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Suturas Em Odontologia - Resumo

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
• Todo material utilizado para ligar 
vasos sanguíneos ou aproximar 
tecidos. 
OBJETIVOS 
• Reposicionar e manter firme o 
retalho; 
• Aproximar as bordas da ferida; 
• Reestabelecer a continuidade dos 
tecidos; 
• Hemostasia; 
• Diminuir os espaços anatômicos. 
REPARAÇÃO DAS FERIDAS 
Princípios cirúrgicos fundamentais: 
• Cicatrização ideal e produzir com-
tinuidade tecidual: resulta em ci-
catriz discreta com mínima perda 
de função → Toda ferida deixa 
cicatriz. 
CICATRIZAÇÃO 
1. Cicatrização por 1ª intenção: 
desejável 
• Bordas aproximadas com o mí-
nimo espaço; 
• Redução da reepitelização; 
• Redução da deposição de coláge-
no; 
• Redução da contração e da remo-
delação. 
 
2. Cicatrização por 2ª intenção: 
• Grande migração epitelial; 
• Espaço entre as bordas; 
• Maior quantidade de tecido fibro-
so; 
• Cicatrização mais lenta; 
• Maior contração e remodelação. 
 
 
 
FATORES PREJUDICIAIS 
• Presença de corpos estranhos: de-
bridamento e lavagem do tecido; 
• Tecido necrótico; 
• Isquemia; 
• Tensão dos tecidos. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
1. Devem estar apoiadas em tecido 
ósseo sadio; 
2. Não deve ser realizada tensão 
sobre os tecidos; 
3. Deve ser iniciada pela parte 
móvel; 
4. O 1º ponto deve ser no vértice do 
retalho; 
5. A sutura deve ser realizada de 
vestibular para lingual; 
6. Nó fora da incisão; 
7. A distância do ponto à incisão 
deve ser de até 3mm. 
 
INSTRUMENTOS 
• Porta-agulha, pinça, tesoura, agu-
lha e fio de sutura; 
 
1. Porta-agulha com mordente de 
carbeto de tungstênio (maior 
qualidade): 
- Não deforma a agulha; 
PRINCÍPIOS DE SUTURA EM ODONTOLOGIA 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
- A pega é mais firme; 
- Pode ser trocado. 
2. Pinça anatômica; 
3. Agulha: 
 
- Utilizaremos agulhas circulares; 
tamanhos variados (¼, 3/8, ¾, ½ - 
mais utilizada...); 
a) Ponta: secção transversal: 
• Cônica; 
• Triangular (FS-2, X-1, X-20...). 
b) Corpo: 1,7 ou 2cm; 
c) Conexão final: 
• Traumática: conexão final maior 
que o corpo (não vem com fio de 
sutura); 
 
• Atraumática: o fio já é montado na 
agulha, o que reduz o tamanho da 
conexão final. 
 
4. Fio de sutura: 
• Características: 
- Possuir resistência à torção e 
tração; 
- Calibre fino e regular; 
- Monifilamentar; 
- Não-irritante; 
- Proliferação celular; 
- Macio, flexível e pouco elástico; 
- Baixo custo. 
• Classificações: 
- Fio absorvível ou não; 
- Fio multifilamentar ou monofila-
mentar; 
Fio multifilamentar Fio monofilamentar 
Fio flexível (não agride a 
mucosa) 
Fio rígido (agride a 
mucosa) 
Os nós não desatam Os nós desatam 
facilmente 
Retém indutos Não retém indutos 
 
- Quanto à síntese tecidual: superfi-
ciais, profundas, temporárias ou 
definitivas; 
- Quanto à sua origem: orgânicos 
(origem animal ou vegetal) ou 
sintéticos; 
- Quanto à medida (espessura) do fio: 
quanto mais 0, maior a redução do 
diâmetro e resistência do fio → 3-0 é 
ideal na Odontologia. 
 
FIOS DE SUTURA 
Fios de sutura absorvíveis 
1. Catgut: 
• Fio de origem animal, 
• Monofilamentar; 
• Induzem intensa resposta infla-
matória; 
• Sua absorção ocorre de 2-4 dias na 
boca. 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
2. Catgut cromado: 
• Fio curtido em solução de ácido 
crômico; 
• Monofilamentar; 
• Absorção de 3-5 dias na boca → 
fagocitose. 
 
3. Ácido poliglicólico (Dexon ®): 
• Fio sintético; 
• Multifilamentar; 
• Grande reação inflamatória; 
• Absorção de 30-60 dias → ação de 
macrófagos. 
 
4. Proliglactina 910 (Vicryl ®): 
• Fio sintético; 
• Multifilamentar; 
• Absorção: 30-60 dias → ação de 
macrófagos. 
 
5. Poliglecaprone 25 (Monocryl ®): 
• Fio sintético; 
• Monofilamentar; 
• Sem pigmento; 
• Causa pouca reação inflamatória; 
• Absorção em 21 dias (hidrólise em 
120 dias). 
 
Fios de sutura não-absorvíveis 
1. Nylon: 
• Fio sintético; 
• Monofilamentar; 
• Causa agressão na mucosa; 
• Apresenta pequena reação infla-
matória; 
• Não retém indutos; 
• Maior força de tensão. 
 
2. Seda: 
• Fio de origem animal; 
• Multifilamentar trançado; 
• Causa reação inflamatória no 4º 
dia; 
• Previne dilaceração dos tecidos → 
não agride as mucosas; 
• Possui resistência às forças de 
tensão; 
• Fácil manipulação e visualização 
(cor preta); 
• Nó apenas com 3 laçadas; 
• Baixo custo; 
• Porém, sofre embebição e retenção 
de indutos. 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
TIPOS DE SUTURA 
Sutura simples 
• Sutura mais utilizada; 
• 2 laçadas → sentido horário; 
• 1 laçada → sentido anti-horário. 
 
Sutura em “U” 
• Utilizada, por vezes, em situações 
de risco de comunicação buco-
sinusal; 
• Passa-se a agulha em uma 
extremidade, puxa o fio, pega na 
outra extremidade e puxa do 
outro lado (parecido com o nó 
simples); 
• Ajeita-se a agulha e retorna-a pelo 
sentido contrário de inserção; 
• Também, 2 laçadas no sentido 
horário e 1 no sentido anti-horário. 
 
Sutura contínua 
• Utiliza-se em exodontias múlti-
plas; 
• Desvantagem: caso solte um pon-
to, solta toda a sutura; 
• Nó simples no início, e continua-se 
suturando (como se estivesse 
costurando), e no final faz-se um 
novo nó simples. 
 
Sutura contínua festonada 
• Semelhante à Sutura contínua, 
porém, passa-se a agulha por entre 
a sutura, o que promove uma 
amarria. 
 
Sutura em “X” 
• Dois nós simples cruzados ou 
insere-se a agulha pelo lado 
vestibular, e ao inseri-la no retalho 
lingual faz-se uma angulação. 
 
PASSO A PASSO DA SUTURA 
1. Abertura da embalagem; 
2. Posição de apreensão da agulha: 
2/3 da agulha, longe da ponta ou 
do encaixe do fio; 
3. Técnica de sutura: penetração da 
agulha no tecido em 90º, apenas 
girando o pulso, com força mode-
rada e estabilizando os tecidos 
apenas com o número de pontos 
necessário ao comprimento da 
sutura; 
4. Quantidade de nós: o fio monofi-
lamentar necessita de 4 laçadas, 
enquanto o multifilamentar de 
apenas 3: 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
• Quanto maior a quantidade de 
nós, maior o acúmulo de bactérias 
(nicho para acúmulo de bactérias e 
corpos estranhos), causa desper-
dício de material, maior injúria aos 
tecidos e prolonga o procedimen-
to. 
5. Remoção de pontos (quando não 
se utiliza fios absorvíveis): feita 
com os instrumentais adequados, 
5-7 dias após o procedimento; 
• A sutura deve ser cortada rente à 
mucosa, para que o fio de sutura, 
contaminado com bactérias da 
cavidade bucal e restos de 
alimento, entre em contato com o 
tecido o mínimo possível → evi-
tando contaminação. 
 
6. Cuidados pós-operatórios: con-
junto de medidas que visam resta-
belecer os aspectos alterados pelo 
procedimento cirúrgico: 
• Após a realização da sutura, faz-se 
compressão local com gaze; 
• Evitar esforços físicos; 
• Não bochechar nas primeiras 12 
horas após o procedimento; 
• Saliva sanguinolenta é normal, 
mas em caso de sangramento, rea-
lizar compressão com gaze; 
 
• Dieta líquida e fria no 1º dia, 
líquida-pastosa no 2º dia e dieta 
normal após 72 horas; 
• Não cuspir com frequência; 
• Não se expor ao sol; 
• Higiene normal; 
• Compressa de gelo indicado nas 
primeiras 4 horas. 
7. Complicações: 
• Reações alérgicas; 
• Hemorragias; 
• Necrose tecidual; 
• Trismo; 
• Alveolites; 
• Hematomas; 
• Formação de abscessos. 
REFERÊNCIAS 
• Silverstein, Lee H. – Princípios de 
Sutura em Odontologia.

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