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[FARMACO] Introdução à farmacologia

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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
Conceitos gerais
- Farmacologia: ciência que estuda os fármacos.
- Fármacos: substância isolada com estrutura química definida e uso terapêutico.
- Droga: substância capaz de produzir modificação fisiológica.
- Medicamento: substância ou conjunto de substâncias, isoladas ou não, com estrutura química definida ou não, e com uso terapêutico.
- Remédio: termo genérico que quer dizer alívio ou cura.
Nomenclatura dos fármacos
- código: basicamente um segredo para que a fórmula química daquela substância não seja identificada por terceiros.
- nome químico: define a estrutura química que aquela substância apresenta.
- nome genérico: define a substância isolada ou princípio ativo do fármaco.
- nome comercial: nome com o qual o fármaco vai ao mercado e fará sua reputação.
Formulação dos fármacos
Mistura de fármaco (substância ativa) com outras substâncias, excipientes e adjuvantes.
- princípio ativo: é o primeiro componente de uma fórmula e define o nome genérico do fármaco.
- excipiente: utilizado para dar volume e forma a medicamentos sólidos como comprimidos. Geralmente usado em QSP (quantidade suficiente para) 1 comprimido. Ex: amido.
- veículo: utilizado para medicamentos em forma líquida, com o objetivo de dar volume.
- coadjuvante técnico: irá auxiliar aumentando ou diminuindo a meia vida daquele princípio ativo, por exemplo. Em suma, é o que a empresa fabricante não quer que seus concorrentes saibam.
- coadjuvante terapêutico: este funciona como um segundo princípio ativo, que irá auxiliar na ação do princípio ativo principal, potencializando-a.
- corretivos: tem o poder de dar cheiro ou gosto ao medicamento, a fim de trazer certo conforto aos clientes que necessitam fazer uso freqüente deste.
Apresentação dos fármacos
É o formato com que o fármaco é encontrado. A apresentação dos fármacos pode ser de 4 grandes classes: sólida, líquida, gasosa ou pastosa.
Sólida
- comprimido: são formas farmacêuticas obtidas por compressão de pós.
- drágea: possui uma superfície de glicose vitrificada, utilizada para proteção do princípio ativo.
- cápsula: dissolve no intestino e é utilizada para que haja ação no local correto. Promove a rápida liberação do princípio ativo após a deglutição do medicamento.
- supositório: formado por princípio ativo e gordura hidrogenada que, em a temperatura ambiente, são sólidos e têm uso retal.
- tablete: é colocado em lugar com pouca umidade, como medicamentos sublinguais e vaginais, e se dissolvem rapidamente.
Líquida
- solução: formada pelo princípio ativo e veículo.
- suspensão: o princípio ativo não se mistura ao veículo.
- emulsão: utiliza-se emulsificante (detergente farmacêutico) para misturar substâncias gordurosas e aquosas.
- xarope: formado pelo princípio ativo e glicose (60% a 70% de sacarose).
- shampoo: possui princípio ativo, mas é utilizado somente para lavar e limpar. Pode ou não ter agregados de cor e cheiro.
Pastosa (são absorvidos no local colocado - uso tópico)
- pomada: princípio ativo + água + gordura +gordura.
- creme: princípio ativo + água + água + gordura.
- gel: princípio ativo + água + água + colóide.
- pasta: princípio ativo + água + gordura. O princípio ativo não se mistura ao veículo.
Gasosa
- aerosol: formado por uma solução pressurizada, em que fase contínua é o gás e a fase dispersa, o líquido. Continua vazando sob acionamento constante.
- vaporização: aquecimento sobre o líquido produz o vapor, de uso terapêutico.
- nebulização: pressão sobre o líquido produz vapor, de uso terapêutico.
- spray: semelhante ao aerosol, porém no spray só ocorre um disparo sob acionamento constante.
*maceração: extração do princípio ativo em temperatura ambiente (a frio).
*decocção: extração do princípio ativo pela ação de líquido em ebulição (a quente).
Vias de administração dos fármacos
As vias de administração se dividem em dois grandes grupos: tópica e sistêmica. A via de administração tópica tem ações e efeitos locais e não possui absorção considerável, além de não chegar à circulação sistêmica. Em contrapartida, a via de administração sistêmica permite que o medicamento chegue à corrente sanguínea alcançando a circulação sistêmica, seja por via enteral ou parenteral.
A escolha de determinada via de administração depende de vários fatores: efeito local ou sistêmico da droga; propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada; idade do paciente; conveniência; tempo necessário para o início do tratamento; duração do tratamento; obediência do paciente ao regime terapêutico; desejo terapêutico.
Via: local onde é administrado o medicamento.
Farmacocinética: estuda a passagem dos medicamentos no organismo.
Farmacodinâmica: estuda as ações dos medicamentos ou drogas no organismo vivo.
Vias enterais (a droga vai até o intestino): compreendem as vias oral e retal.
A.1) Via oral:
	- vantagens da via oral: prática, baixo custo, pode ser usado em qualquer local (como em público), além de desprezar mão de obra especializada.
	- desvantagens da via oral: demora de absorção, dificuldade de adesão de alguns pacientes, falta de precisão da dose absorvida, pode haver auto-medicação por não precisar de mão de obra especializada, não pode ser utilizado em pacientes em coma, entra em contato com alimentos (o que pode alterar a absorção do fármaco).
	- exemplos de fármacos: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, suspensões, xaropes, emulsões.
	- trajeto do fármaco:
A.2) Via retal:
	- vantagens da via retal: não causa enjôos e vômitos, absorção mais rápida que a via oral, não entra em contato com alimentos.
	- desvantagens da via retal: desconforto e tabu.
	- trajeto do fármaco:
	- dois plexos levam diretamente para a veia cava, otimizando a absorção do fármaco.
	- menor possibilidade de metabolismo pré-sistêmico.
	- exemplo de fármaco: supositórios.
Vias paraenterais (droga fora do intestino: compreendem as vias não-injetáveis e injetáveis.
B.1) Via não-injetável: sublingual
	- trajeto do fármaco:
	
- efeitos aparecem rapidamente, pois o trajeto da droga é menor.
- não ocorre metabolismo pré-sistêmico.
- a superfície de contato da via sublingual é menor que a via oral.
- a droga deve ser bem solúvel em lipídeos e de moléculas menores.
	- exemplo de fármaco: tabletes.
B.2) Via não-injetável: inalatória
	-exemplos de fármacos: aerosóis, sprays, vaporização, nebulização.
	- trajeto do fármaco:
B.3) Via não-injetável: transcutânea ou transdérmica
	- trajeto depende de onde o adesivo foi colocado.
	- exemplos de fármacos: adesivos de estradiol, adesivos de nicotina, adesivos de nitroglicerina.
	- trajeto básico do fármaco:
B.4) Via injetável (uso de agulha hipodérmica):
	Via intramuscular:
	- vantagens: dose correta, absorção rápida, pode ser usada em pacientes em coma.
	- desvantagem: causa dor.
	Via intravenosa:
	- vantagens: não precisa de absorção (por isso tem efeito rápido), dose correta, pode ser usada em pacientes em coma.
	-desvantagens: mais caro e precisa de mão de obra especializada.
	Via intradérmica: usada apenas para testes.
	Via subcutânea: possui absorção regular e causa dor.
	Outras vias: intracardíaca, intratecal e intracavitária.
*hipodermoclise: infusão de fluidos no tecido subcutâneo. O mecanismo da hipodermóclise consiste na administração lenta de soluções no espaço subcutâneo.
*a dor depende da alteração do pH causada pela injeção.
*geralmente na via subcutânea são administrados fármacos em até 2ml, mas pode ocorrer administração de grande quantidade de droga na hipodermoclise.
Velocidade de absorção dos fármacos
INALATÓRIA > SUBLINGUAL
 
>
 INTRAMUSCULAR > RETAL
 >
 
SUBCUTÂNEA 
> ORAL > TRANSDÉRMICA

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