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Vírus da Imunodeficiência Humana By Camila Baez Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Histórico Infecção de humanos a partir de chimpanzés Primeiro caso de AIDS relatado Início da epidemia nos EUA Homossexuais masculinos Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Histórico Mídia nomeia o “clube dos 4-H” como de alto risco para AIDS O HIV é descoberto como causa da AIDS AIDS desponta como uma das principais causas de morte Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Histórico Tratamento de alta eficácia (HAART): declínio de ~50% na letalidade Terapia combinada é criada: Combivir FDA aprova testes rápidos para o diagnóstico Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Cercocebus atys Rhesus HIV-2 Cercocebus torquatus Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Classificação • Família Retroviridae • Subfamília Orthoretrovirinae • Gênero Lentivírus • 2 Subtipos antigênicos HIV-1 HIV-2 M N O P GRUPOS 9 Subtipos A C D F G H J B K Sub-Subtipos (A1-A5; F1 e F2) Recombinantes (CFR’s e URF’s) Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Morfologia viral • Genoma RNA fs + • Diplóide • Enzimas na partícula viral: • Transcriptase reversa • Integrase • Protease • Capsídeo cônico • Envelopado: • Glicoproteína GP120 • Glicoproteína GP41 Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Organização genômica Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Grande variabilidade genética: - Erros da transcriptase reversa (1 em 10.000) - Recombinação - Rearranjo HIV adsorve através da interação entre GP120 com CD4+ e GP41 com CCR5 ou CXCR4 A transcriptase reversa sintetiza DNA a partir de uma das fitas de RNA+ A integrasse integra o DNA viral ao genoma celular: provírus Transcrição, expressão e replicação de genoma viral (RNA +) Montagem viral: partícula imatura Maturação: clivagem de proteínas precursoras nas proteínas funcionais: infecciosidade Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Patogênese HIV usa o receptor CD4 para entrar nas células: LINFÓCITOS T helper, MACRÓFAGOS e CÉLULAS DENDRÍTICAS Linfócitos T ativados: infecção produtiva = morte da célula Linfócitos T em repouso: reservatórios Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Patogênese Após replicar na porta de entrada, HIV faz viremia e se dissemina principalmente em linfonodos Células CD4 são destruídas pela infecção viral ou por linfócitos T CD8 (citotóxicos) depleção de céls CD4 e esgotamento imune imunodeficiência Macrófagos e céls dendríticas teciduais também são infectadas produtivamente (ativação celular) disseminação para diversos órgãos (SNC) Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Patogenia: reservatórios São células susceptíveis ao HIV por possuírem CD4, porém apenas eventualmente permissivas: podem estar em estado de repouso e por isso não expressarem as proteínas virais e não produzirem vírus. Porém, a ativação destas céls faz com que a infecção viral retome o estado produtivo dificuldade na eliminação Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • História natural da infecção pelo HIV Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • História Natural da infecção pelo HIV • Fase de síndrome viral aguda: • Intensa replicação viral (alta carga viral) +++transmissão • 50-90% sintomáticos: síndrome retroviral (semelhante à gripe e à mononucleose infecciosa): febre alta, linfoadenopatia, exantema, mal-estar, anorexia, náusea/ vômito, perda de peso, úlceras cutâneas e mucosas, mialgia, artralgia; hepatoesplenomegalia, meningoencefalites, pneumonia) • Intensa resposta imune que consegue controlar a replicação viral momentaneamente ↓ quantidade de vírus no organismo (CARGA VIRAL) • Janela imunológica Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • História Natural da infecção pelo HIV • Fase de PERSISTÊNCIA viral: • Manutenção de CD4 >350 cels/mm³ e carga viral baixa/ indetectável • Clinicamente saudável (linfoadenopatia; lesões cutâneas discretas; anemia/ leucopenia): latência clínica • Set point: menor nível de carga viral pode ser preditivo de velocidade de progressão (80% - 10 anos; 5% - 3 anos; 15% - >10 anos; controladores de elite) • Replicação persistente, inflamatória e crônica em linfócitos T CD4 e outras céls CD4 ativadas depleção progressiva até se tornar sintomático (AIDS) Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • História Natural da infecção pelo HIV • Fase AIDS: • Carga viral elevada e Redução de céls CD4 (<200céls/mm³ ): depleção imunológica maciça doenças oportunistas • Resposta imune inadequada; fadiga e diarreia crônicas, lesões orais; pneumonia por P. carinii, tuberculose atípica/ disseminada; toxoplasmose; candidíase oroesofágica; criptococose; citomegalovirose; neoplasias (sarcoma de Kaposi; linfoma não Hodgkin; câncer cervical; linfoma cerebral invasivo) • Neuropatia; Miopatia; Nefropatia Síndrome da imunodeficiência adquirida - AIDS Síndrome da imunodeficiência adquirida - AIDS Retinite por citomegalovírus (cegueira) Diarreia por diversos microrganismo Câncer cervical invasivo Câncer cervical invasivo Micobacterium tuberculosis Tuberculose atípica/ disseminada Encefalite/ demência por HIV Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Diagnóstico • Direto • Indireto Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV • Diagnóstico a. Triagem inicial: pesquisa de anticorpos anti-HIV* (4-12 semanas após infecção) - Fluxograma 1: Dois testes rápidos realizados em sequência com amostras de sangue (venoso ou capilar)- Fluxograma 2: Dois testes rápidos realizados em sequência, sendo o primeiro com fluido oral e o segundo com amostra de sangue (venoso ou capilar) - Confirmação por IF ou Western-blot b. Acompanhamento de pacientes - Linfometria (contagem de CD4+) - Carga viral (cópias de RNA/ml) http://telelab.aids.gov.br/index.php /component/k2/item/93- diagnostico-de-hiv http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/93-diagnostico-de-hiv HIV / AIDS • Epidemiologia • Transmissão Você pode se infectar com HIV via... Relação sexual sem preservativo Transmissão vertical (transplacentária, periparto, amamentação) Perfuro- cortantes contaminados Transfusão de sangue e transplante de órgãos HIV / AIDS O HIV NÃO é transmitido via... Picada de mosquito ou insetos Uso de assentos sanitários compartilhados Beijo Contato, toque, abraço • Epidemiologia • Transmissão Talheres e copos HIV / AIDS • Epidemiologia • Transmissão (sangue, sêmen, secreção cervical/ vaginal, leite, órgãos) - Fase da infecção (aguda/ AIDS) carga viral elevada - Relação sexual (homo, hetero, oral, vaginal, anal) - Perfurocortantes triagem de sangue/ órgãos risco ocupacional - Vertical terapia antirretroviral/ não amamentar Tipo de transmissão Risco Sexual Homemmulher 1/700 a 1/ 3000 Mulher homem 1/2000 a 1/20000 Homem homem 1/10 a 1/1500 Parenteral Transfusão 95/100 Compartilhar seringas 1/150 Picadas de agulhas 1/200 Picada de agulha + PEP 1/10000 Vertical Sem tratamento antirretroviral 1/4 Com tratamento antirretroviral <1/10 HIV / AIDS HIV / AIDS Segundo a OMS, profissionais do sexo feminino são 14 vezes mais propensas a adquirir o HIV do que outras mulheres, os HSH são 19 vezes mais propensos a ter o HIV do que a população em geral, e os homens transsexuais têm quase 50 vezes mais probabilidade do que os outros adultos a ter HIV. Para os usuários de drogas injetáveis, os riscos de infecção pelo HIV podem ser 50 vezes maiores do que na população em geral. HIV / AIDS • Epidemiologia • Distribuição dos subtipos virais pelo globo HIV / AIDS HIV / AIDS HIV / AIDS • Brasil (OMS) • Tratamento gratuito desde 1997 • Um dos únicos países da AL a atingir a cobertura de • tratamento universal • 2005/2013: 165 mil para 353 mil pessoas em • tratamento •Maior cobertura de testagem para HIV para a população • de HSH (54%) e profissionais do sexo (65%) da AL • Mas novos casos ainda aumentando • População jovem e predominantemente feminina HIV / AIDS Brasil: - 734 mil com HIV e AIDS , 48 mil casos/ano. 83% (589 mil) foram diagnosticadas - A maior concentração: 25 a 39 anos em ambos os sexos - A taxa de detecção entre os homens é superior a das mulheres, sendo até 2,4 vezes maior para a faixa etária de 20 a 24 anos - Aumento da taxa em jovens de 15 a 24 anos, observando-se, entre aqueles com 15 a 19 anos, um aumento de 120,0% e entre os de 20 a 24, de 75,9%, no período de 2004 a 2013: nascidos pós anos 90 - Entre aqueles com 35 a 39 anos e 40 a 44 anos, observa-se uma tendência significativa de queda da taxa de 2004 para 2013 HIV / AIDS HIV / AIDS • Terapia antirretroviral de alta eficiência (HAART): combinação farmacológica • Alvos terapêuticos: enzimas virais Transcriptase reversa Integrase Protease Inibidores análogos nucleosídicos/ nucleotídicos (INTR) Inibidores NÃO análogos nucleosídicos/ nucleotídicos (INNTR) Inibidores da entrada HIV / AIDS Transcriptase reversa Inibidores análogos nucleosídicos/ nucleotídicos (INTR) Inibidores NÃO análogos nucleosídicos/ nucleotídicos (INNTR) Inibem adição de nucleotídeos - AZT (zidovudina) - Lamivudina (3TC) - Abacavir (ABC) - Tenofovir (TDF) Inibem alostericamente a TR: Nevirapina (NVP) Efavirens (EFV) HIV / AIDS Inibidores da Integrase viral Raltegravir Dolutegravir Elvitegravir Protease Inibidores da entrada Ritonavir (booster; /r) Atazanavir (A Lopinavir Maraviroc (GP120) Enfuvirtida (GP41) HIV / AIDS HIV / AIDS HIV / AIDS HAART: redução da carga viral, melhora clínica sem cura Risco de resistência Adesão (efeitos colaterais, tempo) Reservatórios HIV / AIDS HIV / AIDS HIV / AIDS Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + atazanavir boost ritonavir (ATV/r) 28 dias HIV / AIDS Pode existir uma cura para o HIV??? Paciente de Berlim: indivíduo HIV+ que recebeu tx de medula de indivíduo CCR5Δa32: CURA ESTERILIZANTE - Bebe de Mississipi: criança nascida de mãe HIV+, tratada desde o nascimento por 18 meses quando o tratamento foi interrompido, 10 meses depois ao retornar não tinha sinais da infecção. Após dois anos sem tratamento, o vírus foi novamente detectado. - Pacientes de Visconti: grupo de indivíduos que receberam TARV na fase aguda, foram tratados por 3 anos e depois a terapia foi interrompida. Permaneciam com carga viral indetectável após 7 anos.
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