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Resolução CFP nº 11, de 11 de maio de 2018, que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e revoga a Resolução CFP nº 11/2012.
A primeira consideração que essa resolução traz, é o dever do psicólogo, ou seja, o seu código de ética, as legislações, as regulamentações, que um psicólogo precisa para prestar um serviço de qualidade. A segunda consideração vai falar o que seria esses meios de informação e comunicação. Então a resolução traz uma definição, que é de suma importância e lembra a essência da internet, que é uma mediação de informação e comunicação e agrega muito valor ao trabalho do psicólogo. O psicólogo clínico que trabalha com algo imaterial, uma conversa especial, onde se troca muita informação a internet é uma ferramenta excelente para o trabalho desse profissional.
Essa resolução é um grande avanço para essa classe de profissionais. Lógico que tem limites que o profissional tem que respeitar, como qualquer prática em psicologia. Não se atende qualquer um e nem de qualquer jeito. Não será diferente com os atendimentos pela internet.
Temos que considerar a legislação brasileira sob a internet e também considerar a classificação brasileira de ocupações do Ministério do Trabalho e emprego sob a psicologia do que é ser psicóloga ou psicólogo. Esse grupo de profissionais está dentro de um contexto e está amparado pelo Conselho Federal de Psicologia.
Com a resolução de nº11/2018, se faz um reconhecimento ou um coroamento, de algo que vem sendo feito por psicólogos e pacientes, que estão se encontrando no meio virtual. Abrindo espaços de cuidados e espaços terapêuticos.
Para que essa Resolução fosse aprovada no âmbito político , muitos profissionais militantes estavam a frente dessa proposta de Psicologia online, o próprio Conselho Federal de Psicologia. Vale destacar a importância desses espaços institucionais o peso que tem, para construção política.
O Art. 1º- Vai dizer que serviços podem ser feitos através da internet
Pode fazer consultas e atendimentos psicológicos de maneira síncrona ou assíncrona.
Exemplo: Síncrona: Uma vídeo conferência por skype, ou ao mesmo tempo uma conversa em um chat. Assíncrona: Troca de emails, troca de mensagem.
Fazendo uma analogia com a resolução de 2012 que era só orientação psicológica e um serviço de 20 sessões. A resolução de nº11/2018 não tem número restrito, pode avaliar, orientar, pode fazer intervenção individual ou grupal.
A Resolução abordada neste texto, destaca a importância do sigilo, a importância de informar o paciente e possuir recursos tecnológicos como antivírus , criptografia, como vai se vedar aquelas informações que estão sendo repassadas. Igual no escritório presencial, como por exemplo, ligar o rádio na sala de espera ou colocar uma espuma na porta. Na internet tem que garantir esse sigilo também.
Para poder atender online, o profissional terá que se cadastrar na plataforma E-Psi, e ficará aguardando a resposta do Conselho Federal de Psicologia e anualmente terá que renovar esse cadastro.
O psicólogo ou psicóloga devidamente cadastrado pode atender crianças e adolescente, só que precisa de uma autorização dos pais responsáveis legais, por esse ser menor de idade. Se o meio tecnológico é o meio adequado para fazer esse atendimento de qualidade. 
Os próximos artigos falam do que é vedado e do que não pode atender: no caso em situação de emergência e desastre. Outra proibição mencionada na presente Resolução é que não se pode atender situações de violações de direito, que esses são só presenciais. Também o atendimento de grupo em situação de urgência e emergência é inadequado ao psicólogo ou psicologa atender pela internet. Mas pode dar supervisão para as equipes de urgência e emergência.
O Conselho Federal de Psicologia em 26 de Março de 2020 lançou no artigo 4º da Resolução CFP nº 04/2020 a suspenção de forma temporária alguns dispositivos da Resolução de nº11/2018, durante o período de pandemia do COVID-19. É importante ressaltar que alguns destes artigos proibidos já foram comentados acima de forma ampla. Segue abaixo os artigos suspenso temporariamente até que sobrevenha Resolução do CFP sobre serviços psicológicos prestados por meios de tecnologia da informação e da comunicação.
Art. 3º A prestação de serviços psicológicos referentes a esta Resolução está condicionada à realização de um cadastro prévio junto ao Conselho Regional de Psicologia e sua autorização.  
§ 1º Os critérios de autorização serão disciplinados pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), considerando os fatores éticos, técnicos e administrativos sobre a adequabilidade do serviço.
§ 2º O profissional deverá manter o cadastro atualizado anualmente sob pena de o cadastro ser considerado irregular, podendo a autorização da prestação do serviço ser suspensa.
Art. 4º O profissional que mantiver serviços psicológicos por meios tecnológicos de comunicação a distância, sem o cadastramento no Conselho Regional de Psicologia, cometerá falta disciplinar.
Art. 6º O atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência pelos meios de tecnologia e informação previstos nesta Resolução é inadequado, devendo a prestação desse tipo de serviço ser executado por profissionais e equipes de forma presencial. 
Parágrafo único. O atendimento psicológico citado neste artigo poderá ocorrer pelos meios de tecnologia e informação previstos nesta Resolução, de forma a fornecer suporte técnico às equipes presenciais de atendimento e respeitando a legislação em vigência.
Art. 7º O atendimento de pessoas e grupos em situação de emergência e desastres pelos meios de tecnologia e informação previstos nesta Resolução é vedado, devendo a prestação desse tipo de serviço ser executado por profissionais e equipes de forma presencial.  
Art. 8º É vedado o atendimento de pessoas e grupos em situação de violação de direitos ou de violência, pelos meios de tecnologia e informação previstos nesta Resolução, devendo a prestação desse tipo de serviço ser executado por profissionais e equipes de forma presencial.

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