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Direito penal – Parte Especial I ------//---------- Aula 2 1) normas Penais Incriminadoras Permissivas Explicativas Legítima defesa Estado de necessidade Aborto do feto que venha de uma relação de estupro 2) elementares (expressões que constituem o tipo penal) objetivas subjetivas Normativas do tipo O elemento subjetivo do tipo é a especial finalidade de agir prevista na lei penal Termos ou expressões que constituem o tipo pemal, que exigem juízo de valor --//-- 1) Homicídio Doloso Culposo 1.1) Homicídio Doloso - Simples - Privilegiado -Qualificado Homicídio Simples -Eliminação da vida extrauterina -Objeto jurídico? |_Vida extrauterina • Crime simples • Crime de dano -Meios de execução |_ “matar” • Homicídio por omissão? • Participação por omissão? Hipotéses 1° arma de brinquedo, inapta, .... --------------------------------------------//------------------------------------------------//----------------------------------- Homicídio - Tentativa (3 elementos p/ caracterizar homicídio) a) Prova “animus necandi” (dolo de matar) b) Início de execução Primeiro ato idôneo e capaz de produzir o resultado c) Resultado morte (não) tenha ocorrido por circunstância alheia à vontade • Homicídio tentado e consumado contra a mesma vítima? Sim. Desde que tenha contexto fáticos e distintos. Autoria colateral: duas pessoas praticando um crime ao mesmo tempo. (ex.: duas pessoas atiram em uma, uma vai responder por homicídio e outra por tentado) • Tentativa (circunstância alheia à vontade): a) branca (incruenta): não há lesão contra a vítima b) cruenta (vermelha): há lesão contra a vítima - Desistência Voluntária Art.15, 1° Responde só pelo ato já praticado - Arrependimento Eficaz Art.15, 2° Pratica novo ato para evitar que o resultado ocorra/se produza. - Elemento subjetivo 1. Dolo direto (vontade): agente quis o resultado 2. Dolo eventual (assentimento): agente assumiu risco - Progressão criminosa Ex: foi com dolo de lesionar, muda o dolo e quer matar Se opera o princípio da absorção (o crime mais grave, absolve o crime menos grave) - Questões “relevantes” • Xipófagos? Multa • “Legalmente morta” N°) Homicídio Privilegiado (121, §1°, CP) Causa diminuição de pena Direito Subjetivo 483, IV, CPP Público do Juiz(?) Réu! Soberania a) Relevante Valor Social (121, §1°, 1°) b) relevante valor moral (121, §1°, 2°) • Eutanásia (eutanásia ativa) =/= Ortotanásia (eutanásia passiva) =/= Suicídio assistido =/= Mistanásia Eutanásia (ação): Ato executório para abreviar o sofrimento de uma pessoa (121, §1°, 2°parte) fato atípico Ortotanásia (omissão): Não pratica atos executórios, mas se omite de exercer o tratamento Suicídio assistido: Auxílio ao suicídio (122) Mistanásia: Direcionar ações de matar para um grupo (eutanásia social) Distanásia: Prolongamento da vida (não é crime) -------------------------------//------------------------------------------------------------------//------------------------------ Aula perdida --------------------------------//----------------------------------------------------------------//------------------------------- 121, §2° III (8 partes) Meio cruel (diferente de tortura que é uma especificidade do meio cruel [na tortura os atos executórios são lentos e gradativos]) Intenso sofrimento físico ou mental Prática de atos executórios são breves (diferente da tortura) Meio insidioso (não é bis in idem) Fraudulento / velado, sem que a vítima saiba - Sabotagens em geral Meio de que possa resultar perigo comum Ex: baleamento de uma pessoa em local publico IV Dificuldade ou impossibilidade defesa da vítima (elemento surpresa) Quebra de prévia relação de confiança = traição Tocaia com elemento surpresa = emboscada Expediente fraudulento (c/ ocultação do “animus”) = dissimulação - Dissimulação (ex: chama uma pessoa para passear de lancha no mar, e larga a vítima em auto mar) a) Moral: farsa verbal b) Material: método/disfarce Qualquer outro recurso que impossibilite ou dificulte a possibilidade de defesa da vítima V Conexão c/ outro crime Teológica (praticou um crime antes para a execução de outro crime) execução Consequencial (praticar um crime depois de outro para garantir: impunidade, Impunidade (punição) ocultação ou vantagem) Ocultação (existência) vantagem Qualificadora objetiva é compatível com qualificadora objetiva Qualificadora objetiva é compatível com qualificadora subjetiva Qualificadora objetiva é compatível com privilégio Qualificadora subjetiva não é compatível com qualificadora subjetiva Qualificadora subjetiva não é compatível com privilégio §1° privilégio Subjetiva §2° I, II Objetiva §2° III, IV, V ------------------------------------//-------------------------------------------------------//------------------------------------ Continuação... Questões relevantes • Premeditação Por si só não qualifica um delito Vingança nem sempre qualifica o delito • Parricídio ou matricídio (matar mãe e pai) Não necessariamente qualifica o delito • Hediondez (8072/90) Critério objetivo (especificado os tipos penais) VI Feminicídio: homicídio contra a mulher por razões da condição de sexo feminino *aumento nesse tipo de crime 121, 2°A § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. I conjugar c/ art.5° 11.340/06 II menos prezo, discriminação à condição de mulher (misoginia) • Sujeito Passivo Apenas mulher? STJ (admitiu a aplicação do feminicídio ao caso dos transgêneros) • 121, §7° (Causas de Aumento de Pena) VII Contra policiais em geral/ bombeiros/ militares... 142/144 CF/88 • Premissa Exercícios das funções ou quando de folga em razão das funções *se estende em parentes até o 3°grau (sobrinho) • 227, §6° (CF/88) (Entendimento da doutrina:)“Por afinidade” Intenção extensiva (parental não sanguínea por afinidade até 3°grau) *Homicídio culposo (121, §3°) [tipo penal aberto] ➢ Falta dever objetivo de cuidado ➢ Nexo causal ➢ Resultado • Imprudência (comittendo/facciendo) / Negligência (omittendo) / Imperícia (só é imperito quem tem perícia) • Concorrência de culpas (existe concorrência de culpas no DP) Todos os sujeitos que provocarem um resultado lesivo em terceiros serão responsabilizados culposamente • Compensação de culpas (NÃO HÁ COMPENSAÇÃO DE CULPAS NO DP) Se 2 indivíduos causam resultados lesivos entre eles, os 2 serão responsabilizados por cada resultado lesivo • Sujeito ativo (qualquer pessoa) • Sujeito passivo (qualquer pessoa) • Causas de aumento de pena (121, §4°) • Perdão judicial (121, §5°) 1. Homicídio Culposo 2. Ato atinge o agente de forma tão grave que a aplicação da pena se torna desnecessária • Código de Trânsito Brasileiro (302 CTB) - Prevê o homicídio culposo em direção de veículo automotor (transportes via terrestre) ------------------------------//---------------------------------------------------------------//---------------------------------- Art.122 CP • Suicídio? • “Participação em suicídio” (nomenclatura doutrinária para esse tipo penal) não é concurso de pessoas • Participação da “participação em suicídio” é concurso de pessoas A(convencer o B para convencer o C a se matar) B C • Objeto Jurídico • Tipo objetivo Só existe122 se a vítima suprimir de forma voluntária e consciente (se a vítima não possuir capacidade e discernimento não configura o 122 e sim o homicídio) - Induzimento: dar a ideia a alguém que não pensava em se matar Participação Moral - Instigação: reforçar a ideia de se matar preexistente - Auxílio: presta instruções a pessoa Obs Auxílio pode ser verbal (cuidado) Obs Matar c/ autorização (configura-se o homicídio, pelo fato da vida ser um bem jurídico indisponível) Auxílio por Omissão Nelson Hungria, Aníbal Bruno, Capez, Mirabete, Bitencourt X Celso Delmanto, Damásio, Heleno Frangoso É possível 13, §2°(majoritário) Não é possível (minoritário) • Crime de ação múltipla: as práticas de mais de um dos núcleos verbais configuram um crime único • Momento da ação delituosa Antes • Nexo causal • Exclusão da ilicitude ou da antijuridicidade (146, §3°, II, CP) • Sujeito ativo, qualquer pessoa • Sujeito passivo, qualquer pessoa que possua capacidade de discernimento Capacidade discernimento • Consumação ou tentativa: só se pune pelo 122 se houver lesão corporal de natureza grave ou morte (elementares do tipo penal) • Roleta Russa (os sobreviventes responderão por auxílio ao suicídio) • Pacto de Morte: pessoas combinam de se matar juntas (sobreviventes respondem pelo auxílio ao suicídio) • Variação no pacto de morte: uma pessoa combina com outra de matá-la e depois se suicidar (se a outra morrer e você sobreviver é homicídio, se a outra pessoa não morrer e você também não, é homicídio tentado) • Elemento subjetivo Dolo direto / Dolo eventual • Pessoa certa ou determinada • Classificação Doutrinária: simples, de dano, comum, de concurso eventual, de ação livre, de ação múltipla, comissivo, material, instantâneo • C.A.P (122, §único) I II -----------------------------------//--------------------------------------------------------//------------------------------------ Art. 123 Infanticídio 1) Objeto jurídico tutelado: vida 2) Elementares do tipo • ”Influência do estado puerperal (estado puerperal é o estado pós-parto) ” (1° coisa mais importante) elementar normativa do tipo *Não pode ser confundida com depressão pós-parto, psicoses... (são tratados a luz da culpabilidade) • “Durante ou logo após” (2° coisa mais importante) elementar normativa do tipo *O “logo após” dura enquanto durar o estado puerperal (Algumas mulheres sofrem a influência do estado puerperal, são alterações de ordem físio psíquicas que alteram a capacidade de discernimento da mulher, fazendo com o que ela rejeite e mate o próprio filho) 3) Meios de execução Crime de ação livre 4) Crime próprio: só a mulher que deu a luz passa pelo estado puerperal “Se alguém ajudar a mãe que deu a luz matar o/a filho/a vai ser indiciado no art.123 com o art. 30” (corrente majoritária) 5) Sujeito passivo: • Recém-nascido (art. 123) • Recém-nascido de 3° (art. 121) • Matar filho de 3° pensando que é o seu (art. 123) 6) Consumação: com a morte do próprio filho 7) Tentativa: é possível 8) elementar subjetivo: dolo direto ou eventual 9) classificação doutrinária: crime próprio de ação única * Aborto e suas modalidades * 1- É a interrupção da gravidez, com eliminação da vida intrauterina (aborto) 2- Início da gravidez • Fecundação: exercício regular de direito então excluirá a antijuridicidade • Nidação: fato atípico, porque não há bem jurídico a ser tutelado 3- Aborto • Natural: direito penal não se preocupa • Acidental: direito penal não se preocupa • Criminoso: direito penal de preocupa arts. 124, 125, 126 • Legal: direito penal se preocupa 3.1- Aborto criminoso 3.1.1- Auto aborto (124, 1° parte) - Sujeito ativo: gestante Crime de mão própria - Sujeito passivo: Produto da concepção - Cabe “sursis processual” se a pena mínima é inferior a 1 ano 89 9099/95 3.1.2- Consentimento para o aborto (124, 2° parte) 3.1.3- Aborto com consentimento da gestante • Pressuposto • Execução à teoria monista • Suj. ativo Crime comum Obs: Clínicas clandestinas 3.1.4- Aborto sem consentimento da gestante a) sem autorização plano fático b) autorização sem valor jurídico • Fraude • Grave ameaça • Violência • Não é > 14 anos • Alienada ou débil mental -------------------------------------//-----------------------------------------------------//------------------------------------- Continuação... Aborto - Mulher Grávida • Questões comuns Homem mata mulher sabendo que está grávida, vai ser configurado em homicídio vinculado a aborto sem consentimento da gestante 121 + 125 - Crime Impossível: “Ritual de aborto” “Não se pune um crime impossível por absoluta ineficácia do meio” - Meios de execução Crime de ação livre - Elemento subjetivo 124, 125, 126 (direto) 125 (eventual) - Aborto de gêmeos: responde por 2 abortos, mesmo sendo o mesmo ato - 127 - Mulher que mantém relação sexual com doente mental e engravida (estupro de vulnerável, a autora é a mulher) Esta mulher não se pode valer da própria torpeza, no caso a mulher não poderá praticar aborto por estupro pelo fato dela ser a autora 3.2) Aborto legal (excludentes de antijuridicidades) Art. 128 3.2.1) Aborto necessário ou terapêutico (128, I) - Requisitos: Praticado por Médico (salvo casos de cidades pequenas que não possuam médicos disponíveis, mas sim médicos práticos ou parteiras, pode ser afastado este requisito) / Se não a outro modo de salvar a vida da gestante 3.2.2) Aborto sentimental ou humanitário - Requisitos: Praticado por Médico / Caso de Estupro (não é necessário boletim de ocorrência, procurar as exigências na portaria 1445/2005) / Com consentimento da gestante 3.2.3) Aborto de feto anencéfalo (STF – decisão) a) Atipicidade: 1° não a vida própria e independente viável b) 2° Inexigibilidade conduta diversa Obs.: Aborto “eugenésico”- aborto pelo fato do filho possuir alguma doença descoberta na gestação (CRIME) --------------------------------------//--------------------------------------------------------------//--------------------------- Lesões corporais (129) Dolosa: • Leves (caput) • Graves (§1) • Gravíssima (§2) • Seguida de morte (§3) Culposa (§6°) - Objeto jurídico Ofender integridade corporal ou a saúde de outrem - Tipo objetivo Regra de exclusão • Ofensa à integridade corporal alteração na anatomia prejudicial ao corpo - Equimoses - Hematomas - Eritemas: (não é lesão corporal) .... copiar do caderno que eu tirei foto ... Obs.: 129 41-B 129 §1° §2° §3° (caput) (12.299/10) Obs.: Lesões esportivas Obs.: Doação de órgãos Exercício regular de direito Obs.: Consentimento da vítima bem indisponível Ex.: quando se fura a orelha de uma criança quando nasce, não é lesão corporal porque é Contexto culturalmente aceito 2) Lesões graves (129, §1°) I- Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; • Ocupações habituais: rotina, qualquer coisa que a pessoa faça no seu cotidiano (ex: pode ser ver netflix) • Crime a prazo: por mais de 30 dias • Laudo de exame complementar (168, §2°, CPP) após os 30 dias • Ocupações habituais ilícitas e imorais: NÃO caracteriza *prostituição não é crime, então caracteriza II- Perigo de vida • Laudo pericial: detalhado • Preterdolosa: dolo no antecedente e culpa no consequente (se a pessoa morrer, ou homicídio consumado ou lesão corporal seguida de morte) III • Debilidade Redução ou enfraquecimento da capacidade de... • Membro: braços e pernas (apenas) • Sentido: paladar, tato, olfato, audição, visão • Função: do sistema reprodutor, sistema respiratório, excretória... • Caráter permanente Irreversível (ex: não é porque colocou o dedo de volta no lugar, que não vai ser aplicado)IV- Aceleração de parto • Feto sobreviva *Diferente de aborto 3) Lesões corporais gravíssimas (129, §2°) redução total/”quase total” I • Incapacidade permanente • Trabalho (QUALQUER trabalho, não somente o trabalho que o réu exerce) “Genérico” II enfermidade incurável (não possui cura) 121 consumado (antigamente) AIDS 121 tentado (antigamente) 129, §2°, II (STJ) hoje em dia III • Perda ou inutilização de: a) Membro b) Sentido c) Função Mutilação - Perda Amputação (intervenção Cirúrgica) - Inutilização Conexão ao... - Extirpação: Do dedo (129, §1°, III) Do polegar (129, §2°, III) Da mão Inutilização do membro (129, §2°, III) Do braço Perda do membro (129, §2°, III) Braço ou perna sem função (129, §2°, III) Diminuição da força ou mobilidade de braço ou perna (129, §1°, III) • Vasectomia / ligadura de trompas • Transexual Fato atípico Antijurídico ------------------------------//---------------------------------------------------------------------//---------------------------- L.C. gravíssimas (129, §2°) IV Deformidade permanente (precisa obrigatoriamente de 5 requisitos:): - Dano estético - Dano de certa monta (dano de certa quantidade) - Permanente - Visível (deve-se considerar a pessoa com roupa de banho) - Impressão vexatória (ex: em vez de você olhar para a cara da pessoa você olha para a cicatriz) V Aborto (129, §2° V) =/= aceleração do parto (129, §1°, IV) =/= aborto (ver a obs) (125 ou 126) • Preterdolo Obs. Dolo na lesão + culpa no aborto = lesão gravíssima (129, §2°, V) Dolo no aborto + culpa na lesão grave = aborto agravado (127) 4 L.C. Seguida de morte • Preterdolo 5 L.C. privilegiada (129, §4°) - 129, §5° I Lesões leves privilegiadas II lesões recíprocas (leves) 6 L.C Culposa (129, §6°) • Gravidade da lesão PROVA VAI ATÉ AQUI -----------------------------------//--------------------------------------------------------------//------------------------------ 2°PROVA Da periclitação da vida e da saúde - Crime de dano: exige a efetiva lesão ao bem tutelado =/= - Crime de perigo: mera exposição a uma situação de risco, já configura o tipo penal Perigo: a) individual (130 ao 136): contra pessoa certa e determinada b) coletivo (250 e seguintes): contra um número indeterminado de pessoas - Crimes de perigo a) concreto: exige uma prova efetiva/cabal da exposição ao perigo Prova efetiva b) abstrato: o perigo é presumido, presumisse que houve o risco Presunção 1) Perigo de contágio de moléstia venérea (130) • Obj. jurídico > incolumidade física / saúde • Tipo objetivo Prática de qualquer ato sexual ou ato libidinoso apto à transmissão da moléstia venérea Obs; preservativo (não possui dolo, logo afasta o artigo 130 e 131) Obs; Aids (HIV) (embora seja uma DST, nunca vai encaixar no 130) Obs. Aids não é moléstia venérea Pode ser o 131... Obs; norma penal em branco (o que são as moléstias venéreas, portal onde se encontra as m.v. 16.300) Moléstias venéreas: sífilis, HPV... • Sujeito ativo Crime comum (não exige características do agente) ou próprio (exige características próprias do agente)? R.: crime próprio (entendimento do professor, a doutrina é muito divergente) • Sujeito passivo: qualquer pessoa pode ser vítima Obs; mesma doença. O crime vai ser impossível pela absoluta impropriedade do objeto • Elemento subjetivo Dolo de expor alguém a) “De que sabe, dolo direto.” b) “deve saber” Dolo eventual (assume o risco de produzir o resultado) ou culpa (deixa de fazer o que ele deveria fazer)? R.: culposo (pelo entendimento do professor) Obs; 130, §1° > Crime de perigo com dolo de dano • Consumação Prática do ato sexual - Crime de perigo abstrato Não queria > 130, caput Não há contágio Queria > 130, §1° Há contágio Não queria > 130, caput Queria Resulta lesão corporal leve > 130, §1° Lesão grave / gravíssima (129, §§1° ou 2°) • Tentativa: é possível a tentativa neste tipo penal (mas é de difícil a configuração) • Ação penal público condicionada (somente se procede mediante representação da vítima) 2) perigo de contágio de moléstia grave (131) • Objeto jurídico: o mesmo (saúde, incolumidade física) • Tipo objetivo > qualquer ato capaz de produzir o contágio • Crime de perigo concreto Obs.: nem toda moléstia grave é venérea, mas toda moléstia venérea é grave • Sujeito ativo; crime comum ou próprio • Sujeito passivo; mesma coisa • Consumação; prática do capaz de produzir contágio - Crime formal (131) Lesões leves (131) Transmissão da doença (se ocorrer) Lesão graves ou gravíssimas (129, §1° ou 2°) • Tentativa : é possível • Elemento subjetivo Crime de perigo com dolo de dano (dolo direto) • Ação pública incondicionada ----------------------------------//-------------------------------------------------------------------//-------------------------- Art.132 Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. - Objeto jurídico Vida / saúde - Tipo objetivo “Expor alguém a perigo” - Perigo direto e imediato a) direto pessoa certa b) imediato dano (iminente) - Sujeito ativo crime comum (qualquer pessoa pode expor outra a uma situação de perigo) - Sujeito passivo qualquer pessoa - Consumação - Tentativa (é possível, mas difícil a configuração) - É possível por omissão (Ex.: empregador que não dá os materiais de precaução necessário para aquele trabalho) - Elemento subjetivo Dolo... - Caráter subsidiário - Disparo de arma de fogo em via pública? Não é o 132 porque existe um crime específico para isso, logo o mais grave absorve o mais leve (que é nesse caso). Se não for em via pública, afasta o artigo 15 do estatuto do desarmamento e aplica-se o 132. - 132, §único Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. Art. 133 Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de seis meses a três anos. § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. - Objeto jurídico Saúde de pessoa incapaz de se defender - Tipo objetivo “Abandonar o incapaz” Com ou sem deslocamento espacial (a/o) Obs. Abandono temporário ou definitivo (tempo juridicamente relevante) - Pressuposto Ocorrência de perigo concreto - Sujeito ativo Crime próprio (não é cometido por qualquer um, exige características específicas de uma pessoa) • Guarda (assistência duradoura) ex. pais / filhos • Cuidado (assistência eventual) ex. enfermeira • Vigilância (assistência acauteladora) ex. guia turístico • Autoridade (poder de uma pessoa sobre pessoa) ex. - Sujeito passivo Pessoa que está sobre cuidado, guarda, vigilância, autoridade - Consumação situação concreta de perigo (INSTANTÂNEO!) - Tentativa é possível - Elemento subjetivo Dolo direto/eventual • Esquecimento (fato atípico) - 133, §1° e §2° Preterdolo - 133, §3° I) ermo (local “deserto”) II) rol taxativo (conjugue...) III) > 60 anos Analogia “in malam partem” não é admitido no Direito Penal Ação é pública incondicionada • Cabe “sursis proc”Art. 134 Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: ---//--- Aula perdida (fotos no celular) ---//--- *Maus tratos (136) Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: Relação de subordinação entre o sujeito ativo e o sujeito passivo - Objeto jurídico -> vida/saúde do sujeito passivo - Tipo objetivo (elementares: educação, ensino, tratamento, custódia) (Crime de ação vinculada) pois possui formas específicas para ser praticada a) privação de alimentos -> vítimas sob guarda , autoridade ou vigilância (assistência cauteladora) que não consegue obter o próprio alimento *Carcereiro 1 dia -> 136 O que define o crime é o Dolo +1 dia -> art.1° II, 9455/97 Definitivamente 121, I ou II b) privação de cuidados indispensáveis médicos, higiene c) sujeição a trabalhos excessivos ou inadequados (que causa grande fadiga) • Grande fadiga =/= • Impróprio à idade, sexo, desenvolvimento físico da vítima d) abuso dos meios de disciplina e correção castigos corporais imoderados Lei da palmada (a proibição de espancamento do filho e não de correção física moderada) - Sujeito ativo Crime próprio (específico ) • Educação • Ensino • Tratamento • Custódia Ex de quem pratica este crime: pais, médicos, professores, carcereiros, agentes penitenciários... - Consumação Crime de perigo concreto - Tentativa É possível - Elemento subjetivo Dolo de perigo (direto/ eventual) - 136, §§ 1° e 2° 136 § 3° - Ação Penal Pública Incondicionada *Da Rixa* (137) -Rixa é uma luta desordenada entre 3 ou mais pessoas na qual não se pode identificar 2 grupos distintos. Todos atacam e se defendem ao mesmo tempo. (É si por si) • Dois Grupos? R.: Se começa os dois grupos uma briga desordenada, pode-se configurar o crime de rixa • Quem entra p/ separar? R.: Não está fazendo parte do crime de rixa - Objeto Jurídico - Tipo objetivo “Participar de rixa” (ou seja, tomar partido da rixa) • Participação (jurisprudência) Material (3 pessoas) Moral (3+1, este 1 está incentivando moralmente) *Se alguém na rixa morreu, e não foi identificado quem matou, TODOS são indiciados por rixa qualificada * - Legítima defesa R.: não há legítima defesa no crime de rixa, no entanto em relação ao homicídio dentro da rixa há legítima defesa - Sujeito ativo Crime de concurso necessário (3 ou mais pessoas) Crime de condutas contrapostas (todos são sujeitos passivos e ativos ao mesmo tempo) - Consumação -> troca de agressões (crime de perigo abstrato) - Tentativa (é possível) Na Rixa ex proposito (marcada pela internet) - Elemento subjetivo Dolo de integrar a rixa - 137, §único É admitido pelo resquício de Responsabilidade Penal Objetiva Não se aplica para esta hipótese, o Bis in idem Hipótese: “Se alguém morrer na rixa, e for identificada a pessoa que matou, esta responde tanto por homicídio quanto por rixa qualificada, o resto responde por rixa qualificada” --------------------//------------------ A Honra é una, mas para fins didáticos dividem em duas: objetiva e subjetiva. • Honra objetiva: imagem que você transparece para terceiros • Honra subjetiva: a imagem que o sujeito tem de si Crimes contra a Honra Calúnia (138) Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Difamação (139) Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Injúria (140) Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Imputar Falso Fato Definido como crime (Narrativa/Dinâmica Fática) Queixa-crime -> privativa de advogado! Honra objetiva Imputar Verdadeiro ou falso Fato Ofensivo à reputação (Narrativa/Dinâmica Fática) Honra objetiva Atribuir Qualidade Pejorativa (adjetivo) Honra Subjetiva -------------------//---------------------- Dos crimes contra honra - art.5°, X, CF/88 X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; - Código eleitoral (crimes contra a honra específicos) - Código militar (crimes contra a honra específicos) - Lei de segurança nacional (crimes contra honra específicos) - ADPF 130 STF Não recepção da lei de imprensa (logo os crimes contra a honra quando praticados pela imprensa são aplicados pelo Direito Penal mesmo) - Honra é um bem disponível (havendo um consentimento prévio, descaracteriza o delito) Calúnia art.138 Animus caluniand (dolo de caluniar) - Objeto jurídico-> honra objetiva (imagem que você quer que terceiros tenham de você) - Tipo objetivo (elementares objetivas) Falsamente (elementar normativa do tipo) Obs.: 138 (calúnia) =/= 339 (denunciação caluniosa) Esta absorve a calúnia por ser mais gravosa - Meios de execução Verbal, escrito, gestou ou qualquer outro meio simbólico (ex.: uma charge) - Formas de calúnia: a) inequívoca ou explícita b) equívoca ou implícita: fala de uma maneira que deixa a entender (no processo haverá o pedido de explicações) c) reflexa: quando atinge indiretamente um terceiro - Consumação: necessário que 3° tome conhecimento Crime formal: mesmo que não se sinta ofendido, se 3° souber o crime ocorreu (mas já que a vítima não se sentiu ofendido não haverá queixa criminis) - Tentativa (é possível apenas na forma escrita) - Sujeito ativo (qualquer pessoa) Imunidade parlamentar! - Sujeito passivo Desonrados (pessoas de má fama)? Sim Mortos? Sim (138 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.) Doentes mentais? Sim Pessoa jurídica? Sim Crimes ambientais (sistema de bi imputação, é aplicada a sanção de multa) - 138, §1° ( § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.) • Propalar (passar apara a frente o que o sujeito ativo da calunia disse)? Verbal • Divulgar? Qualquer meio que não seja verbal Obs: Exceção da verdade (quando uma pessoa comete o crime de clunia contra outra, mas o fato comentado é verdadeiro, quando a vítima do crime de calunia entrar com a queixa criminis, quem cometeu o crime de calúnia deve entrar com a exceção da verdade para provas que o que ele falou não é calúnia e sim verdade) 138,§3° ( § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.) Exceções em que não cabe a exceção da verdade: I A afirma que B praticou crime de ação privada contra C (C) Ofendido não intentou queixa-crime contra “B” não cabe a “A” provar o que ocorreu II em razão do cargo que ocupa 141 (ex.: presidente da república) III sentença absolutória transitada julgada por crime de ação pública ou privada • 26 c/c 1° e 2° 8170/83 Difamação art.139 - Objeto jurídico -> honra objetiva - Tipo objetivo - Elementares subjetiva “Animus diffamandi” - Meios de execução - Sujeito ativo - Sujeito passivo Morto? Não Pessoa jurídica? STF: diz que sim (pois tem uma reputação a zelar) X STJ: diz que não (tipo penal está no capítulo contra as pessoas, leia-se pessoa física) - Consumação (quando terceiro toma conhecimento) - Tentativa (escrita) - Exceção da Verdade (Parágrafo único - A exceçãoda verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.) ------------------//---------------- Injúria (140): Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: - Objeto jurídico Honra Subjetiva - Tipo objetivo Não atribui fato, mas sim qualidade pejorativa • Dignidade Atributos morais • Decoro Atributos físicos ou intelectuais - Elementos subjetivo: “animus injuriandi” - Consumação: quando chega ao conhecimento da vítima (com ou sem presença do ofensor) - Injúria contra Funcionário público (ausência) X desacato (presença) (Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:) - Tentativa: forma escrita - Formas: explicita, implícita ou reflexa - Sujeito ativo, idêntico ao da aula passada - Sujeito passivo Mortos? Não Pessoa jurídica? Não - Exceção da verdade: nunca cabe - 140, §1° (juiz pode deixar de aplicar a pena por: I provocação direta naquele exato momento II retorsão imediata - 140, §2° (injúria real) Agressão física c/ tom aviltante - 140,§3° (injúria racial) • Pessoa determinada Raça, cor, religião = 140, §3° (Injúria Racial) -> (qualidade pejorativa) Outros aspectos = 140, caput (Injúria Simples) • Pessoa indeterminada Raça, cor = art. 20, 7716/89 (racismo) -> (narrativa fática) Outros aspectos = fato atípico - 141 (causas de aumento de pena) - 142 (excludente do crime) - 143 Causas Extintivas da Punibilidade (pode cair na AOB) • Calúnia / difamação • Crime de ação privada • Antes da sentença 1° grau • Cabal e inequívocas - 144 - 145 ( Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.) Art. 146 e art. 147 (PDF no classroom) AMC vai até o art.149 – A -----------------//-----------------
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