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artigo- autismo na Adaptação 2

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO 
LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS- GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO DO AUTISTA NO PROCESSO DE 
ADAPTAÇÃO ESCOLAR 
Maria Zenir Gonçalves 
Rio branco- AC
2019
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO 
LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS- GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO DO AUTISTA NO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO ESCOLAR 
Maria Zenir Gonçalves
Artigo cientifico apresentado a Faculdade Venda Nova do Imigrante- FAVENI como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Adaptações Curriculares para a Educação Inclusiva.
Rio Branco- AC
2019
 Maria Zenir Gonçalves 
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo, abordar os processos de adaptações de crianças que são diagnosticadas com TEA- Transtorno do Espectro Autista- no âmbito escolar, ainda nas series iniciais. Por meio da interações harmoniosas entre professores, alunos e pais ou responsáveis do aluno especial. O estudo terá como base a Constituição Federal, proclamada em 1988, atual ordenamento jurídico brasileiro. Que estabelece que todos são iguais perante a Lei, devendo ser respeitado e preservado a dignidade da pessoa humana, sem fazer exclusão de qualquer pessoa ou grupo. Para tanto será expresso o conceito de Autismos e suas principais características, pontuando as principais dificuldades encontradas na comunicação. Pensando em oportunizar a todos com ensino de qualidade, reconhecendo a escola como um espaço de aprendizagem e socialização contribuindo para o desenvolvimento do aluno especial, mostrando que é possível uma educação inclusiva democrática e solidaria. 
Palavras- chave: Educação; Democracia; Adaptação; Inclusão; Ambiente escolar.
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa abordar os aspectos sociais e interacionistas, de pessoas que tem autismo, sendo esta uma doença que afeta o funcionamento e desenvolvimento cerebral da criança, podendo ser diagnóstica ainda nos primeiros anos de vida, dificultando a comunicação entre os agentes. 
Ao decorrer do artigo, faremos uma explanação conceitual sobre o que é Autismo e suas características, pontuando os seus principais elementos, buscando compreender o cotidiano escolar dessas crianças, em meio a um ensino heterogêneo, plural e desafiador. Este artigo terá como base estudiosos e pesquisadores do campo educacional e psicológico, como também um ordenamento jurídico vigente, calcado em princípios democráticos e solidários de direito, firmados na Carta Magna de 1988.
A Constituição, com a correção que faremos, será a guardiã da governabilidade. A governabilidade está no social. A fome, a miséria, a ignorância, a doença inassistida são ingovernáveis. A injustiça social é a negação do governo e a condenação do governo.( BONAVIDES, 2008, p. 470- 471).
Teremos como objeto de estudo alguns elementos que corroboram para a discursão do processo de adaptação do aluno no âmbito escolar, visando o desenvolvimento cognitivo e social do aluno, sob um olhar atento, respeitando as suas limitações cotidianas, com o objetivo de desenvolver a plena autonomia do mesmo, nas resoluções das atividades diárias e com isso a melhoria da qualidade de vida do autista no ambiente escolar e familiar.	
Assim, deverão os especialistas na área, pensar em um meio para que a adaptação seja algo menos conflituoso possível, de modo a prepara- ló para a aprendizagem conceitual, entrelaçando a socialização com o espaço escolar com a resolução das atividades em sala de aula.	
A metodologia utilizada foram, pesquisas bibliográficas, baseadas em autores e especialistas da educação, psicologia e da sociologia, que se dedicaram a entender, os fenômenos educacionais e sociais da crianças autistas no processo de adaptação. Assim como também artigos científicos e publicações diversas, de pessoas que contribuem para a reflexão e desenvolvimento do saber educacional dos mesmo.
Para que esse convivência seja harmônica na sociedade e no espaço escolar, foi necessário que se criassem leis que estabelecessem os limites de uma vida individual. O respeito assumi um papel importante nas relações cotidianas, desempenhando um papel fundamental nos parâmetros de convivência. Precisa-se saber então, que o outro tem seu livre arbítrio e também deseja usufruí-lo.
A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO DO AUTISTA NO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO ESCOLAR 
Baseada nos princípios de um Estado democrático e proteção dos direitos sociais, individuais e coletivos, sob uma ótica de sociedade livre, justa e solidária, livre das injustiças sociais e da corrupção que perpassa por diversos setores da sociedade. Vindo a garantir todos um ordenamento jurídico que valoriza o indivíduo de forma igual, respeitando as suas peculiaridades.
Após um amplo debate surge, em 22 de Setembro de 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil, pensando em um Estado laico, é promulgada na data de 5 de outubro de 1988, a Carta Magna, vigente em nosso país, que traz no seio de seu preâmbulo, os seguintes norteadores:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. (BRASIL, 1988)
		
Desse modo percebemos que a nossa Constituição Federal surge como um apelo ao bem estar social e dignidade da pessoa humana, depois de avanços e retrocessos, que vivemos durante o nossa história de formação do povo brasileiro. Seus pilares educacionais estão baseados em uma educação universal, assim como podemos verificar, na Carta Magna atual, no seu art. 205:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988)
Todos assim são responsáveis para promoverem a educação, seja no âmago familiar ou no interior das instituições; educar e reeducar a nossa geração e aquelas que ainda estão por vir é papel fundamental da sociedade e do governo. 
Assim percebemos que a educação inclusiva também faz parte da proposta citadas na Constituição, partindo do princípio que a educação deve ser oferecida a todos, que estão na faixa etária de ingresso, independente da sua raça, cor ou classe social.
Sabemos que a escola é espelho da sociedade, reproduzindo, muitas vezes, elementos de discriminação, preconceito e desigualdades sociais, dificultando na interação entre os educandos. No entanto a mesma é a instituição que se propõem a se renovar, cotidianamente, estando sempre em planejamento e avaliação, por repetidas vezes durante o ano. 
A escola é uma instituição de serviço público que se distingue por oferecer o ensino  como um bem público.  Ela não é uma empresa de produção ou uma loja de vendas. Assim, a gestão democrática é, antes de tudo, uma abertura ao diálogo e à busca de caminhos mais consequentes com a democratização da escola brasileira em razão de seus maiores postos no artigo 205 da Constituição Federal (CURY, p.11, 2007).
Diante do exposto, não temos como distanciar a instituição escolar dos princípios que são estabelecidos em nosso ordenamento jurídico, de modo que ambos por sua existência se justificam, por meio dos estudos e pesquisas realizadas ao longo dos conceitos de escola, democracia e ordenamento jurídico. Estando o mesmo a serviço do estado e da sociedade, na promoção da liberdade e igualdade social.
1.1. O Homem em Adaptação
O “ponta pé” inicial para análise da adaptação do aluno especial no espaço escolar é preciso recorrera ideias iniciais, como ter bem definido o que é o significado do que é autismo, como forma de construção de uma ponte, que facilitará a comunicação entre a escola e o aluno. Hoje podemos apreciar várias fontes sobre o tema, desde livro, vídeos, anuários, artigos e tantos outros que contribuem na sua significação. 
A proposta deste artigo volta- se a averiguar e refletir sobre a adaptação de alunos que são diagnosticadas com TEA - Transtornos do Espectro Autista. Apresentaremos os desafios enfrentados por essas crianças dentro do espaço escolar, na busca da quebra de preconceito.
Desde os primórdios da humanidade o homem vem buscando a melhor forma de viver, seja em comunidade ou sozinho. Adaptar- se então no ambiente é questão de sobrevivência, na busca da proteção dos elementos da natureza- sol, chuva, tempestades, fortes ventos e tantos outros. Fazendo com que o homem busque mecanismos de acomodação, afastando- se dos perigos. 
Os homens viviam em pequenos bandos; caçavam e pescavam e também colhiam frutos. Fabricavam instrumentos de osso ou de pedra lascada e abrigavam-se em cavernas ou choças. Os caçadores, nômades, preferem a beira de rio, onde os animais vêm beber e concentram-se em áreas florestais durante a seca. A divisão rudimentar de tarefas entre os membros da tribo. (GONÇALVES, 2019)
Assim percebemos com Gonçalves, 2019, que o homem vivia em função da sua sobrevivência, caçando, pescando e se protegendo das ações da natureza. A sua adaptação pode ocorrer por diversos motivos, modificando em alguns aspectos atualmente, já que o homem não tem as mesmas necessidades que na pré-história. 
Quando o ser encontra- se fora da sua zona de conforto, em situações de instabilidade, desafio, confronto, faz com que o mesmo ponha- se a pensar, sobre a realidade que está sendo vivida. De modo à faze-lo sentir- se instigado a melhorar as suas condições reais, isso ocorre nos mais variados locais, muitas vezes de forma eventual e inesperada. 
Imaginemos uma crianças que em sala de aula tem dificuldade de fazer leitura, mas esforça- se para melhorar, com os estímulos da professora: você estar indo bem, um pouco mais alto, firmeza, você consegue... Da mesma forma com o deficiente, em suas atitudes devemos ter um repertório positivo, que mostre que é capaz de realizar tarefas.
Tomar atitudes positivas é importante para estimular aqueles que fazem parte de um ambiente inclusivo, de modo a perceber que são capazes de assumir responsabilidades, resolver problemas, tomar atitudes, ajudar os colegas, dessa forma desenvolverão a sua autonomia com mais confiança. 
Vejamos a outra situação hipotética: em um jogo de arremessar bolas no cesto, um autista poderá ter dificuldade de mirar a bola no cesto, mas com ajuda dos colegas, pegando na sua mão ou aproximando o alvo, poderá conseguir, o importante é que ele se sinta parte da brincadeira. Havendo outras possibilidades de participação. 
Enfim, deverá o indivíduo ser instigado a se reinventar, superando seus medos, para alcançar o êxito. Com a estabilidade restaurada, as adaptações e acomodações vão tomando forma, com a superação das diversidades. 
É importante ressaltar que a acomodação, muitas vezes é a saída para não participar das atividades, dizer que não sabe, não consegue é muito mais fácil do que vencer o “medo” ou até uma ideia de inferioridade já enraizada no aluno, por seu autista e ter a suas limitações. Adaptar também é ter confiança naquele ambiente e saber que as divergências aparecem mas que são capazes de solucionar.
Esse processo de adaptação também é diagnosticado em situações diárias, como iniciar uma novo trabalho, onde a ambientalização é algo novo, espaço, pessoas, rotina, sendo necessário um determinado período para a que o indivíduo se adapte, se acomode, sem o desconforto.
O século XX caracterizou-se pelo início da obrigatoriedade e expansão da escolarização básica, detectando-se que numerosos alunos, sobretudo os que apresentavam deficiências, tinham dificuldades em seguir o ritmo normal da classe e conseguir um rendimento igual ao restante das crianças de sua idade. É então que se aplica a divisão do trabalho à educação e nascem espaços diferentes para educar (PESSOTTI, 1984, p.168).
 Nesse período citado por Pessotti, em virtude do rendimento baixo acreditava- se que a solução era separar esses alunos, de modo que o ensino seria foca para aprendizagem destes. Mas separar os alunos, não apresentou grandes resultados, ao contrário percebeu- se que as crianças precisavam da interação com os demais para se desenvolver. Sendo de igual importância a socialização e a parte conceitual, distanciando ainda mais as interações entre as pessoas, pois na vida em sociedade todos estão em igual convívio, no mercado, na festa, na praça... não há razão então para isolar.
 Ao longo do tempo a humanidade vem superando muitos preconceitos e questionando tantas outras temáticas do dia a dia, que ainda estão tomando forma na sociedade, nos conduzindo a reflexão sobre a seleção/reclusão de pessoas ou grupos, refletindo não só apenas na esfera educacional e inclusiva, como também o papel da mulher na sociedade, discursão de gênero, religiosidade e tantas outras. Esses temas são carregados de “tabu” e preconceitos, achismos, que vem sendo questionado e vencendo muitas barreiras.
Com a capacidade de racionalização do indivíduo, o pensamento do mesmo na época das cavernas são bastante simplificados, diferente da era digital que vivemos atualmente. Desde cedo as nossas crianças aprendem a manusear os aparelhos digitais, jogos e aplicativos, fazendo com que as pessoas tenham mais acesso a informação, de modo a sem oportuniza-las a compartilhar suas ideias com seus “amigos” digitais. 
As pessoas antigamente não conseguiam explicar muitos dos fenômenos que ocorriam a sua volta, recorrendo a mitos, lendas, opiniões religiosas, achismos, para ter como explicação para a deficiência, muitos foram os meios de utilizados justificar porquê que uma criança nascia dessa forma.
(...) Queda de Constantinopla (Século XV, em 1453), marcam o início da Idade Média. É marcada por precárias condições de vida e de saúde das pessoas. A população ignorante encarava o nascimento de pessoas com deficiência como castigo de Deus. Os supersticiosos viam nelas poderes especiais de feiticeiros ou bruxos. As crianças que sobreviviam eram separadas de suas famílias e quase sempre ridicularizadas. A literatura da época coloca os anões e os corcundas como focos de diversão dos mais abastados. (APARECIDA, 2017)
Respeito e dignidade foi negado por muito tempo para os deficientes, caminho que ainda temos muito o que trilhar, impulsionados pela perversidade e ignorância o povo maltratava e os subjugavam de acordo com suas acepções preconceituosas. 
As principais características de quem tem deficiência é a dificuldade de se relacionar com as pessoas e o meio ambiente a sua volta, deixando lacunas na comunicação entre os agentes da comunicação, variando de acordo com o nível como a doença se apresenta.
 Por ser algo amplo, praticamente “cada caso é um caso”, que deve ser observado antes de se fazer qualquer conclusão. Não havendo um meio fácil de seguir, mas caminhos que deverão ser cuidadosamente experimentos e quando necessário, reinventado, para melhor atender o aluno deficiente. 
[...] o Transtorno Autista (TA) se caracteriza por um quadro clínico em que prevalecem prejuízos na interação social, nos comportamentos não verbais (como contato visual, postura e expressão facial) e na comunicação (verbal e não verbal), podendo existir atraso ou mesmo ausência da linguagem. Pode haver, também, ecolalia e uso de linguagem estereotipada. As pessoas com o TA apresentam dificuldades no estabelecimento de relações sociais, preferindo atividades mais solitárias. Também apresentam dificuldades sociais para compartilhar interesses, iniciar ou manter interações sociais; possuem dificuldades em compreender expressões faciais de sentimentos e afetos (KHOURY, 2014, p. 9).
	As atividades do dia a dia que desenvolvemoscom facilidade, como estudar, trabalhar, arrumar a casa, ir ao mercado, dentre outras. São consideradas desafios diários para aqueles com esse quadro. É necessário compreender a fundo os comportamentos, tido pelo autista, de modo a contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida, sem que os sejam alvos de preconceitos por meio daqueles que o cercam.
 Assim como discorre Khoury são muitas as dificuldades entre o autista e outras crianças, sendo necessário que haja compreensão e respeito nas atitudes tomadas, para que haja aprendizagem, pois a comunicação não é realizada de forma linear, mas sim fragmentada, sendo necessário que se utilize o máximo de recursos possíveis para que haja aproximação do universo autista.
1.2 Sala de aula, ambiente de aprendizagem
	A trajetória escolar não é uma fase que nós acompanha quase que por toda a vida, muito do nosso tempo dedicamos ao estudo dos conhecimentos, sendo necessário a cada ano nós reinventar, diante dos novos desafios, sala de aula, as vezes escola, professores, amigos, nova rotina, conteúdos graduados que vão aumentando o nível de dificuldade. Apresentando muitas barreiras a serem vencidas no ambiente escolar até chegarmos a adaptação, principalmente daqueles que tem suas peculiaridades diagnosticadas pela ciência. 
A escola é uma instituição de serviço público que se distingue por oferecer o ensino como um bem público.  Ela não é uma empresa de produção ou uma loja de vendas. Assim, a gestão democrática é, antes de tudo, uma abertura ao diálogo e à busca de caminhos mais consequentes com a democratização da escola brasileira em razão de seus maiores postos no artigo 205 da Constituição Federal (CURY, p.11, 2007).
Lugar de heterogeneidade, pluralismos, crianças advindas de diferentes lares, cada um com a sua “verdade” que deverá ser limitada, respeitando o próximo. Esse então é um ambiente de desafios para todos, mesmo que seja uma instituição pública com a função de acolher a todos sem fazer distinção, desde as atividades escolares até a socialização entre os colegas. Criar laços de amizade então é essencial para que o ensino seja potencializado, fazendo com que o aluno se sinta parte das relações educativas.
Pensando nesses fatores deve- se buscar uma dinâmica de aproximação inicialmente, entre o autista, pais ou responsáveis, professor mediador, regente e escola, para que se prepare o ambiente para receber o aluno autista, sem o impacto negativo entre ambas as partes.
 Com o intuito de criar laços de confiança, entre todos os integrantes que formam esse ciclo. Assim o primeiro encontro entre eles deverá ser marcado, por um conjunto de fatores que venham a formar um ambiente confortável e aconchegante. 
[...] o Transtorno Autista (TA) se caracteriza por um quadro clínico em que prevalecem prejuízos na interação social, nos comportamentos não verbais (como contato visual, postura e expressão facial) e na comunicação (verbal e não verbal), podendo existir atraso ou mesmo ausência da linguagem. Pode haver, também, ecolalia e uso de linguagem estereotipada. As pessoas com o TA apresentam dificuldades no estabelecimento de relações sociais, preferindo atividades mais solitárias. Também apresentam dificuldades sociais para compartilhar interesses, iniciar ou manter interações sociais; possuem dificuldades em compreender expressões faciais de sentimentos e afetos (KHOURY et al., 2014, p. 9).
	Talvez de início a imersão do aluno em uma atividade escolar de quatro horas e apenas 15 minutos de intervalo, seja sobrecarregada, causando grande impacto, tornando- se fadonha, cheia de informações, para aquele que estar iniciando a vida escolar, mudando por completo a sua rotina. 
	Então compreendemos que esse encontro deva ser algo parcial, e aos poucos vivenciados. Como estratégia pode- se estabelecer um cronograma, em concordância com os pais, que serão ponto chave para a inserção do mesmo na rotina escolar.
	As primeiras atitudes então serão a família começar a promover pequenos encontros na escola junto com o aluno, apresentando os espaços que farão parte da rotina escolar, refeitório, banheiro, sala de AEE, andar pelos corredores, parquinho... Sem muita agitação ou barulho, para que não haja impacto nesse primeiro encontro. 
As emoções são adaptativas porque preparam, predispõem e orientam comportamentos para experiências positivas ou negativas, mesmo comportamentos de sobrevivência e de reprodução14. As emoções fornecem informações sobre a importância dos estímulos exteriores e interiores do organismo, e também, sobre as situações-problema onde os indivíduos se encontram envolvidos num determinado contexto. (FONSECA, 2016, pg.37)
	Acreditamos que se o mesmo for forçado a ficar na escola de forma abrupta, sem seguir esse processo de conhecimento desse novo espaço, onde ele experimenta esse ambiente, poderá o mesmo sentir grande impacto, podendo gerar uma crise, que devem sem evitadas, ajudando conter essas emoções negativas que foram citadas por Fonseca.
O professor deve observar este aluno durante um período de tempo enquanto colhe informações com pais e com os profissionais que o acompanham. Passado o período de observação, recomendo que o professor tenha uma conversa com o resto da sala, em linguagem compreensível para a faixa etária dos alunos, falando sobre as dificuldades do aluno com Síndrome de Asperger e solicitando a colaboração dos colegas. (MELLO, 2007, pg. 30) 
	Não temos uma receita para lidar com esse aluno, assim como os demais colegas. Esse processo é algo que deve ser estudado e planejado em colaboração com pais e professores envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Visando sempre o bem-estar e desenvolvimento social e cognitivo do aluno especial em um espaço que seja favorável a sua saúde qualidade de vida. 
	
CONCLUSÃO
Sob um foco educacional de crianças autistas e processos de adaptação, no ambiente escolar, chegamos à conclusão que o setor educacional é um órgão de fundamental importância, para o desenvolvimento cognitivo e social do seu alunado, em especial para os alunos autista, ajudando a construir uma sociedade mais solidária, dentro de um contexto capitalista, resultando em transformações significativas ao progresso social.
 Formada por professores e alunos, que tem como foco a transmissão, formação e construção de novos conhecimentos, acolhendo alunos especiais, com o intuito de concretizar a inclusão escolar, colaborando para a qualidade de vida de todos os seus participantes, de modo a promover indivíduos críticos e capazes de realizar a auto reflexão e discernir elementos que contribuem para uma sociedade mais justa.
Deve- se ter um olhar atento as circunstâncias, que conduzem a momentos de crises e inconsistência emocional. A adaptação requer esforço de todos os responsáveis, dentro e fora de sala de aula, para que se alcance êxito nas competências e habilidades, que são estabelecidas nos currículos escolares daquele ano, que o aluno vem sendo inserido, como também a formação de um elo de comunicação emocional e social com os demais colegas da escola.
Conclui-se por tanto, que a inclusão do autista é algo que deve acontecer nos estabelecimentos educativos, para que isso ocorra é necessário criar um ambiente acolhedor e saudável a todos os alunos, como meio de efetivar a inclusão no contexto escolar. Para que aja eficiência na aprendizagem dos conteúdos e harmonia no ambiente de ensino, contribuindo para a formação da autonomia desse indivíduo do aluno especial. 
REFERÊNCIAS
APARECIDA, Maria Gurgel. Pessoas com Deficiências e o Direito ao Trabalho. Florianópolis: Obra Jurídica, 2007.
BONAVIDES, Paulo. A história constitucional do Brasil. 9. ed. Brasília: OAB Editora, 2008. 9. ed. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acessado em 21 de Out. 2019.
_______. Constituição. Brasília: Senado Federal, 1824. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm>.Acesso em: 20 Out. 2019.
CURY, Carlos Roberto Jamil. A gestão democrática na escola e o direito à educação. RBPAE – v.23, n.3, p. 483-495, set./dez. 2007. Disponível em: <file:///C:/Users/User/Downloads/19144-69220-1-PB.pdf>. Acesso em: 21 out. 2019.
Fonseca V. Neuropsicologia: cérebro, corpo e motricidade. Rev Psique: Ciência Vida. 2016; 123 (dossier: Enigmático Cérebro): pg. 37. 
GONÇALVES, Rainer Sousa. O Homem da Pre História. 2019. Disponível em:< https://www.historiadomundo.com.br> Acesso em: 24 de Out. de 2019.
MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático. Em colaboração: Maria Alice de Castro Vatavuk .6.ed. São Paulo : AMA ; Brasília : CORDE, 2007. Pg.30.
PESSOTTI, Isaias. Deficiência Mental: da superstição à ciência. São Paulo: EDUSP, 1984.
KHOURY, Laís Pereira et al. Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: guia de orientação a professores. São Paulo: Memnon, 2014. Pg.9.
________________________.Manejo Comportamental de Crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em Condição de Inclusão Escolar: Guia de Orientação a Professores. São Paulo: Memnon, 2014.pg. 9.

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