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Modelos Epidemiológicos e História Natural da Doença Anna Karollina Menezes Teodoro Santos Médica Veterinária Mestre em Parasitologia Humana e Animal - IB/Unicamp Disciplina de Medicina Veterinária Preventiva e Defesa Sanitária Animal Kroton / Campus Taquaral Causalidade Doença na população ▪ não ocorre por acaso ▪ não está distribuída de forma homogênea ▪ têm fatores associados que, para serem causais, cumprem com os seguintes critérios: ✓ Temporalidade: toda causa precede a seu efeito, o chamado princípio do determinismo causal ✓ Força de associação ✓ Consistência da observação ✓ Especifidade da causa ✓ Gradiente biológico (efeito dose-resposta) ✓ Plausibilidade biológica A doença na população é um fenômeno dinâmico e sua propagação depende da interação entre a exposição e a suscetibilidade dos indivíduos e grupos constituintes da dita população aos fatores determinantes da presença da doença. Causalidade Causalidade (2 modelos) ▪ Tríade Epidemiológica ▪ Causas Componentes (multicausalidade) Modelo Tríade Epidemiológica “A doença é o resultado da interação entre o agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente” Hospedeiro Vetor Ambiente Agente ✓ Infecciosos ✓ Não Infeciosos (físicos e químicos) ✓ Ambiente Físico ✓ Ambiente Biológico ✓ Ambiente Social ✓ Susceptibilidade ✓ Capacidade de resposta ✓ Características próprias Modelo Causas Componentes - multicausalidade “A doença se produz por um conjunto mínimo de condições que agem em sintonia. Todas as possíveis condições ou eventos são denominados causas componentes” O conjunto mínimo de condições que age em sintonia e causa a doença é denominado causa suficiente. A causa componente cuja presença é imprescindível em todos os mecanismos causais da doença é chamada causa necessária (componente A). Causa A Causa B Causa C Causa D Causa E Causa F A B F C a u s a s u fi c ie n te Modelo Causas Componentes - multicausalidade Causas componentes ▪ Agente, hospedeiro, ambiente e vetor (tríade) ▪ Determinantes de Saúde/Doença Assunto da nossa última aula !!! História Natural da Doença “É o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. Refere-se à evolução de uma doença no indivíduo através do tempo, na ausência de intervenção .” => É o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou processo, quando se deixa seguir seu próprio curso ▪ Vale para doenças transmissíveis e não-transmissíveis ▪ Modelo tradicional da história natural da doença e sua relação com os níveis de prevenção => Level e Clark História Natural da Doença História Natural da Doença Cadeia Epidemiológica - Mecanismos de Propagação de Doenças Anna Karollina Menezes Teodoro Santos Médica Veterinária Mestre em Parasitologia Humana e Animal - IB/Unicamp CAMPINAS 2018 Disciplina de Medicina Veterinária Preventiva e Defesa Sanitária Animal Kroton / Campus Taquaral Cadeia Epidemiológica (cadeia de infecção) 1. Agente 2. Fonte de Infecção 3. Via de Eliminação ou Porta de Saída 4. Via de Transmissão 5. Porta de Entrada 6. Susceptível Cadeia Epidemiológica (cadeia de infecção) Quem hospeda e elimina o agente? => Fonte de infecção (FI) Como o agente deixa o hospedeiro?=> Via de eliminação (VE) Que recurso o agente utiliza para alcançar um novo hospedeiro? => Via de transmissão (VT) Como o agente se hospeda no novo hospedeiro? => Porta de entrada (PE) Quem pode adquirir a doença? => Susceptível Agente “É um fator que pode ser um microorganismo, substância química, ou forma de radiação, cuja presença, presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença .” ▪ Agentes biológicos: propriedades – VIMOS NA ÚLTIMA AULA!!! Reservatório e Fonte de Infecção “É qualquer ser humano, animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada, onde normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso e do qual depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de forma que possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível ..” FONTE DE INFECÇÃO => É o animal vertebrado que alberga o agente etiológico e o elimina para o meio exterior Via de Eliminação “É o conjunto de vias no animal, pelas quais, o agente etiológico é eliminado para o meio ambiente” ▪ Fezes ▪ Urina ▪ Secreções diversas ▪ Descamações cutâneas ▪ Sangue ▪ Outros Via de Transmissão “São os mecanismos pelos quais a doença chega da fonte de infecção ao susceptível” ▪ VERTICAL: geração à geração / congênita ▪ HORIZONTAL: direta e indireta Via de Transmissão DIRETA IMEDIATA Contato físico entre a fonte de infecção, e o animal (Ex. lambedura) MEDIATA Não há o contato físico, entre a fonte de infecção e o animal. (Ex. aerógena) INDIRETA A transferência do agente se dá por meio de veículos, ocorrendo intervalos maiores, entre a eliminação, e penetração do agente. (Ex: água, solo, vetores, fômites) Porta de Entrada “São as vias, pelas quais o agente infeccioso, consegue penetrar no organismo animal.” ▪ Via respiratória ▪ Digestiva ▪ Conjuntival ▪ Galactófora ▪ Onfaloflébica ▪ Cutânea ▪ Genito-urinária. Susceptível “Organismo ou população que apresenta susceptibilidade à ação de determinado fator. Pensando em agente infeccioso, seria o indivíduo que não possui resistência a determinado agente patogênico, podendo contrair a doença. ” ▪ Características dos hospedeiros - VIMOS NA ÚLTIMA AULA!!! Existindo um maior número de hospedeiros susceptíveis em um local, maiores serão as chances de propagação de doenças Qual a finalidade de conhecer a cadeia epidemiológica de uma doença? Se os elos da cadeia forem combatidos conjuntamente, é possível o controle de enfermidades que ocorrem nas populações animais, especialmente as transmissíveis. TESTE DE FIXAÇÃO Entendeu? TESTE DE FIXAÇÃO Estabeleça a cadeia epidemiológica da leptospirose canina TESTE DE FIXAÇÃO ✓ A: ✓ FI: ✓ VE: ✓ VT: ✓ PE: ✓ S: ? 5 minutos
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