleia 
 Ceia → Mingau de milho 
 
 
 
Dieta Normal ou Livre 
Indicação: 
 
Pacientes que não necessitam de modificações dietéticas 
especificas e que apresentam a mastigação e funções 
gastrointestinais preservadas. 
 
Características: 
 
 Consistência normal (inteira) 
 Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias 
 Duração: tempo indeterminado 
 Normoprotéica, normoglicídica e normlipídica. 
 Fibras normais (25g a30g) 
 
 
Dieta Normal ou livre 
Finalidade: 
 
 Manutenção do estado nutricional de pacientes com 
ausência de alterações significativas ao risco nutricional. 
 
Alimentos permitidos: Inclui alimentos que são indicados para 
uma alimentação saudável 
 
Alimentos contra-indicados: Pães, cereais, arroz, massas, 
leguminosas ricos em gorduras e açúcar; hortaliças e frutas, 
enlatadas com sal e óleo, leite, iogurte, queijo ricos em gordura 
e sal; carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal, como 
os frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em excesso. 
 
 
Dieta Normal ou Livre 
Cardápio 1: 
 
Desjejum → Café com leite + pão com manteiga + batata 
doce cozida+ maçã 
 Lanche da manhã → Suco de laranja 
 Almoço → Salada de tomate, repolho e alface + cenoura 
refogada + frango assado + feijão + arroz + banana 
 Lanche da tarde → Mingau de aveia 
 Jantar → Sopa de vegetais + café com leite + pão com 
manteiga e queijo branco +mamão 
 Ceia → Chá + torrada com geleia 
 
 
 
 Sintoma: Dificuldade de deglutição; 
 Fases: preparatória e oral (v) / faríngea e a esofágica (inv) 
 Dentição incompleta, alterações neurológias, câncer; 
 Desnutrição  Disgafia 
 Adaptações na consistência alimentar e utilização de líquidos espessados 
 
DISFAGIA 
Alimentos muito secos, como casca de pão, biscoitos, temperos em 
folhas ou pedaços, alimentos duros e fibrosos, como carnes e hortaliças 
cruas – difícil mastigação e deglutição 
DISFAGIA 
Deglutição e 
Disfagia 
 Tipo de 
Dieta 
 Características 
Deglutição normal Normal Todos os alimentos e todas as textura 
Deglutição funcional Branda Alimentos macios que requerem certa habilidade 
de mastigação (carnes cozidas e úmidas, pães e 
frutas macios) 
Disfagia leve Pastosa Alimentos bem cozidos, em pedaços ou não, que 
requerem pouca habilidade de mastigação. 
Líquidos podem ser espessados ou não (arroz 
papa, carnes desfiada, sopa cremosa com legumes 
cozidos em pedaços) 
Disfagia Moderada Pastosa 
homogênea 
Alimentos cozidos e batidos, coados e peneirados 
formando uma preparação homogênea e espessa. 
Ausência de grumos. Líquidos espessados. 
Disfagia Grave Enteral Via oral suspensa e necessidade de dieta enteral 
exclusiva 
Guideline de Disfagia e Desnutrição – SBGG, 2011 
DISFAGIA 
 
 Viscosidade = resistência a fluir 
 Viscosidade líquidos  ralos  difícil controle  farínge  vias aéreas 
 National Dysphagia Diet (NDD) – American Dietetic Association 
 
Recomendações alimentares e para líquidos 
Fina (água, água de coco, suco de frutas) 
Néctar, mel e pudim 
Classificação das consistências - National Dysphagia DietGuidelines (2002). 
DISFAGIA 
Sucos de frutas mais grossas 
(pêssego,manga, mamão ou 
vitaminas 
Consistência de mel ou 
melaço. Pastoso fino 
Consistência de 
pudim. Pastoso 
grosso 
Espessantes aumentar a viscosidade 
DISFAGIA 
A viscosidade de um líquido se dá pela força de coesão entre suas 
moléculas. A elevação da temperatura aumenta a energia cinética entre as 
moléculas e as forças intermoleculares diminuem. 
Viscosidade diminui com o aumento da temperatura 
Geleificação  amidos, pectinas, goma ágar-ágar 
X 
Amidos (amido de milho, farinha de trigo, arroz, batata): 
 Sopas, purês, mingaus 
 Líquidos livres  sabor alterado / precisa aquecer 
 Necessitam de aumento na temperatura  gel 
 Espessas  acrescentar ácido / Rala  acrescentar açúcar 
] 
 
Amidos modificados 
 Facilmente diluídos 
 Não forma grumos (temp. ambiente) 
 Melhor aceitação em liquido (sucos x água) 
 Desvantagem - custo 
DISFAGIA 
Pectina: 
 Aumenta viscosidade de líquidos  hidroxilas e geleificação; 
 Maçãs, laranjas e cascas de frutas cítricas em geral. 
 Preparações com frutas: Vitaminas, purês e papas 
 
Goma ágar-ágar 
 Carboidrato – algas marinhas vermelhas (Rodhophyta) 
 Aglutinante  Consistências mais rígida – maleáveis para mastigação 
 Agrega pouco ou nenhum sabor residual 
 Comercializado em pó ou em tiras de algas secas 
 É necessário ser aquecido para agrega-lo ao líquido. 
DISFAGIA 
Orientações e técnicas dietéticas 
 
 Uso de espessantes  possibilidade de aumento de peso 
 Cocção  alimento macio para evitar a diluição e perdas nutricionais 
 Purê de legumes para engrossar: purê de couve-flor no caldo de alho poró 
 Frutas maciais  amassar apenas com garfo 
 Hidratação  sucos de frutas naturais / constipação 
 Tubérculos, frutas (abacate e mamão), e farinhas (aveia, amido)  alcançar a 
consistência pastosa 
DISFAGIA 
DIARRÉIA 
Mudança no hábito intestinal do indivíduo, que implica em aumento 
do peso das fezes, da quantidade da parte líquida (consistência) e da 
frequência de evacuações. 
Causas 
 Intoxicação alimentar; 
 Doença pancreática- deficiência de enzimas digestivas 
 Doença hepática – deficiência de sais biliares 
 Deficiência de enzimas intestinal – lactase 
 Doença celíaca, Doenças intestinais 
 Tumor gastrointestinal; 
 O tratamento → Agentes antimotilidade, 
reposição de eletrólitos e fornecimento de 
substratos que possibilitem a recuperação dos 
enterócitos (Substrato energético - Glutamina) 
 
Terapia nutricional → Dieta rica em líquidos, 
hipolipídica e isenta de dissacarídeos (avaliação do 
paciente) 
DIARRÉIA 
ORIENTAÇÕES NUTRCIONAIS 
 Reposição de líquidos, sódio, potássio, cloro → Bebidas isotônicas, 
água de coco, água, chás, sucos 
 Consumir alimentos obstipantes: maçã sem casca, banana da prata, 
caju, goiaba, lima, laranja-lima, arroz branco. 
 Preferir farinha refinada, arroz branco, inhame, aipim. 
 Evitar: leite e derivados, gorduras, doces, oleaginosas. 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
Fibras Solúveis 
 
Bactérias anaeróbicas fermentam as fibras solúveis 
 
 Ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) 
 
Fornecem energia às células do cólon 
Promovem a absorção de água e eletrólitos 
Reduz o crescimento de bactérias patogênicas 
intestinais. 
Frutas, verduras, aveia, cevada e leguminosas 
ATENÇÃO 
Fibras sólúveis: 
 Pectina (maçã, casca de frutas cítricas, morango) 
 Gomas (leguminosas, frutas secas) 
 Retardam o esvaziamento gástrico. 
 
o Fruto-oligossacarídeo (FOS) → Alho, cebola, banana, tomate. 
São fermentadas e produzem ácidos graxos de cadeia curta; 
Promovem a proliferação de bifidobactérias. 
CONSTIPAÇÃO 
 Conceito → Modificação do ritmo intestinal (intestino grosso), 
caracterizada pela redução número de evacuações, com fezes 
endurecidas e ressecadas e esforço à defecação 
 
 Prevalência → Mulheres e idosos (menor ingestão alimentar, fraqueza 
das musculaturas abdominais e pélvica e medicações) 
 
 Sintomas → Fezes endurecidas, esforço excessivo para defecar, 
sensação de evacuação incompleta, menos do que três 
evacuações/semana,. 
Principais causas: 
 Inibição frequente do estímulo da evacuação → desaparecimento do 
reflexo fisiológico; 
 Sedentarismo  diminuição da atividade contrátil do colón; 
 Baixo consumo ou ausência total de fibras (alimentação contemporânea); 
 Uso crônico de laxantes  desaparecimento dos movimentos 
peristálticos; 
 Baixa ingestão hídrica 
CONSTIPAÇÃO 
Fezes pouco hidratadas tornam-se 
endurecidas e causam desconforto 
abdominal 
CONSTIPAÇÃO 
Princiapais causas: 
 Obstrução mecânica →Câncer de colón 
 Alterações metabólicas → Diabetes, Hipotiroidismo 
 Doenças neurológicas → Doença de Parkinson, Tumor na medula; 
 Distúrbios emocionais (depressão); 
 Outras causas → gravidez 
 Uso de medicamentos – ex: antihipertensivos, antiácidos 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 Ingerir diariamente alimentos ricos em fibras: 
 Frutas com bagaço e casca: ameixa, laranja, tangerina; 
 Verduras cruas: abobrinha, abóbora, quiabo; 
 Preferir à fruta aos sucos ou suco sem coar; 
Alimentos integrais, principalmente o pão e o arroz; 
 Farelo de aveia (3 colheres de sopa), farelo de trigo; 
 Evitar alimentos refinados como farinhas, massas e alimentos industrializados 
 Óleos vegetais – gordura possui ação lubrificante 
 Ingerir bastante líquidos 
 Uso do suco laxante 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
Fibras Insolúveis 
 Liginina, celulose e hemiceluloses; 
 Parte externa e/ou cascas de cereais, leguminosas frutas e 
hortaliças. Ex → farelo de trigo, cereais integrais 
 Capacidade de retenção de água → aumento do volume → 
distensão da parede do colón → auxilio na eliminação do bolo 
fecal 
Fibra insolúvel 
 Celulose → Farinha de trigo integral, feijões, ervilhas, maçãs. 
 Hemicelulose →farelo, cereais, soja, grãos integrais. 
 Liginina → vegetais maduros, trigo. 
Não são normalmente fermentados; 
Aceleram o transito intestinal 
Aumentam o volume e maciez das fezes 
ATENÇÃO 
OBRIGADA!!!!!!!!!

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