relatório visita riovivo

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CENTRO UNIVERSITARIO DE BRUSQUE – UNIFEBE
André Heck Debatin
Arlete de Oliveira Fernandes
Eduardo Franzoi
Visita Técnica 
(RIOVIVO - Brusque) 
Brusque, 2018
André Heck Debatin
Arlete de Oliveira Fernandes
Eduardo Franzoi
Visita Técnica 
(RIOVIVO - Brusque) 
 Relatório apresentado referente a 
 Visita Técnica realizada na disciplina de 
 Tratamento de Água e Efluentes, no curso 
 de Engenharia Química, no Centro
 Universitário de Brusque - UNIFEBE, 
 com a orientação da professora Daniele 
 Vasconcellos de Oliveira. 
Brusque, 2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4
2. INFORMAÇÕES.................................................................................................5
3. OBJETIVOS........................................................................................................5
4. APRESENTAÇÃO...............................................................................................5
5. DESENVOLVIMENTO........................................................................................6
6. QUESTIONAMENTOS.......................................................................................8
7. CONCLUSÃO...................................................................................................10
8. REFERÊNCIAS..................................................................................................11
9. ANEXOS..........................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO:
As empresas exercem o papel de formadores de valores dentro das relações sociais nas comunidades. Assim, são saciados os anseios da sociedade acadêmica em visitar as suas instalações. Os alunos procuram vincular seus conhecimentos práticos ao contexto escolar, por meio do empenho e participação ativa de todos. A realização destas é de extrema relevância para os alunos da graduação. Nela, é possível observar o ambiente real de uma empresa em funcionamento, além de ser possível verificar sua dinâmica, organização e todos os fatores teóricos implícitos nela.  
Nas visitas técnicas também é possível verificar aspectos teóricos que regem a empresa. Muitos estudos e pesquisas requerem também tal visita já que há a necessidade de verificar hipóteses, teses e teorias na prática. A visita a empresa RIOVIVO nos mostra como é complexo o processo de tratamento. Aonde podemos observar a gama de funções e responsabilidades que um Engenheiro Químico assumirá dentro da empresa. 
2. INFORMAÇÕES:
· Empresa visitada: RIOVIVO, Brusque; 
· Local:  R. Pedro Steffen, 200 - Steffen, Brusque - SC;
· Data: 11/10/2018
· Horário: 15:00 horas até as 17:00 horas.
3. OBJETIVOS:
O objetivo da visita à RIOVIVO foi conhecer o funcionamento do processo de tratamento de dez efluentes específicos, dentre eles podemos citar efluentes da indústria têxtil, metal mecânica e química. Verificar os produtos químicos utilizados. Observar como é realizado as análises físico-químicas e bacteriológicas, bem como o controle de qualidade. Analisar aspectos ligados à limpeza e segurança da E.T.E.
4. APRESENTAÇÃO:
A RIOVIVO está situada na cidade de Busque, no estado de Santa Catarina. Foi fundada em 1995 e no ano de 1999 começou a entrar em funcionamento. Atualmente a RIOVIVO conta com uma equipe multidisciplinar com capacidade técnica, operacional e financeira, para execução de todos os serviços a qual a ela é destinado, com foco no tratamento de água, efluentes e gerenciamento de resíduos.
 A equipe RIOVIVO trabalha integrada para desenvolver os melhores resultados. Também busca o investimento constante em pesquisas, para oferecer aos seus clientes públicos ou privados, soluções inovadoras, economicamente viáveis. Sempre mantendo o foco no compromisso firmado com a comunidade no desenvolvimento humano e responsabilidade socioambiental.
Com um poder de tratamento de 9.365 m³ de efluente por dia e atendendo mais de 340 empresas a estação de tratamento RIOVIVO é considerada uma super estação de tratamento de efluentes.
5. DESENVOLVIMENTO:
Fomos recepcionados pelo supervisor Sandro Paulo Lima (responsável pelo turno da tarde). Posteriormente seguimos para as instalações do sistema de tratamento, na área externa. O sistema possui 8 etapas (captação, homogeneização, aeração, neutralização e correção de pH, Deep Shaft, remoção de gás, decantação, filtração.) começamos a visita externa, onde chega os efluentes a serem tratados. 
Oque destaca a RIOVIVO no sistema de captação de efluente é a capacidade de transportar o resíduo a ser tratado por uma tubulação pressurizada. O efluente também pode chegar em caminhões tanque aonde são pesados e descarregados. Nesta etapa do processo o efluente na sua maioria têxtil chega muito quente na estação de tratamento em uma temperatura entre 50°C e 55°C. Por este motivo o fluente fica em descanso em uma imensa lagoa. 
O efluente segue da lagoa para o sistema de equalização ao aonde ocorre uma aeração com a utilização de difusores seguindo para o sistema de neutralização para a correção de pH seguindo para o Deep Shaft.
O Deep Shaft conhecido também como reator biológico que através de aeração, os microrganismos presentes no reator e no próprio efluente se proliferem de modo controlado, e assim, passam á oxidar e estabilizar a matéria orgânica, procedendo a limpeza esse processo é realizado com o pH em 8.
O reator biológico da RIOVIVO possui 60 metros de profundidade 6 metros de diâmetro. Tem a capacidade para uma redução biológica de até 65% do total presente no efluente. O reator biológico possui colônias de microrganismos vivos que duram em média de 1,25 até 1,75 dias cada colônia. 
Para manter o reator biológico em funcionamento é necessárias 3 grandes compressores de ar trabalhando 24 horas por dia. E em caso de falhas ou desligamentos o compressor pode ficar parado por um tempo máximo de 4 horas. Caso ultrapasse este tempo a vida microbiológica que reside dentro do reator de aeração pode desaparecer. 
Após o Deep Shaft o efluente segue para o removedor de gás aonde gases saturados como nitrogênio precisam ser desprendidos. O processo seguinte ocorre nos decantadores aonde a parcela liquida de fluente se dissocia da sólida. 
O resíduo sólido é redirecionado para uma imensa centrifuga e logo em seguida para um aterro classe 2A.
A parcela liquida restante passa por um processo físico químico para remoção de carga e cor. Carregado com uma solução de hipoclorito á 12% para tratar os coliformes presentes no efluente e também recebe uma carga de sulfato de alumínio como coagulante. 
No processo de floculação a RIOVIVO utiliza um floculador produzido pela BCS Química denominado Oxismell. Esse produto foi desenvolvido exclusivamente para a RIOVIVO. E é aplicado para remover a carga restante no efluente. 
Seguindo para a última etapa do tratamento a filtração o efluente já com aspecto transparente, é encaminhado para um filtro de ação mecânica com a função de remover oque ainda restou de carga. 
Dados importantes que o Sandro informou:					As especificações da entrada de efluentes varia para cada setor da indústria. Alguns efluentes foram especificados na palestra feira pelo responsável Sandro conforme a tabela abaixo. 
 Tabela 2 – Especificação de efluentesFonte: os autores
 O laboratório da RIOVIVO controla a entrada de cada efluente na estação, analisandosuas características físico químicas e microbiológicas antes de realizar tratamento. Se o efluente recebido estiver fora dos padrões estabelecidos quando foi estabelecido o contrato com a RIOVIVO a empresa é multada. 		 O fluente descartado para o meio receptor precisa obedecer 34 parâmetros estabelecidos pela legislação. Se a turbidez estiver entre 15 e 20 e a cor com máximo de 300. Os outros 32 padrões restantes estarão dentro dos conformes. estiver fora dos padrões estabelecidos quando foi fechado o contrato com a RIOVIVO a empresa é multada. Se a turbidez estiver entre 15 e 20 e a cor com máximo de 300. Os outros 32 padrões restantes estarão dentro dos conformes. 
6. QUESTIONAMENTOS:
6.1. Dentre os assuntos abordados na visita técnica, descreva quais conteúdos, foi possível relacionar com aqueles estudados em aula?
R: Todas as etapas do sistema de tratamento foram possíveis relacionar com o aprendizado em sala. Principalmente da tecnologia dos processos oxidativos avançados.
	6.2. Dentro dos diversos processos observado classifique-os como Processos Químicos ou Físicos.
R: no sistema de tratamento da RIOVIVO apenas o processo de Flotação, Decantação e Flitração é físico. Os Processos de Coagulação, Neutralização e Deep Shaft é considerado químico e microbiológico.
6.3. Referente as questões de segurança você considerou pertinente o que visualizou na visita? Alguma sugestão para melhoria? Justifique. 
R:	Em um primeiro momento foi considerado pertinente, mas conforme questionamento sobre possíveis acidentes com técnico, existem algumas situações que podem acontecer acidentes por falta de atenção do funcionário. Existem regras a serem cumpridas e sistemas de trabalho para evitar os acidentes. Raramente (acontece) por equipamento com falha, mas a equipe também é preparada para reagir. Foi comentado que se o funcionário sem preparação estiver em atividade pode sim acontecer acidentes graves.
6.4. Quanto aos resíduos gerados no processo você considerou adequado quanto ao seu destino final? Proponha aqui outra alternativa para o mesmo.
 R: Os resíduos sólidos gerados são levados para um aterro de classe IIA. Pois a legislação do estado de Santa Catarina não permite sua comercialização para os setores da indústria cimenteira. O Sandro informou que a empresa Votorantim já realizou vários experimentos com o rejeito sólido da RIOVIVO que é conhecido como escória. A Escória pode ser usada como agradado para a indústria cimenteira pois ele fornece liga ao cimento. 
6.5. Qual a relação da visita técnica com a sua especialização?
R:	 Agregar conhecimento em relação ao processo a nível industrial. Entender como funciona o “dia a dia”, com seus processos químicos ou físicos em grande escala e seus eventuais problemas. Buscando sempre a inovação e sustentabilidade.
 		6.6. Quais foram as perguntas feitas ao engenheiro/técnico responsável pela condução da visita? 
1°) Qual o destino final do resíduo sólido gerado pela RIOVIVO?
R: O resíduo sólido deve ser descartado em um aterro que é classificado como IIA
2°) O resíduo sólido pode ser reaproveitado? 
	R: Sim. A Escória como é chamada tem uma grande aplicação na indústria cimenteira porém como é classificado como resíduo IIA não pode ser comercializado. 
3°) quando começou as operações de tratamento na RIOVIVO? 
	R: A RIOVIVO foi fundada no ano de 1995 porém apenas no ano de 1998 começou a operar. E no ano de 1999 estava sendo concluída as obras no aterro classe IIA na cidade de Gaspar. 
 
7. CONCLUSÃO:
Devido ao fato de que as empresas exercem o papel de formadores de valores dentro das relações sociais nas comunidades. O aluno buscará relacionar as aulas teóricas com o contexto prático.									A visita técnica aproxima o acadêmico com o universo profissional, proporcionando aos mesmos uma formação mais ampla e profissional. A visita a RIOVIVO foi de grande valia, uma vez que possibilitou aos alunos do Curso de Engenharia Química conhecer as operações e os procedimentos que ocorrem dentro de uma E.T.E. 	Por se tratar de um local aonde se faz necessário a presença de um Engenheiro Químico, conhecer a RIOVIVO nos revelou o quanto é interessante o processo de tratamento de um efluente, bem como o acompanhamento do seu controle de qualidade. 												Devido fato de que a RIOVIVO possui um Deep Shaft, para oxidação biológica da matéria orgânica. Esse sistema oxidativo avançado que foi muito estudado em sala de aula estava presente na RIOVIVO aonde podemos observar na prática toda a complexidade do seu funcionamento. 						Através da visita ao RIOVIVO conseguimos relacionar diversos conhecimentos da disciplina de Tratamento de Água e efluentes, observando cuidadosamente cada detalhe presente na E.T.E. visitada.
6. REFERÊNCIAS:
RIOVIVO. RIOVIVO Ambiental e Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.riovivo.com.br />. Acesso em: 21 out. 2018.
7. ANEXOS:
Figura 2
Fonte: André Heck Debatin
Figura 1
Fonte: André Heck Debatin 
Figura 4
Fonte: André Heck Debatin
Figura 3
Fonte: André Heck Debatin
Figura 6
Fonte: André Heck Debatin
Figura 5
Fonte: André Heck Debatin
Figura 5
Fonte: André Heck Debatin
 ESPECIFICAÇÃO DE ENTRADA EFLUENTES
EfluentepHCor D.Q.O.Temperatura 
Têxtil9 à 1420001500 à 200050°C à 55°C
Químico<4300 à 1000500 à 100022°C
Metal Mec.5 à 7,5300 à 10002000 à 8000026°C
Chorume6 à 8não informado1000 à 1500não informado