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Cadeia Epidemiológica - Mecanismos de Propagação de Doenças parte II Anna Karollina Menezes Teodoro Santos Médica Veterinária Mestre em Parasitologia Humana e Animal - IB/Unicamp CAMPINAS 2018 Disciplina de Medicina Veterinária Preventiva e Defesa Sanitária Animal Kroton / Campus Taquaral Cadeia Epidemiológica (cadeia de infecção) 1. Agente 2. Fonte de Infecção 3. Via de Eliminação ou Porta de Saída 4. Via de Transmissão 5. Porta de Entrada 6. Susceptível VIMOS NA ÚLTIMA AULA!!! Cadeia Epidemiológica (cadeia de infecção) Quem hospeda e elimina o agente? => Fonte de infecção (FI) Como o agente deixa o hospedeiro?=> Via de eliminação (VE) Que recurso o agente utiliza para alcançar um novo hospedeiro? => Via de transmissão (VT) Como o agente se hospeda no novo hospedeiro? => Porta de entrada (PE) Quem pode adquirir a doença? => Susceptível Aspectos ligados à Fonte de Infecção 3 e le m e n to s p o d e m a tu a r c o m o f o n te d e i n fe c ç ã o - Doente - Portador - Reservatório - Doente típico - Doente atípico - Doente em fase prodrômica - Portador são - Portador em incubação - Portador convaslescente Doente “É o indivíduo que apresenta os sintomas da enfermidade, sintomas esses devidos ao agente etiológico que albergam.” Doente típico => É aquele que manifesta a sintomatologia característica da enfermidade, o que facilita o seu reconhecimento, permitindo assim pronta ação profilática. Doente atípico => É aquele que apresenta sintomatologia diferente da que caracteriza a doença (formas subclínicas ou excessiva malignidade) dificultando o diagnóstico e retardando a adoção de medidas profiláticas. Doente em fase prodrômica => É aquele que apresenta uma sintomatologia inespecífica, no estágio inicial da doença, eliminando, no entanto o agente. Portador “É o hospedeiro que mantém em seu organismo um agente etiológico, sem apresentar sintomatologia.” Portador são => não apresenta os sinais/sintomas da enfermidade em nenhum momento do processo infeccioso, devido a resistência natural ou imunidade adquirida. Impacto epidemiológico => dificuldade na identificação do portador/diagnóstico e favorecimento da transmissão, pois circula livremente entre a população. Portador em incubação => ainda não apresenta os sinais/sintomas da enfermidade, que se encontra em fase de incubação, mas já elimina o agente etiológico Portador convalescente => não apresenta os sintomas da doença, por ter havido cura clínica, mas continua eliminando o agente etiológico Reservatório “Aquele no qual o agente etiológico se instala, multiplica-se e é eliminado para o ambiente” h tt p s :/ /c d n .o lh a re s .p t/ c lie n t/ fi le s /f o to /b ig /8 1 0 /8 1 0 2 5 0 7 .j p g https://i.pinimg.com/originals/48/52/05/485205aa35b41db795a0933fa4502a56.jpg Vias de Eliminação Vias de eliminação Exemplos Sangue Anemia infecciosa equina, babesiose, anaplasmose, malária, doença de Chagas, febre amarela, dengue, zika, leptospirose, outros Secreções oronasais e expectorações Garrotilho, tuberculose, raiva (saliva), febre aftosa, gripe, outros Placenta Brucelose, sífilis, outros Excreções Fezes - salmonelose, colibacilose, eimeriose, verminoses, poliomielite, amebiose, esquistossomose, outros Urina - leptospirose, estefanurose, Dioctophyme renale, outros Leite Mamite, tuberculose, brucelose, outros Exsudatos e descargas purulentas Uretrais – blenorragia, outros Vaginais - brucelose, vibriose, tricomonose, outros Musculatura ou vísceras Hidatidose, toxoplasmose, outros Descamações epiteliais Sarnas, micoses superficiais, outros Via de Transmissão DIRETA IMEDIATA Contato físico entre a fonte de infecção, e o animal (Ex. lambedura) MEDIATA Não há o contato físico, entre a fonte de infecção e o animal. (Ex. aerógena) INDIRETA A transferência do agente se dá por meio de veículos, ocorrendo intervalos maiores, entre a eliminação, e penetração do agente. (Ex: água, solo, vetores, fômites) Vias de Transmissão Vias de transmissão Exemplos Contato direto Cópula – brucelose, tricomonose, candidíase outros Mordedura/lambedura/arranhadura – raiva Beijo - sífilis Contato indireto Ar / Aerossóis – gripe, doenças respiratórias, outras Poeira – oocistos, ovos parasitos, fungos, outros Alimentos – giardíase, toxoplasmose, salmonelose, outros Água – giardíase, toxoplasmose, criptosporidiose, outros Fômites – tricomonose, cinomose, outros Solo – verminoses, fungos, outros Hospedeiro intercalado Vetor mecânico Vetor biológico Hospedeiro intercalado “São invertebrados que não participa ativamente na transmissão, mas que podem ser indispensáveis para o ciclo evolutivo do agente ou podem desempenhar importante papel na sua proteção durante a permanência no meio exterior.” h tt p s :/ /s -m e d ia -c a c h e -a k 0 .p in im g .c o m /7 3 6 x /3 8 /a 1 /a 9 /3 8 a 1 a 9 4 1 f2 a 7 7 7 2 e b 9 1 6 d 8 e 6 5 a 5 e 1 b 4 a .j p g h tt p :/ /w w w .a n im a ls p o t. n e t/ w p -c o n te n t/ u p lo a d s /2 0 1 2 /0 4 /L y m n a e a -s ta g n a lis .j p g Vetor Mecânico = transporta mecanicamente o agente etiológico, sem que em seu corpo ocorra alguma modificação desse agente Biológico = aquele em que é necessária a multiplicação ou o desenvolvimento do agente etiológico para que possa transmitir a enfermidade Porta de Entrada Porta de entrada Exemplos Trato respiratório Tuberculose, influenza, micoplasmose, enterobiose, oocistos, outros Trato digestório Verminoses, tuberculose, salmonelose, outros Genito-urinário Tricomonose, brucelose, outros Conjuntival Brucelose, toxoplasmose, leptospirose, outros Galactófora Mamite/mastite por agentes diversos Onfaloflebética Onfaloflebite por agentes diversos Cutânea Sarnas, raiva, leptospirose, outros Qual a finalidade de conhecer a cadeia epidemiológica de uma doença? Se os elos da cadeia forem combatidos conjuntamente, é possível o controle de enfermidades que ocorrem nas populações animais, especialmente as transmissíveis. Combate Profilaxia “É o conjunto de medidas adotadas com a finalidade de interromper a cadeia de transmissão de uma enfermidade.” 3 n ív e is d e m e d id a s p ro fi lá ti c a s - Prevenção - Controle - Erradicação Prevenção “Visa evitar o aparecimento da enfermidade na população.” h tt p :/ /w w w .j a v .i n f. b r/ w p -c o n te n t/ u p lo a d s /2 0 1 8 /0 7 /A g o s to -v a c in a % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o -c o n tr a -a -r a iv a .j p g Controle “É o conjunto de medidas empregadas com o objetivo de reduzir a frequência da ocorrência de uma doença já presente na população. Visa evitar que a enfermidade venha a se desenvolver ou seja, diminuir os efeitos da enfermidade quando ela não pode ser evitada” h tt p :/ /w w w .c li c k fo z d o ig u a c u .c o m .b r/ w p -c o n te n t/ u p lo a d s /2 0 1 7 /0 2 /f u m a c e .j p g Erradicação “É o conjunto de ações adotadas com a finalidade de eliminar a enfermidade de um território.” h tt p s :/ /2 .b p .b lo g s p o t. c o m /- x Ii d Q 3 _ d -c A /U b F d F z 4 0 s B I/ A A A A A A A A IJ M /_ M y w U q C d 8 z 8 /s 1 6 0 0 /v a c in a c % C C % A 7 a % C C % 8 3 o -c o n tr a -p o lio m ie lit e .j p g Escolha das medidas profiláticas Escolha das medidas profiláticas • Existência de recursos humanos e financeiros • Disponibilidade de procedimentos de diagnóstico, exequíveis e confiáveis, bem como dos insumos necessários • Características do agente etiológico e da cadeia epidemiológica da enfermidade • Prevalência e dispersão da enfermidade na população • Perfil do sistema ecológico • Relação custo-benefício • Risco para a espécie humana Cadeia Epidemiológica (cadeia de infecção) 1. Agente 2. Fonte de Infecção 3. Via de Eliminação ou Porta de Saída 4. Via de Transmissão5. Porta de Entrada 6. Susceptível Medidas profiláticas Medidas Profiláticas Fonte de Infecção • Identificação • Notificação • Isolamento (individual/grupo/área) • Tratamento • Eutanásia/Sacrifício (fatores limitantes) Medidas Profiláticas Via de Transmissão • Vertical • Contato direto - difícil • Transmissão aerógena • Solo / Ambiente • Água e alimentos • Fômites • Hospedeiros intercalados • Vetores (controle integrado) Medidas Profiláticas Comunicantes • Eutanásia/Sacrifício individual ou massal • Quarentena • Quimioprofilaxia • Imunoprofilaxia • Controle de Trânsito • Vigilância Sanitária Medidas Profiláticas Suscetível • Resistência natural • Alimentação, água • Impedir condições que favoreçam entrada do agente • Controle de vetores (instalações/ edificações) • Proteção individual • Imunoprofilaxia • Quimioprofilaxia • Educação em saúde TESTE DE FIXAÇÃO Entendeu? TESTE DE FIXAÇÃO Estabeleça as medidas profiláticas voltadas ao controle da FI e VT na Leptospirose canina TESTE DE FIXAÇÃO Estabeleça as medidas profiláticas voltadas ao controle da FI e VT na Raiva dos Herbívoros
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