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Literatura Infantojuvenil: características e ideologias

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Av1 - Literatura Infantojuvenil
Av1 - Literatura Infantojuvenil
1) A partir da década de 1970, vemos obras em que os aspectos gráficos não são mais vistos como subsidiários do texto, e sim como elemento autônomo, praticamente autossuficiente, de modo que temos o visual como o centro. Nesta categoria podemos citar Chico Buarque, com Chapeuzinho Amarelo (1979); Ziraldo, com Flicts (1979), O menino maluquinho (1980) e Juarez Machado com Ida e volta (1976).
Além dessa característica, os textos da época apresentam também:
 
I. Histórias que se passam no ambiente rural, Nas terras do rei Café, de Francisco Marins.
II. Desgaste da imagem da criança exemplar e revisão do mundo fantástico tradicional, como em Fernanda Lopes de Almeida, A fada que tinha ideias.
III. Enaltecimento dos bandeirantes, como O gigante de botas, de Ofélia e Narbal Fontes;
IV. Histórias de detetives, cujos protagonistas são crianças e jovens, como O gênio do Crime, de João Carlos Marinho.
V. Representação desmistificadora do real e perplexidade do narrador moderno, como em Clarice Lispector, A mulher que matou os peixes.
Tendo em vista as características apresentadas no texto sobre essas obras, é correto o que está sendo afirmado em:
Alternativas:
a)
I, V e IV apenas.
b)
II, III e V apenas.
c)
II e IV apenas.
d)
IV e V apenas.
e)
II, IV e V apenas.
Alternativa assinalada
2) Tomemos o texto de Olavo Bilac 
A pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum pais como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
 
BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.
Este poema, escrito ainda durante a primeira república, mostra a ideologia da classe dominante, que seria:
Alternativas:
a) o ufanismo em relação à terra que, exuberante, não precisa de políticas do governo para produzir.
Alternativa assinalada
b)
os valores afetivos da família e da paisagem.
c)
a valorização do trabalho, que dignifica o homem.
d)
o projeto brasileiro de grandeza mostra uma paisagem natural com contornos surreais.
e)
a riqueza daquele momento como consequência da capacidade produtiva da terra.
3)
Em Dom Quixote das crianças, além de adaptar um clássico para o leitor infantil, o autor apresenta uma metalinguagem, ao tratar da própria forma como deveria ser narrado o texto:
“Os viscondes que falem arrevesado lá entre eles. Nós, que não somos viscondes nem viscondessas, queremos estilo clara de ovo, bem transparentinho, que não dê trabalho para ser entendido.” (LOBATO, 1982)
É correto afirmar que esse trecho do livro Dom Quixote das Crianças põe em prática um dos propósitos de Lobato. Qual seria este propósito?
Alternativas:
a)
Utilizar uma linguagem “desliteraturizada”.
Alternativa assinalada
b)
Trabalhar com a intertextualidade de forma lúdica.
c)
Trabalhar com humor o sentido das palavras.
d)
Mostrar a liberdade das crianças, que interferem no enredo.
e)
Trazer novos pontos de vista sobre a história.
4)
Cademartori trata do elemento maravilhoso nos contos folclóricos.
 
(...) Cabe situar o folclore, isto é, o conjunto de manifestações artísticas do povo: danças, cerimônias, canções e, especialmente, contos: fator de reconhecimento entre os camponeses, manifestação de sua própria imagem, reflexo de suas contradições e de suas crises e, catarticamente, representação de uma solução possível que – não poderia ser de outra forma – se manifestava através da mágica e do elemento maravilhoso.
 
Segundo esta linha de raciocínio, os contos folclóricos tinham soluções mágicas porque:
 
I - Se não fosse por esta solução, personagens como Cinderela e outros não teriam como sair de sua situação de marginalizados.
II - A mágica e o maravilhoso eram elementos que encantavam apenas as crianças.
III - A fantasia era uma forma de fuga da realidade miserável.
Tendo em vista o texto de Cademartori e o que você estudou sobre o elemento maravilhoso, podemos considerar correto o que é dito em:
Alternativas:
a)
I, apenas.
b)
I e II, apenas.
c)
II e III, apenas.
d)
I e III, apenas.
Alternativa assinalada
e)
I, II e III.
5)
(...) Até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte, por ter uma finalidade pragmática; e a presença deste objetivo didático faz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança.
São estes fatos que tornam problemáticas as relações entre a literatura e a educação. De um lado, o vínculo de ordem prática prejudica a recepção das obras: o jovem não quer ser ensinado por meio da arte literária; e a crítica desprestigia globalmente a produção destinada aos pequenos, antecipando a intenção pedagógica, sem avaliar os casos específicos. De outro, a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, assim como um importante setor para o intercâmbio da cultura literária, não podendo ser ignorada, muito menos desmentida sua utilidade. Revela-se imprescindível e vital um redimensionamento de tais relações, de modo a transformá-las eventualmente no ponto de partida para um novo e saudável diálogo entre o livro e seu destinatário mirim. (ZILBERMAN, Regina. (1993) p. 13, 14)
De acordo com Zilberman, qual seria o ponto de partida para um diálogo entre o livro e o destinatário mirim?
Alternativas:
a)
Redimensionar a questão da criança, a escola e a família.
b)
Redimensionar as relações entre a escola, a criança e a literatura.
Alternativa assinalada
c)
Redimensionar as relações entre igreja, escola e contos de fadas.
d)
Redimensionar as relações entre a escola, a igreja e a família.
e)
Redimensionar as relações entre a criança e a igreja.

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