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A importância da Fisioterapia no Desenvolvimento de Crianças Autistas

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A importância da Fisioterapia no Desenvolvimento de Crianças Autistas
Introdução 
 O autismo é uma doença neuropsicomotora que tem estado cada vez mais presente atualmente. Existe uma ampla discussão entre autores para caracterizá-la e defini-la, mas que, em sua maioria, se resumem como um distúrbio multifatorial, sendo que cada uma desses diferentes fatores, podem ser expressos em graus e de maneiras distintas (Sousa e Santos” Caracterização da Síndrome Autista”). Conhecida também como transtorno do desenvolvimento no espectro autista (TEA) aqueles que a possuem apresentam comprometimento na interação social e na comunicação, padrões restritos e estereotipados, dificuldade de realização de ações verbais e não verbais (complexas ou não), déficit de atenção, hiperatividade e dificuldade de lidar com mudanças. Os indivíduos com esse transtorno possuem padrão de desenvolvimento irregular, e as áreas do desenvolvimento se apresentam desarmônicas entre si. A criança com TEA demonstra dificuldade em compreender seu corpo como um todo e em segmentos assim como seu corpo em movimento. Esse déficit na percepção corporal faz com que os movimentos, os gestos e as ações sejam pouco adaptados, embora os distúrbios motores possam ocorrer isoladamente e, muitos estudos descreveram sua ocorrência frequente em crianças com TEA. Sintomas sensoriais são comuns e muitas vezes incapacitantes em crianças com transtorno do espectro do autismo, mas não são específicos para o autismo, sendo uma característica freqüentemente descrita também em indivíduos com deficiência intelectual. Três principais padrões sensoriais foram descritos no transtorno do espectro autista: hiporresponsividade, hiper-responsividade e busca sensorial; para estes, alguns autores acrescentaram um quarto padrão: percepção aumentada. Anormalidades sensoriais podem impactar negativamente a vida desses indivíduos e suas famílias.(POSAR,2017). Dessa forma, com os danos sensoriais e motores percebidos, a intervenção precoce é de suma importância, tentando aproveitar a plasticidade do cérebro das crianças na tentativa de minimizar suas consequências e ensiná-lo novos padrões de movimentos e ações e encaixá-los no desenvolvimento infantil. Por conta da complexidade e por se tratar de uma criança com distúrbios emocionais, é necessário que um grupo de profissionais atuem em conjunto, como: psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, além da necessidade de incluir a família e a escola para desempenhar um resultado ainda mais satisfatório. No entanto, é importante ressaltar que, assim que descoberto a presença do autismo, é necessário que ela passe por uma avaliação do pediatra com o intuito de definir qual o grau de complexidade da doença em que a mesma se encontra, para que o tratamento seja adequado as suas reais necessidade e para que haja uma eficácia do trabalho de cada profissional envolvido. (Ferreira et al 2016). Quanto ao diagnostico do autismo, não existem testes laboratoriais específicos para a sua detecção, mas para melhor instrumentalizar e uniformizar o diagnostico, foram criados escalas, critérios e questionários específicos. Anormalidades sensitivas são uma característica muito frequente que muitas vezes passam despercebidas devido às dificuldades de comunicação desses pacientes.
 A prática da fisioterapia é com intuito de garantir uma melhora no desenvolvimento motor e sensorial. Utiliza-se de testes para avaliação da resposta da criança referente a estímulos motores como: uso do corpo e de objetos, resposta a mudanças visuais auditivas e uso do paladar, tato, olfato, relações pessoais, imitação, resposta emocional, medo ou nervosismo, comunicação verbal e não verbal etc. Além desta de serem exposta a uma série de situações para avaliação da resposta ao estímulo sensorial e motor, tais como: sendo ele motor ou sensorial de tarefas simples e diárias de uma criança. Para isso, as crianças foram expostas a vários estímulos diferentes, tais como: cheiros, texturas, movimentos de subir e descer escada, agarrar um objeto. (Ferreira et al 2016). Há diversas maneiras que a fisioterapia pode ajudar o desenvolvimento, como por exemplo, a dançoterapia que estimula aspectos motores e gestuais, melhora do equilíbrio e marcha e ajuda a estabelecer movimentos rítmicos (MACHADO 2015); a equoterapia, que ajusta a postura corporal, trabalha a gestualização para a
melhora do contato social e interação com animais, e ajuda a diminuir a aversão por contatos físicos (Freire e Andrade 2005). 
https://ac.els-cdn.com/S2255553617301854/1-s2.0-S2255553617301854-main.pdf?_tid=dab3d57d-6e01-446e-bc0b-cfd57a239627&acdnat=1543070202_fd4b8e651af41ae2fe3f31693c90bfd7
https://www.researchgate.net/profile/Daiane_Medeiros/publication/264543850_Efeitos_da_intervencao_motora_em_uma_crianca_com_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo/links/53ea7fae0cf2dc24b3ccfc38.pdf
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/17518423.2010.481299?scroll=top&needAccess=true&journalCode=ipdr20
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19910158
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20132135
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1469-8749.2009.03606.x

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