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MÓDULO DE AGUA FRIA 2018 2

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1 
 
 
 
 
SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DOMICILIAR 
 
DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DIDÁTICO I 
 
 “Pensar é o trabalho mais duro que há! O que é, 
 provavelmente, o motivo porque tão pouca gente 
 pensa se dedicar a fazê-lo” (Henry Ford) 
 
 
ENGo LUIZ CARLOS A. DE A. FONTES 
 
Professor do Curso de Engenharia Civil 
Instituto de Engenharia, Arquitetura e Tecnológicas 
 
SALVADOR - BAHIA 
 
2018.2 
 
2 
 
 
AO ESTUDANTE 
 
 
 
 
 
 
Este MÓDULO DIDÁTICO I, cujo conteúdo está relacionado como o tema 
SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DOMICILIAR DE ABASTECIMENTO E 
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA representa esforço adicional na busca da melhoria 
da qualidade de ensino na formação do engenheiro civil. 
O estudante aplicado e consciente da alta seletividade encontrada no mercado 
de trabalho deve, com o entusiasmo próprio da juventude e persistência para ser 
vencedor, incessantemente procurar complementar a sua formação acadêmica no 
sentido da ampliação da competência e das habilidades preconizadas pelo mundo do 
trabalho globalizado. É focado neste objetivo que este texto didático está sendo 
elaborado, porém consciente de o mesmo não esgota todas as possibilidades de exercitar 
os conteúdos teóricos da disciplina INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS, 
ministrada nas várias instituições universitárias que oferecem o curso de graduação em 
Engenharia Civil e nas inúmeras escolas técnicas instaladas no território brasileiro. 
Ressalva-se, no entanto, o caráter experimental deste Módulo Didático I que 
será aperfeiçoado gradativamente mediante as contribuições dos estudantes durante as 
aulas práticas reservadas para a resolução de exercícios, pelas atividades de pesquisa 
com temas relacionados aos aspectos teóricos e tecnológicos das instalações hidráulicas 
prediais para abastecimento e distribuição de água potável. Outras contribuições 
poderão ser oriundas das observações, especialmente na condição de estagiário, nas 
obras civis durante a fase de execução das instalações hidráulicas. Todas estas 
atividades acadêmicas estarão intencionalmente entrelaçadas para alcançar uma melhor 
qualificação do graduando em Engenharia Civil: é, pelo menos, o propósito deste 
docente. 
Como Educador, é com infinita satisfação que me proponho a aperfeiçoar este 
instrumento didático em parceria com a comunidade estudantil, agregando esforço 
intelectual de forma coletiva para gerar a oportunidade de sermos úteis em prol da 
melhoria da qualidade na formação dos nossos atuais alunos e futuros engenheiros, bem 
como de profissionais da Engenharia Civil e de estudantes das Escolas Técnicas. 
Qualquer sugestão que possa contribuir, por mínima que seja, para aperfeiçoar 
o conteúdo dessa edição experimental, ser muito bem recebida. 
 
 
 
O AUTOR 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Página 
 
AO ESTUDANTE ..................................................................................................... 2 
 
TEORIA 1a PARTE .................................................................................................... 4 
 
CAPÍTULO I 
SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DE ABASTECIMENTO 
E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 
1.1 Visão panorâmica sobre a relação Saneamento e Saúde ................................... 5 
1.1.1 A importância sanitária da água .................................................... 7 
1.2 A instalação hidráulica predial de abastecimento de água fria ......................... 9 
1.2.1 Etapa preliminar ........................................................................................ 9 
1.2.2 Para abastecer ............................................................................................ 9 
1.2.3 Componentes e funções características do sistema de abastecimento 
 predial de água fria .................................................................................. 10 
1.3 Tipificações do sistema predial de abastecimento e distribuição de água fria..15 
 
CAPÍTULO I I 
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE MÍNIMA DE RESERVATÓRIOS 
PARA ÁGUA FRIA 
 
2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 22 
2.1 Capacidade mínima dos reservatórios .............................................................. 22 
2.1.1 Canalizações pertinentes aos reservatórios e suas funções hidráulicas 
Características ....................................................................................... 22 
 2.2 Reservatórios .................................................................................................. 27 
2.2.1 Recomendações gerais ............................................................................ 27 
2.2.2 Manutenção da potabilidade .................................................................... 27 
2.2.3 Detalhes executivos .............................................................................. 28 
2.2.3.1 Detalhes complementos .............................................................. 29 
 
QUESTÕES APLICATIVAS - 1a PARTE ........................................................... 30 
 
ANEXOS .................................................................................................................. 34 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DOMICILIAR 
 
 
 
 
 
DE 
 
 
 
 
 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TEORIA 
 1a PARTE 
 
 
5 
 
 
SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DE ABASTECIMENTO 
E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA 
 
 
 
 CAPÍTULO I 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
Desde tempos imemoriais tem-se destacado a preocupação pelo uso da água 
em decorrência do seu papel fundamental na sobrevivência da vida humana, em 
especial, bem como para os reinos animal e vegetal. Disto resulta a relevância da 
perspectiva em relação à água quanto à sua quantidade e qualidade, por todos os povos. 
A História Universal registra o armazenamento das águas das chuvas em 
depósitos, a exploração de aqüíferos subterrâneos através de poços, o transporte de água 
por intermédio de canais à céu aberto ou aquedutos, captadas em lagos ou rios, para os 
reservatórios artificiais e, a partir destes, para as moradias através de canalizações 
construídas em troncos escavados de madeira, em bronze, em chumbo e outros materiais 
metálicos e cerâmicos. São famosos os aquedutos romanos que asseguravam o 
abastecimento de água, não apenas na cidade de Roma, como em muitas outras cidades 
importantes do Império. 
Com o ecoar do tempo na evolução do homem foram surgindo descobertas, 
invenções e aperfeiçoamentos tecnológicos que contribuíram, principalmente após a 
Idade Média, para o abastecimento de água potável às edificações residenciais, 
comerciais, hospitalares e outras, em número crescente de usuários. O surgimento da 
água encanada, aliada ao aparecimento de diversas epidemias no seio da humanidade 
que ceifou milhares de vidas, contribuiu para que o homem tomasse consciência da 
necessidade de criar sistemas eficazes de saneamento básico onde se garantisse o 
abastecimento de água potável, a drenagem das águas pluviais, o recolhimento dos 
esgotos domésticos e seu tratamento, assim como a coleta regular do lixo doméstico, e 
dar-lhes condição favorável de reciclagem na natureza. 
Os registros históricos atestam que longa e penosa têm sido a luta na 
busca dos mananciais, na realização de obras e na gestão dos serviços de saneamento 
para asseguraro fornecimento de água à população e para atender a crescente demanda 
gerada pelo crescimento industrial e o desenvolvimento urbano, particularmente no 
Brasil. 
 
 
1.1 Visão panorâmica sobre a relação Saneamento e Saúde 
 
A primeira ação de saneamento registrada na história de nosso país resulta da 
abertura de um poço para captação de água subterrânea, escavado na localidade 
6 
 
denominada de Cara de Cão, Rio de janeiro, em 1565. Na referida localidade havia 
uma “lagoa de água ruim e quantidade reduzida”, sendo aberto um poço artesiano cuja 
água foi considerada adequada ao consumo humano. 
Com crescimento urbano e o início do desenvolvimento industrial surgiram 
empresas do setor público e privado (concessionárias) para realizarem a prestação de 
serviços no abastecimento de água potável, mediante a cobrança de tarifas aos usuários, 
a título de operação e manutenção dos sistemas e de realização de resultados. 
Na perspectiva de aceitação do conceito de saúde como esta sendo o “resultado 
do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o meio ambiente” (Dubos, 1965), enorme é o 
esforço empreendido para a compreensão das diversas facetas da relação do saneamento 
com a saúde pública. Na literatura especializada encontram-se diversas abordagens 
sobre a relação entre o saneamento e a saúde, bem como a evolução histórica desta 
relação, desde a Antigüidade até os referenciais teóricos atuais para as diversas ações de 
saneamento: o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário doméstico, a 
limpeza pública e as práticas higiênicas. Vários pesquisadores consideram bastante 
evidentes a relação entre saúde pública e o acondicionamento, a coleta e a disposição 
dos resíduos sólidos urbanos. A higiene pessoal e a domiciliar, incluindo um amplo rol 
de medidas, tem sido investigada como fator de risco de doenças redutíveis pelo 
saneamento. 
Estudos realizados permitem afirmar que intervenções em abastecimento de 
água e em esgotamento sanitário domiciliar provocam impactos positivos em 
indicadores diversos de saúde. O entendimento da relação entre a saúde com outras 
intervenções associadas ao saneamento continua sendo pesquisado, particularmente à 
limpeza pública, à drenagem pluvial, ao controle de vetores e à educação sanitária das 
comunidades em geral. 
A investigação historiográfica revela a evolução que essa temática absorveu, 
desde a prática intuitiva até o estabelecimento de bases científicas para a sua formulação 
teórica ao nível da pesquisa empreendida. O reconhecimento da importância do 
saneamento básico, e de forma mais ampla no contexto ambiental, e de sua vinculação 
com a saúde do homem remonta às mais antigas culturas. Escavações arqueológicas de 
ruínas de uma grande civilização que se desenvolveu na Índia, há cerca de 4.000 anos 
atrás, indicaram evidências de hábitos sanitários, incluindo a presença de banheiros e de 
esgotos nas construções, além de drenagem de águas pluviais nas ruas (Rosen, 1994). É 
igualmente de grande significado histórico a visão do saneamento de outros povos, com 
o registro da preocupação com o escoamento da água no Egito, os grandes aquedutos e 
os cuidados com o destino dos dejetos na cultura creto-micênica e as noções de 
engenharia sanitária dos quíchuas (Rosen, 1994). 
Diversas abordagens sobre as práticas sanitárias do povo judeu estão 
registradas no Velho Testamento, como, por exemplo, sobre a importância do uso da 
água para limpeza: “roupas sujas podem levar a doenças como a escabiose”; “sujeira 
pode levar à insanidade” (Kotter, 1995). 
Assim, a experiência prática evoluiu para medidas e hábitos; estes para regras e 
leis e, finalmente, para a construção de um esboço, mesmo incipiente, de uma atuação 
coletiva constituindo a saúde pública (Ferreira, 1982). 
No desenvolvimento da civilização greco-romana, por outro lado, são inúmeras 
as referências às práticas sanitárias e higiênicas vigentes e à construção do 
conhecimento relativo à associação entre esses cuidados e o controle das doenças. 
7 
 
Significativos, nesse aspecto, são os escritos hipocráticos, a partir do século IV a.C, 
como a livro Ares, águas e lugares, considerado um tratado sobre ecologia humana 
(Capra, 1982). 
O avanço das práticas sanitárias coletivas, a par do referido desenvolvimento 
conceitual do tema, encontrou sua expressão mais marcante na Antigüidade nos 
aquedutos, banhos públicos, termas e esgotos romanos, tendo como símbolo histórico a 
conhecida Cloaca Máxima de Roma. 
Além de investigações pontuais, o próprio processo de implantação de sistemas 
coletivos de saneamento, iniciada no século passado, tem apontado para um progressivo 
reflexo positivo sobre a saúde, independente de um respaldo científico para as 
conclusões. 
Segundo Briscoe (1987), em meados da década de 1970 predominou a visão de 
que avanços nas áreas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos países 
em desenvolvimento resultariam na redução das taxas de mortalidade, a exemplo do 
ocorrido nos países industrializados do século passado. 
Estudos foram desenvolvidos a partir da década de 1980, procurando formular 
mais rigorosamente os mecanismos responsáveis pelo comprometimento das condições 
de saúde da população, na ausência de condições adequadas de saneamento. Estas 
pesquisas voltaram-se para as áreas de abastecimento de água e do esgotamento 
sanitário, porém, deverão ampliar para as áreas, igualmente importantes, da limpeza 
pública (disposição de resíduos sólidos) e da drenagem urbana. 
 
1.1.1 A importância sanitária da água 
 
A água possui importância vital para os seres vivos, de modo específico, para o 
ser humano, cuja necessidade de abastecimento nas habitações apresenta as finalidades 
de higiene (corporal e da habitação), dessedentação, preparo dos alimentos, dentre 
outras. 
A água, nos centros urbanos, é geralmente fornecida aos usuários por empresa 
concessionária, mediante um sistema público de abastecimento de água, em quantidade 
e qualidade e, pela prestação deste serviço, a empresa é remunerada. 
Um sistema urbano de abastecimento de água apresenta as características 
gerais sintetizadas na Figura 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1: características gerais do sistema de abastecimento de água 
 
8 
 
 
A água é captada em seu estado natural, denominado de estado bruto, 
percorrendo um longo caminho e rigoroso processo físico-químico-biológico até ser 
consumida pela população abastecida na forma de água tratada com potabilidade 
atendendo as faixas estabelecidas pela Organização Mundial de saúde (OMS). 
A Figura 2 mostra o caminho percorrido pela água desde o manancial 
até o abastecimento às edificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2: o caminho percorrido pela água 
 
 
A água em seu estado bruto de captação é conduzida a uma estação de 
tratamento de água (ETA) onde passa por processo de tratamento para obter condições 
de potabilidade, sinteticamente constando das seguintes etapas: coagulação – 
decantação – filtração – desinfecção – adição de substância química de efeito preventivo 
à cárie (Flúor). 
 
9 
 
A Figura 3 ilustra as etapas descritas sumariamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3: etapas de processamento da água 
 
 
1.2 A instalação hidráulica predial de abastecimento de água fria 
1.2.1 Etapa preliminar 
 
Antes da aquisição do terreno onde será construída a edificação predial, torna-
se necessário se preocupar como a ligação de água e de esgoto e, principalmente, saber 
se o local já é servido por estes serviços públicos na cidade. Isto porque este e outrosdetalhes irão influenciar nas futuras instalações hidráulicas predial. 
Nesta etapa é importante que seja feito o projeto de engenharia por um 
profissional especializado em Hidráulica, o qual irá indicar por onde passarão 
adequadamente todas as canalizações, assim como todos os detalhes técnicos para a 
melhor execução do projeto das instalações hidráulicas. 
Para dar início à elaboração do projeto da instalação hidráulica predial de 
abastecimento e distribuição de água fria, o engenheiro necessitará ter em mãos o 
projeto arquitetônico e estrutural. Isto porque os locais de todos os pontos de consumo 
de água (chuveiro, pia de cozinha, lavatório, vaso sanitário, etc.), reservatórios, dentre 
outras informações, deverão estar claramente especificados, assim como é 
imprescindível, quer em lajes e vigas, sejam indicadas as posições de passagens das 
canalizações, de modo que sejam adotadas ações executivas antes da concretagem 
destas peças estruturais que permitam, posteriormente, a correta montagem da 
instalação hidráulica. São aspectos a serem observados, cuidadosamente, de modo a 
garantir a correta exeqüibilidade e o perfeito funcionamento do sistema e, assim, 
abastecer perfeitamente as edificações prediais, quer residenciais, escritórios 
comerciais, hospitalares, etc. 
 
 
10 
 
1.2.2 Para abastecer 
 
Segundo a NBR 5626/ABNT, a instalação predial de água pode ser alimentada 
pela rede pública de abastecimento ou por sistema privado. 
Caso a edificação predial possa ser servida pela rede púbica, é necessária a 
solicitação de ligação junto à concessionária da rede pública local. Ressalta-se que a 
concessionária só faz o abastecimento após a instalação de alguns itens, tais como o 
ramal predial, o cavalete para a colocação do registro e do hidrômetro (medidor de 
consumo de água). Depois da ligação da água por parte da concessionária, o restante do 
processo de instalação fica por conta do proprietário do terreno. 
Uma das vantagens da utilização da água abastecida pela rede pública é que ela 
é potável, pois já vem tratada, apresentando qualidade adequada para o consumo 
humano. Porém, quando a água é obtida por captação em nascentes superficiais (lago, 
rio, etc.) ou em lençol freático (nascente subterrânea), todo o processo de captação, 
tratamento e manutenção da água fica por conta do proprietário. Nesta situação, para o 
tratamento da água deve-se, inicialmente, armazená-la em reservatório (s) e, em 
seguida, fazer o adequado tratamento de purificação. 
Admite-se que se utilize outro sistema de abastecimento de água, 
simultaneamente com o público, para finalidades diversas do consumo humano, tais 
como de reserva técnica para proteção e combate a incêndio, lavagem de pisos, 
alimentação de caixas e válvulas de descarga e outras. É permitida tal utilização desde 
que constitua um sistema de fornecimento independente, não sendo admitido o consumo 
humano de água não potável ou tratada. 
 
1.2.3 Componentes e funções características do sistema de abastecimento predial 
de água fria 
A instalação hidráulica predial de água fria é formada pelo conjunto de 
tubulações, registros, válvulas e acessórios, reservatórios e outros dispositivos, 
destinados ao fornecimento de água nos pontos de consumo (utilização), em quantidade 
suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema público de 
abastecimento. 
Os principais componentes e suas funções características num sistema de 
abastecimento e distribuição predial de água fria são os seguintes: 
 
 RAMAL PREDIAL EXTERNO 
 
É o trecho de canalização executado pela empresa concessionária responsável 
pelo abastecimento de água fria, ligando a rede pública até a instalação do cavalete, 
mediante requerimento do proprietário da edificação. Sua função característica é 
permitir o abastecimento de água para a edificação a partir da canalização alimentadora 
situada na via pública. Possui um registro de derivação intercalado logo após a sua 
ramificação, que poderá ser utilizado para a interrupção do fluxo d’água, caso ocorra à 
necessidade de reparos. Ver detalhes na Figura 1. Este segmento da instalação externa 
compõe-se nas seguintes parcelas: 
 
 Cavalete/hidrômetro 
 
11 
 
A NBR 10925/ABNT define cavalete como sendo o ”conjunto de tubo, 
conexões e registros do ramal predial, destinado a instalação do hidrômetro e 
respectivos tubetes, ou limitador de consumo, em posição afastada do piso”. 
O hidrômetro é o aparelho que mede o consumo de água, totalizando volumes, 
tendo vários tipos, caracterizados pela NBR 8193/ABNT. Deve ser instalado em um 
abrigo próprio (geralmente uma caixa metálica, localizada no passeio), para ficar 
protegido contra a ação solar e as às condições atmosféricas. Ver detalhes na Figura 1. 
 
 Registro de fecho ou de passeio 
 
Usualmente, as empresas concessionárias adotam a colocação de um registro 
de passeio (ou registro de fecho), posicionado na calçada externa próximo ao 
hidrômetro, de modo que se possa interromper o abastecimento de água à edificação. 
Ver detalhes na Figura 4, apresentada adiante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4: detalhes do ramal predial externo e seus componentes 
 
 
 RAMAL PREDIAL INTERNO 
 
O ramal predial interno pode ser constituído pelo conjunto formado por 
tubulações, registros, válvula, reservatórios, instalação elevatória e de dispositivos e 
acessórios, de modo que a ser conectado com o sistema de distribuição predial de água 
fria. Este segmento de rede interna é composto pelas partes seguintes: 
 
 Alimentador predial 
 
É o trecho de canalização instalado a partir do final do ramal predial, após o 
hidrômetro, até, comumente, a desconexão feita mediante uma válvula de bóia, para 
controle da saída de água, no interior do reservatório inferior ou superior. Sua função 
 
12 
 
característica é, portanto, permitir a alimentação de água à edificação. Pode dar origem 
aos trechos de canalizações para abastecer pontos de consumo situados no pavimento 
térreo ou no subsolo, tais como torneiras de jardim, torneiras na garagem para lavagem 
de veículos, abastecimento de piscina, etc. 
A ligação do alimentador predial pode ter vários tipos de geometria, esta 
estabelecida em função da forma arquitetônica predial pata atendimento ao 
abastecimento de água, como, por exemplo, caracterizado na Figura 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Variação na geometria da ligação do alimentador predial 
 
 
 Reservatórios 
 
O abastecimento predial pode ser realizado com a existência de um ou dois 
reservatórios de água para garantia da sua regularidade. 
A NBR 5626/ABNT estipula que “Os equipamentos e os reservatórios devem 
ser adequadamente localizados tendo em vista suas características funcionais, a saber, ”: 
 
a)espaço; 
b)iluminação; 
c)ventilação 
d)proteção sanitária; 
e)operação e manutenção. 
 
Estas características são vitais para garantir a manutenção de origem da 
qualidade da água abastecida pelo sistema, pois os reservatórios, pela sua natureza, são 
focos potenciais de problemas de potabilidade da água, devendo ser cuidadosamente 
projetados e mantidos preventivamente. Além disso, os reservatórios precisam ser 
instalados em locais com estrutura suficientemente dimensionadas para suporte. 
Em edifícios altos ou edificações de maior porte, a reservação inferior é 
imprescindível, tendo em vista o volume de água necessário. Essa reserva inferior se 
justifica também pelos critérios técnicos e econômicos referentes à área ocupada 
 
13 
 
construtivamente pelo reservatório superior, peso adicional na estrutura predial, dentre 
outros aspectos. 
 
 Instalação de bombeamento de água fria 
 
É necessário utilizar um sistema motor-bomba para elevar a águado 
reservatório inferior até o superior. Esta instalação é utilizada quando a pressão 
hidráulica na rede pública não é suficiente para conduzir a água até o reservatório 
superior e ou não apresenta regularidade de abastecimento contínuo, ou quando o 
abastecimento é feito por via particular, ou seja, pela extração de água em lençol 
subterrâneo. 
 
 SISTEMA PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA 
 
 
O aspecto mais relevante na concepção da instalação hidráulica predial é 
relativo ao sistema de distribuição de água fria. A rede de distribuição de água fria é 
constituída por canalizações – barrilete, colunas de distribuição, ramais de distribuição, 
sub-ramais de distribuição e os pontos de consumo caracterizados pelos diversos 
aparelhos sanitários, tais como chuveiro, pia de cozinha, tanque de lavar roupas, 
banheira, dentre outros. 
Uma descrição sumária de cada parte componente do sistema predial de 
distribuição de água fria será apresentada a seguir: 
 
 Barrilete ou colar de distribuição 
 
Assim denomina-se o conjunto de tubulações de saída do reservatório superior 
que alimentam as colunas de distribuição. Recebe também a denominação de colar de 
distribuição. 
O barrilete pode construído segundo dois tipos de geometria: tipo concentrado 
e tipo ramificado, como ilustra as Figuras 6 e 7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: barrilete do tipo concentrado 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Barrilete do tipo ramificado 
 
 
 O barrilete do tipo concentrado permite que os registros de operação se 
localizem numa área restrita, embora de maiores dimensões, facilitando a segurança e o 
controle operacional do sistema, possibilitando a criação de um local fechado, ao passo 
que o barrilete do tipo ramificado espaça um pouco mais a colocação dos registros. Nos 
reservatórios elevados, externos à edificação, por economia e facilidade de operação, o 
barrilete deve ter os registros na base, próximos ao piso, e não imediatamente abaixo do 
reservatório. 
 
 Coluna de distribuição 
 
Compreende as tubulações que, partindo do barrilete, desenvolvem-se 
verticalmente, alimentando os diversos pavimentos da edificação. Cada coluna deverá 
conter um registro de fechamento, posicionado a montante do ramal do último 
pavimento para permitir a interrupção do fornecimento de água, em caso de reparos. 
 
 Ramais e sub-ramais de distribuição 
 
São trechos de tubulações derivadas das colunas de distribuição ao nível de 
cada pavimento da edificação, destinadas para alimentar os sub-ramais. 
Por sua vez, os sub-ramais constituem derivações a partir de cada ramal de 
distribuição, cuja função característica é permitir o abastecimento de água para os 
diversos pontos de consumo. 
Recomenda-se que para atendimento ao abastecimento de água às bacias 
sanitárias providas com válvulas de descarga, situadas dos diversos pavimentos ao 
longo da mesma prumada (vertical), estas sejam atendidas por uma coluna de 
distribuição exclusiva, tendo em vista que as operações de higienização das bacias 
exigem uma vazão muito mais elevada do as bacias sanitárias providas de caixa de 
descarga. Caso sejam inseridas num mesmo ramal de distribuição conjuntamente com 
outros aparelhos sanitários, quando da utilização simultânea da válvula de descarga e 
 
15 
 
de, por exemplo, um chuveiro ou um lavatório, o fluxo d’água em um deles ficará 
prejudicado sensivelmente. 
A Figura 8 ilustra a disposição geométrica destas canalizações em um mesmo 
pavimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 8: Vista isométrica de um sanitário que apresenta o ramal de 
distribuição e os respectivos sub-ramais. 
 
 
 Engates 
 
Assim são denominados os trechos flexíveis de canalizações que permitem 
estabelecer a ligação entre um sub-ramal e a entrada de água de um aparelho sanitário 
(peças de utilização), que por razões construtivas fica impedida de se utilizar 
canalizações rígidas. No jargão da construção civil recebem a denominação de 
“rabichos”. 
 
 Peças de utilização de aparelhos sanitários 
 
São dispositivos ligados aos sub-ramais, destinados ao controle de utilização de 
água, como as torneiras, chuveiros e outros. Devem ser locadas atentando-se para as 
exigências dos usuários quanto ao conforto e ao padrão da edificação, aspectos 
ergométricos e de segurança. 
 
 
1.3 Tipificações do sistema predial de abastecimento e distribuição de água fria 
 
 
Existem quatro tipos básicos de sistemas de abastecimento e distribuição de 
água fria nas edificações prediais, em que cada tipo tem a finalidade de prover os pontos 
de consumo do precioso líquido. Cada tipo de sistema predial de distribuição de água 
será descrito a seguir. 
 
 Sistema de distribuição de água Tipo Direto 
 
16 
 
 
Esse tipo de sistema de abastecimento e distribuição conduz a água diretamente 
da rede pública para os pontos de consumo, portanto, sem o auxílio de reservatórios 
inseridos. Somente deve ser utilizado quando houver garantias de regularidade no 
fornecimento de água e atendimento de vazão e pressão no sistema, de modo particular 
nos pontos de consumo localizados nos pontos mais elevados da edificação predial 
(geralmente, no último pavimento). 
Apesar desse tipo de sistema ser aparentemente mais econômico, por não 
necessitar de reservatórios, a redução econômica obtida é muito pequena 
comparativamente com a adoção deste tipo de sistema e envolve certo risco, pois ficar-
se-á exposto às eventuais deficiências operacionais da rede pública, as quais poderão 
comprometer diretamente a funcionalidade da instalação, particularmente numa 
eventual falta de água no sistema público, assim como no padrão de qualidade deste 
precioso líquido à existência humana em todos os seus aspectos. A Figura 9 ilustra a 
geometria deste tipo de sistema predial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Sistema de distribuição predial de água do tipo direto 
 
 
 Sistema de distribuição de água Tipo Indireto 
 
A regra geral é empregar o sistema de distribuição de água denominado 
indireto, inserindo na instalação hidráulica predial a construção de reservatórios, 
comuns ou pressurizados, de modo a garantir a regularidade do abastecimento predial. 
A precaução da reservação de água é sempre desejável, sob todos os aspectos, quer 
econômico, quer técnico e outros, sendo preconizada pela NBR 5626/ABNT e por 
vários outros códigos sanitários estaduais e municipais. 
 
 Sistema de distribuição tipo indireto com reservatório elevado (sem sistema 
de bombeamento) 
 
 
17 
 
Quando há pressão hidráulica suficiente na rede pública de abastecimento de 
água, porém com descontinuidade no fornecimento, pode-se simplesmente adotar a 
construção de um reservatório localizado na parte mais elevada da edificação, ao nível 
da cobertura. A alimentação da rede interna de distribuição de água fria (barrilete, 
colunas, ramais e sub-ramais) para abastecer os pontos de utilização (pontos de 
consumo constituído pelos aparelhos sanitários) ocorrerá então por gravidade em 
condução hidráulica de regime forçado, a partir desse reservatório superior. 
Todavia, a pressão hidráulica disponível na rede pública de abastecimento de 
água poderá variar em cada região da cidade e, até mesmo, poderá ocorrer pressões 
diferentes nas ruas de um mesmo bairro. Em geral, a pressão hidráulica disponível na 
rede pública apenas permite a água atingir, no máximo, o reservatório localizado na 
parte mais alta de uma edificação com dois pavimentos superpostos, com altura total em 
cerca de oito metros. Caso a pressão hidráulica disponível seja maior que cerca de oito 
metros de coluna de água (m.c.a), a rede pública poderá abastecer diretamente o 
reservatório superior de uma edificação que possua um número maior de pavimentos 
superpostos. A adoção do sistema de distribuiçãoindireta com a construção apenas do 
reservatório elevado dependerá do valor da pressão disponível na rede urbana. Caso a 
pressão hidráulica disponível na rede pública não seja insuficiente para que a água atinja 
o reservatório superior da edificação, será necessária a instalação de um sistema de 
bombeamento de água. O sistema de distribuição de água fria para os diversos pontos de 
consumo, do tipo indireto com a utilização apenas do reservatório elevado, sem 
bombeamento, é mais apropriadamente utilizado para edificações residenciais ou 
comerciais com um ou até dois pavimentos. A Figura 10 ilustra a situação relatada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 10: Sistema de distribuição predial do tipo indireto, 
 com reservatório superior (sem bombeamento) 
 Sistema de distribuição tipo indireto com reservatórios e com sistema de 
bombeamento 
 
 
18 
 
Quando não houver pressão suficiente na rede pública de abastecimento de 
água e/ou por ocorrerem descontinuidades no fornecimento, deve-se adotar a construção 
de um reservatório inferior, que será abastecido diretamente pela rede pública, assim 
como de um reservatório superior, este sendo abastecido a partir do reservatório inferior 
pela utilização de um sistema de bombeamento. É o sistema usual em edifícios – quer 
de natureza residencial ou comercial - e indústrias. Quando o fornecimento de água é 
realizado por intermédio de poço, a adoção do sistema de abastecimento do tipo indireto 
com bombeamento torna-se obrigatória, pois, caso contrário, os pontos de consumo 
somente seriam abastecidos quando a bomba estivesse em funcionamento. A Figura 11 
apresenta este tipo de sistema de abastecimento predial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Sistema de distribuição predial do tipo indireto, 
 com dois reservatórios e sistema de bombeamento 
 
 
 Sistema de distribuição Tipo Hidropneumático 
 
O sistema hidropneumático utiliza equipamento para pressurização da água 
armazenada em um reservatório inferior, metálico, abastecido diretamente pela rede 
pública ou indiretamente a partir de outro reservatório inferior, construído de concreto 
ou de alvenaria de bloco. Sua adoção é imperiosa somente quando há necessidade de 
determinado valor de pressão hidráulica em ponto da rede de distribuição que não pode 
ser obtida pelo sistema convencional (pressão por gravidade). Para edificações com 
altura superior a quarenta metros, necessidade de atendimento com valor específico de 
pressão para determinados equipamentos industriais, ou, ainda, quando não convém 
construir um reservatório superior (por motivações de natureza técnica ou econômica), 
este tipo indireto de sistema de distribuição poderá ser adotado. Este tipo de sistema tem 
custo elevado, exige manutenção preventiva periódica e, se possível, sugere-se ser 
evitado. Observe-se que o sistema fica inoperante em caso de falta de energia elétrica, 
 
19 
 
necessitando gerador alternativo, para não haver falta de água reservada ou distribuída 
(neste caso, por ausência de pressurização). A Figura 11 descreve este tipo de sistema 
predial de distribuição de água fria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Sistema predial de distribuição de água, tipo indireto, com 
 reservatório inferior pressurizado 
 
 
 Sistema de distribuição de água Tipo Misto 
 
É o sistema de abastecimento predial que conjuga, geralmente, o tipo indireto 
por gravidade com o tipo direto. A NBR 5626/ABNT considera “... mais conveniente 
para as condições médias brasileiras...” o sistema indireto por gravidade, com um ou 
dois reservatórios, admitindo o sistema misto (tipo indireto por gravidade combinado 
com o tipo direto), desde que apenas alguns pontos de utilização, como torneiras de 
jardim, torneiras de pia de cozinha e de tanques, situadas no pavimento térreo sejam 
abastecidos no sistema direto. Além destes pontos específicos de consumo, também é 
desejável que o ponto utilizado para a instalação do filtro de água seja por 
abastecimento direto, observando-se que essa sistemática previne eventual 
contaminação proveniente dos reservatórios. Destaca-se que a responsabilidade da 
empresa concessionária quanto a potabilidade da água fornecida cessa após o 
hidrômetro. 
Considerando-se que a pressão hidráulica na rede pública de abastecimento de 
água é normalmente superior àquela que se obtêm a partir do reservatório superior, no 
caso de residências térreas, os pontos de utilização ligados diretamente à rede pública 
terão maior pressão de serviço que aqueles pontos de utilização abastecidos por 
gravidade a partir do reservatório superior. 
Outro aspecto a considerar é que o sistema de abastecimento predial tipo 
misto propicia não somente uma redução do volume de água a ser reservada, como 
 
20 
 
também do consumo proveniente do reservatório superior, o que vem a ser útil em 
situações de baixa pressão na rede pública ou descontinuidade do abastecimento. Este é 
o sistema mais utilizado em residências, em função das características de nossas redes 
públicas de água, pela sua conveniência técnica e econômica, além de melhor atender às 
instalações. 
A Figura 12 ilustra o sistema tipificado como misto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Sistema predial de distribuição de água 
 do tipo misto (combinado) 
 
1.3.1 Análise do caso particular de edifícios altos 
 
 
Em edifícios de grande altura, resultantes da construção de um número maior 
de pavimentos superpostos, devem ser tomadas precauções especiais para limitação da 
pressão e da velocidade da água em função do aparecimento indesejável de ruídos, 
sobrepressões provenientes de golpe de aríete, manutenção e limite de pressão nas 
tubulações e nos aparelhos de consumo, cuja pressão estática está limitada pela NBR 
5626/ABNT com valor máximo igual a 40 mca. Portanto, não se pode ter mais de treze 
pavimentos convencionais abastecidos diretamente pelo reservatório superior, sem a 
necessária proteção da instalação. 
As soluções alternativas para o caso da necessidade de realizar a proteção da 
instalação quando submetida à pressão estática superior a 40 m.c.a., poderá ser com a 
 
21 
 
utilização de válvulas redutoras de pressão (V.R.P) ou com a construção de 
reservatórios intermediários. 
Devido às dificuldades executivas, à necessidade de manutenção e até mesmo 
por razões econômicas, não é desejável utilizar áreas no interior de pavimentos 
intermediários da edificação para colocação de válvulas de quebra-pressão. Portanto, 
geralmente, opta-se pela utilização dessas válvulas no subsolo do edifício. 
Na Figura 13 apresenta-se uma visão geral de um sistema predial de 
distribuição de água, deste a tomada d’água no reservatório inferior até a sua 
distribuição pelos diversos trechos de canalizações até os pontos de consumo. Observar 
a posição dos diversos componentes deste sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Visão isométrica de um sistema de abastecimento predial, tipo 
indireto com dois reservatórios. 
 
 
 
22 
 
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE MÍNIMA 
 
 DE RESERVATÓRIOS PARA ÁGUA FRIA 
 
 
 
 CAPÍTULO I I 
 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
 
O abastecimento predial de água fria sendo projetado pela modalidade do tipo 
sistema indireto necessita de reservatórios para garantia da sua regularidade. 
A NBR 5626/ABNT estipula que “Os equipamentos e os reservatórios devem 
ser adequadamente localizados tendo em vista suas características funcionais, a saber: 
espaço, iluminação, ventilação, proteçãosanitária e operação e manutenção”. Estas 
características são vitais para garantir a manutenção de origem da qualidade da água 
abastecida pelo sistema, pois os reservatórios, pela sua natureza, são focos potenciais de 
problemas de potabilidade da água, devendo ser cuidadosamente projetados. Além 
disso, os reservatórios precisam ser instalados em locais com estrutura suficientemente 
dimensionada para suporte da carga, principalmente o reservatório superior. 
Em edifícios altos ou edificações de maior porte, a reservação inferior é 
imprescindível, tendo em vista o volume de água necessário para atender às 
necessidades da população predial. Essa reserva inferior se justifica também pelos 
critérios técnicos e econômicos referentes à área ocupada construtivamente pelo 
reservatório superior, peso adicional na estrutura predial, dentre outros aspectos. 
 
 
2.1 Capacidade mínima dos reservatórios 
 
 
A NBR 5626/ABNT determina que a reserva total de água fria não pode ser 
inferior ao consumo diário, garantindo-se um mínimo de abastecimento, e recomenda 
que não deva ser maior que o triplo do consumo diário, valor este plenamente aceitável, 
e somente em casos muito especiais será necessária uma reserva de maior volume. Caso 
isso ocorra, deve ser preferencialmente localizada no reservatório inferior. Essa reserva 
visa atender às interrupções do abastecimento público, seja por manutenção na rede 
pública, seja por falta de energia elétrica, e deve garantir a potabilidade da água no seu 
período de armazenamento médio e obedecer a eventuais disposições legais quanto ao 
volume máximo armazenável. 
Considerando que o reservatório superior atua como regulador de distribuição, 
sendo alimentado diretamente pelo alimentador predial ou pela instalação do sistema de 
bombeamento de água fria, ele deve ter condições de atender às demandas variáveis de 
distribuição. 
Comumente a determinação da capacidade mínima dos reservatórios superior e 
inferior obedece ao seguinte critério: 
23 
 
 
 RESERVATÓRIO SUPERIOR (RS) 
 
RS = 0,40xCDxNDIAS DE RESERVAVA + RT 
 
onde: 
 
CD : consumo diário de água da edificação 
 
NDIAS DE RESERVAVA : número de dias de reserva de água para consumo contínuo 
de água. A NBR 5626/ABNT recomenda a reserva para, 
pelo menos, dois dias de consumo contínuo 
 
RT : reserva técnica de água para combate a incêndio. ANBR 5626/ABNT 
recomenda uma quantidade de água entre 15% a 20 do consumo diário 
predial. 
 
 
 RESERVATÓRIO INFERIOR (RI) 
 
RI = 0,60xCDxNDIAS DE RESERVAVA 
 
 
2.1.1 Canalizações pertinentes aos reservatórios e suas funções hidráulicas 
características 
 
As canalizações pertinentes aos reservatórios, que apresentam diversas 
funcionalidades, são as seguintes: 
 
 RESERVATÓRIO SUPERIOR 
 
 Extravasor 
 
O extravasor, também denominada de “ladrão”, é um trecho de tubulação 
destinada a escoar os eventuais excessos de água do reservatório, evitando seu 
transbordamento. Ele evidencia falha operacional na torneira de bóia ou dispositivo de 
interrupção do abastecimento. O extravasor deve permitir um escoamento livre, em 
local visível, de modo a indicar rapidamente a existência de falha no abastecimento e 
adoção de providências no sentido de interromper o abastecimento de água, quer no 
reservatório inferior, quer no reservatório superior. 
 
 Dispositivo de controle de nível 
 
Todo reservatório necessita de um dispositivo controlador da entrada de água e 
manutenção do nível operacional desejado, além de prevenir contra eventuais 
contaminações do ramal de alimentação do reservatório. Os tipos de dispositivos 
usualmente utilizados são: 
 
a)Torneira de bóia: registro comandado por bóia, para instalação na saída da 
alimentação do reservatório predial, destinado a interromper a 
24 
 
entrada de água quando atingir o nível operacional máximo 
previsto do reservatório. 
 
b)Automático de bóia: quando se tem um sistema de recalque de água (bombeamento) 
inserido no sistema de abastecimento predial (tipo indireto, com 
dois reservatórios), adotam-se automáticos de bóia, que são 
dispositivos de comando automático pelo próprio nível de água. 
Localizados em ambos os reservatórios, em cotas convenientes, 
fazem com que contatos elétricos sejam acionados, ligando o 
motor da bomba tão logo a água atinja o nível mínimo 
determinado, no reservatório superior, caso exista reserva 
suficiente no reservatório inferior, desligando-se ao atingir o 
nível máximo. Dessa maneira, o sistema funciona por si 
próprio, o que ocorre várias vezes ao longo do dia, não 
necessitando intervenção humana, mas deve permitir o 
acionamento manual, para fazer manutenção do sistema de 
bombeamento. 
 
 Canalização para tomada de água (saída) ou barrilete 
 
A tubulação de saída deve, preferencialmente, ser localizada na parede oposta à 
da alimentação (recalque), no caso de reservatório de grande comprimento, visando 
evitar a estagnação da água, bem como se situar em cota apropriada, elevada em relação 
ao fundo do reservatório. 
 
 Canalização de limpeza (descarga de fundo) 
 
Consiste de uma tubulação que permite a descarga da água utilizada na limpeza 
do reservatório superior, com registro aberto, sendo obrigatória não só para esta 
finalidade periódica, como para total esvaziamento em caso de manutenção Fica 
posicionada num dos cantos, com declividade da laje de fundo do reservatório em 
direção a esta, cujo lançamento da água resultante da operação de higienização ocorrerá 
num canaleta destinada para a drenagem predial cãs águas de chuva e localizada na 
cobertura da edificação. 
Nos reservatórios inferiores a retirada de água poderá ser efetuada, até o nível 
da válvula de pé, pela bomba de sucção, com a devida manobra dos registros, caso não 
haja possibilidade de escoamento por gravidade (em caso de reservatório enterrado). 
 
 Canalização de ventilação (“suspiro”) 
 
Implantada para permitir a saída do ar atmosférico que penetra no interior do 
sistema de distribuição de água para os pontos de consumo, localizados em diversos 
pavimentos, por ocasião da ausência de água no reservatório superior, quer devida a 
operação de manutenção, quer por carência de abastecimento por falta de energia 
elétrica temporariamente. O ar atmosférico presente no interior das canalizações causa 
perturbação no fluxo normal da água quando da regularização da movimentação hídrica 
em virtude do abastecimento. 
 
 Canalização para distribuição de água para combate a incêndio 
25 
 
A reserva técnica de água para combate a incêndio, conforme prescreve a NBR 
5626/ABNT, abastece os pontos de consumo (caixa de incêndio onde está localizada a 
mangueira para promover o lançamento da água no foco de incêndio e o resfriamento do 
local de ocorrência do sinistro), mediante canalização em ferro fundido (FoFo), pintada 
na cor vermelha. 
A Figura 1 revela o conjunto relativo à Caixa de Incêndio, cujo 
posicionamento ocorre em cada pavimento em local de fácil acesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1: à esquerda: saída da canalização de incêndio 
 à direita : caixa de incêndio 
 
A Figura 2 ilustra as diversas canalizações pertinentes ao reservatório 
superior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: canalizações pertinentes ao reservatório superior 
 
 
26 
 
o RESERVATÓRIO INFERIOR 
 
 Alimentador predial 
 
Trecho de canalização compreendido entre o hidrômetro e a válvula de bóia no 
reservatório inferior, cuja função hidráulica é abastecer o reservatório inferior, podendo 
fornecer água para pontos de consumo localizados em áreas ajardinadas (para regar a 
vegetação), garagens (para lavagem de veículos), etc. 
 
 Canalização de limpeza (descarga de fundo) 
 
Possui a mesma função que aquela localizada no reservatório superior. Em 
reservatório inferiorenterrado não é possível sua instalação é virtude da impossibilidade 
do lançamento da água resultante da operação de limpeza do reservatório. 
 
 Canalização de sucção 
 
Trecho de tubulação pertencente ao sistema de bombeamento de água, cuja 
função hidráulica é aspirar a água do ponto de captação localizado no reservatório 
inferior (válvula de pé e crivo) e elevá-la até a entrada d’água localizada na bomba. 
 
 Canalização de recalque 
 
Trecho de canalização situado entre a saída da água na bomba e a válvula de 
bóia localizada no reservatório superior. 
A Figura 3 mostra as diversas canalizações pertinentes ao reservatório inferior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: canalizações pertinentes ao reservatório inferior 
 
27 
 
2.2 Reservatórios 
 2.2.1 Recomendações gerais 
 
• A localização deve ser em cota compatível com as necessidades de projeto. Caso o 
volume a armazenar seja muito grande (acima de 4m3), ou por razões de ordem 
arquitetônica e, ainda necessidade de obter pressões elevadas, o reservatório deve 
constituir uma estrutura isolada, usualmente externa à edificação, denominada castelo 
de água ou tanque. Mesmo nessa situação é um reservatório e a ele se aplicam todas 
as recomendações aqui prescritas. 
 
• Devem-se eliminar os reservatórios inferiores sempre que haja possibilidade de 
alimentação continua pela rede publica, abastecendo diretamente o reservatório 
superior. 
 
• Somente tubulações de água potável poderá se localizar no interior do reservatório. 
 
• O reservatório deve localizar-se longe de esgoto e outras fontes poluidoras. 
 
• Nenhuma tubulação de esgoto poderá passar sobre a cobertura do reservatório. 
 
• Nenhum depósito de lixo poderá se localizar sobre o reservatório. 
 
2.2.2 Manutenção da potabilidade 
 
• O reservatório deve ser construído com material adequado (PVC, polietileno, concreto 
armado, alvenaria, fibro-cimento, etc.), de modo a não comprometer a potabilidade da 
água. 
 
• Deve ser estanque e, caso impermeabilizado, o material da impermeabilização não 
pode comprometer a qualidade da água. 
 
• A superfície superior externa do reservatório deve ser impermeabilizada e com 
caimento mínimo de 1:100 pelo menos no sentido das bordas, evitando-se o acúmulo 
de águas de lavagens ou pluviais em sua superfície. 
 
• O nível máximo da superfície da água no interior do reservatório deve ser considerado 
no mesmo nível da geratriz inferior do extravasor, deixando uma separação 
atmosférica (bordo livre) de 0,30 m 
 
• Segundo a NBR 5626/ABNT, item 4.5.6.7, devem ser satisfeitas as seguintes 
condições para pequenos reservatórios domiciliares: 
 
a)Ser provido obrigatoriamente de tampa que impeça a entrada de animais e corpos 
estranhos; 
 
b)Preservar os padrões de higiene e segurança ditados por essa norma; 
 
c)Ter especificação para recebimento relativa a cada tipo de material, inclusive 
métodos de ensaio; 
 
28 
 
2.2.3 Detalhes executivos 
 
 Reservatórios superiores 
 
• Os reservatórios superiores, alimentados pela estação elevatória ou diretamente pelo 
alimentador predial deve ter capacidade adequada para esta finalidade (alimentação 
sempre capaz de suportar a vazão requerida pela edificação) 
 
• Para seu dimensionamento devem ser consideradas as seguintes vazões de projeto: 
vazão de dimensionamento da estação elevatória; vazão de dimensionamento do 
barrilete e colunas de distribuição, valores estes decorrentes do consumo diário de água 
estimado para edificação segundo o critério do consumo máximo possível. 
 
• A reservação a ser feita nos reservatórios superiores será calculada com base nas 
indicações conforme a NBR 5626/ABNT. 
 
• O próprio barrilete é utilizado para efetuar a interligação dos reservatórios ou das suas 
diversas câmaras, não necessitando outra ligação. 
 
• O reservatório ou reservatórios superiores deve situar-se a uma altura suficiente entre 
o seu fundo e a superfície onde estejam apoiados, de modo a se poder instalar as 
tubulações e operar os registros (cerca de 30cm para reservatórios domiciliares, e 
80cm para reservatórios de edifícios convencionais), devendo-se analisar 
convenientemente cada caso. 
 
• O reservatório deve estar apoiado em estrutura que suporte o peso do conjunto. Em 
residências, estrutura de madeira com vigas de peroba de 6x12cm ou 6x16cm, 
servindo de apoio para transmissão de cargas às vigas e paredes, evitando-se a 
concentração sobre lajes de concreto ou forro. 
 
• O reservatório deve ser apoiado em superfície plana e horizontal (laje de concreto, 
estrutura de madeira, etc.), prevista para suportar seu peso. 
 
• Caso haja sistema de água quente, este deve ter saída própria posicionada 
independentemente, em cota superior a saída da água fria. Dessa forma, em caso de 
falta de água, evita-se que o abastecimento seja feita apenas ao aquecedor, impedindo 
com tal providência possíveis acidentes (queimaduras nos usuários). 
 
• Se estiver colocado fora da cobertura da edificação, o reservatório deve ter um 
dispositivo de travamento da tampa em razão da ação de ventos. 
 
 Reservatórios inferiores 
 
As condições ideais apontam para a execução isolada dos reservatórios 
inferiores, quer do solo ou do terreno lateral, tendo em vista eventuais vazamentos ou 
contaminações pelas paredes. Tal objetivo nem sempre se alcança no todo ou 
parcialmente e, caso seja possível, um afastamento lateral do terreno. Recomenda-se 
projetá-lo dentro de um compartimento de folga de, no mínimo, de 80cm entre suas 
paredes e qualquer obstáculo lateral. 
 
29 
 
• Caso seja construído enterrado, o reservatório inferior deve ter drenagem mecânica 
permanente, por meio de bomba hidráulica. 
 
2.2.3.1 Detalhes complementos 
 
 Tubulação de saída do reservatório: 
 
• Deve ser elevada em relação ao fundo do reservatório, evitando-se a entrada de 
eventuais detritos depositados no fundo, recomendando-se 2 cm. Para reservatórios de 
cimento-amianto (até 1500l), a altura mínima e de 3 cm a contar da parte mais funda 
do reservatório. 
 
• Nos reservatórios inferiores, a saída se dá pela tubulação da bomba de recalque, uma 
para cada câmara. É recomendável, se possível, a previsão de um poço de sucção no 
fundo do reservatório.. 
 
 Tubulação de Limpeza: 
 
• Deve ser posicionada no fundo do reservatório para esvaziá-lo completamente. Em 
grandes reservatórios, recomenda-se inclinação do fundo na direção dessa tubulação. 
A adoção de diâmetro especial em função do tempo exigido para esvaziamento pode 
ser necessária. 
 
 Tubulação do extravasor: 
 
• A tubulação deve escoar em um local visível. 
 
• Em residência, recomenda-se que seja direcionada para o xox do chuveiro, ou que 
escoe livremente, caindo na lateral da edificação de modo a facilmente ser percebido o 
escoamento pelo responsável. Em prédios, deve ser direcionada para a sala do zelador 
ou local de melhor visualização por ele. 
 
• A cota do extravasor em sua extremidade de saída da água deve se localizar de tal 
maneira que não possibilite a penetração de água externa no reservatório e, caso exista 
essa possibilidade, deve ser colocada válvula de retenção em seu trecho horizontal. 
 
• Para o aproveitamento máximo da capacidade do reservatório, recomenda-se que o nível 
máximo de água no seu interior, esteja situado no mesmo nível da geratriz inferior da 
tubulação extravasora, esta posicionada acerca de 0,30 em relação a face inferior da laje 
de cobertura do reservatório. 
 
• As extremidades da tubulação extravasora e de ventilação devem ser dotadas de crivo 
de tela fina (0,5mm no máximo), em malha plástica ou metálica, com área total 
superior a seis (6) vezes a seção reta do extravasor. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
APLICATIVAS 
 1a PARTE31 
 
QUESTÕES APLICATIVAS 
 
 
 
01)Um edifício residencial será construído com cinco pavimentos, possuindo cada 
pavimento dois apartamentos. Cada apartamento terá dois quartos sociais e um 
quarto de empregada. A edificação possui também uma área destinada para 
estacionamento de veículos, com quinze vagas, 20m2 de área ajardinada, assim como 
apartamento para o administrador predial (zelador). Solicita-se calcular para esta 
edificação, para um dia, o valor do consumo máximo possível de água potável 
(consumo diário). A edificação tem padrão construtivo qualificado como simples. 
 
02)Um edifício de apartamentos será construído com oito pavimentos, tendo quatro 
apartamentos por pavimento, sendo que cada apartamento possui três quartos sociais 
e um quarto de empregada. Considere a edificação como tendo padrão construtivo 
simples, possuindo também apartamento destinado para o administrador predial 
(zelador) e uma área interna com a finalidade de servir para estacionamento de 
veículos, com cinqüenta vagas. 
Solicita-se avaliar: 
 
a)O valor do consumo diário de água desta edificação, utilizando o critério do 
consumo máximo possível; 
b)A capacidade mínima dos reservatórios superior e inferior (sistema de 
abastecimento predial do tipo indireto), considerando a reserva de água potável para 
dois dias de consumo contínuo. Na avaliação da capacidade do reservatório 
superior considerar também a quantidade de água que deverá ser armazenada como 
reserva técnica para combate à incêndio (20% do consumo diário de água potável). 
 
03)Considere um edifício de apartamentos com dez pavimentos, que apresenta padrão 
construtivo classificado como de luxo, com três apartamentos por pavimento, em que 
cada apartamento possui três quartos sociais e dois quartos de serviço. O prédio 
residencial possui ainda um apartamento para zelador, assim como 30m2 de área 
ajardinada construída no play-ground e uma garagem com vinte e quatro vagas para 
carros. 
Solicita-se determinar: 
 
a)O valor do consumo diário de água potável desta edificação, utilizando o critério 
do consumo máximo possível; 
b)O valor da reserva técnica de água que será armazenada no reservatório superior, 
destinada exclusivamente para combate a incêndio (15 % do consumo diário de 
água potável); 
c)A capacidade mínima dos reservatórios superior e inferior, considerando a reserva 
de água potável para três dias de consumo contínuo. 
 
04)Uma edificação residencial será construída com doze pavimentos, tipificada como 
possuindo padrão construtivo simples, tendo em cada pavimento três apartamentos, 
cada qual com três quartos sociais e um quarto de serviço. A edificação possuirá 
ainda 48 m2 de área ajardinada e uma garagem com trinta vagas para carros. A 
reserva de água potável considerada deverá ter atendimento nos cálculos para três 
dias de consumo contínuo. 
32 
 
Solicita-se: 
 
a)A estimativa do consumo diário de água potável; 
b)A quantidade de água a ser reservada exclusivamente para combate a incêndio (20 
% do consumo diário de água potável); 
c)A capacidade mínima para os reservatórios (sistema de abastecimento predial do 
tipo indireto); 
d)Estabelecer as dimensões internas mínimas para o reservatório superior, adotando 
uma altura máxima para a lâmina d’água igual a 2,10 m e que o mesmo terá 
geometria cilíndrica; caso necessário, a parede divisória em concreto deverá ter 
0,10 m de espessura; 
e)Calcular a espessura da lâmina d’água relativa à reserva técnica para combate a 
incêndio; 
f)Calcular a espessura da lâmina d’água correspondente a parcela de água que será 
utilizada, no reservatório superior, para o consumo predial; 
g)Determinar as dimensões internas mínimas para o reservatório inferior, adotando 
uma altura máxima para a lâmina d’água no mesmo igual a 2,60 m; sabe-se que este 
reservatório será totalmente enterrado e que terá geometria prismática de base 
retangular; uma das dimensões da base possuirá 4,00 metros de extensão; 
h)Representar esquematicamente os reservatórios dimensionados, indicando as 
canalizações pertinentes a cada um deles mediante a terminologia e a respectiva 
função hidráulica; 
i)Dimensionar o alimentador predial (canalização que permitirá o abastecimento do 
reservatório inferior). 
 
05)Para um prédio comercial que apresenta, em planta baixa, um formato geométrico de 
“L”, constituindo dois setores de escritórios para uma única entidade locadora (taxa 
de consumo per capta igual a 60 litros∕hab.dia), foi previsto para cada setor um 
reservatório superior, abastecido a partir de seu respectivo reservatório inferior, por 
bombeamento. Em cada reservatório superior foi prevista uma reserva técnica de 
água destinada exclusivamente para combate a incêndio, com volume correspondente 
a 17% do consumo diário de água potável da edificação. A capacidade estimada para 
os reservatórios inferiores é de 62.400 litros e 72.000 litros, respectivamente, já 
considerando o armazenamento de água para dois dias de consumo contínuo. 
Solicita-se determinar: 
 
a)O valor do consumo diário de água potável para cada setor da edificação; 
b)O valor do consumo diário de água potável para toda a edificação; 
c)A população total da edificação; 
d)A capacidade mínima de cada reservatório superior; 
e)As dimensões internas mínimas (altura e diâmetro) para o reservatório superior de 
menor capacidade, adotando para este uma altura máxima para a lâmina d’água 
igual 2,20 m; se necessário, utilizar parede divisória em concreto com 0,10 m de 
espessura; 
f)O valor da altura máxima para a lâmina d’água relativa a reserva para combate a 
incêndio correspondente ao reservatório superior dimensionado hidraulicamente; 
g)As dimensões internas mínimas para o reservatório inferior, que está conjugado ao 
reservatório superior de menor capacidade, cuja altura máxima para a lâmina 
d’água a ser considerada no dimensionamento deverá ser igual a 2,20 m; por razões 
construtivas, este reservatório terá uma das dimensões de sua base igual a 5,20 m de 
33 
 
extensão. Este reservatório será construído parcialmente enterrado, porém 
permitindo a descarga hidráulica na operação de limpeza; 
h)Representar esquematicamente os reservatórios dimensionados e seus respectivos 
detalhes executivos, assim como indicar as suas respectivas canalizações 
(nomeando-as) e informando a função hidráulica de cada qual. 
 
06)Considere um edifício comercial com dez pavimentos, tendo cada pavimento 60 
metros quadrados de área construída e destinada a ser ocupada pelos escritórios por 
mais de uma entidade locadora. O prédio possui ainda uma área reservada para 
estacionamento de carros, com 20 vagas, bem como 26 m2 de área ajardinada. 
Solicita-se: 
 
a)A população útil da edificação; 
b)O valor do consumo diário de água potável; 
c)A quantidade de água ser armazenada no reservatório superior e destinada 
exclusivamente para combate a incêndio (20% do consumo diário de água potável); 
d)A capacidade mínima dos reservatórios superior e inferior, considerando que a 
reserva de água para consumo contínuo será para dois dias; 
e)A altura interna máxima do reservatório superior, sabendo-se que o arquiteto 
projetou um reservatório com geometria de tronco de pirâmide com base quadrada: 
as dimensões da base valem 2,00 m x 2,00 m, enquanto que o topo do tronco terá 
dimensões iguais a 3,00 m x 3,00 m. Caso necessário, adotar uma parede divisório 
em concreto com 0,10 m de espessura; 
f)O reservatório inferior, por razões construtivas, possuirá base (fundo) com 
geometria trapezoidal, de forma que a sua base menor terá dimensão igual 2,80 m, 
enquanto que a sua base maior corresponde a 3,80 m de extensão. A altura máxima 
da lâmina d’água neste reservatório será igual a 2,00 m. Qual deverá ser o valor da 
altura da base trapezoidal deste reservatório, bem como o valor da sua altura 
interna? 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Volume o tronco de pirâmide (V) 
 
V = (h∕3)x[ a + A + √axA] 
 
Onde: 
 
 a = área da base inferior (fundo) 
 A = área da base superior (topo) 
 h = distância vertical (altura) entre as bases 
 
 Taxa de ocupação para mais de uma entidade locadora: 1pessoa∕5 m2 de área 
construída. 
 
 Taxa de consumo de água per capta: 60 litros∕pessoa.dia 
 
 
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 ANEXOS 
 
 
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QUADRO 1 - TAXA DE CONSUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 2 - TAXA DE OCUPAÇÃO 
 
 
QUADRO 1 - TAXA DE CONSUMO

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