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RESUMO DA MATÉRIA DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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MAPA DE ESTUDO – CONTEÚDO DA N1, DE PROCESSO CIVIL I – BRENO
1.NOÇÕES SOBRE PROCEDIMENTO:
1.1 COMUM
1.2.ESPECIAL
2.PETIÇÃO INICIAL:
2.1. CADA ETAPA DOS ARTIGOS 329 E 330 DO CPC
2.2.TUTELA PROVISÓRIA.
3.EMENDA À INICIAL
4.INDEFERIMENTO E IMPROCEDENCIA LIMINAR DA PI
5.TUTELAS PROVISÓRIAS
6.CITAÇÃO
7.AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO E CONSCILIAÇÃO
8.RESPOSTA DO RÉU (CONTESTAÇÃO DE RECONVENÇÃO E REVALIA)
9.RÉPLICA
10.DECISÕES PARCIAIS DO MÉRITO
11.FASE DE REORGANIZAÇÃO E SANEAMENTO DO PROCESSO
12.TEORIA DA PROVA (22 MODALIDADES)
13.AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
14.SETENÇA JUDICIAL.
OBSERVAÇÕES
*Atos de comunicação: 
- Carta Rogatória: quando a comunicação é feita de uma comarca brasileira para outro país;
- Carta Precatória – quando a comunicação ocorre entre comarcas, subseções, ou seções judiciárias diferentes;
- De ordem – ato de comunicação de um tribunal superior para um juiz subalterno.
*Cálculo de prazos: os prazos contidos no CPC são calculados em dias úteis, sendo que a contagem se inicia no dia útil posterior à data da publicação dos Despachos, Decisão Interlocutória ou Sentença.
- Despacho – caracteriza-se como aquela decisão de mero expediente cartorário, que geralmente não causa prejuízo às partes caso não seja atendida.
- Decisão Interlocutória – traduz obrigação por parte dos litigantes, de cumprimento, sob pena de extinção do feito sem julgamento do mérito.
- Sentença – Se as partes não recorrerem, pode acarretar o fim do processo de conhecimento.
I – NOÇÕES SOBRE PROCEDIMENTO
1.Formação do Processo
· O Processo nasce com a propositura da demanda.
· A data de protocolo da Petição Inicial é a data do início do processo.
· A partir daí o Processo, já existente, se desenvolve com a prática de novos atos (despacho da P I, citação, resposta do réu, saneamento do processo, produção de provas, decisão, recursos, etc)
2.Existem dois tipos de procedimentos:
· No novoCPC somente existe processo de conhecimento:  processo de conhecimento Comum (art. 318 seguintes) e especial (art. 539 seguintes)
· Procedimento Comum – é o procedimento padrão a ser utilizado na maior parte das causas. É uma espécie de processo "coringa" (Art. 318);
· Procedimento Especial -apresenta distinção em relação ao procedimento comum, de modo a decidir a lide de maneira mais adequada. Podem ser:
a) Procedimentos Especiais Codificados – bem jurídico está em risco; celeridade fora dos padrões habituais;
b) Procedimentos Especiais Não Codificados – Legislação Extravagante (lei 9099/95-juizados especiais); Lei de Mandado de Segurança; Lei de Alimentos; Lei do Inquilinato.
II.PETIÇÃO INICIAL:
1. A P I concretiza o Direito de Ação e dá início a todo o processo. É a instrumentalização da pretensão do demandante.
2. Como regra a P I deve ser escrita, datada e assinada. 
- Admite-se postulação oral nos juizados especiais cíveis; pedidos de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que se afirmar vítima de violência doméstica ou familiar; procedimento especial de ação de alimentos. 
 -Capacidade postulatória: para assinar a P I tem que ter capacidade postulatória (advogado, defensor público, e membro do MP). Há, no entanto, algumas hipóteses em que o leigo tem capacidade postulatória (Ação de Alimentos; Habeas Corpus; Juizados Especiais Cíveis , na primeira instancia, em causas cujo valor não exceda 20 salários mínimos).
3. A P I será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 320 CPC).
4.1. O art. 319 do CPC especifica os requisitos da P I, os quais veremos a seguir. O não preenchimento de qualquer um desses requisitos, respeitando-se a flexibilização contida nos parágrafos deste artigo, podem fazer com que o Juiz devolva a demanda para o autor proceder reparos. Este processo de devolução é chamado de Emenda à Inicial (art. 321 CPC).
4.2.Emenda à Inicial – conforme preconiza o art. 321 do CPC, Emenda á Inicial é uma ação determinada, pelo Juiz, ao autor, com vistas ao saneamento de falhas identificadas na P I, concernentes aos requisitos dos art. 319 e 320, ou concernentes a defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito. Ao fazer esta devolução, o Juiz deve indicar com precisão o que deve ser corrigido ou complementado, num prazo de 15 dias ou mais, se assim o Juiz determinar.
5. Requisitos da Petição Inicial (Art. 319 do CPC): A P I indicará:
 
5.1.Inciso I – Endereçamento da P I – a demanda poderá ser endereçada a qualquer 
uma das cinco justiças, por meio dos critérios de identificação de competências (em 
razão da matéria, da pessoa, da função, do valor da causa, e do território).
5.2.Inciso II – Qualificação das partes – tanto do autor quanto do réu que pode ter influência direta na formação da convicção do Juiz. Neste item devem constar:
a) Nome e Prenome, sem prejuízo da adição de outros nomes. Vale ressaltar que em alguns procedimentos especiais, como nas ações possessórias é possível utilizar o codinome como forma de identificação da demanda.
b) Estado Civil - Casamento ou União Estável – é uma informação relevante, sendo indispensável em determinadas demandas como nas ações que trata de família e sucessões (divórcio, inventário, guarda de filhos, etc.). Também em ações que tem por objeto a discussão de bens imóveis, onde deve ser apresentada a “outorga uxória” ou autorização conjugal, sob pena de emenda à inicial que se não for retificada acarretará a extinção de feito sem julgamento do mérito.
c) Profissão – elemento importante na decisão judicial, especialmente para definir a capacidade financeira das partes, como na ação de alimentos, na concessão ou não do benefício da justiça gratuita; na definição do pagamento dos honorários advocatícios e custas processuais
d) CPF para pessoa física e CNPJ para pessoa jurídica – item obrigatório no preenchimento do cadastro do processo eletrônico. O CNPJ deve informar também a natureza jurídica da empresa.
e) Endereço Eletrônico – importante mais não indispensável. O autor pode incluir todos os meios de comunicação virtual que estiverem ao seu alcance e que possam ajudar na localização do réu. Ex. nº de telefone, WhatsApp.
f) Residência e domicilio – principal informação sobre o réu dentro da qualificação, local onde é residente e domiciliado. Lembrando a diferença entre residência e domicílio. Residência é o local onde a pessoa é encontrada com habitualidade, onde passa sua noite e onde normalmente possui sua estrutura familiar fixada. Já o domicílio é o centro jurídico da vida da parte. Tem natureza jurídica de ato jurídico em sentido strito. (o agente pode controlar a escolha do local onde quer morar, mas não pode afastar os efeitos jurídicos da fixação do domicílio.
OBS: Situações especiais concernentes ao inciso II (parágrafos 1º; 2º; 3º do art. 319)
 - § 1º - não dispondo de alguma informação deste inciso, o autor pode, por meio 
 da P I, solicitar ao Juiz, diligencias necessárias à sua obtenção;
 - § 2º mesmo faltando informações, se for possível a citação do réu a P I não será 
 indeferida;
 - § 3º o não atendimento ao inciso II, por impossibilidade na obtenção da informação ou onerosidade do acesso à justiça, não gera indeferimento da P I.
5.3.Inciso III – Causa de Pedir (O fato e o Fundamento Jurídico do Pedido) - Este item da P I concentra a maior parte da discussão processual, ou seja, o centro da discussão processual está no FATO e na respectiva prova, e no FUDAMENTO JURIDICO trazido pelo autor. 
a) O FATO deve ser relevante e pertinente, e deve estar, sempre que possível, entrelaçado às provas, com vistas a conferir maior credibilidade à pretensão e formar o convencimento do Juiz, mesmo antes da contestação. Também é recomendável o uso de destaca texto, negrito, entre outros que possam chamar a atenção do Juiz para os trechos principais do texto.
b) JURÍDICOS FUNDAMENTOS devem ser buscados, pelo autor, dentro do Direito 
Material, elementos que possam justificar a procedência jurídica do pedido, devendo trazer parâmetros de lei, jurisprudência, súmulas,ou qualquer outra fonte de direito, para que a sua pretensão demonstre razoabilidade dentro do Direito. Destaca-se que cada fundamento deve ser entrelaçado com os fatos concretos de sua demanda, pois assim haverá uma personalização concreta do direito pretendido.
5.4.Inciso IV – Pedido e Suas Especificações – toda P I deve conter, pelo menos, um pedido com suas especificações; trata-se de requisito elementar do instrumento da demanda, pois não se pode falar em petição, sem pedido. (Seria inepta e enseja indeferimento).
5.4.1- O Pedido deve ser: Certo e Determinado, obedecendo ao raciocínio contido nos artigos 322 ao 324 do CPC, importando o raciocínio da classificação básica das obrigações de DAR a coisa Certa ou Incerta; FAZER; e NÃO FAZER.
- O Pedido constitui-se em objeto de deferimento ou não no momento da sentença.
- O pedido constitui-se também em objeto de execução da decisão, após o trânsito em julgado do processo de conhecimento na fase de Efetivação do Direito e Obrigação 
- Para melhor compreensão do PEDIDO, é importante se conhecer os elementos que compõem a Classificação básica da OBRIGAÇÕES.
1.A obrigação de DAR caracteriza-se através de um efeito decorrente de um contrato, da lei ou de uma decisão judicial, em que o devedor é obrigado a dar, devolver, repassar, dinheiro ou coisa diversa, havendo uma transferência patrimonial do devedor para o credor. Neste cenário existem duas modalidades:
a) Obrigação de dar a Coisa Certa que traduz a entrega de um bem definido por gênero, quantidade e qualidade, em que o devedor é obrigado a entregar a prestação, exatamente da forma que combinou, sendo direito do credor, rejeitar receber coisa diversa do que combinou, mesmo que mais valiosa.
b) Obrigação de dar a Coisa Incerta – caracteriza-se através da identificação da prestação por gênero e quantidade, sendo a qualidade uma informação em aberta, que será definida no momento da Tradição (hora da entrega efetiva da prestação), ou em outra data definida em contrato. Ressalta-se que a coisa incerta se torna certa no momento da Concentração do débito ou Concentração da prestação devida (apresentação da coisa ou prestação).
2.Obrigação de Fazer – tem como principal característica uma obrigação baseada na própria atividade do devedor, sendo muito evidente nos contratos de prestação de serviços em que muitos brasileiros estão envolvidos pagando com sua própria energia.
3. A Obrigação de Não Fazer – também deriva da atividade humana, só que seu cumprimento se dá através da omissão (Não Fazer). 
- Para fins processuais o demandante deve formular o seu pedido indicando a prestação que quer através do raciocínio da obrigação de dar a coisa certa, (conforme artigos 322 e 323 do CPC). Se o autor formular pedido genérico ou ilíquido, fatalmente o juiz mandará emendar a inicial, salvo nas hipóteses excepcionais em que esse tipo de pedido é permitido. (art. 324 parágrafo 1º, incisos I, II, II):
· O Inciso I cuida dos pedidos genéricos baseados em universalidades, ou seja, todos os elementos que integram um bem mais amplo e não puderem ser contabilizados pelo autor, na propositura da inicial, podem ser objeto de pedido genérico.
· O Inciso II permite pedido genérico quando o autor não puder, desde logo, calcular o valor compatível com o pedido formulado por motivos alheios à sua vontade. Ex. Ações indenizatória por acidentes automobilísticos.
· O Inciso III – também é possível pedido genérico quando o valor determinado depender de alguma forma de comportamento do réu. Ex: ação de despejo com inadimplemento de alugueis, onde as parcelas atrasadas e as vincendas poderão ser objetos do pedido, considerando que o inquilino tende a não pagar as parcelas que vencem durante o processo de despejo. Assim é possível pedir ao Juiz, o valor determinado do que venceu e de forma genérica todas as parcelas futuras que ele deixar de pagar.
- Portanto, vimos que o Pedido pode ser Genérico ou Ilíquido. 
- As Obrigações podem ser: 
a) Líquidas – Pode-se determinar o valor.
b) Ilíquida - Não se pode determinar o valor.
- As Obrigações Ilíquidas, devem se converter em obrigações líquidas à luz das modalidades de liquidação por Cálculos ou Arbitramento.
· Liquidação Por Cálculo 
 - Dois momentos que tem que fazer liquidação por cálculo: 
 1º) momento – na Petição Inicial
 2º) momento – na execução da decisão condenatória
· Liquidação Por Arbitramento – valor arbitrado pelo Juiz, concernentes a pedidos genéricos, no momento da sentença.
	
5.4.2.O Pedido pode ser: alternativo, sucessivo ou subsidiário, cumulativo e cominatório.
a) Pedidos Alternativos – quando pela natureza da obrigação o devedor poderá cumprir a prestação de mais de um modo, ou seja, existe uma pluralidade de pedidos separados pela partícula “ou”. Neste caso, o demandante não pode ter predileção por nenhum pedido, uma vez que, todos figuram no mesmo patamar de hierarquia. E, àquele pedido eleito pelo juiz não cabe nenhum tipo de reclamação. O valor da causa é calculado com base no valor do pedido mais alto.
b) Pedidos Sucessivos ou Subsidiários - assemelham-se aos Pedidos Alternativos por conta da pluralidade dos pedidos e da necessidade de o Juiz deferir apena uma das opções. Porém existe uma diferença determinante localizada no fato do autor, neste caso, eleger um pedido principal, ou seja, o autor estabelece uma hierarquia na cadeia de pedidos, a qual orienta o Juiz em sua decisão pelo acolhimento. Também difere no fato de que o autorO valor da causa também é calculado de forma diferente do pedido anterior, pois será baseado no valor do pedido principal mesmo que o segundo pedido tenha um valor maior.
c) Pedidos Cumulativos – Notabilizados por ser a modalidade mais comum de estrutura dos pedidos que compõem a P I, é lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. Entretanto, para que haja admissibilidade de pedidos cumulativos, é necessário que; i) os pedidos sejam compatíveis entre si; b) um mesmo juiz seja competente para conhecer deles todos; c) o tipo de procedimento seja adequado para todos os pedidos; ou seja, são trazidos pedidos constantes do procedimento comum e do procedimento especial; se o autor abrir mão do proc4dimento especial em favor 
do comum, é admitida a cumulação.
d) Pedidos Cominatórios - são aqueles em que uma das partes, requer ao juiz ou tribunal que a parte adversária seja punida. Essa possibilidade está prevista no art. 287 do CPC. Tais pedidos, em regra, tratam de: 
1.Litigância de má-fé – está atrelado às questões de boa-fé processual (art. 5º CPC); tem desdobramento no Direito Material. Fala da boa-fé objetiva (dever de lealdade, dever de sigilo, dever de informação). Pode ser incidental ou no ato da contestação.
2.Pagamento de custas processuais – o autor do pedido paga as custas processuais iniciais, entretanto as custas processuais finais são pagas pela parte perdedora, e este pedido é cominatório também.
3.Pagamento de honorários advocatícios – Ao final do processo, também a parte perdedora paga os honorários advocatícios da parte vencedora que é arbitrada pelo juiz no valor de 10 a 20 por cento do valor da causa. Existem 2 tipos:
 - Contratuais – cliente contrata advogado para fazer um serviço.
 - Sucumbenciais – benefício exclusivo do advogado da parte que ganhar o processo.
5.4.3.O Pedido é: Imediato e Mediato.
a) Imediato - representado pela Tutela Jurisdicional perseguida, indica a natureza da providencia solicitada (pretensão a uma sentença, a uma execução, ou a uma medida cautelar). Se relaciona com o direito processual. Contempla todas as variações possíveis que remetem à ideia de proteção do Estado diante de agressões ao direito sofrido pelo autor; e,
b) Mediato – tem por fim, a tutela de um direito material; remete ao bem da vida pretendido (quantia em dinheiro, bem que se encontra em poder do réu, indenização por danos morais). Consiste no aperfeiçoamento e efetivação da tutela jurisdicional concedida, atravésda obrigação de Dar (coisa certa, porque o pedido deve ser certo e determinado, salvo exceções contidas no art. 324, § 1º, I, II, e III, CPC); Fazer e Não Fazer (estes últimos ilíquidos por não traduzirem um valor pecuniário correspondentes como se verifica nas obrigações de dar a coisa certa em dinheiro ou diversa de dinheiro).
TODO PEDIDO É composto por estrutura BIDIMENCIONAL, em que se requer inicialmente o pedido de procedência do pedido para somente depois especificar qual obrigação quer que o Estado imponha ao réu, (dar a coisa certa, fazer ou não fazer); e atrelar a este pedido um valor correspondente (pedido determinado, salvo em hipóteses em que pedidos ilíquidos ou genéricos podem ser tolerados).
Exemplos: 
Ante ao exposto requer:
1.Que V.Exa. Julgue procedente (pedido imediato) o pedido de indenização no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) (pedido mediato).
2.Que V.Exa. condene o réu (pedido imediato) a cumprir a obrigação de indenizar o autor no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) (pedido mediato)
5.TUTELAS PROVISÓRIAS
5.1.Conceito – É o instituto jurídico, disciplinado nos artigos 294 ao 311 do CPC, caracteriza-se como ficção jurídica em que o juiz antecipa os efeitos de uma tutela final, que somente será alcançada após cognição exauriente, ou seja, após todas as etapas do processo estarem concluídas. 
- Faz parte do Procedimento Comum e fundamenta-se na função do Juiz de 
Proteger. Não faz coisa julgada.
- Como o próprio nome diz, é provisória, portanto sua estabilidade é precária, uma 
vez que o juiz não teve tempo de firmar sua convicção, assim ela poderá ser 
modificada a qualquer tempo (art. 296 CPC).
- Se ao final do processo de conhecimento, o Juiz perceber que concedeu a tutela de forma equivocada, ele pode voltar atrás, se possível. Se não for possível, ele então converte em perdas e danos.
5.2.Tutelas Provisória - Fundamentos
· A tutela provisória será requerida ao juiz da causa, e, quando antecedente, ao juiz competente para conhecer do pedido principal (art. 299 CPC).
· Na decisão de conceder, negar, modificar ou revogar a Tutela Provisória, o Juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso (art. 298 CPC).
· O Juiz pode determinar as medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória (art. 297 CPC).
5.3.Tipos - As Tutelas provisórias podem ser baseadas em:
a) Urgência ou 
 b) Evidência de Direitos (art. 294 CPC).
- A Tutela Provisória de Urgência – tem por base os seguintes Requisitos/Elementos (art. 300 CPC): 
 a) Probabilidade do Direito, e, 
 b) Perigo de Dano ou Risco ao Resultado Útil do Processo 
- Tais requisitos devem ser comprovados por provas documentais. Deve ser comprovado que se não concedida a tutela do direito, ocorrerão danos irreparáveis ou de difícil reparação.
- A Tutela Provisória de Urgência pode ser: Antecipada/Satisfativa ou Cautelar (art. 294 CPC). 
- Essas podem ser concedidas em caráter Antecedente/Liminar ou Incidental. (§único-art.294 do CPC).
5.4.A Tutela Provisória de Urgência Antecipada/Satisfativa: 
- Tem efeito modificativo. Trata das obrigações positivas (obrigação de dar ou fazer). 
- A P. I pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada com a indicação do pedido tutelar final, exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo (art. 303 CPC).
- Parágrafo 1º Inciso I - Tendo sido concedida a tutela antecipada o autor deverá aditar a P I com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos, e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 dias. 
- Parágrafo 1º Inciso II – O réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
- Parágrafo 1º Inciso III – Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
- Parágrafo 2º - Não sendo feito o aditamento citado no inciso I do parágrafo 1º, o processo será extinto sem resolução de mérito. 
- Parágrafo 3º - O aditamento referido no inciso I do parágrafo 1º é feito nos mesmos autos. 
- Parágrafo 4º - O autor deverá indicar o valor da causa, na P I que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
- Parágrafo 5º - O autor deverá indicar também na P I que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
- Parágrafo 6º - Caso não seja concedida a tutela provisória, o juiz determina a Emenda da Petição, em até 5 dias, sob pena de ser indeferida e o processo extinto, sem resolução de mérito.
- Tendo sido concedida a tutela provisória, nos termos do artigo 303 CPC, a mesma torna-se estável se da decisão que a concedeu não for interposto recurso; e neste caso o processo será extinto (art. 304 CPC).
- Qualquer das partes pode demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela estabilizada, desde que o faço em um espaço de 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo (art. 304 CPC).
- A decisão que concedeu a tutela não faz coisa julgada, mas a estabilidade de seus efeitos só será afastada mediante revisão feita em processo e proferida em ação judicial (art. 304 CPC).
5.5.A Tutela Provisória de Urgência Cautelar:
- Tem efeito de manutenção, continuação. Trata de obrigações negativas (de não fazer).
- A P. I indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar, e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 305).
- Caso o juiz entenda que é possível conceder a tutela antecipada cautelar, será observado o disposto no art. 303 do CPC (§ único-art. 305 CPC)
- Assim, o réu será citado para, em 5 dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir (art. 306 CPC)
- Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor serão considerados verdadeiros e o caso será decidido pelo juiz, em 5 dias (art. 307 CPC)
- Havendo a contestação, no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum (§ único art. 307 CPC).
- Efetivada a Tutela Cautelar, o pedido principal deverá ser formulado, pelo autor no prazo de 30 dias e será apresentado nos mesmos autos (art. 308 CPC).
- O pedido principal também poderá ser feito conjuntamente com o pedido de tutela cautelar (§ 1º art. 308 CPC), bem como, a causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal (§ 2º art. 308 CPC).
- Apresentado o pedido principal as partes serão intimadas para audiência de conciliação ou mediação na forma do art. 334 do CPC. (§ 3º art. 308 CPC). 
- Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será de 15 dias (§ 4º art. 308 CPC).
- O indeferimento da tutela cautelar não impede a formulação do pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo em caso de decadência ou prescrição (art.310 CPC).
- Cessa a eficácia da tutela concedia em caráter antecedente se:
· O autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
· Não for efetivada dentro de 30 dias; 
· O juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito;
- Se, por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedada à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. (art. 309).
- O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
5.6.Diferenças Entre A Tutela Antecipada E A Tutela Cautelar 
- Observa-se que a forma de processamento e a consequência do deferimento de uma ou outra são absolutamente diferentes.
A) Quanto ao processamento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente/liminar:
· visa concessão do bem da vida
· a P. I pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada com a indicação do pedido tutelar final, exposição da lide, do direito que e busca realizar e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo (art. 303 CPC).
· Tendo sido concedida a tutela antecipada o autor deverá aditar a P I com a complementação de sua argumentação, a juntada denovos documentos, e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 dias, sob pena do processo ser extinto sem resolução de mérito;
· o réu é citado e intimado para a audiência de conciliação ou mediação, e para o próprio cumprimento tutela antecipada e sua contestação também em 15 dias contados da audiência de conciliação.
· caso não seja concedida a tutela antecipada, o juiz determina a emenda da Petição, em até 5 dias, sob pena de ser indeferida e o processo extinto, sem resolução de mérito (art. 303 CPC).
B) Quanto aos efeitos da tutela antecipada requerida em caráter antecedente/liminar:
· tem efeito modificativo pois trata das obrigações positivas (obrigação de dar ou fazer);
· torna-se estável se não for interposto recurso, e neste caso o processo será extinto (art.304 CPC).
· não faz coisa julgada, mas a estabilidade de seus efeitos só será afastada mediante revisão feita em processo e proferida em ação judicial (art. 304 CPC).
C) Quanto ao processamento da tutela antecipada requerida em caráter Cautelar:
· a tutela cautelar não visa à concessão do bem da vida
· a P. I indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar, e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 305);
· o indeferimento da tutela cautelar não impede a formulação do pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo em caso de decadência ou prescrição (art.310 CPC);
· o deferimento da tutela antecipada cautelar encaminha para o disposto no art. 303 do CPC (§ único-art. 305 CPC). Assim, o réu será citado para, em 5 dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir (art. 306 CPC).
· Outrossim, após a efetivação da tutela cautelar, o autor terá 30 dias para formular o pedido principal. Deste modo, aqui se exige que a tutela cautelar seja efetivada para que o prazo seja iniciado, além do que este prazo é maior (30 dias, ao contrário dos 15 da tutela antecipada). 
· Também, a audiência de conciliação ou mediação somente será designada após a apresentação do pedido principal, e não desde logo.
· há previsão de cessação da eficácia da tutela cautelar caso o autor não deduza a pretensão principal no prazo legal ou se esta não for efetivada dentro de 30 dias, o que não ocorre na tutela antecipada.
D) Quanto aos efeitos da tutela antecipada requerida em caráter Cautelar:
· tem efeito de manutenção, continuação. Trata de obrigações negativas (de não fazer).
· não se aplica estabilização para as tutelas cautelares.
 6.CITAÇÃO
 É o pressuposto processual de existência do processo. É o ato pelo qual o juiz chama o réu ou o interessado afim de se defender.

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