UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ- História da Educação

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
REVISITANDO A HISTÓRIAE PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS
MIRLON THIAGO DA CRUZ LOPES
202003428175
DUQUE DE CAXIAS-RJ
10/04/2020
OBJETIVOS:
· Reconhecer os modelos educacionais no decorrer da história e a maneira como eles influenciaram a formação nas sociedades;
· Elencar as contribuições dos povos e dos fatos históricos na constituição dos modelos de formação do sujeito e na instituição do conhecimento.
INTRODUÇÃO:
A educação relaciona-se com as condições políticas, econômicas e culturais de uma determinada sociedade, logo é necessário entendermos o contexto histórico para então compreendermos os comportamentos dos indivíduos em um determinado período.
E é revisitando a história das sociedades que podemos compreender como esses processos educativos ocorriam e de que maneira eles contribuíram no desenvolvimento social. 
Desenvolvimento:
Nas comunidades tribais, sociedades ágrafas, as crianças aprendiam imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias e rituais.
Os mais velhos ensinavam sobre o saber, o fazer, o ser e o estar, ou seja, inculcavam neles a maneira como deveriam agir, em conformidade com as necessidades do meio em que vivem.
O objetivo da educação primitiva era transmitir através desses ensinamentos as informações necessárias para o ajustamento do individuo na sociedade.
De acordo com o já visto, é possível entender que o homem primitivo vivenciou uma educação prática, levando em consideração suas necessidades de sobrevivência.
O grande marco da educação nas sociedades antigas foi o desenvolvimento da escrita. Pode-se destacar que as contribuições provenientes dos povos mesopotâmicos, entre outros, foi à criação do comercio, escolas, códigos jurídicos, princípios matemáticos e médicos, e principalmente, a invenção da escrita cuneiforme e construção de templos religiosos.
A escrita cuneiforme deu origem às escolas entre os sumérios, de onde saiu o termo escriba. Esse crescimento escolar deu-se com a finalidade de formá-los para trabalharem nas tarefas econômicas e administrativas.
A educação no Antigo Egito dá-se de forma repetitiva, baseada na escrita. Os ensinamentos são voltados para a formação do homem político, assim, sua educação é direcionada à retórica. Observa-se, também, que a obediência aos estudos era primordial para não sofrer castigos.
Na Grécia Antiga a educação não era um sistema desenvolvido nem rigidamente definido, porem em geral, as mulheres até os sete anos, eram educadas no gineceu, na companhia da mãe. Os rapazes, entre os 7 e os 14 anos, eram ensinados na ginástica e na música.
No século V, surge a figura do professor para ensinar as crianças a ler e escrever. Como esses professores eram contratados pelos pais, não era toda criança que tinha acesso à educação.
Foi na Grécia que surgiu o termo pedagogia, derivada da palavra ¨paidagogos¨, nome dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. A filosofia grega levou ao longo dos séculos, consequentemente, despertar o lado critico da educação para o aperfeiçoamento do individuo na sociedade. 
Portanto, a educação formal teve inicio na Grécia antiga, com o descobrimento dos valores educacionais gregos, sob vários aspectos que coloca o homem no desenvolvimento da sua personalidade, no conhecimento da razão, inteligência crítica, liberdade individual e política.
A cultura romana foi muito influenciada pela grega, assim, os romanos adotaram muitos aspectos na arte, pintura e arquitetura. O cristianismo influenciou sobremaneira a educação de Roma, e aos poucos, a Igreja Católica se institucionalizou e o clero exerceu o domínio na educação.
Foram eles os primeiros a promover um sistema de ensino oficial, a partir de um organismo centralizado e sob a responsabilidade do estado. Isto não significa, porém, que o acesso à educação se dava igualmente a todas as crianças em idade escolar. Essa escola era dividida em graus e provida de instrumentos didáticos específicos: elementares, secundarias ou de gramáticas e escolas retoricas.
Havia também escolas para as classes inferiores, embora menos organizadas, ela era voltadas para o ensino técnico, ligadas aos ofícios e às práticas de aprendizado nas mais diversas artes.
O Renascimento foi um período da história europeia marcado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado.
 O humanismo renascentista representou tendência semelhante no campo da ciência. Confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval.
No contexto da reforma protestante, Matinho Lutero, foi também um dos responsáveis por formular o sistema de ensino publico que sérvio de modelo para a escola moderna no Ocidente.
Para Martinho o governo deveria investir maciçamente na educação, a prova disso esta em uma de suas frases que dizia que ¨para cada florim investido na guerra, outros cem deveriam ser investidos na educação¨. 
Com o intuito de combater o avanço dos reformistas, foi iniciada uma contra reforma, um de seu marcos foi à criação da companhia de Jesus, que para a educação teve grande relevância através dos jesuítas.
Esses se espalharam pelo mundo. No Brasil, começaram a desenvolver um trabalho de catequização de índios e imigrantes estrangeiros, no ano de 1549, e a bula que utilizavam ficou conhecida como Ratio Estudiorum, e seus métodos perduraram por mais de 200 anos. 
A expulsão dos jesuítas de Portugal e suas colônias trouxeram prejuízos para a educação, pois, esses já haviam fundado escolas em boa parte do país. 
Mesmo com a criação, pelo Marquês de Pombal, do subsidio literário, imposto para custear a educação primaria, essa medida não surtiu muito efeito.
O divisor de aguas para a educação foi a mudança do Reino para o Brasil, dando inicio às instituições culturais, cientificas e de ensino técnico e os primeiros cursos superiores como os de medicina nos estados da Bahia e do Rio de Janeiro.
A independência trouxe novos contornos sócio-político e econômico para o país, no âmbito educacional foram debatidos alguns temas que associaram, pela primeira vez, apoio à educação popular de modo universal. Também foi debatida a criação de universidades.
A instrução primária e gratuita para todos já era pensada desde 1984, porém, foi três anos depois que foi determinada a criação das escolas de primeiras letras em todo o território nacional.