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pm-pr-2019-soldado-2-classe

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Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco. Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil. Bruna Pinotti, Ana Maria 
B. Quiqueto, Heitor Ferreira, Leticia Veloso, Silvana Guimarães
Polícia Militar do Estado do Paraná
PM - PR
Soldado 2ª Classe
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base 
no edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.
MR057-19
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você 
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sac@novaconcursos.com.br
OBRA
Polícia Miliar do Estado do Paraná
Soldado 2ª Classe
Atualizada até 03/2019
AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Prof° Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil
História - Prof° Heitor Ferreira
Geografia - Profª Ana Maria B. Quiqueto e Leticia Veloso
Estatuto da Criança e do Adolescente - Profª Bruna Pinotti
Atualidades - Profª Leticia Veloso e Silvana Guimarães
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Érica Duarte
Leandro Filho
Karina Fávaro
DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis 
Danna Silva
CAPA
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos, com moderado grau de complexidade. Reconhecimento da finalidade de textos 
de diferentes gêneros. Localização de informações explícitas no texto. Inferência de sentido de palavras e/ou expressões. 
Inferência de informações implícitas no texto e das relações de causa e conseqüência entre as partes de um texto. 
Distinção de fato e opinião sobre esse fato. Interpretação de linguagem não-verbal (tabelas, fotos, quadrinhos etc.). . 01
Reconhecimento das relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, preposições 
argumentativas, locuções etc. Reconhecimento das relações entre partes de um texto, identificando repetições ou 
substituições que contribuem para sua continuidade. Identificação de efeitos de ironia ou humor em textos variados. 12
Reconhecimento de efeitos de sentido decorrentes do uso de pontuação, da exploração de recursos ortográficos e/ou 
morfossintáticos, de campos semânticos, e de outras notações............................................................................................................ . 60
Identificação de diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto (anáforas, pronomes relativos, 
demonstrativos etc.). Compreensão de estruturas temática e lexical complexas. Ambiguidade e paráfrase. Relação de 
sinonímia entre uma expressão vocabular complexa e uma palavra. ..................................................................................................... 69
MATEMÁTICA
Operações com números inteiros, fracionários e decimais. ...................................................................................................................... 01
Frações ordinárias e decimais. ............................................................................................................................................................................... 01
Conjunto e funções. .................................................................................................................................................................................................. 23
Progressões aritméticas e geométricas. ............................................................................................................................................................ 43
Logaritmos. ................................................................................................................................................................................................................... 48
Porcentagem e juros. ................................................................................................................................................................................................ 55
Razões e proporções. ................................................................................................................................................................................................ 59
Medidas de tempo. .................................................................................................................................................................................................... 63
Equações de primeiro e segundo grau; sistemas de equações. .............................................................................................................. 69
Sistema de medidas de tempo, sistema métrico decimal ........................................................................................................................... 69
Sistema monetário brasileiro. ................................................................................................................................................................................ 73
Relações trigonométricas. ....................................................................................................................................................................................... 73
Formas geométricas básicas. ................................................................................................................................................................................. 73
Perímetro, área e volume de figuras geométricas. ........................................................................................................................................ 73
Gráficos e tabelas. ...................................................................................................................................................................................................... 93
Porcentagem. ............................................................................................................................................................................................................... 98
Regra de três simples e composta. ...................................................................................................................................................................... 98
Cálculo Proposicional. ............................................................................................................................................................................................101
Raciocínio Lógico. ......................................................................................................................................................................................................102
Resolução de problemas. .......................................................................................................................................................................................124
HISTÓRIA
Processo de construção e emancipação da Nação brasileira e a construção do estado democrático ..................................... 01
A Constituição Brasileira e a conquista da cidadania .................................................................................................................................... 03
Formação política do Estado do Paraná. ............................................................................................................................................................ 05
Processo de colonização do Estado do Paraná e regiões circunvizinhas com a avaliação dos encontros de distintas cultu-
ras que resultaram na formação étnicocultural presente no Estado....................................................................................................... 05
Processo de formação das Forças Armadas no Brasil - do Império à República................................................................................
07
Participação das forças armadas brasileiras em conflitos internacionais .............................................................................................. 08
Participação da Polícia Militar do Estado do Paraná em conflitos históricos. ...................................................................................... 10
Processo de globalização mundial e a inserção do Brasil no mundo do trabalho globalizado ................................................... 12
Formação de blocos econômicos na América Latina e no mundo. ......................................................................................................... 14
SUMÁRIO
Processo de formação cultural no Brasil e no mundo .................................................................................................................................16
Movimentos sociais e reivindicatórios ...............................................................................................................................................................18
Movimentos artísticos e religiosos. .....................................................................................................................................................................20
GEOGRAFIA
Categorias de análise geográfica: território, paisagem e espaço geográfico. Cartografia: utilidade das cartas básicas 
(bases cartográficas) e das cartas temáticas. ...................................................................................................................................................01
Geografia física: climas da Terra, do Brasil e dinâmica climática do Paraná; geologia, relevo e solos do Brasil e do estado 
do Paraná; águas continentais; oceanos: produtividade marinha e mares territoriais; os biomas terrestres, brasileiros e a 
vegetação do estado do Paraná. ..........................................................................................................................................................................07
Geografia humana: fatores de crescimento da população e teorias demográficas; distribuição e estrutura da população 
brasileira; diversidade étnica mundial; nacionalismo e separatismo; urbanização, redes urbanas, hierarquia das cidades; 
migrações internacionais e migrações internas. ............................................................................................................................................21
Geografia econômica e política: atividades agropecuárias e sistemas agrários no Paraná, no Brasil e no mundo; atividades 
industriais no Paraná, no Brasil e no mundo; os blocos econômicos, a multipolaridade mundial; o comércio mundial; as 
fontes de energia e a produção de energia. Países capitalistas desenvolvidos, em desenvolvimento e não desenvolvidos; 
países socialistas; o terrorismo no mundo atual. ..........................................................................................................................................35
Problemas ambientais: erosão e poluição dos solos; poluição da atmosfera e alterações do clima local (clima urbano, 
ilha de calor) e do clima da Terra (efeito estufa, destruição da camada de ozônio, (chuvas ácidas); poluição das águas 
(eutrofização, poluição das águas doces); destruição da cobertura vegetal, desmatamento; unidades de conservação e a 
preservação dos ecossistemas e da flora e da fauna brasileira e paranaense. ..................................................................................64
INFORMÁTICA
Conceitos básicos de operação com arquivos utilizando o Windows Explorer e Linux. ...............................................................35
Noções consistentes de uso de Internet para informação (Internet Explorer e Mozilla Firefox) e comunicação (Microsoft 
- Outlook Express). ....................................................................................................................................................................................................42
Noções consistentes de trabalho com computadores em rede interna, ambiente Windows e Linux. ...................................35
Recursos de escrita e editoração de texto (Microsoft Word e OpenOffice). ......................................................................................06
Recursos de cálculo e organização de dados em planilhas eletrônicas (Microsoft Excel e OpenOffice calc). .......................06
Noções básicas (de usuário) sobre a instalação de aplicativos e funcionamento de computadores pessoais. ....................57
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Lei nº 8.069/90: Parte geral: Título I Das Disposições Preliminares. Título II Dos Direitos Fundamentais: Do Direito à Vida 
e à Saúde. Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade. Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Do Di-
reito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer. Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho. Título III Da 
Prevenção: Dos Produtos e Serviços. Da Autorização para Viajar. Parte Especial: Título III Da Prática de Ato Infracional: 
Dos Direitos Individuais. Das garantias processuais. Das Medidas Sócioeducativas. Título IV Das Medidas Pertinentes aos 
Pais ou Responsável. Título V Do Conselho Tutelar: Disposições Gerais. Das Atribuições do Conselho.. ...............................01
ATUALIDADES
Noções gerais sobre temas da vida econômica, política e cultural do Paraná, do Brasil e do Mundo. O debate sobre as 
políticas públicas para o meio ambiente, saúde, educação, trabalho, segurança, assistência social e juventude. ............01
Aspectos relevantes das relações entre os Estados e Povos. ....................................................................................................................01
Ética e Cidadania. ........................................................................................................................................................................................................12
LÍNGUA PORTUGUESA
ÍNDICE
Compreensão e interpretação de textos, com moderado grau de complexidade. Reconhecimento da finalidade de textos de 
diferentes gêneros. Localização de informações explícitas no texto. Inferência de sentido de palavras e/ou expressões. Inferên-
cia de informações implícitas no texto e das relações de causa e conseqüência entre as partes de um texto. Distinção de fato e 
opinião sobre esse fato. Interpretação de linguagem não-verbal (tabelas, fotos, quadrinhos etc.). ................................................... 01
Reconhecimento das relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, preposições argu-
mentativas, locuções etc. Reconhecimento das relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que 
contribuem para sua continuidade. Identificação de efeitos de ironia ou humor em textos variados. ...............................................12
Reconhecimento de efeitos de sentido decorrentes do uso de pontuação, da exploração de recursos ortográficos e/ou morfos-
sintáticos, de campos semânticos, e de outras notações ...................................................................................................................................... 60
Identificação de diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto (anáforas, pronomes relativos, demons-
trativos etc.). Compreensão de estruturas temática e lexical complexas. Ambiguidade e paráfrase. Relação de sinonímia entre 
uma expressão vocabular complexa e uma palavra. ................................................................................................................................................69
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, COM MODERADO GRAU DE COMPLEXIDADE. 
RECONHECIMENTO DA FINALIDADE DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS. LOCALIZAÇÃO 
DE INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS NO TEXTO. INFERÊNCIA DE SENTIDO DE PALAVRAS E/OU 
EXPRESSÕES. INFERÊNCIA DE INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS
NO TEXTO E DAS RELAÇÕES DE 
CAUSA E CONSEQÜÊNCIA ENTRE AS PARTES DE UM TEXTO. DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO 
SOBRE ESSE FATO. INTERPRETAÇÃO DE LINGUAGEM NÃO-VERBAL (TABELAS, FOTOS, 
QUADRINHOS ETC.). 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de pro-
duzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a 
anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação 
dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. 
Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir 
daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclare-
cimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, em uma prova, o candidato deve:
	 Identificar os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
	 Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
	 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. 
	 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. 
	 Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras.
1. Condições básicas para interpretar
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e 
prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; 
capacidade de raciocínio.
2. Interpretar/Compreender
Interpretar significa:
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Através do texto, infere-se que...
É possível deduzir que...
O autor permite concluir que...
Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
O texto diz que...
É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...
3. Erros de interpretação
	 Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer 
por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
	 Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um 
conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido. 
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	 Contradição = às vezes o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
clusões equivocadas e, consequentemente, errar a 
questão.
Observação: 
Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a 
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova 
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o 
que o autor diz e nada mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o 
que se vai dizer e o que já foi dito.
 
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre 
eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; 
aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
tecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de 
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que 
existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
cia, a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
te, mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O).
3. Dicas para melhorar a interpretação de textos
	 Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral 
do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos 
candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor-
mação você absorver com a leitura, mais chances 
terá de resolver as questões. 
	 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter-
rompa a leitura.
	 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas 
forem necessárias.
	 Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma 
conclusão).
	 Volte ao texto quantas vezes precisar.
	 Não permita que prevaleçam suas ideias sobre 
as do autor. 
	 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me-
lhor compreensão.
	 Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado 
de cada questão.
	 O autor defende ideias e você deve percebê-las.
	 Observe as relações interparágrafos. Um parágra-
fo geralmente mantém com outro uma relação de 
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi-
que muito bem essas relações. 
	 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou 
seja, a ideia mais importante. 
	 Nos enunciados, grife palavras como “correto” 
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão 
na hora da resposta – o que vale não somente 
para Interpretação de Texto, mas para todas as de-
mais questões! 
	 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin-
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão.
	 Olhe com especial atenção os pronomes relativos, 
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme-
tem a outros vocábulos do texto.
 
SITES
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/por-
tugues/como-interpretar-textos
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-
-para-voce-interpretar-melhor-um.html 
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
tao-117-portugues.htm
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces-
pe – 2017) 
Texto CG1A1AAA
A valorização do direito à vida digna preserva as duas 
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a 
do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro 
em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição 
social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, 
singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins-
trumento da fraternização racional e rigorosa.
O direito à vida é a substância em torno da qual todos os 
direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que 
o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá-
vel de justiça social.
Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei 
Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re-
velação da justiça. Quando os descaminhos não condu-
zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na 
vida mais digna para que a convivência política seja mais 
fecunda e humana.
Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. 
In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, 
Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 
(com adaptações).
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Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano 
tem direito 
a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre-
vivência das espécies.
b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário 
para defender seus interesses.
c) de
demandar ao sistema judicial a concretização de 
seus direitos.
d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos 
direitos de outros.
e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na 
essência de todos os direitos.
Resposta: Letra E. O ser humano tem direito a uma 
vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus 
direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus 
deveres plenamente, como prescrevem todos os di-
reitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da 
qual todos os direitos se conjugam (...).
2. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces-
pe – 2017) 
Texto CG1A1BBB
Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição 
da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana 
do povo, que o exerce por meio de representantes elei-
tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em 
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes 
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de 
sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as 
regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos 
agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer-
ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque 
toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em 
nome do qual é pronunciada.
Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-
cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com 
adaptações).
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB,
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com 
fundamento no princípio da soberania popular.
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo 
voto popular, como ocorre com os representantes dos 
demais poderes.
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, 
exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus 
nacionais.
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magistra-
tura e o sistema democrático.
e) os magistrados brasileiros exercem o poder constitucio-
nal que lhes é atribuído em nome do governo federal.
Resposta: Letra A. A questão deve ser respondida se-
gundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
mente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse 
comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do 
povo e em seu nome é exercido (...).
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – SUPERIOR 
– CESPE – 2017 – ADAPTADA) No texto CG1A1BBB, o 
vocábulo ‘emana’ foi empregado com o sentido de
a) trata.
b) provém.
c) manifesta.
d) pertence.
e) cabe.
Resposta: Letra B. Dentro do contexto, “emana” tem o 
sentido de “provém”.
TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL
A todo o momento nos deparamos com vários textos, 
sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presen-
ça do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo 
que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes 
interlocutores são as peças principais em um diálogo ou 
em um texto escrito.
É de fundamental importância sabermos classificar os 
textos com os quais travamos convivência no nosso dia a 
dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais 
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um 
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar 
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém que 
acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situa-
ções corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela 
tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.
1. As tipologias textuais se caracterizam pelos as-
pectos de ordem linguística
Os tipos textuais designam uma sequência definida 
pela natureza linguística de sua composição. São observa-
dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações 
logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de 
ação demarcados no tempo do universo narrado, 
como também de advérbios, como é o caso de an-
tes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu 
carro quando ele apareceu. Depois de muita conver-
sa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, 
descrevem características tanto físicas quanto psi-
cológicas acerca de um determinado indivíduo ou 
objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados 
no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os 
cabelos mais negros como a asa da graúna...”
C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar 
um assunto ou uma determinada situação que se 
almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das ra-
zões de ela acontecer, como em: O cadastramento 
irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, 
não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o be-
nefício.
D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de 
uma modalidade na qual as ações são prescritas de 
forma sequencial, utilizando-se de verbos expres-
sos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente: 
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Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador 
até criar uma massa homogênea. 
E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demar-
cam-se pelo predomínio de operadores argumen-
tativos, revelados por uma carga ideológica cons-
tituída de argumentos e contra-argumentos que 
justificam a posição assumida acerca de um deter-
minado assunto: A mulher do mundo contemporâ-
neo luta cada vez mais para conquistar seu espaço 
no mercado de trabalho, o que significa que os gê-
neros estão em complementação, não em disputa.
2. Gêneros Textuais
São os textos materializados que encontramos em 
nosso cotidiano; tais textos apresentam características 
sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, 
composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: 
receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema, 
editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, 
blog, etc.
A escolha de um determinado gênero discursivo de-
pende, em grande parte, da situação de produção, ou 
seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os 
locutores e os interlocutores, o meio disponível para vei-
cular o texto, etc. 
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a 
esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por 
exemplo, são comuns gêneros como notícias, reporta-
gens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divul-
gação científica são comuns gêneros como verbete de 
dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, 
seminário, conferência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto 
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – 
São Paulo: Saraiva, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gra-
mática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, 
Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
SITE
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex-
tual.htm
Observação: Não foram encontradas questões abran-
gendo tal conteúdo.
ESTUDO DE TEXTO(S) 
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor 
que também é transmitida através de figuras, impreg-
nado de subjetivismo. Exemplo: um romance, um conto, 
uma poesia... (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal).
Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma 
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Exem-
plo: uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. 
(Denotação, Claro, Objetivo, Informativo).
O objetivo do texto é passar conhecimento para o 
leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma 
ideia. Exemplos de textos explicativos são os encontra-
dos em manuais de instruções.
Informativo: Tem a função de informar o leitor a res-
peito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de 
jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. 
Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do 
singular.
Descrição: Um texto em que se faz um retrato por es-
crito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. 
A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o 
adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa
aborda-
gem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou 
sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterio-
ridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto 
descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou 
da personagem a que o texto se refere.
Narração: Modalidade em que se conta um fato, fic-
tício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos 
do mundo real. Há uma relação de anterioridade e pos-
terioridade. O tempo verbal predominante é o passado. 
Estamos cercados de narrações desde as que nos contam 
histórias infantis, como o “Chapeuzinho Vermelho” ou a 
“Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano.
Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver 
ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o 
texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositi-
vos, juntamente com o texto de apresentação científica, 
o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em 
princípio, o texto dissertativo não está preocupado com 
a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, 
sendo, portanto, um texto informativo.
Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrá-
rio, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o 
ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o 
texto, além de explicar, também persuade o interlocutor 
e modifica seu comportamento, temos um texto disser-
tativo-argumentativo.
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de 
solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e 
acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião 
ou assinados, editorial. 
Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, 
expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Es-
trutura básica; ideia principal; desenvolvimento; conclu-
são. Uso de linguagem clara. Exemplo: ensaios, artigos 
científicos, exposições.
Injunção: Indica como realizar uma ação. É também 
utilizado para predizer acontecimentos e comportamen-
tos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, 
na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há 
também o uso do futuro do presente. Exemplo: Receita 
de um bolo e manuais.
Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas 
ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, 
como pausas e retomadas.
Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais 
pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual per-
guntas são feitas pelo entrevistador para obter informa-
ção do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas 
fontes para obter declarações que validem as informa-
ções apuradas ou que relatem situações vividas por 
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personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe 
uma pauta que contém informações que o ajudarão a 
construir a matéria. Além das informações, a pauta su-
gere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a 
serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter cos-
tuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre 
o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será en-
trevistada. Munido deste material, ele formula perguntas 
que levem o entrevistado a fornecer informações novas 
e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para 
perceber se o entrevistado mente ou manipula dados 
nas suas respostas, fato que costuma acontecer princi-
palmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, 
quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma 
instituição pública sobre um problema que está a afe-
tar o fornecimento de serviços à população, ele tende a 
evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o 
que considera positivo na instituição. É importante que o 
repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar 
a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, 
nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará indu-
zindo as respostas ou perdendo a objetividade.
As entrevistas apresentam com frequência alguns 
sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o 
travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes col-
chetes, que servem para dar ao leitor maior informações 
que ele supostamente desconhece. O título da entrevista 
é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e 
resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em 
letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na 
maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a 
letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal 
da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um 
pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia 
do entrevistado aparece normalmente na primeira pá-
gina da entrevista e pode estar acompanhada por uma 
frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entre-
vistado e que aparecem em destaque nas outras páginas 
da entrevista são chamadas de “olho”.
Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica 
é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra 
(Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos 
em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. 
Mas não é só isso. Lendo esse texto, você conhecerá as 
principais características da crônica, técnicas de sua reda-
ção e terá exemplos.
Uma das mais famosas crônicas da história da lite-
ratura luso-brasileira corresponde à definição de crônica 
como “narração histórica”. É a “Carta de Achamento do 
Brasil”, de Pero Vaz de Caminha”, na qual são narrados 
ao rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil 
e como foram os primeiros dias que os marinheiros por-
tugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da 
crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. 
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado 
de Assis: 
1. O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma tri-
vialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-
-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um 
touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resva-
la-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se al-
gumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a fe-
bre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace 
est rompue está começada a crônica. (...)
Machado de Assis. Crônicas Escolhidas. São Paulo: 
Editora Ática, 1994.
Publicada em jornal ou revista onde é publicada, des-
tina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimen-
tos cotidianos. A crônica se diferencia no jornal por não 
buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que 
procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os ana-
lisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos 
do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, 
singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princí-
pio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com 
esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, 
o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de 
vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos 
acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.
Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer 
que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De 
um recebe a observação atenta da realidade cotidiana e 
do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Al-
gumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua 
durabilidade no tempo.
O que é linguagem?
É o uso da língua como forma de expressão e comuni-
cação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somen-
te um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas tam-
bém de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos 
apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a 
analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem uti-
lizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter 
algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal 
é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se 
escreve.
A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da ver-
bal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comu-
nicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente
o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se uti-
lizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, 
gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, 
uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou tele-
visionado, um bilhete? Linguagem verbal!
Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de 
futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, 
o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identi-
ficação de “feminino” e “masculino” através de figuras na 
porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não 
verbal!
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A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao 
mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e 
anúncios publicitários.
Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.
Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem ver-
bal (óxente, polo Norte 2100) e não verbal (imagem: sol, 
cactos, pinguim).
 
Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bici-
cleta”, atrás “quebra-molas”.
 
Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitá-
rio masculino”.
Imagem indicativa de “silêncio”.
 
Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. 
1. Linguagem como forma de Ação e Interação
A concepção da linguagem ainda é bastante debatida 
entre os linguistas, que até hoje ainda não chegaram a um 
consenso da sua concepção. Ela é sintetizada de três ma-
neiras diferentes, sendo que o modo que mais utilizamos 
em nossos relacionamentos com outras pessoas é a de 
ação e interação.
Neste modo, a linguagem funciona como uma “ativi-
dade” de ação/interação entre os envolvidos nesta comu-
nicação. Os interlocutores expõem algo ao outro para que 
este seja induzido a interagir na conversa, que pode ser 
verbal, não verbal, mista e digital.
A atividade de comunicação é indispensável ao ser hu-
mano e aos animais. Existem diversos meios de comuni-
cação:
→ Entre os animais: a dança das abelhas, os odores, as 
produções vocais (como no caso das aves)
→ Entre os homens: a dança, a pintura, a mímica, os 
gestos, os sinais de trânsito, os símbolos, a linguagem 
dos surdos-mudos, a dos deficientes visuais, a linguagem 
computacional, a linguagem matemática, as línguas natu-
rais etc.
De um modo geral, dá-se o nome de linguagem a to-
dos os meios de comunicação: linguagem animal e lin-
guagem humana, em linguagem não verbal e linguagem 
verbal. O termo é, pois, empregado à aptidão humana de 
associar os sons produzidos pelo aparelho fonador huma-
no a um conteúdo significativo e utilizar o resultado dessa 
associação para a interação verbal. Fala-se, pois, em lin-
guagem verbal.
É um termo muito amplo: as línguas naturais (portu-
guês, inglês, por exemplo) são manifestações desse algo 
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mais geral. Saussure, o linguista genebrino, concebia a lin-
guagem em duas partes: a língua e a fala, e era a primeira 
o seu objeto de estudo; embora, reconhecesse a interde-
pendência entre elas.
Enquanto sistema de signos, a linguagem é um códi-
go - um conjunto de signos sujeitos a regras de combi-
nação e utilizado na produção e na compreensão de uma 
mensagem. 
Signo é compreendido por: 
- Significante, veículo do significado (parte percep-
tível, sensível);
- Significado, o que se entende quando se usa o 
signo (parte inteligível).
Os linguistas compreendem que há no processo de 
comunicação seis elementos: 
- Emissor (remetente), envia a mensagem; 
- Receptor (destinatário), recebe a mensagem;
- Mensagem - informação veiculada; 
- Código, sistema de signos utilizados para codifi-
car a mensagem; 
- Contexto (referente), aquilo a que a mensagem 
se refere;
- Contato (canal), veículo, meio físico utilizado para 
transmitir a mensagem.
1.1. Concepção de linguagem
De acordo com o prof. Luiz C. Travaglia, no seu li-
vro Gramática e Interação, admite-se para a linguagem 
admite três concepções:
1.2. Linguagem como expressão do pensamento 
Se a linguagem é expressão do pensamento, quando 
as pessoas não se expressam bem é porque não sabem 
elaborar o pensamento. Se o enunciador expressa o que 
pensa, sua fala é resultado da sua maneira própria de or-
ganizar as suas ideias. O texto, dessa forma, nada tem a 
ver com o leitor ou com quem se fala, e sim, somente com 
o enunciador. Nessa linha de pensamento encontra-se a 
gramática normativa ou tradicional.
1.3. Linguagem como instrumento de comunicação 
Neste conceito a língua é vista como um código, que 
deve ser dominado pelos falantes para que as comuni-
cações sejam efetivadas. A comunicação, pois, depende 
do grau de domínio que o falante tem da língua como 
sistema. O falante utiliza-se dos conceitos estruturais que 
conhece para expressar o pensamento; o ouvinte decodi-
fica os sinais codificados por ele e transforma-os em nova 
mensagem. Essa linha de pensamento pertence ao estru-
turalismo e também ao gerativismo.
1.4. Linguagem como forma ou processo de inte-
ração
Nesta concepção o falante realiza ações, age e intera-
ge com o outro (com quem ele fala). Dessa forma, a lin-
guagem toma uma dimensão mais ampla e não uniforme, 
pois inserindo num contexto ideológico e sociocultural, 
ela não tem direção preestabelecida vai depender uni-
camente da interação entre os dois sujeitos. Fazem parte 
dessa corrente a Teoria do Discurso, Linguística Textual, 
Semântica Argumentativa, Análise do Discurso, Análise 
da Conversação.
1.5. As funções da linguagem
Para entendermos com clareza as funções da lingua-
gem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da 
comunicação.
Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação 
não acontece somente quando falamos, estabelecemos 
um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente 
em todos (ou quase todos) os momentos.
Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, 
com o livro que lemos, com a revista, com os documen-
tos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, 
até mesmo através de um beijo de “boa-noite”.
É o que diz Bordenave quando se refere à comuni-
cação: “A comunicação confunde-se com a própria vida. 
Temos tanta consciência de que comunicamos como de 
que respiramos ou andamos. Somente percebemos a 
sua essencial importância quando, por acidente ou uma 
doença, perdemos a capacidade de nos comunicar. (Bor-
denave, 1986. p.17-9)”
No ato de comunicação, percebemos a existência de 
alguns elementos, são eles:
▪ Emissor: é aquele que envia a mensagem (pode 
ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas).
▪ Mensagem: é o conteúdo (assunto) das informa-
ções que ora são transmitidas. 
▪ Receptor: é aquele a quem a mensagem é ende-
reçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido 
como destinatário.
▪ Canal de comunicação: é o meio pelo qual a 
mensagem é transmitida.
▪ Código: é o conjunto de signos e de regras de 
combinação desses signos utilizados para elaborar a 
mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá 
decodificar.
▪ Contexto: é o objeto ou a situação a que a men-
sagem se refere.
Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, 
linguista russo, elaborou estudos acerca das funções da 
linguagem, os quais são muito úteis para a análise e pro-
dução de textos. As seis funções são:
1. Função referencial: referente é o objeto ou situa-
ção de que a mensagem trata. A função referencial pri-
vilegia justamente o referente da mensagem, buscando 
transmitir informações objetivas sobre ele. Essa função 
predomina nos textos de caráter científico e é privilegia-
do nos textos jornalísticos.
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2. Função emotiva: através dessa função, o emissor 
imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emo-
ções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a pre-
sença do emissor.
Exemplo: “[…] Mas quem sou eu para censurar os 
culpados? O pior é que preciso perdoá-los. É necessário 
chegar a tal nada que indiferentemente se ame ou não se 
ame o criminoso que nos mata. Mas não estou seguro de 
mim mesmo:
preciso amar aquele que me trucida e per-
guntar quem de vós me trucida. E minha vida, mais forte 
do que eu, responde que quer porque quer vingança e 
responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo 
que eu morra depois. Se assim for, que assim seja [...]”.
(Fragmento de A hora da estrela, de Clarice Lispector)
3. Função conativa: essa função procura organizar 
o texto de forma que se imponha sobre o receptor da 
mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensa-
gens em que predomina essa função, busca-se envolver 
o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar 
este ou aquele comportamento. Nos tipos de textos em 
que a função conativa predomina, é possível perceber o 
uso da 2ª pessoa como maneira de interpelar alguém, 
além do emprego dos verbos no imperativo para con-
vencer o interlocutor:
Exemplo:
4. Função fática: a palavra fática significa “ruído, ru-
mor”. Foi utilizada inicialmente para designar cer-
tas formas usadas para chamar a atenção (ruídos 
como psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a 
mensagem se orienta sobre o canal de comuni-
cação ou contato, buscando verificar e fortalecer 
sua eficiência. Tipo de mensagem cujo objetivo é 
prolongar ou interromper uma conversa. Nela, o 
emissor utiliza procedimentos para manter contato 
físico ou psicológico com o interlocutor:
Exemplo:
“(...) Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe …
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí (…)”.
(Trecho da música Sinal Fechado, de Paulinho da Viola).
5. Função metalinguística: quando a linguagem se 
volta sobre si mesma, transformando-se em seu 
próprio referente, ocorre a função metalinguística.
Linguagem utilizada para falar, explicar ou descrever 
o próprio código: esse é o principal objetivo da 
função metalinguística. Nas situações em que ela é 
empregada, geralmente na poesia e na publicida-
de, a atenção está voltada para o próprio código:
Exemplo:
6. Função poética: quando a mensagem é elaborada 
de forma inovadora e imprevista, utilizando com-
binações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou 
de ideias, temos a manifestação da função poética 
da linguagem. Essa função é capaz de despertar no 
leitor prazer estético e surpresa. É muito encontra-
da na Literatura, especialmente na poesia, a função 
poética apresenta um texto no qual a função está 
centrada na própria mensagem, rompendo com o 
modo tradicional com o vemos a linguagem.
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Exemplo:
 
Essas funções não são exploradas isoladamente; de 
modo geral, ocorre a superposição de várias delas. Há, 
no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos 
identificar a finalidade principal do texto.
Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos de-
mais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar 
sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião 
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, so-
bretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam desta-
cam-se os níveis da fala, que são basicamente dois:
- O nível de formalidade;
- O de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à lingua-
gem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de 
um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da 
mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante 
para a que a mesma pudesse exercer total soberania so-
bre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez represen-
ta o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem 
gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez 
que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve 
de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se 
desta forma um estigma. 
Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais 
representam as variações de acordo com as condições 
sociais, culturais, regionais e históricas em que é utiliza-
da. Dentre elas destacam-se:
a) Variações históricas
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma 
sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo 
bastante representativo é a questão da ortografia, se 
levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez 
que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à 
linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela 
supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
 Antigamente 
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoisel-
les e eram todas mimosas e muito prendadas. Não fa-
ziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. 
Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-
-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses de-
baixo do balaio.” Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vo-
cabulário antiquado.
b) Variações regionais
São os chamados dialetos, que são as marcas deter-
minantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, 
citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, rece-
be outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. 
Figurando também esta modalidade estão os sotaques, 
ligados às características orais da linguagem.
c) Variações sociais ou culturais
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma 
maneira geral e também ao grau de instrução de uma 
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, 
os jargões e o linguajar caipira. 
As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer-
tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuado-
res, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, 
caracterizando um linguajar técnico. Representando a 
classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio-
nais da área de informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para 
entendermos melhor sobre o assunto:
“Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados”. 
(Oswald de Andrade).
Chopis Centis 
“Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente, Quanta alegria, A minha felicidade é 
um crediário nas Casas Bahia. 
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger,
E também o Van Damme. 
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassi-
nas, 1995).
Para expandir a capacidade de compreensão e, prin-
cipalmente, de interpretação, é importante acostumar-se 
à leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou fato.
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Ao se ler algo, deve-se notar aspectos particulares 
que permitam associar o elemento da leitura ao tempo 
e a acontecimentos, destacar o essencial e o secundá-
rio relacionando-o a outros já lidos. Semanticamente, o 
elemento da leitura encerra em si todas as indagações, 
permitindo uma análise e oferecendo os subsídios da 
resposta. Compreender um texto é entender o seu senti-
do; apreender a situação, o fato, a narração, a tese a nós 
expostos. Interpretar um texto é conseguir desenvolver 
em outras palavras a ideia do texto, é, portanto, parafra-
seá-lo ou reescrevê-lo. Para se interpretar bem um texto, 
é de suma importância uma boa leitura. Para se entender 
um texto é necessária uma leitura atenta, em que se no-
tem as suas sutilezas e superficialidades. É conveniente 
marcar as ideias principais e estar atento as entrelinhas, 
aos detalhes e a todo o contexto.
- Paráfrase: é o desenvolvimento ou citação de um 
texto ou parte dele, com palavras diferentes, mas 
de igual significação. Não há alteração da ideia 
central.
- Perífrase:
é um circunlóquio, um rodeio de pala-
vras; a exposição de ideias é feito usando-se de 
muitas palavras. Usam se mais palavras do que o 
texto original, isto é, usam-se mais palavras que o 
necessário.
- Intertextualidade: é a relação entre dois ou mais 
textos, cujo tema seja o mesmo, porém tratado de 
forma diferente.
- Síntese: é uma resenha, que é feita utilizando-se 
das palavras do texto. Aparecem apenas as ideias 
principais.
- Resumo: é uma representação do texto em que só 
aparecem as ideias principais, não é necessário que 
seja com as mesmas palavras do texto.
- Inferência: é uma informação que não está no tex-
to, mas sim fora dele; está nas entrelinhas ou exige 
um conhecimento extra textual.
- Tipologia Textual Descrição: ato de descrever ca-
racterísticas. Pode ser: Objetiva: descrição com 
caráter universal. Subjetiva: descrição com caráter 
particular, pessoal.
- Técnica: descrição com caráter próprio de um ofí-
cio, profissão.
- Narração: é o relato de um fato, de um aconteci-
mento. Seus elementos são:
- Fato: é o acontecimento; o encadeamento das 
ações forma o enredo.
- Personagens: são os participantes do aconteci-
mento. Principais (mais atuantes) Secundários
- Ambiente ou cenário: é o lugar onde ocorrem os 
acontecimentos.
- Tempo: é a localização cronológica do aconteci-
mento. Foco Narrativo (narrador): a narração pode 
ser em: 1ª pessoa: narrador-personagem 3ª pes-
soa: narrador-onisciente/narrador-observador. 
Dissertação: ato de discorrer sobre um tema. A 
dissertação divide-se em três partes: Introdução: 
apresenta a ideia principal a ser discutida.
- Desenvolvimento: é o desdobramento da ideia 
central, a exposição dos argumentos.
- Conclusão: retoma ou resume os principais aspec-
tos do texto e confirma a tese inicial.
d) Tipos de Discurso
- Discurso Direto: a fala do personagem é, geral-
mente, acompanhada por um verbo de elocução (dizer, 
falar, responder, perguntar, afirmar etc.), não havendo co-
nectivo, porém uma pausa marcada por sinal de pontuação.
Exemplo.: A mãe perguntou-lhe atarantada: - Onde 
você pensa que vai?
- Discurso Indireto: o personagem não fala com suas 
palavras, é o narrador que reproduz com suas palavras o dis-
curso do personagem. Os verbos de elocução são núcleos do 
predicado da oração principal seguido de oração subordinada.
Exemplo: Ele respondeu que sempre saía sozinho.
- Indireto Livre: é um discurso misto, pois há carac-
terísticas do discurso direto e do indireto. A fala do perso-
nagem se insere no discurso do narrador, são perceptíveis 
aspectos psicológicos e fluxos do pensamento do persona-
gem.
Exemplo: Naquele dia o rapaz havia se declarado à sua 
vizinha. Ele já tinha sofrido muito. Custava à moça acreditar? 
Não sabia se tinha feito à coisa certa.
LÍNGUA PADRÃO, LÍNGUA NÃO PADRÃO
A língua é um código de que se serve o homem para 
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica-
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas 
funcionais:
A) a língua funcional de modalidade culta, língua 
culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, 
tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo 
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons-
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu-
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, 
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem 
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo-
rando na educação;
B) a língua funcional de modalidade popular; língua 
popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as 
mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
1. Norma culta
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. 
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do 
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas escolas 
e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e cria-
tiva, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâmica. 
Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; 
urge conhecer a língua popular, captando-lhe a esponta-
neidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; 
urge conhecer a língua culta para conviver.
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor-
mas da língua culta.
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2. O conceito de erro em língua
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos 
casos de ortografia. O que normalmente se comete são 
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num 
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele 
falar”, não comete propriamente erro; na verdade, trans-
gride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua 
fala, transgride tanto quanto um indivíduo que compare-
ce a um banquete trajando xortes ou quanto um banhis-
ta, numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que 
pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é 
o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre 
amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consi-
deradas perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
 
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a 
norma culta, deixando mais livres os interlocutores. 
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que 
é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se 
por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou 
seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções 
se alteram:
Eu não a vi hoje.
Ninguém o deixou falar.
Deixe-me ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veí-
culos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, 
revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou 
transgressões da norma culta na pena ou na boca de 
jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve 
refletir serviço à causa do ensino.
O momento solene, acessível a poucos, é o da arte 
poética, caracterizado por construções de rara beleza.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. 
Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa 
de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta 
o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico 
registro de linguagem definitivamente consagrado pelo 
uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir)
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos 
dispersar e Não vamos dispersar-nos)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho 
de sair daqui bem depressa)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no 
seu posto)
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos 
impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são 
exemplos também de transgressões ou “erros” que se 
tornaram fatos linguísticos, já que só correm hoje por-
que a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, 
que tem início, na sua conjugação, com peço. Tanto bas-
tou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, 
despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-es-
colarizada tem coragem de usar.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário 
escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe-
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que 
deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases 
da língua popular para a língua culta”.
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a 
uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada 
conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a 
norma culta.
3. Língua escrita
e língua falada - Nível de lingua-
gem
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos 
econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua 
falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação 
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no 
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, 
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a moda-
lidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e 
natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transfor-
mações e a evoluções.
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em impor-
tância. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar 
a língua falada com base na língua escrita, considerada 
superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as 
emendas, a que os professores sempre estão atentos.
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos-
trando as características e as vantagens de uma e outra, 
sem deixar transparecer nenhum caráter de superiorida-
de ou inferioridade, que em verdade inexiste.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na 
língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação 
de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de 
dialetos, consequência natural do enorme distanciamen-
to entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
borada que a língua falada, porque é a modalidade que 
mantém a unidade linguística de um povo, além de ser 
a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tem-
po. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será 
possível sem a língua escrita, cujas transformações, por 
isso mesmo, processam-se lentamente e em número 
consideravelmente menor, quando cotejada com a mo-
dalidade falada.
Importante é fazer o educando perceber que o nível 
da linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo 
com a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina o nível da lingua-
gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pro-
núncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um 
padre não fala com uma criança como se estivesse em 
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uma missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um 
mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no 
recesso do lar e na sala de aula.
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, destacam-se em importância o culto e o cotidia-
no, a que já fizemos referência.
RECONHECIMENTO DAS RELAÇÕES LÓGICO-DISCURSIVAS PRESENTES NO TEXTO, 
MARCADAS POR CONJUNÇÕES, ADVÉRBIOS, PREPOSIÇÕES ARGUMENTATIVAS, 
LOCUÇÕES ETC. RECONHECIMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE PARTES DE UM TEXTO, 
IDENTIFICANDO REPETIÇÕES OU SUBSTITUIÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA SUA 
CONTINUIDADE. IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM TEXTOS VARIADOS
Adjetivo 
É a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o substantivo, concordando com este 
em gênero e número.
As praias brasileiras estão poluídas.
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos (plural e feminino, pois concordam com “praias”).
1. Locução adjetiva
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma coisa, tem-se lo-
cução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale 
a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).
Observe outros exemplos:
de águia aquilino
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de boi bovino
de cabelo capilar
de cabra caprino
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial
de criança pueril
de dedo digital
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de fera ferino
de ferro férreo
de fogo ígneo
de garganta gutural
de gelo glacial
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
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de inverno hibernal ou invernal
de lago lacustre
de leão leonino
de lebre l eporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
de mestre magistral
de ouro áureo
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de porco suíno ou porcino
dos quadris ciático
de rio fluvial
de sonho onírico
de velho senil
de vento eólico
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observação: 
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª série. 
/ O muro de tijolos caiu.
2 Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando 
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
3 Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiras:
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
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4 Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. 
Observe alguns exemplos:
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
5 Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
 
6. Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos 
substantivos, classificam-se em: 
A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, 
a moça norte-americana. 
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
7 Número dos Adjetivos
A) Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos subs-
tantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra 
que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a 
palavra cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. 
Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. 
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
B) Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o 
último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um 
dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará in-
variável.
Por exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, 
funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substan-
tivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
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Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Observação: 
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer 
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre 
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, 
vestidos cor-de-rosa.
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele-
mentos flexionados: crianças surdas-mudas.
8 Grau do Adjetivo
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in-
tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do ad-
jetivo: o comparativo e o superlativo.
A) Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica 
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte-
rísticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser 
de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. 
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da 
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto 
ou quão.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-
perioridade 
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In-
ferioridade
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de 
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São 
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe-
rior, grande/maior, baixo/inferior.
Observe que: 
	 As formas menor e pior são comparativos de su-
perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais 
mau, respectivamente.
	 Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas 
(melhor, pior, maior e menor), porém, em compa-
rações feitas entre duas qualidades de um mesmo 
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais 
bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por 
exemplo:
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois 
elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de 
duas qualidades de um mesmo elemento.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
ferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
B) Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito 
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou rela-
tivo e apresenta as seguintes modalidades:
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
dade de um ser é intensificada, sem relação com outros 
seres. Apresenta-se nas formas:
	 Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de 
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). 
Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
	 Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por 
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos: 
benéfico - beneficentíssimo 
bom - boníssimo ou ótimo 
comum - comuníssimo 
cruel - crudelíssimo 
difícil - dificílimo 
doce - dulcíssimo 
fácil - facílimo 
fiel - fidelíssimo
 
B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade 
de um ser é intensificada em relação a um conjunto de 
seres. Essa relação pode ser:
	 De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de 
todas.
	 De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de 
todas.
O superlativo absoluto analítico é expresso por meio 
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, 
antepostos ao adjetivo.
O superlativo absoluto sintético se apresenta sob 
duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra 
popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons-
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos 
-íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo; 
a popular é constituída do radical do adjetivo português 
+ o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo 
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi-
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio 
– cheíssimo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São 
Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf32.php
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Advérbio
Compare estes exemplos:
O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o 
sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de 
tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e 
do próprio advérbio.
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio 
(bem)
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad-
jetivo (claros)
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acres-
centar ideia de:
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
1. Flexão do Advérbio
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre-
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, 
porém, admitem a variação em grau. Observe:
A) Grau Comparativo
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo 
modo que o comparativo do adjetivo:
	 de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): 
Renato fala tão alto quanto João.
	 de inferioridade: menos + advérbio + que (do 
que): Renato fala menos alto do que João.
	 de superioridade: 
A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato 
fala mais alto do que João.
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato 
fala melhor que João.
B) Grau Superlativo
O superlativo pode ser analítico ou sintético:
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Re-
nato fala muito alto.
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio 
de modo
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala al-
tíssimo.
Observação: 
As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são co-
muns na língua popular. 
Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
A criança levantou cedinho. (muito cedo)
2. Classificação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que exprime, o advér-
bio pode ser de:
A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, aco-
lá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, 
perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, de-
fronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, 
aquém, embaixo, externamente, à distância, à dis-
tância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, em volta.
B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, 
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, 
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, 
sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constan-
temente, entrementes, imediatamente, primeira-
mente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, 
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em 
quando, de quando em quando, a qualquer mo-
mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em 
dia.
C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, de-
pressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às cla-
ras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos 
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em 
geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em 
vão e a maior parte dos que terminam em “-men-
te”: calmamente, tristemente, propositadamente, 
pacientemente, amorosamente, docemente, escan-
dalosamente, bondosamente, generosamente.
D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, 
efetivamente, certo, decididamente, deveras, indu-
bitavelmente.
E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, 
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, pro-
vavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, 
quem sabe.
G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em ex-
cesso, bastante, mais, menos,

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