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1 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2 COMUNIDADE | TIRO CERTO SÚMARIO Introdução......................................................................................3 Quem é Marcelo Adriano?.......................................................5 1. O que é uma arma?.................................................................7 1.1 Armas Próprias........................................................................7 1.2 Armas Impróprias.................................................................7 C a caçã da a a a A a de c a A a de a e e C a caçã da a a de a e e A a de a e e e 1.4.2 Armas de arremesso complexo................................10 2. que é uma Arma de fogo?.............................................10 3. C a caçã e éc e de a a de C a caçã da a a de a à dimensões (tamanho).............................................................16 3.1.1 Armas curtas:.......................................................................16 3.1.2 Armas longas:......................................................................16 C a caçã da a a de a a portabilidade.........................................................................17 3.2.1 Armas de Porte:.....................................................................17 3.2.2 Armas Portáteis:..................................................................17 A a Nã P á e C a caçã da a a a à e c a de a a e ca A a de A a Ra ada 3.3.2 Armas de Alma Lisa:...........................................................21 C a caçã da a a a a funcionamento..........................................................................22 3.4.1 Armas de tiro unitário:......................................................22 3.4.2 Armas de repetição:........................................................23 3.4.3 Armas semiautomáticas:.................................................24 3.4.4 Armas automáticas............................................................25 4. O que é uma munição?......................................................26 4.1. O projétil.................................................................................27 4.2. Propelente ..........................................................................30 4.3. Espoleta................................................................................30 4.4. Estojo.......................................................................................31 4.5. Funcionamento do cartucho.........................................32 5. O que é Calibre nas armas de fogo?............................33 5.1. Calibre enquanto diâmetro da parte interna do cano da arma – calibre real..................................................34 5.2. Calibre enquanto produto – calibre nominal......34 6. D e e ça de e e e de a a de 6.1. Posse de uma arma de fogo de uso permitido para o c dadã c 6.2. Porte de uma arma de fogo de uso permitido para o cidadão comum .........................................................40 7. Quais e quantas armas posso comprar?....................42 7.1. Arma de uso permitido...................................................42 7.2. Quais e quantas armas o cidadão comum pode adquirir..........................................................................................43 8. Quais conhecimentos mínimos para conseguir adquirir e estar capacitado para manusear uma arma de fogo com segurança?........................................................50 C ec e c e e a a a a a a para obter autorização para aquisição da arma........50 C ec e c e e a e a a a a a a c e c c a e các a e e e dade 9. Quais os requisitos para o cidadão comum adquirir uma arma de fogo de uso permitido?.............................53 Re e a a a a çã de a a de de uso permitido............................................................54 Re e e e açã d e e a a a aquisição de uma arma de fogo de uso permitido (cidadão comum)......................................................................55 10. Como escolher minha primeira arma?....................57 10.1. Espécie de arma ideal....................................................61 10.2. Calibre ideal......................................................................63 Conclusão......................................................................63 3 COMUNIDADE | TIRO CERTO E aí, você que se interessa por armas, aqui quem fala é o instrutor de armamento e tiro, professor de Direito Processual Penal e Agente Federal de Execução Penal, Marcelo Adriano. Tenho o imenso prazer de entregar este e-book cheio de informações muito legais relacionadas a esse tema, apresentadas de forma simples, leve, direta e objetiva, repleto de curiosidades que tenho certeza que irão te surpreender. Para deixar tudo mais agradável e o mais claro possível, várias informações são complementadas por vídeos explicativos cujos links você vai encontrar ao longo desse e-book. Preparei este material com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas daqueles que se interessam por armas de fogo, trazendo curiosidades interessantíssimas sobre o assunto, isto porque recebo, diariamente, muitos questionamentos nas minhas redes sociais sobre dúvidas simples, mas que as pessoas não conhecem. Até mesmo em meu trabalho, quando c e c a e e e e de e a ça b ca de c e a de c c a de c ec e a e e sobre o básico. De forma geral, isso impede que as pessoas entendam o que é uma arma de fogo e tudo aquilo que a rodeia, desde interpretar uma simples notícia, até a utilização efetiva da arma. Quando não se tem conhecimento mínimo, a e a ca à e c de d e a informações (muitas vezes incorretas) que circulam nos mais diversos meios de comunicação e que criam uma cultura e ada e e açã à a a de e e ã sites de notícias, facebook, grupos de whatsapp etc.). Com conhecimentos, ao menos, básicos, é possível discutir com maior propriedade, interpretar melhor as informações e chegar a opiniões mais próximas da realidade, entendendo melhor os acontecimentos. Introdu ção Im ag em : a rq u iv o p es so al Clique aqui! 4 COMUNIDADE | TIRO CERTO Fonte da Imagens: wwwg1.globo.com Veja essas notícias: O que seria uma arma de grosso calibre? O que quer dizer calibre 22? 22 o quê? 1 2 3 4 O que é uma espingarda, escopeta e uma pistola? 5 COMUNIDADE | TIRO CERTO Como professor de Direito Processual Penal desde 2009, acredito que a informação é o melhor caminho para mudarmos nossa realidade e sociedade. Como um entusiasta do tema, creio que temos o dever de mudar essa cultura relacionada à arma de fogo no Brasil e o conhecimento é o principal caminho. Porém, para começar, o ideal é entender conceitos básicos que possam alicerçar esse conhecimento, pois isto falta à maioria da população, inclusive, em muitos casos, para aqueles que se dizem “especialistas”. Assim, se você quer uma arma de fogo ou, ao menos discutir sobre este tema, é imprescindível que você conheça algumas informações técnicas. Servem de exemplo: 1Você sabe a diferença entrerifle, fuzil e carabina? 2Você sabe o que significao número “38” que você ouve na televisão quando um assaltante usa um revólver? O QUE QUER DIZER CALIBRE 22? De onde vem esse número? Você pode até saber o que “é o calibre”. Mas ainda te pergunto: 38 o quê? “Porque quando perguntei a um policial qual era o calibre do revólver que ele usava ele me respondeu que era um 357, mas vi que não é tão ‘maior’ que o 38. Então, qual a diferença de um para o outro?” 3Porque o calibre do fuzil doExército é 7,62? Esse número significa o quê? 4 O calibre 12 é maior que o calibre 20, por quê? Esse tipo de questionamento básico é comum, por esse motivo resolvi disponibilizar este material, o qual, lendo-o até o fim, você saberá coisas que irão te surpreender e te agregarão muito conhecimento. 6 COMUNIDADE |TIRO CERTO Treinando com a TYPHOON F12 – Semiautomática Com um pequeno arsenal no clube de tiro Guairacá – Cascavel - PR Nome: MARCELO ADRIANO FERREIRA Você pode se perguntar, mas quem é esse Marcelo Adriano que quer falar sobre armamento? Se você ainda não me conhece dos e e a ede c a e e uma breve descrição de quem sou eu, c a bé a a a caç e que falam por si. Sou esse careca fazendo visada com essa espingarda cal 12 CBC Military – 3.0 QUEM É MARC ELO ADRIAN O? 01 Im a g em : a rq u iv o p e ss o a l Im a g em : a rq u iv o p e ss o a l Im a g em : a rq u ivo p e sso a l Clique aq ui! 7 COMUNIDADE | TIRO CERTO Formado pela Universidade Estadual de Feira de Santana, pós-gradua- do pela Universidade Positivo Militar de carreira das forças armadas (infantaria) por 13 anos (1993 a 2006) Formatura de agentes Federais – Academia Nacional de Polícia Patrulhamento de Fronteira com a Bolívia Formatura como militar de carreira das Forças Armadas – Infantaria. Eu, Andrade e Popowicz, eternos irmãos de farda. MILITAR DE CARRE IRA (FORÇAS ARMADA S) 02 03 Instrutor de Tiro Formado pela Academia Nacional de Polícia (2009) 04 05 FORMATURA DA PRF 2016 Fonte da Imagens: arquivo pessoal Professor de Direito Processual Penal desde 2009 Ce cad de c c ã d c de instrutor de tiro pela academia Nacional de Polícia da Polícia Federal 8 COMUNIDADE | TIRO CERTO Escolta aérea de Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar. Curso de Tiro com instrutores do COT Escolta Federal aérea Escolta Federal via terrestre Agente Federal de Execução Penal (desde 2006) 06 Instrutor de uso progressivo da força e tecnologias não letais pela (SENASP) Secretaria Nacional de Segurança Pública/ FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) (2010). 07 Fonte da Imagens: arquivo pessoal Ce cad de c c ã d c de U Progressivo da Força e Tecnologias não letais pela (SENASP) Secretaria Nacional de Segurança Pública/FNSP (Força Nacio- nal de Segurança Pública) 08 Instrutor na Red Delta - Clube de Tiro e Segurança Privada 9 COMUNIDADE | TIRO CERTO Instrutor em vários cursos de formação e aperfeiçoa- mento, tanto na área de segurança pública quanto na segurança privada. Seguem alguns cursos ministrados: Instrução para o Pelotão de choque PM-PR 1. Uso de armas não letais para o curso de açã a de De e ad de P c a d Estado do Piauí; 2. Sobrevivência Policial para o curso deformação a de De e ad de P c a d E ad d P a 3. Armamento e tiro na Academia Nacional de Polícia da Polícia Federal a a C de F açã P a de A e e Fede a de E - ecução Penal; 4. Armamento e tiro para Curso de Segurança Institucional do Banco Central; 5. Uso Progressivo da Força ATMLAC (Armamento Tiro Munições Menos Le a e A b e e C ad C de F açã P a para Agentes Federais de Execução Penal; 6. E c a A ada C de F açã P a a a A e e Federais de Execução Penal; 7. Intervenção, escolta e tecnologias não letais para o Curso de For- mação de Agente Penitenciário no Estado do Piauí; 8. Intervenção, escolta e tecnologias não letais para o Curso de For- mação Agente Penitenciário no Estado do Rio Grande do Norte; 9. C de açã a a a A e e E ad a E ad d Ceará – escolta armada e técnicas não letais; 10. Professor de noções de Uso Progressivo da Força e Tecnologias e e a C de F açã P a a a E ec a a Penitenciários Federais; 11. Professor no Curso de Atualização em Escolta Armada para o Depar- tamento Penitenciário Nacional; 12. Operador de pistola .40 e Fuzil 5,56 para Curso de Aperfeiçoamento de Agentes Federais de Execução Penal. Instrução de fuzil para Agentes Federais de Execução Penal além disso! 09 Fo nt e: a rq u iv o p e ss o a l 10 COMUNIDADE | TIRO CERTO Devidamente apresentado, vamos aos nossos 10 pontos fundamentais para quem deseja conhecer uma arma de fogo. Leia todos os tópicos e na sequência apresentada. Como professor e com ampla experiência em didática, estruturei este e-book de forma que os tópicos sejam complementares e consecutivos. Isso quer dizer que para obter o máximo de conhecimento, o ideal é que você faça a leitura do início ao fim na ordem dos tópicos, pois cada tópico foi escrito pressupondo que você tenha lido o anterior e aprendido os conhecimentos ali apresentados. Antes de definir o que é uma arma de fogo, vem a pergunta: você sabe o que é uma arma e o que diferencia as armas de fogo das demais armas? O que vem a ser uma arma, então? Arma é todo objeto capaz de aumentar a capacidade de combate, seja para defesa ou ataque. As armas podem ser classificadas em armas próprias e armas impróprias. 1) ARMAS PRÓPRIAS Armas próprias são objetos desenvolvidos para serem utilizados especificamente como armas. Exemplos:revólveres, espadas etc. Im a g em : a rq u iv o p e ss o a l Quer ver o vídeo? Clique aqui O QUE É UMA ARMA?01 10 PONTOS FUNDAMENTAIS 11 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) ARMAS IMPRÓPRIAS Armas impróprias são objetos desenvolvidos ou usados com diversas finalidades, mas que, por sua forma ou outra característica, pode ser utilizado como arma. Exemplos: taco de beisebol, chave de roda, pedras etc. REVÓLVER Fo nt e: a rq ui vo p es so al ESPADA Fonte: w w w .google/im agens CHAVE DE RODA Fonte: www.google/imagens PEDRAS Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s TACO DE BEISEBOL Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 12 COMUNIDADE | TIRO CERTO 3) CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS PRÓPRIAS Como visto, armas próprias são equipamentos ou artefatos desenvolvidos especificamente com essa finalidade, ou seja, para aumentarem o poder de ataque ou defesa do ser humano, o denominado poder de combate.Dentre as armas próprias, é possível também fazer classificações para melhor entendê-las. Essa classificação, especificamente, divide as armas entre aquelas em que se utiliza do próprio corpo da arma para atacar ou defender, ou aquelas em que se utiliza a arma para arremessar um projétil no espaço, com o fim de provocar um impacto em um alvo. 3.1.) Armas de contato Armas de contato são armas que, para cumprirem sua finalidade, devem ser utilizadas como uma “extensão” do corpo de quem a utiliza, em que a eficiência da arma depende, em regra, da força muscular do seu portador, ou seja, o corpo da arma é o que provoca o dano. Exemplos: espada, punhal, soco inglês. SOCO INGLÊS Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s ESPADA Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s FACA | ADAGA Fonte: www.google/imagens 13 COMUNIDADE | TIRO CERTO 3.2) Armas de arremesso Armas que, utilizando um mecanismo de impulsão, arremessam um projétil pelo espaço com força suficiente para provocar danos com o seu impacto. Exemplo: estilingue, fuzil, canhão. ESTILINGUE: Arma de arremesso constituída de uma forquilha provida de um par de elásticos presos a uma lingueta de couro; atiradeira, bodoque. TYPHOON F12 – Semiautomática – Calibre: 12 Grande Gustav - O maior canhão da Segunda Guerra Mundial – Calibre: 80 cm 4) CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE ARREMESSO Como visto, armas de arremesso são as armas que, para cumprirem sua finalidade, arremessam um projétil pelo ar com o fim de atingir um alvo determinado. As armas de arremesso podem ser classificadas em armas de arremesso simples e armas de arremesso complexo. 4.1) Armas de arremesso simples São armas que usam a força humana para arremessar o projétil. Exemplos: boleadeiras, estrela etc. BOLEADEIRAS: é uma arma composta de pedras unidas por uma tira para enrolar-se ao redor de alguma parte do alvo, como o pescoço, por exemplo. Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: a rq ui vo p es so al 14 COMUNIDADE | TIRO CERTO 4.2) Armas de arremesso complexo São armas que usam a força de um mecanismo paraarremessar o projétil. Exemplos: Balestra, metralhadora. METRALHADORA FN MINIMI, CALIBRE: 5.56MM NATO O cad d e a a c á conhece (instrumento que aumenta a capacidade combativa). Mas qual a origem do termo “fogo” que gera a denominação de “Arma de Fogo”? Um lança-chamas não se enquadraria melhor nesse termo? A expressão arma de fogo surge em razão do elemento que dá “vida” a arma, o fogo, isso porque é a queima de um propelente (pólvora negra na origem), e a b e e c ad e ca o arremesso do projétil pelo cano da arma a altíssimas velocidades. Por ocasião do surgimento das primeiras armas de fogo (como canhões, por exemplo) observava-se labaredas que saíam pela boca do cano, daí a popularização do termo “arma de fogo”. De lá para cá, todas as armas que utilizam o mesmo princípio para arremessar é ã c a cada da e a maneira. V a d a a c a caçã de e a armas de arremesso complexo, as mais conhecidas são as armas de fogo. Assim, arma de fogo é um artefato que lança um ou muitos projéteis, em alta velocidade, em razão da alta pressão provocada pela expansão rápida de gases produzidos pela e a de a açã c ada de e e e e a b e e c ad a câmara de explosão. Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s ESTRELA: arma de metal, c a a ada e quando lançadas com energia, enterram-se no corpo do alvo. Balestra: arma destinada a atirar ec a O QUE É UMA ARMA DE FOGO?02 15 COMUNIDADE | TIRO CERTO O que é a câmara de explosão? É ca a a a de ca a çã pronta para ser disparada, “Um pequeno c a e e e a ad à a e de traz do cano (solidário)”, sendo a sua própria extensão. Explicando de forma mais simples, é a parte detrás do cano onde é mais reforçada para aguentar a pressão. NÃO ENTENDI! VAMOS AO PASSO A PASSO? Para gerar a devida pressão para o disparo, a câ a a de e ã de e ca a ca e e vedada. Essa vedação ocorre, em regra, pelos movimentos dos próprios mecanismos da arma (trancamento), depois que a munição é inserida para o disparo. O que é propelente mesmo? Propelente ou propulsante é um material usado para mover um objeto (nesse caso o projétil) aplicando uma força. No caso das armas de fogo, essa força é a pressão da expansão dos gases gerados pela queima de um material. Esse material é o propelente, a pólvora, por exemplo. Como funciona dentro da câmara de explosão? Com exceção das armas de tiro unitário¹, em regra existem dois “locais” na arma que poderá haver munição: 1) Carregador, receptáculo, tubo, tambor etc. De ad à e çã da ç e a a a a a e e e c d ç e de serem transportadas pelos mecanismos da arma para a câmara de explosão, após, é como um “reservatório” de munições. ¹Existem armas de tiro unitário que possuem dois canos, como algumas espingardas e garruchas. Nesses casos, mantém-se a classificação de arma de tiro unitário, já que não existem, na própria arma, mecanismos que insiram uma nova munição na câmara de explosão após o disparo, para que isso aconteça, o atirador deve abrir a arma e substituir manualmente a munição utilizada por uma nova munição. “Carregador de pistola sendo inserido no alojamento do carregador.” Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s FIQUE LIGADO! Existem exceções a essa regra, como o revólver, em que a câmara de explosão é separada do cano. Nesse caso, o “tambor” é giratório e composto de várias câmaras de explosão que são alinhadas (giro do tambor) à parte de traz do cano pelos mecanismos. Para se carregar o revólver, insere-se uma munição em cada câmara. A cada disparo o tambor gira e alinha a câmara que contem uma munição nova ao cano, preparando-o para um novo disparo. Quer ver o vídeo? Clique aqui 16 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Câmara de explosão Onde ocorre o disparo. PARTES INTERNAS DE UMA PISTOLA COLT 1911. PARTES INTERNAS DO FUZIL AR15. Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Explicando passo a passo: • A câmara de explosão está ligada ao cano da arma de forma contínua, integrada (em regra, formando uma única peça); • A munição é levada, em regra, pelos mecanismos da arma até a câmara de explosão, vedando a parte detrás (trancamento); • O buraco que liga a câmara de explosão ao cano é vedado pelo próprio projétil, lacrando a câmara pela parte da frente; • No momento em que o propelente queima, forma- se uma grande quantidade de gases no interior da câmara, essa quantidade de gases, nesse pequeno ambiente praticamente lacrado, gera uma enorme pressão para todos os lados; • Porém, dentro desse ambiente existe um ponto de menor resistência, o buraco que liga a câmara ao cano e que está vedado apenas pelo projétil; • Essa pressão sobre a parte detrás do projétil o faz se movimentar em alta velocidade pelo interior do cano, empurrado pelos gases em alta pressão, gerados pelo propelente ainda em queima. CÂMARA DE EXPLOSÃO DO REVÓLVER Fonte: w w w .google/im agens 17 COMUNIDADE | TIRO CERTO S ca d e e d e da nomenclatura “arma de fogo”: • Arma: por ser um objeto desenvolvido c a a dade e ec ca de e “arma” (arma própria), ou seja, aumentar a capacidade de combate de quem a utiliza. • De fogo: utiliza o “fogo” da queima de um propelente para gerar uma grande quantidade de gases em um ambiente c ad A e a ã de e a e gera uma pressão absurda que arremessa o projétil em uma direção pré-determinada, para o lado onde há menos resistência, ou seja, pelo interior do cano. Esse deslocamento pelo cano dá estabilidade e direção ao projétil. Cada tipo de arma de fogo tem mecanismos distintos para o seu funcionamento, mas o princípio básico é simples e igual para todas as armas. Veja dois exemplos: 01) Perceba que este canhão antigo é simplesmente um tubo de metal com uma extremidade fechada e outra aberta, mas e e e ad a a de çã de a a de fogo, já que usa o mesmo princípio propulsor do projétil. FIQUE LIGADO! A) Iniciador (pavio/espoleta) que pas- sa para o interior da câmara de ex- plosão; B) Projétil; C) Propelente (pólvora). Não entendeu? Assista aí! Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 18 COMUNIDADE | TIRO CERTO 02) O revólver tem um mecanismo muito particular, pois as munições ca e a b e é c por várias câmaras de explosão (5, 6, ..., dependendo da capacidade do revólver). Ao se carregar um revólver, cada câmara recebe uma munição. Em cada acionamento do gatilho, os mecanismos giram o tambor acionados pela força muscular do atirador, posicionando a próxima câmara de explosão contendo uma nova munição para um novo disparo, alinhando a munição com o percussor da arma. Exemplos de armas de fogo: pistola, fuzil, metralhadora, canhão etc. PISTOLA BERETTA CHEETAH 84FS – CALIBRE: .380ACP – OXIDADA METRALHADORA BROWNING (METRALHADORA M2) – CALIBRE: .50 CANHÃO VICKERS ARMSTRONG MODELO XIX - CALIBRE :152,4MM ATENÇÃO E a c a caç e ã ã absolutas, ou seja, por vezes, e e d c dade de e ad a- mento em determinada catego- ria porque: 1) Existem exceções, ou seja, armas que possuem característi- cas que não são comuns a elas, mas são adaptadas para tê-las (exemplo: pistolas automáticas, revólver de alma lisa etc); 2) Existem armas que tem mais de uma característica que a clas- ca a e a de a ca e - ria (exemplo: fuzil com seletor de tiro para regime semiautomático e automático); 3) Existem armas intermediárias e e a c a caç e E e - lo: uma submetralhadora é uma arma longa ou curta?). Não entendeu? Assista aí! Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s CLASSIFICAÇÃO/ESPÉCIES DE ARMAS DE FOGO03 Como visto, existem diversos tipos de arma de fogo. Assim, para melhor compreendê-las e entender suas principais características, é necessário que e a e a c a cada 19 COMUNIDADE | TIRO CERTO Serve de exemplo o revólver que,em regra, tem alma raiada2. Porém, existem fabricantes que produzem revólveres com alma lisa. REVÓLVER TAURUS RT41: - CALIBRE 36 GA - 5 TIROS – INOX PISTOLA GLOCK G17 – CALIBRE: 9 X 19 MM PARABELLUM – ADAP- TADA PARA REGIME AUTOMÁTICO Já a pistola é uma arma semiautomática, porém, alguns modelos podem ser convertidos em automáticos com pequenas d caç e b ç e de algumas peças. Visto isso, veremos agora os principais c é de c a caçã • Quanto ao tamanho; • Quanto ao tipo; • Quanto ao emprego; • Quanto ao sistema de refrigeração; • Quanto ao raiamento; • Quanto ao funcionamento. 3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO QUANTO ÀS DIMENSÕES (TAMANHO) 1) Armas curtas Armas curtas são armas de “mão”, são aquelas que podemos operar com uma ou duas mãos, não necessitando do apoio no ombro, por exemplo. Exemplo: revólver, pistola etc. 2V c a e de á e e e e ca a c a caçã a à e c a de a a e d ca da a a de REVÓLVER TAURUS 83 – CALIBRE: .38 Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: Arquivo Pessoal 20 COMUNIDADE | TIRO CERTO PISTOLA GLOCK G25 – CALIBRE: .380 2) Armas longas Armas longas são armas cuja utilização depende, em regra, de apoio nos ombros ou anteparos para realização do disparo. Exemplo: fuzil, carabina. ESPINGARDA BROWNING ULTRA XTR – CANOS SOBREPOSTOS - CALIBRE: 12 CARABINA ROSSI PUMA SISTEMA WINCHESTER –CALIBRE: .38 3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO QUANTO AO TIPO OU PORTABILIDADE 1) Armas de Porte Arma de porte é uma arma fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode ser portada por um indivíduo em um coldre e disparada, comodamente, com somente uma das mãos pelo atirador. São armas curtas. Exemplo: pistola e revólver. PISTOLA GLOCK G17 – CALIBRE: 9MM Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal 21 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Armas Portáteis Arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações normais, uma das mãos ou anteparo como apoio do ca a ea açã e c e e d d a Exemplo: espingarda, carabina. ESPINGARDA 12 CBC MILITARY – 3.0 – CALIBRE: 12 CARABINA CZ 452 2E ZKM – CALIBRE: .22 3) Armas não portáteis A a e de d à a d e e ao seu peso, não pode ser transportada por um único homem. Exemplo: metralhadoras pesadas. 3.3. CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS QUANTO À EXISTÊNCIA DE RAIAMENTO NO CANO A e de a a da c a caçã da a a de a à e c a de raiamento no cano, é necessário aprender dois conceitos importantes. A a d ca quando estamos nos referindo a armamento, o termo “alma” e e e e à a e e a d ca de a arma. Ra a e d ca da a a a alma): raias são “estrias” uniformemente produzidas no interior do cano, no formato helicoidal (como em um parafuso, só que mais alongadas). Sua principal função é dar estabilidade aos projéteis de formato oblongo, ou seja, alongados e afunilados em uma das extremidades, os não esféricos, como os de pistola e fuzil. Quando ocorre o disparo e o projétil se desloca pelo interior do cano, essas raias forçam-no a girar, produzindo um movimento giroscópico durante o deslocamento, para que ele atinja maior estabilidade, velocidade e precisão, vencendo com mais facilidade a resistência do ar. Fonte: A rquivo P essoal Fonte: w w w .google/im agens Fonte: A rquivo P essoal METRALHADORA BROWNING M1919 – CALIBRE: 050 (DUPLA). 22 COMUNIDADE | TIRO CERTO Entendidos os dois conceitos, você já deve ter deduzido o que são armas de alma lisa e armas de alma raiada. 1) Armas de Alma raiada Armas cujo interior do cano é raiado, ou seja, possuem raias. Essas armas são desenvolvidas para disparar projéteis oblongos. Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte das im agens: w w w .google/im agens 23 COMUNIDADE | TIRO CERTO Exemplos: Revólver, pistolas, carabinas, fuzis, metralhadoras, canhão etc. REVÓLVER TAURUS 83 – CALIBRE: .38 PISTOLA GLOCK G25: CALIBRE .380 ACP. CARABINA CZ 452 2E ZKM – CALIBRE: .22 FUZIL TAVOR X95 – CALIBRE: 5.56 NATO. METRALHADORA FN MAG – CALIBRE 7,62. METRALHADORA FN MAG – CALIBRE 7,62. Fonte: A rquivo P essoal Fonte: A rquivo P essoal Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens 24 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Armas de Alma Lisa Armas cujo interior do cano é liso, não possuindo raias, em regra, espingardas. Essas armas foram desenvolvidas para disparar projéteis esféricos, apesar de poderem também disparar projéteis oblongos. 3.4. DIFERENÇA ENTRE RIFLE, CARABINA, FUZIL, ESPINGARDA E ESCOPETA ESPINGARDA BROWNING ULTRA XTR – CANOS SOBREPOSTOS - CALIBRE: 12 ESPINGARDA ROSSI – CANOS JUSTAPOSTOS – CALIBRE: 12 Fonte: A rquivo P essoal Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fonte: www.google/imagens 25 COMUNIDADE | TIRO CERTO Agora que você sabe diferenciar uma arma longa (portátil) de uma arma curta, e uma arma de alma lisa de uma arma de alma raiada, podemos entender o que ca e ca ab a e espingarda e escopeta. Inicialmente, é importante entender que essa diferenciação é feita no Brasil, pois em cada país/região pode haver c a caç e d e e e á e e a e ã ada a bé à a e à c a ca E e e e e e e à armas longas portáteis, isto exclui deste tópico as armas curtas. Fuzil, carabina e e e e e e à a a a de a a raiada, enquanto espingarda e escopeta e e e e à a a a de a a a D e e ça e e e e ca ab a R e é e e e é c a a armas longas de alma raiada, ou seja, as ca ab a e ã e éc e de e Vejamos as diferenciações segundo esses dois critérios: a) Dimensões - “Comprimento do cano”: O Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército Brasileiro usa este parâmetro, mas não estabelece o tamanho máximo ou mínimo de cada um para que haja a diferenciação. Assim diferenciou o R105: • FUZIL: arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada; • CARABINA: arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, DE DIMENSÕES REDUZIDAS, de cano longo - EMBORA RELATIVAMENTE MENOR QUE O DO FUZIL - com alma raiada. Considerando esse critério, um fuzil e uma carabina podem ser muito semelhantes, inclusive podendo utilizar o mesmo tipo de munição, os mesmos mecanismos e acessórios, pois o comprimento do cano é o grande diferencial. A arma com cano mais comprido e c a ca c a de ca mais curto, como carabina. Serve de exemplo a linha IA2. O fuzil e a carabina são praticamente idênticos, tendo como diferenciais algumas medidas, como o cano e a presença do regime de tiro automático no fuzil. Mas qual a diferença entre carabina e fuzil ? Nã á a d e e c açã de a e única entre carabina e fuzil, pois depende do critério utilizado. Duas diferenciações de e ada a a c a cá a a dimensões (na prática o comprimento do cano) ou a “energia” do disparo. 26 COMUNIDADE | TIRO CERTO Fuzil de Assalto IMBEL 7,62 IA2 • Comprimento: 920mm • Comprimento com coronha rebatida: 670mm • Comprimento do Cano com quebra-chamas :v 390mm • Funcionamento: Semiautomático, Automático e Repetição Fonte: http://www.imbel.gov.br/index.php/fuzis/93#topo Carabina IMBEL 7,62 IA2 • Comprimento: 800mm • Comprimento com coronha rebatida: 550mm • Comprimento do Cano com quebra-chamas: 265mm • Funcionamento: Semiautomático e Repetição Fonte: http://www.imbel.gov.br/index.php/fuzis/94#topo b)“Potência” – tipo da munição utilizada Esse critério tem por referência a diferenciação entre a carabina e o fuzil de acordo com a energia produzida no disparo, o que implica, dentre outros fatores, no tipo de munição utilizada. Segundo esse critério, é considerada Carabina a arma longa, com alma raiada, mas que efetue disparos de “baixa energia”. Pa a de çã d e e a a a ba a energia, usa-se um parâmetro (arbitrário, pois não existeregulamentação) da velocidade da saída do cano: • Armas de baixa energia: até 500 m/s (metros por segundo) de saída na boca do cano; • Armas de alta energia: de 500 a 1.200 m/s (metros por segundo) de saída na boca do cano. Veja alguns exemplos de calibre de baixa energia: C e e e e e e a a longas de alma raiada) com esses ca b e a e e ã c a cad como carabinas, independentemente do tamanho do cano. Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens 27 COMUNIDADE | TIRO CERTO A c ad à c a e c dade d disparo na boca do cano, o “costume” a bé a c a ca c ca ab a as armas longas de alma raiada que utilizam o mesmo tipo de munição usado em armas curtas, esse é um critério 2) Diferença entre espingarda e escopeta mais popular. Nesse critério, também arbitrário, as armas longas de alma raiada que utilizam munições produzidas para armas curtas são as carabinas. Já as armas e a çã d a a a são os fuzis. Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens 28 COMUNIDADE | TIRO CERTO • a) Espingarda: Arma longa de alma lisa. • b) Escopeta: Espingarda com cano mais curto. Escopeta é um dos termos para espingarda em espanhol. Em e açã à açã de e e no Brasil, também não existe uma regra estabelecida legalmente com um a a de ca e a de c ec ã a c a caçã da e a da e escopeta. E m regra, tem-se a medida de no máximo 13 polegadas de cano como parâmetro. Assim, escopeta seria uma espingarda com cano de 13 polegadas ou menor. Fonte: A rquivo P essoal Fonte: w w w .google/im agens ESPINGARDA BROWNING ULTRA XTR – CANOS SOBREPOSTOS - CALIBRE: 12 29 COMUNIDADE | TIRO CERTO 3.5 CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS QUANTO AO FUNCIONAMENTO 1) Armas de tiro unitário Armas de tiro unitário são armas de carregamento manual (inserção da munição na câmara) dotadas de carga para um único tiro, sendo necessário, após o disparo, a retirada manual do e de a ad e a d çã de novo cartucho para o próximo tiro ou a realização de um novo carregamento. Exemplo de armas de tiro unitário: espingardas de um cano, bacamartes. Existem armas de tiro unitário que podem e c a cada c e d de ca SIMPLES: Comporta carga para um único tiro. ESPINGARDA BOITO REUNA I – CALIBRE: 28 – TIRO UNITÁRIO BACAMARTE - ARMA BACAMARTE CIRCA 1.920 FIQUE LIGADO! Existem armas de tiro unitário que possuem mais que um cano, como algumas espingardas e garruch as. Ne e ca a é e a c a caçã de arma de tiro un itário, já que não existem, na própria arma, mecanismos que insiram uma nova munição na câmara de explosão após o di sparo, para que isso aconteça, o atirador deve abrir a arma e substituir manual mente a munição utilizada por uma nov a munição. Para parte da doutri na, a arma de tiro unitário (ou tiro simp les) com múltiplos canos depende de m ecanismo individual de disparo (gatilhos i ndividuais) para ser considerada como tal . MÚLTIPLO: Comporta-se como se fossem duas ou mais armas de tiro unitário simples, montadas numa só coronha. ESPINGARDA BROWNING ULTRA XTR – CANOS SOBREPOSTOS - CALIBRE: 12 Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: A rquivo P essoal 30 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Armas de repetição 2.1) Armas de repetição manual ou “não automáticas” Arma de fogo de repetição não automática é a arma em que o atirador necessita empregar sua força física sobre o mecanismo da arma para concretizar as operações prévias e necessárias ao disparo (inserir uma munição na câmara de explosão e, em regra, armar o mecanismo do gatilho), após a realização de cada disparo, essa operação deve se repetir para o disparo seguinte, ou seja, a arma somente disparará após ações manuais para prepará-la. FIQUE LIGADO! O revólver tem um mecanismo muito particular, po is seu tambor é composto câmaras de explosão (5, 6, ..., dependendo d a capacidade do revólver), em que, a c ada acionamento do gatilho, o tambo r gira pela força muscular do atirador, p osicionando uma nova câmara de explos ão contendo uma nova munição para um novo disparo. ESPINGARDA CBC PUMP ACTION CAL. 12 TACTICAL Exemplos: espingarda cal.12 pump, revólveres, fuzil estilo “mosquetão”, carabina Winchester. ESPINGARDA ROSSI CANOS JUSTAPOSTOS – CALIBRE: 12 Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal 31 COMUNIDADE | TIRO CERTO REVÓLVER RUGER VAQUERO 45 COLT BIRDS HEAD SINGLE ACTION – CALIBRE 45 ESPINGARDA CBC PUMP ACTION CAL. 12 TACTICAL FUZIL BROWNING X-BOLT – CALIBRE: 308 WIN CARABINA WINCHESTER 1866 - CARBINE – CALIBRE: 38SP 2.2 Armas semiautomáticas (repetição semiautomática) Arma de fogo semiautomática é a arma que, após feita a preparação inicial pelo atirador e ocorrendo o disparo em razão do acionamento da tecla do gatilho, todo o trabalho de preparação da arma para o novo disparo é feito utilizando a energia do próprio disparo anterior. Ou seja, para o próximo disparo a arma já estará pronta, bastando que o atirador, necessariamente, acione novamente o gatilho, quando todo o ciclo se repetirá até que acabe a munição. Pa a ca a c a a a e e passo a passo: • Inserção da munição em compartimento e ec c da a a ca e ad e 3 , tambores ou tubos/receptáculos); • Preparação da arma para o primeiro disparo com ação manual sobre o seu mecanismo para que seja inserida uma munição na câmara de explosão e, em regra, arme também o mecanismo do gatilho; • Acionamento do gatilho para o primeiro disparo; • Preparação da arma para o próximo disparo, quando a alimentação da câmara é feita utilizando a energia do disparo anterior, onde o sistema de funcionamento da arma, por meios próprios (ação dos gases, por exemplo), retira o estojo usado e reposiciona uma munição nova na câmara, em regra, armando também o mecanismo de disparo; 3De de e da a ç e ca e ad e e de e e e d a a e d ca e ad da a a Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens 32 COMUNIDADE | TIRO CERTO • Para novos disparos, o atirador deverá acionar, necessariamente, o gatilho quando, o ciclo se repetirá, sendo possíveis novos disparos (a cada novo acionamento do gatilho) até que a munição se acabe. Exemplos de armas semiautomáticas: pistolas, algumas carabinas, algumas espingardas cal. 12 etc. CARABINA SEMIAUTOMÁTICA ARMI CHIAPPA M1-22 – CALIBRE: 22LR PISTOLA IMBEL MD1- CALIBRE 9 X 19 MM PARABELLUM - Treinamento de tiro com mão forte e mão fraca. Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: w w w .google/im agens 33 COMUNIDADE | TIRO CERTO 4) Armas automáticas (De Repetição Automática) Arma de fogo automática é a arma que, após feita a preparação inicial pelo atirador e ocorrendo o disparo em razão do acionamento da tecla do gatilho, todo o trabalho de preparação da arma para o novo disparo é feito utilizando a energia do próprio disparo anterior. Para o próximo disparo a arma já estará pronta. Porém, diferente das armas semiautomáticas, se o atirador mantiver o gatilho acionado a arma realizará vários disparos consecutivamente. ESPINGARDA TYPHOON F12 – SEMIAUTOMÁTICA – CALÍBRE 12 • Treinamento de tiro de combate. Pa a ca a c a a a pequeno passo a passo: • Inserção da munição em c a e e ec c da arma (carregadores4 , tambores ou tubos/receptáculos); • Preparação da arma para o primeiro disparo com ação manual sobre o mecanismo da arma para que este insira uma munição na câmara de explosão e, em regra, arme também o mecanismo do gatilho; • Acionamento do gatilho para o primeiro disparo; • Preparação da arma para o próximo disparo, quando a alimentação da câmara é feita utilizando a energia do disparo anterior, onde o sistema de funcionamento da arma, por meios próprios (ação dos gases, por exemplo), retira o estojo usado e reposiciona uma munição nova na câmara, em regra, armando também o mecanismo de disparo; •Para novos disparos, basta o atirador manter o gatilho acionado que os disparos ocorrerão sequencialmente, até que o atirador deixe de pressionar a tecla do gatilho ou acabe a munição. Exemplo: metralhadora. 4De de e da a ç e ca e ad e e de e e e d a a e d ca e ad da a a Fonte: A rquivo P essoal 34 COMUNIDADE | TIRO CERTO MG 42 – A DEVASTADORA METRALHADORA ALEMÃ – CALIBRE: 7.92 X 57 MM – USADA NA 2ª GUERRA MUNDIAL O termo “munição” é genérico e não se refere a uma coisa somente, ele designava, antigamente, tudo o que era indispensável ao abastecimento das forças armadas. Hoje, esse termo é mais restrito aos elementos que são inseridos na câmara de explosão para fazer a arma atirar, envolvendo projéteis, cartuchos, foguetes, explosivos etc. Dependendo do tipo de arma, a munição pode variar de composição. Vamos falar da composição mais comum, aquela que é encapsulada em um estojo, contendo nele todos os elementos necessários ao disparo. São utilizados em armas de retrocarga, ou seja, a munição entra na câmara de explosão por trás, como nas pistolas, revólveres, fuzis, espingardas, metralhadora etc. COMPOSIÇÃO: Projétil, Estojo, Propelente e Espoleta. Nesse contexto, a munição é encartuchada, ou seja, a junção de todos os elementos forma o cartucho. São elas: 4.1. O PROJÉTIL O projétil, ou bala, ou ponta, é a parte da munição que é arremessada pela a a c de a a De forma genérica, projétil é qualquer sólido pesado que se move no espaço, abandonando a si mesmo depois de haver recebido impulso. Existem vários tipos de munições e, consequentemente, projéteis, para vários tipos de armas. É incrível a variabilidade de projéteis para as mais diversas a dade e e e e munições de projétil unitário (contém somente um projétil por cartucho) e munições de projéteis múltiplos (mais de um projétil por cartucho), projéteis dos mais diversos tipos de materiais (chumbo, cobre, combinação de metais, borracha ou elastômero etc.) e formatos. No futuro, abordaremos esse assunto com mais detalhamento. Por hora, veremos alguns projéteis para algumas armas, somente para entendermos o que é um projétil. Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens O QUE É UMA MUNIÇÃO?04 35 COMUNIDADE | TIRO CERTO 1) Revólver e carabina. 38 SPL CHOG 158GR – CBC CALIBRE .38 SUPER AUTO ETOG 125GR – CBC 2) Pistolas e submetralhadora. CALIBRE 9X19MM PARABELLUM PROJÉTIL 7,62X51MM 3) Fuzil e metralhadoras. 4) Espingarda As espingardas, especialmente a calibre 12, apresentam uma grande versatilidade de projéteis, com cartuchos de projéteis múltiplos e projéteis únicos (singulares). Quanto menor o projétil, maior a quantidade de projéteis estarão contidos no interior do cartucho. Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 36 COMUNIDADE | TIRO CERTO observação! Os cartuchões de espingarda, em regra, contêm em seu interior uma “bucha” plástica pneumáticas (petecas). De maneira simples, somente para um entendimento inicial, ela tem a a dade de e a a e e e d é e vedando o cano e, também, possui a função de “organizar” os projéteis no deslocamento pelo cano. Projéteis expansivos: São projéteis que expandem a ponta ao atingir um alvo. Essa expansão tem por objetivo aumentar a superfície de contato com o alvo, transferindo mais energia no impacto, reduzindo a possibilidade de atravessar e atingir outras pessoas. FIQUE LIGADO! Exemplo de um Espoleta de espingarda montado. Fonte: www.google/imagens 37 COMUNIDADE | TIRO CERTO 4.2. PROPELENTE É o produto químico inserido no interior do estojo, antes do projétil, que queima pela ação de um “iniciador” (espoleta). A queima do propelente produz uma grande quantidade de gases e, por estar e a b e e c ad e a projétil em alta velocidade a frente, pelo interior do cano. São diversos os tipos de propelente para a a d e a a dade a e outras oportunidades, abordaremos com mais profundidade. 4.3. ESPOLETA No caso das armas de fogo, a espoleta é um pequeno artefato (mecanismo) ad a a a a ace de a ca a de propelente, para que este queime e gere uma grande quantidade de gases no interior da câmara de explosão e, assim, em razão da pressão, arremesse o projétil pelo interior do cano da arma e atinja o alvo. Na realidade, na espoleta existe um pequenino “recipiente” que contém uma mistura detonante (explosivo). Esse pequeno recipiente é posicionado na parte de trás do estojo em um espaço denominado alojamento da espoleta. Quando o gatilho da arma é acionado, ele faz com que o percussor (agulha) atinja a espoleta com grande força. Com o impacto do percussor da arma na espoleta, o explosivo nela contido detona e provoca fagulhas que passam por um orifício localizado no fundo do alojamento da espoleta (evento) para dentro do estojo, fazendo o propelente a a e a a da e e Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 38 COMUNIDADE | TIRO CERTO 4.4. ESTOJO Estojo é o recipiente onde é montado o cartucho, é o componente de união mecânica que junta todas as partes, permitindo o tiro, ele possibilita que todos os componentes necessários ao disparo e d e a eça facilitando o manejo da arma, acelerando o intervalo em cada disparo. Atualmente, a maioria dos estojos são construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas, também, são encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais, tais como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) e outros. O formato dos estojos pode variar. Assim, basicamente, é possível encontrá-los em três formatos: • Cilíndrico: o estojo mantém seu diâmetro por toda sua extensão (mais comuns para pistolas e submetralhadoras); • Cônico: o estojo tem diâmetro menor na boca (mais comuns para revólveres e alguns tipos de carabinas); e • Garrafa: o estojo tem um estrangulamento - gargalo (mais comuns para fuzis e alguns tipos de carabinas). Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens 39 COMUNIDADE | TIRO CERTO 4.5. Funcionamento do cartucho Depois de conhecer todas as partes d ca c ca ác e e de e funcionamento. VAMOS AO PASSO A PASSO? 1. O atirador aciona o mecanismo do gatilho, este, por sua vez, faz o percursor da arma atingir a espoleta com força; 2. A espoleta, contendo explosivos, detona com o impacto, gerando fagulhas; 3. As fagulhas passam para dentro do estojo por intermédio de orifício no fundo do alojamento da espoleta e e a a d a a 4. A pólvora queima rapidamente gerando uma grande quantidade de gases; 5. A pressão, gerada pela expansão rápida dos gases, empurram o projétil a frente pelo interior do cano Genericamente falando, calibre é o diâmetro de qualquer objeto cilíndrico, como canos, escapamento, uma barra cilíndrica etc. No cano, existem duas referências a serem observadas, diâmetro interno ou externo. Não entendeu? Assista aí! Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens O QUE É CALIBRE NAS ARMAS DE FOGO?05 40 COMUNIDADE | TIRO CERTO Para arma de fogo e munição, calibre é um termo que se refere a algo bem mais amplo, devendo ter dois parâmetros distintos para a de çã ca b e ea e ca b e a 5.1. CALIBRE ENQUANTO DIÂMETRO DA PARTE INTERNA DO CANO DA ARMA – CALIBRE REAL Calibre real é a medida exata do interior do cano da arma, que nem sempre coincide com o calibre nominal (que dá nome) da arma ou munição. Calibre das armas de alma raiada O cano nas armas raiadas possui, em realidade, dois diâmetros internos, um entre raias e outro entre “cheios”. O calibre real é medido entre cheios. FIQUE LIGADO!5.2. CALIBRE ENQUANTO PRODUTO – CALIBRE NOMINAL Quando uma empresa desenvolve um calibre, ela tem que apresentar uma solução completa que envolve o diâmetro em si (calibre real), a forma, dimensões e peso do projétil, quantidade de propelente utilizado para os diversos tipos de projétil, forma e dimensões do estojo, tipo de espoleta, a pressão gerada etc. Isso quer dizer que a empresa desenvolve um produto completo. O calibre nominal é usado para designar esse produto, ou seja, é o “nome”, e não se refere ao diâmetro somente, ele deve designar, mesmo que “implicitamente”, outras características do cartucho. Também é utilizado na designação das armas nas quais a munição é empregada. A primeira parte do nome do calibre nominal é o seu diâmetro, que, como já visto, nem sempre coincide com o calibre real. Para nominá-los são usados sistemas de medidas. Quais são esses sistemas? Fonte: www.google/imagens FIQUE LIGADO! É importante ressaltar que nem sempre há coincidência exata entre a medida usada para designar o nome do calibre e o seu diâmetro real. Como você verá abaixo, “m a t e m a t i c a m e n t e falando”, os calibres 380 e 38 deveriam ter exatamente o mesmo diâmetro, se fosse levado em consideração somente e e a â e a a ambos deveriam ter 0,38 polegadas. Porém, na prática, o calibre .38 não tem 0,38 polegadas e sim 0,358, o pescoço do estojo é que tem 0,379. A questão é que não entendemos ser relevante, nesse momento, esse nível de detalhamento, pois foge ao objetivo desse e-book e não prejudica o conhecimento, principalmente para o iniciante. Assim, se você conhece mais profundamente o assunto, desconsidere essas diferenciações. 5.2.1. SISTEMAS DE MEDIDAS Basicamente são de três tipos: 1) Sistema Métrico – unidade de comprimento (mais usado na Europa) Ne a a de de çã d ca b e a se as unidades de comprimento do sistema métrico (metro, centímetro, milímetro), no caso, a quantidade de milímetro do diâmetro da parte interna do cano da arma e, consequentemente, da munição. Os mais conhecidos, a título de exemplo, são: • 5,56mm: fuzil cinco cinco meia; • 7,65mm: pistola sete meia cinco; • 7,62mm: fuzil sete meia dois; • 9mm: pistola nove milímetros; • 10mm: pistola dez milímetros. 41 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Sistema Inglês (imperial) – unidade de comprimento (mais usado nos Estados Unidos) Ne a a de de çã d ca b e usam-se as unidades de comprimento do sistema imperial/Inglês (polegada, pé, jarda, milha), no caso, fração de polegadas do diâmetro da parte interna do cano da arma e, consequentemente, da munição. Os mais conhecidos, a título de exemplo, são: • 38 - 0,38 polegada; revólver trinta e oito; • 357 - 0,357 polegada: revólver três cinco sete; • 380 - 0,380 polegada: pistola trezentos e oitenta; • .40 - 0,40 polegada: pistola ponto quarenta; • .45 - 0,45 polegada: pistola quarenta e cinco; • .50 - 0,50 polegada - meia polegada: pistola ponto cinquenta. FIQUE LIGADO! Alguns calibres nom inados em milímetro s e frações de po legadas podem se r considerados coincid entes. Apesar de nã o terem exatamente a mesma medida, a aproximação é grand e e, de maneira gera l, são considerados com o mesmo diâmetro. Inclusive, em alguns casos, a coincidência é tão grande que é p ossível utilizar os doi s tipos de munição na m esma arma. Servem de exemplo o 5,56mm NATO e o 223 REMINGTON. O calibre 5,556 NATO é um calibre militar e, em tese, mais potente que o calibre .223 REMINGTON, assim, não se aconselha usar uma arma .223 para atirar com uma munição 5,56 NATO, mas o inverso é perfeitamente permitido. Com relação somente ao diâmetro, é possível considerar correspondentes os seguintes calibres: Armas longas: Pistolas e revólveres: Fonte: w w w .google/im agens 42 COMUNIDADE | TIRO CERTO 3) Gauge - Gaugio – Adarme Essa é uma forma muito peculiar de se de ca b e da e a da e a tem por referência o diâmetro de esferas e e a c a a é de d e fracionamento, em partes iguais, de uma b a de c b Mas o que é um Gauge? Imagine uma esfera de chumbo puro com o peso de uma libra (453,6 gramas). Seu diâmetro seria de aproximadamente 42,42mm. Resumidamente, essa medida foi inventada não para espingardas, mas, sim, para canhões. Assim, o tubo de um canhão de um Gauge tinha o diâmetro equivalente a uma esfera de Chumbo de uma Libra. Vamos imaginar agora que você queira fazer suas próprias espingardas. O e a e a a de çã d calibres. Imaginemos que, inicialmente, você deseja fazer uma de calibre 12 e uma de calibre 20. Pa a de ca b e da e a da (diâmetro interno do cano) em Gauges você deverá: • Pegar uma libra de chumbo puro: 0,4536kg ou 4.536 gramas, aproximadamente; • Para saber o diâmetro do cano da espingarda calibre doze, você deverá dividir essa massa de chumbo (453g) em 12 partes iguais, ou seja, 12 partes de 37,75g; • Pegue uma das partes e faça uma esfera perfeita que terá o equivalente a 18,53mm de diâmetro (1,853cm). O diâmetro dessa esfera deverá ser o diâmetro interno do cano da espingarda calibre 12, ou seja, o 12 na e c a a d ca b e ca (um doze avos) de uma libra de chumbo (12 Gauge). • Pa a de ca b e da e a da basta juntar novamente as doze partes da libra de chumbo e repetir o processo, mas dessa vez você deverá dividir em 20 partes iguais. L b a dade de a a d e a I Se e e a a é de a ada e e Se b é LB Ob e a d a a ac a e c clareza porque o calibre 12 é maior que o calibre 20. Fonte: w w w .google/im agens 43 COMUNIDADE | TIRO CERTO 5.2.2. DETERMINAÇÃO DO CALIBRE NOMINAL Esse “nome” da munição é atribuído, em regra, pelo “criador/inventor” que, além do “diâmetro” (milímetro, fração de polegada ou Gauge), insere, muitas vezes, o seu próprio nome ou a e e a e a a de ca outras características do cartucho. A de caçã e a e e é e a e de siglas ou nomes colocados após as medidas. Serve de exemplo o calibre .40 S&W (S&W = Smith & Wesson). CAIXA 50 MUNIÇÕES SELLIER & BELLOT CAL.40 S&W FMJ 180GR FIQUE LIGADO! Alguns calibres não representam exatamente as dimensões apresentadas em seu “nome”, em realidade seguem um padrão em que as medidas são muito aproximadas à descrição, mas não são iguais. Alguns calibres ainda utilizam nomes comerciais que podem não ser indicadores das medidas exatas. O NATO e c a a c a da OTAN NATO é ca c de e a de e d a década de c ad ã a a a a e a e e a e da OTAN Nã de e e c d d c ca c e c a çã ad ã da a a d e da a a AK O ca b e Pa abe é ca c de a a de e ad Ge L e e d d e e ab ca e a e ã de a a De c e Wa e d M ab e DWM áb ca a e ã de a a e ç e a P a Pa abe L e a bé c ec d Pa a L e NATO B a ad ad e a Ma a e E é c e e e ec a e e É ca b e de d açã ad ã a a a da OTAN e d e é c de a ca e e d a e d c de e c e o brasileiro. Um exemplo disso é o calibre .38 SPECIAL, que apesar de ter sido criado com o diâmetro descrito no nome, atualmente deixou de ter essa medida, passando a ter entre .355 e .357. Porém, mesmo com essa diferença, os fabricantes desse tipo de munição continuam utilizando o mesmo nome por motivos comerciais. Os principais calibres são: 12, 16, 20, 26 etc. Fonte: www.google/imagens Outro fator relevante que compõe o “nome da munição” e que as diferencia é o tamanho do estojo. Servem de exemplo os calibres NATO e Pa abe 44 COMUNIDADE | TIRO CERTO atenção! Quando houver referência a “calibre” nesse material, em regra, a referência será ao calibre nominal. Para o cidadão comum, excluindo-se ainda os CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), a propriedade regular de uma arma de fogo é comprovada pelo CRAF - Certifcado de Registro de Arma de Fogo. Esse documento é expedido pela Polícia Federal para aqueles que recebem autorização para adquirir uma arma. Essa autorização é dada aos que cumprem osrequisitos estabelecidos em lei, requisitos que estão detalhados no item 09 deste e-book. Essa diferenciação é muito importante para quem pretende adquirir uma arma de fogo. Isso porque a confusão entre esses conceitos é comum e conhecê-los é essencial para que as pessoas saibam os limites na posse, condução e transporte de uma arma de fogo. 6.1. POSSE DE UMA ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO PARA O CIDADÃO COMUM P a ca e de de a e de dispor, ou seja, utilizar, doar, vender etc. Refere-se ao direito de propriedade. Mas se possuir regularmente uma arma de fogo, poderei conduzi-la para qualquer lugar e de qualquer forma? A resposta é não! P a a a de ã ca ter o direito de conduzi-la para onde quer que você vá, isso porque as armas de fogo, munições e alguns acessórios são considerados produtos controlados e este controle ocorre também sobre os locais onde ela deve estar. A propriedade regular de uma arma de fogo é comprovada pelo CRAF - S e a Nac a de A a c a e açã é de e ab dade da P c a Fede a O Ce cad de Re de A a de F documento expedido pela Polícia Federal, eced d de cada SINARM e validade no território nacional e autoriza o proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente: Fonte: w w w .google/im agens DIFERENÇA DE POSSE E PORTE DE ARMA DE FOGO06 Ce cad de Re de Arma de Fogo 45 COMUNIDADE | TIRO CERTO 1) No interior de sua residência ou nas dependências desta: Interior da residência ou nas dependências desta compreende toda a extensão da á ea a c a d e ed cada não, em que resida o titular do registro, inclusive quando se tratar de imóvel rural. Isso quer dizer que quintal pode ser considerado como residência, por exemplo. 2) No local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou pela empresa: O Decreto nº 9.845/2019 considera local de trabalho como toda a extensão da área a c a d e ed cada ã em que esteja instalada a pessoa jurídica, e ada c a ede a Mas veja que não basta trabalhar em uma empresa para ter o direito de manter uma arma lá, para que isso seja possível, é necessário que o proprietário da arma seja o titular responsável legal pelo estabelecimento ou pela empresa. Titular pelo estabelecimento ou pela e e a é a e e a de d contrato social. Já o responsável legal é aquele designado em contrato individual de trabalho, com poderes de gerência. O proprietário de arma de fogo, na hipótese de mudança de domicílio ou outra situação que implique no transporte da arma de fogo, deverá solicitar guia de â à P c a Fede a a a a a a de fogo cadastradas no Sinarm, na forma estabelecida em ato do Diretor-Geral da Polícia Federal. Mas e em situaç ões que impliquem em tra nsporte da arma de fogo ? FIQUE atento! O CRAF tem validade de dez anos. Após esse período, el e terá que ser renovado. 6.2. PORTE DE UMA ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO PARA O CIDADÃO COMUM P a a a a ca e a a a a consigo, junto ao corpo. Diferente da autorização para aquisição, que se entende ser um direito do cidadão que cumpre os requisitos, o porte é uma c ce ã d E ad ca e é mais complexo para conseguir. E a a d c dade e abe ec da porque a autorização generalizada para o porte aumenta a circulação de armas nas ruas. Essa medida restritiva foi tomada porque, a época em que foi elaborado o Estatuto do Desarmamento, acreditava- se que o maior número de armas em circulação poderia aumentar a ocorrência de situações que geram risco, mesmo que seja por um cidadão que cumpra todos os requisitos legais. 46 COMUNIDADE | TIRO CERTO O porte de arma de fogo para o cidadão comum será autorizado exclusivamente para defesa pessoal, o qual se materializa em um documento expedido pela Polícia Federal e é obrigatório para a condução da arma, devendo conter os seguintes dados: • Abrangência territorial; • E các a e a • Características da arma; • Número do cadastro da arma no SINARM; • Ide caçã d e á da a a e • Assinatura, cargo e função da autoridade concedente. O cadastro é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo e será á d a e a e e açã à a a e e e ec cada e c a a e e açã d d c e de de caçã d ad Mas, uma vez concedido o porte, você acha que poderá portar essa arma em todos os lugares e da forma como você ac a e c e e de ba bang? A resposta é não! O titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas em decorrência de eventos de qualquer natureza. A inobservância ao disposto destas determinações implicará na cassação do porte de arma de fogo e na apreensão da arma, pela autoridade competente, que adotará as medidas legais pertinentes. Essas medidas também se aplicam na hipótese de o titular do porte de arma de fogo portar o armamento em estado de embriaguez ou sob o efeito de drogas ou medicamentos que provoquem alteração do desempenho intelectual ou motor. E para caça r, é possível ob ter porte? A resposta é sim, desde que seja para a subsistência. Será concedido pela Polícia Federal, segundo os requisitos legais, o porte de arma de fogo, na categoria caçador de subsistência, de uma arma portátil, de uso permitido, de tiro simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a dezesseis, desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual Fonte: w w w .google/im agens Porte Federal de Arma 47 COMUNIDADE | TIRO CERTO deverão ser anexados os seguintes documentos: • Documento comprobatório de residência em área rural ou certidão equivalente expedida por órgão municipal; • Original e cópia, ou cópia autenticada, d d c e de de caçã pessoal; e • Atestado de bons antecedentes. FIQUE atento! O porte tem validade de dez a nos. Existem outras possibilidad es de porte, mas vamos conversar sobre isso em outro momento. Pode-se dizer que existem várias “classes” de compradores de armas, isso porque a lei autoriza, em determinadas condições, que determinadas pessoas adquiram determinadas armas. Dessa forma, os compradores são divididos em: cidadão comum, o agente de segurança pública, caçador, atirador desportivo e colecionador. 7.1. ARMA DE USO PERMITIDO Antes da alteração realizada pelos decretos publicados em 2019, sendo o último o Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, o rol de armamento que poderia ser adquirido por um cidadão comum era bem restrito, isso porque a regulamentação anterior restringia o conceito de arma de uso permitido. Segundo esse Decreto, art. 17, são de uso permitido armas de fogo curtas e longas de alma raiada (carabinas), de repetição ou semiautomáticas, cuja munição comum tenha, na saída do cano, energia de até trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete Joules e suas munições, como por exemplo, os calibres .22 LR, .25 Auto, .32 Auto, .32 S&W, .38 SPL e .380 Auto. Fonte: Arquivo Pessoal QUAIS E QUANTAS ARMAS POSSO COMPRAR?07 48 COMUNIDADE | TIRO CERTO Também as armas de fogo de alma lisa (espingardas), de repetição ou semiautomáticas, calibre doze ou inferior, com comprimento de cano igual ou maior do que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milímetros; as de menor calibre, com qualquer comprimento de cano, e suas munições de uso permitido. Assim, basicamente existiam dois parâmetros: • Armas de alma raiada: até trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete Joules; • Armas longas de alma lisa calibre doze ou inferior: comprimento de cano igual ou maior do que vinte e quatro polegadas para o calibre 12. Com o Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019 os parâmetros foram ampliados: • Armas de alma raiada: mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; • Armas longas de alma lisa calibre doze ouinferior: sem restrição de comprimento de cano Isso ampliou a possibilidade de aquisição para quase todos os calibres de armas “comuns” (revólver, pistola, carabina e e a da ca d de a e e armas com calibre bem maiores, como o .454 Casull e .50 Magnum Express. REVÓLVER TAURUS RAGING BULL .454 CASULL 7.2. QUAIS E QUANTAS ARMAS O CIDADÃO COMUM PODE ADQUIRIR Vamos entender “cidadão comum” como sendo aquele que cumpre todos os requisitos legais e que não se enquadra em nenhuma outra categoria. Para o cidadão comum é deferido o direito de adquirir até quatro armas de fogo de uso permitido. Ve a a e e a de çã de a a de fogo de uso permitido. Segundo o inciso I do art. 2º do Decreto nº 9.847, de de de a a d disposto neste Decreto, considera-se arma de fogo de uso permitido as armas de fogo semiautomáticas ou de repetição que sejam: a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja, na saída do cano de prova, e e a c é ca e a e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; FIQUE ligado! Antes de listar quais ar mas são de uso permit ido, vale lembrar que, se você leu tudo até aq ui, você sabe todos os t ermos a que se refer e o Decreto (de porte, cu jo calibre nominal, c om a utilização de muniç ão). Viu como é bom ter conhecimento? J e é a dade de ed da da e e a c é ca c e b e ca é e e a Na ca a e e a c é ca e b e é a e e a e e e de d a e e I é de d c aba ece á a a ace e a c de a - a e e a a e e e ad a e c dade A e e a c é ca de e de da a a e da e c dade e ca a a ca çada Re d e a e à a a de a a e a e c dade e a a a d é a e á a e e a c é ca E e a c é ca de e de d ad ad da e c dade d b e I ca e a d a e c dade de b e d b a a e e a c é ca ad ca P e e a e c dade d d a é be mais determinante que a massa para determinar a energia de uma a a çã Fonte: w w w .google/im agens 49 COMUNIDADE | TIRO CERTO Mas quais seriam essas armas? Não é producente nem necessário listar aqui todas as armas abrangidas por esse critério (1600 joules), por esse motivo, citaremos as principais: 1) Revólver: • .22 LR REVÓLVER TAURUS RT 96 – .22 LR • .32 Auto • .38 ACP WEBLEY FOSBERY .38 ACP REVÓLVER • .357 Magnum • .44 SLP RUGER SP101 REVÓLVER .357 MAGNUM 2.25” BARREL 5 ROUNDS WITH FIXED SIGHTS – 5720 SMITH & WESSON 624 .44 SPECIAL • .44 Magnum Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens 50 COMUNIDADE | TIRO CERTO • .45 Colt RUGER VAQUERO 45 COLT STAINLESS SINGLE-ACTION 2) Pistola • .22 LR PISTOLA WALTHER SEMI-AUTO P22 CAL .22LR 10+1 - NICKEL • 7.65 mm Browning Short, ou .32 Auto; PISTOLA BERETTA MOD. 3032 TOMCAT - CAL. .32 ACP (7,65 BROWNING) • 380 ACP; • 9 mm Luger ou Parabellum; PISTOLA GLOCK G25 – CAL .380 ACP - OXIDADA PISTOLA TAURUS PT 92 AF – TENOX – CALIBRE 9MM LUGER • .40 S&W; PISTOLA BERETTA PX4 STORM SUB COMPACT 9MM .40 Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens 51 COMUNIDADE | TIRO CERTO • .45 Colt PISTOLA COLT MK IV SERIES 70 CAL.45ACP b) Portáteis de alma lisa; ou Todas as espingardas, independentemente do tamanho do cano. É importante essa observação porque a espingarda calibre 12 com cano menor que 24 polegadas era considerada de uso restrito. c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules; São as carabinas que, agora, com a mudança da regulamentação da lei, podem ser adquiridas em vários calibres. Veja alguns deles: ESPINGARDA CALIBRE 12 BOITO MOD PUMP SINTÉTICA CARABINA CBC 8122 BOLT ACTION (FERROLHO) - MADEIRA - 22 LR • Calibre .22 LR CARABINA ROSSI PUMA CANO REDONDO CAL.38 OXID • Calibre .38 SLP CARABINA PUMA .357 MAGNUM • Calibre .357 Magnum Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fonte: www.google/imagens 52 COMUNIDADE | TIRO CERTO • Calibre .40-44 CARABINA ROSSI PUMA 065 CAL .44-40 08 TIROS – CANO REDONDO OXIDADA • Calibre 45 ESPINGARDA PUMA . 45 COLT - CANO REDONDO Como você já sabe ou deve ter percebido, arma de fogo não é brinquedo e muito menos um artefato mágico. Para que e a c a a a dade c ec a ter conhecimentos técnicos, pois o uso indevido de uma arma de fogo pode gerar c c e à da Por esse motivo, as armas de fogo são controladas pelo Exército e pela Polícia Federal e para adquirir uma você necessitará de autorização. Assim, na condição de um cidadão comum adquirindo uma arma de uso permitido, essa autorização é dada pela Polícia Federal e, para isso, ela exigirá alguns requisitos, inclusive, demonstrar, conhecimento técnico prático (utilização da arma) e teórico, tendo que realizar provas práticas e teóricas. Então, podemos dividir a necessidade de ter conhecimento sob dois aspectos: 1) C ec e c e e a a a a na prova para obter autorização para aquisição da arma; CURSO DE PISTOLA PARA MULHERES NO CLUBE DE TIRO REDDELTA TREINAMENTO TÁTICO DE PISTOLA – QUEBRA DA VISÃO DE TÚNEL Fonte: w w w .google/im agens Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s QUAIS CONHECIMENTOS MÍNIMOS PARA CONSEGUIR ADQUIRIR E ESTAR CAPACITADO A MANUSEAR UMA ARMA DE FOGO COM SEGURANÇA? 08 53 COMUNIDADE | TIRO CERTO 2) Conhecimentos complementares para a a a a c e c c a e các a e efetividade. 8.1. CONHECIMENTO SUFICIENTE PARA PASSAR NA PROVA PARA OBTER AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO DA ARMA Você precisa obter os conhecimentos listados abaixo para conseguir ser aprovado no teste de capacidade técnica exigido pela Polícia Federal. CURSO PREPARATÓRIO PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO NO CLUBE DE TIRO REDDELTA. Esses conhecimentos envolvem: 1) Prova teórica que será composta de 20 (vinte) questões objetivas, acerca dos seguintes temas: a) Normas de segurança: 06 questões; b) Nomenclatura e funcionamento de peças: 06 questões; c) Conduta no estande: 03 questões; e d) Legislação Brasileira sobre armas de fogo (Lei nº 10.826/03 e Decretos nº 9.845 e nº 9.877/19): 05 questões. Será aprovado o candidato que obtiver 60% (sessenta por cento) de aproveitamento nessa avaliação. 2) Prova prática: a) Arma curta, alma raiada • Do Alvo: Silhueta humanoide, padrão ANP/DGP/PF, com zonas de pontuação dec e ce e de c c à e pontos; • Distância do atirador ao alvo: 10 (dez) tiros a 5 metros e 10 (dez) tiros a 7 metros; • Quantidade total de tiros: 20 (vinte) tiros; • Tempo de duração: 20 (vinte) segundos para cada sequência de 05 (cinco) tiros ou 40 (quarenta) segundos para cada sequência de 10 (dez) tiros; • Da munição: Original, PROIBIDO o uso de munição recarregada. • Da aprovação: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) da pontuação máxima do alvo, ou seja, 30 (trinta) pontos em cada distância, do total dos 50 (cinquenta) pontos possíveis. Para a prova teórica adotar-se-á o mesmo percentual de acertos (60%). Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 54 COMUNIDADE | TIRO CERTO • Da reprovação: o candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 (trinta) dias. b) Armas de fogo longas • Do Alvo: Silhueta humanoide, padrão ANP/DGP/PF, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) a 0 (zero) pontos. Distância do atirador ao alvo: • Arma Longa de alma raiada: 20 (vinte)metros; • Arma Longa de alma lisa: 15 (quinze) metros; e Quantidade de tiros: • Para alma raiada: 02 (duas) séries, de 05 (cinco) tiros, em 30 (trinta) segundos para cada série; e • Para alma lisa: 02 (duas) séries, de 02 (dois) tiros, em 20 (vinte) segundos para cada série. Da munição: Original, PROIBIDO o uso de munição recarregada. As armas de alma lisa deverão utilizar cartucho com chumbo de nº 5 a 7,5 (padrão CBC). Da aprovação: • Será aprovado o candidato que com arma longa de alma raiada obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) da pontuação máxima do alvo, ou seja, 30 (trinta) pontos do total de 50 (cinquenta) pontos possíveis; e • Será aprovado o candidato que com arma longa de alma lisa obtiver impacto no alvo em 50% (cinquenta por cento) dos disparos (dois disparos dos quatro possíveis). Da reprovação: o candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 (trinta) dias. 8.2. C O N H E C I M E N T O S COMPLEMENTARES PARA USAR A ARMA COM EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE D e e e d e a e e a e operar uma arma de fogo não é algo simples para um leigo, principalmente se isso ocorrer em uma situação de stress, podendo gerar riscos para quem está portando a arma e para terceiros. Assim, conhecer o equipamento e aprender a operá-lo é essencial, além de mantê-lo sempre manutenido para que este não falhe quando você precisar. Por esse motivo, buscar conhecimento é essencial. Por exemplo: • Desmontagem e montagem, conhecendo os principais componentes e funcionamento de cada um. Para melhor operar uma arma de fogo, é importante entender como ela funciona, quais são as suas principais peças e a função de cada uma, isto permitirá a você, por exemplo, sanar uma pane se ela não estiver funcionando, pois, pelo sintoma apresentado, você saberá qual e onde está o problema. 55 COMUNIDADE | TIRO CERTO • Fazer cursos Operar uma arma requer conhecimentos, inclusive os básicos, cuja parte dele você está aprendendo aqui, mas isso, certamente, não é tudo, assim como não é c e e a a a a na prova de capacitação técnica exigida pela Polícia Federal. Além de aprimorar as técnicas de tiro, um curso de capacitação lhe ajudará a entender táticas e poderá te trazer mais segurança no manuseio, além de uma maior efetividade no disparo. Por esse motivo, fazer cursos para se manter atualizado é fundamental para que você e a a ad c a e e c e e e e e DESMONTANDO A ESPINGARDA ROSSI CAL 12, CANOS JUSTAPOSTOS, BIGATILHO PARA MANUTENÇÃO CURSO DE PISTOLA PARA MULHERES CURSO DE ARMA LONGA – REDDELTA • Treinar periodicamente Como em qualquer atividade, para se manter e aprimorar os conhecimentos adquiridos, é necessário treinar. Veja que o manuseio de uma arma de fogo não é uma atividade qualquer, ela pode gerar riscos. Ademais, Fo nt e: A rq ui vo P es so al Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: A rquivo P essoal 56 COMUNIDADE | TIRO CERTO em caso de defesa, por exemplo, quanto melhor treinado você estiver, maiores serão as chances de se obter sucesso. Por esses motivos e por muitos outros, o treinamento é essencial. CURSO OPERADOR DE FUZIL – ANP Fique atento em alguns pontos que devem ser observados: • Para treinar corretamente, você deve ter aprendido o que é certo. De nada adianta treinar se você não aprendeu ou aprendeu incorretamente. Por esse motivo, procurar instituições e a e e a e e a cad é fundamental para que você comece ou recomece bem. E ã de ada ad a a ca a a d e você não utiliza a técnica correta. A regra é simples: aprenda o que é certo primeiro e treine depois. • Você não precisa de munição para todos os treinamentos Assim como as armas, as munições também são produtos controlados e não são simples de se conseguir, como se compra algo no supermercado. Por esse motivo, não são todos os momentos que você terá munição disponível para praticar. Porém, muitos treinamentos podem e devem ser feitos sem munição, treinando “em seco”. Se você tiver um bom instrutor de tiro, ele te ensinará que todos os procedimentos para realização do tiro ocorrem antes de você ouvir a explosão e acontecer o recuo da arma, isso quer dizer que, quando ocorre o “BOOOMMMM” e o recuo, o projétil já saiu. Diante dessa informação, é possível a a e ced e ea ad por um atirador para realizar o tiro em “seco” são idênticos aos procedimentos com munição. O que pode diferenciar é o efeito psicológico do estampido e do ec e a de e ad ca a relaxado por saber que não há munição a ser disparada. Então, desde que você esteja fazendo da forma correta, treinar em seco te prepara tanto quanto treinar com munição. • Manutenção Fonte: A rquivo P essoal Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s Fo nt e: w w w .g oo gl e/ im ag en s 57 COMUNIDADE | TIRO CERTO A arma de fogo é um equipamento de precisão, é um dispositivo complexo que pode ser impedido de funcionar corretamente por vários fatores, dentre eles está o acúmulo de pólvora, de e a e e eça da cada mal posicionada etc. Uma arma que é conduzida diariamente junto ao corpo, por e e de e da cada e suor, enferrujando-a e corroendo-a. Assim, para funcionar corretamente, ela necessita ser manutenida com regularidade, principalmente após a realização de disparos. A a e çã a a e b ca a arma, com ênfase nos componentes que podem gerar panes. Para realizá-la, você precisa aprender a montar e desmontar, aprender a como fazer a limpeza e a b caçã c e a e e Convencionou-se a divisão da desmontagem em níveis, que se nomina, normalmente, de “escalão” (1º escalão, MANUTENÇÃO NO ARSENAL 2º escalão, 3º escalão etc.). Esses escalões são determinados pelo nível de complexidade da desmontagem (até onde ela vai, vamos assim dizer), juntamente da necessidade ou não de se usar ferramentas. Em regra, para o operador comum, a desmontagem em primeiro escalão é c e e a a a a e çã bá ca normalmente, não havendo a necessidade de utilização de ferramentas. FIQUE ligado! As armas são diferent es entre si e, mesmo que sejam de uma mes ma marca, pode haver diferenças entre elas . Consequentemente, a desmontagem de cada uma também é diferente. Apesar de a maioria seguir um “padrão”, com peças parecidas que desempenham funç ões parecidas, é a e e a e ec ca e e sobre a arma antes de desmontá-la, pois isto poderá evitar dan os. Fonte: A rquivo P essoal 58 COMUNIDADE | TIRO CERTO Se você leu com atenção tudo até aqui, você já deve saber que arma de fogo é um produto controlado. As instituições responsáveis por esse controle são a Polícia Federal e o Exército. Assim, você também já deve ter percebido que não é qualquer pessoa que poderá adquiri-la. Quem deseja realizar essa aquisição deve cumprir alguns requisitos. Esses requisitos são estabelecidos pela Lei nº 10.826 – Estatuto do Desarmamento; pelo Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019; pelo Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019 e por regulamentos expedidos pela Polícia Federal e pelo Exército. 9.1. REQUISITOS LEGAIS PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Abaixo temos os regramentos legais com os seus principais dispositivos: 1) Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 – Estatuto do Desarmamento Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma
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