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CENTRO UNIVERSÍTÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I – AFO I 3ª SÉRIE – GRADUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS São Paulo – Fevereiro de 2010 Apostila 2010.1 2 SUMÁRIO PÁGINA Plano de Ensino ............................................................................... 5 Introdução ....................................................................................... 9 A empresa e seus recursos ............................................................. 9 Funções da Administração .............................................................. 10 Mensuração de Desempenho .......................................................... 10 Dimensões temporais do PCR ........................................................ 11 Princípios Fundamentais do PCR (resumido) ................................. 12 A Função Financeira da Empresa ................................................... 13 Os pilares da excelência .................................................................. 13 Áreas de Preocupação da Função Financeira ................................ 14 Objetivo da Função Financeira ........................................................ 16 Estrutura Organizacional ................................................................. 17 Organograma Típico da Função Financeira .................................... 18 Descrição das Atribuições da Função Financeira ........................... 19 Exercícios de Fixação ...................................................................... 20 Planejamento Financeiro ................................................................. 21 Processo de Planejamento Financeiro a Curto Prazo ..................... 23 Planejamento de caixa: orçamento de caixa (fluxo de caixa) .......... 24 Previsão de Vendas ......................................................................... 24 Programação de Recebimentos (Cia. ABC) .................................... 24 Programação de Pagamentos (Cia. ABC) ....................................... 26 Fluxos Líquido de Caixa, Saldo Final de Caixa, Financiamento e Caixa Excedente .............................................................................. 28 Orçamento de Caixa (Cia. ABC) ...................................................... 29 Redução da incerteza no Orçamento de Caixa ............................... 29 Fluxo de Caixa dentro do mês ......................................................... 30 Apostila 2010.1 3 Exercício de Fixação 8.1 ................................................................. 31 Exercício de Fixação 8.2 ................................................................. 33 Exercício de Fixação 8.3 ................................................................. 37 Exercício de Fixação 8.4 (Provão 97 – Questão 39) ....................... 38 Exercício de Fixação 8.5 ................................................................. 39 Exercício de Fixação 8.6 ................................................................. 40 Estudo do Caso Tomás – Dados Básicos ....................................... 41 Plano Financeiro do Caso Tomás – Base ....................................... 42 Caso Tomás – Redução do Prazo de Recebimento ....................... 43 Caso Tomás – Aumento do Prazo de Pagamento .......................... 45 Caso Tomás – Redução do Prazo de Estocagem ........................... 47 Demonstrações Financeiras ............................................................ 49 Balanço Patrimonial ......................................................................... 49 Demonstração do Resultado do Exercício ...................................... 51 Cia. Bambina – Dados Básicos ....................................................... 53 Exercício de Fixação – Cia. Zeta ..................................................... 55 Análise Financeira ........................................................................... 57 Métodos de Análise ......................................................................... 57 Índices de Estrutura de Capitais ...................................................... 58 Índices de Liquidez .......................................................................... 58 Índices de Rentabilidade ou Resultados ......................................... 59 Índices de Atividade (Giro ou Rotatividade) .................................... 60 Ciclo Operacional ............................................................................ 61 Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa .................................................. 62 Necessidade de Capital de Giro (NCG) ........................................... 62 Análise Vertical e Análise Horizontal – Cia Bambina (aplicação) .... 63 Análise por meio do Emprego de Índices – Cia. Bambina .............. 64 Apostila 2010.1 4 Exercícios de Fixação (7 questões) ................................................ 65 Exercício de Fixação – Cia. Zeta ..................................................... 68 Avaliação de Conhecimentos (7 questões) ..................................... 70 Exercício de Fixação – Cia. BIG ...................................................... 72 Aplicação da Fórmula “Du Pont” ...................................................... 74 Avaliação de Conhecimentos (20 questões) ................................... 76 Projeção das Demonstrações Financeiras ...................................... 83 PCR e o Processo de Administração .............................................. 83 O Papel da Administração ............................................................... 84 Identificação e Avaliação das Variáveis .......................................... 84 Filosofia do Papel da Administração ............................................... 84 Princípios Fundamentais do PCR (completo) .................................. 85 Cenários propostos para a Cia. Bambina ........................................ 87 Formulário para desenvolvimento do Cenário 1 .............................. 88 Formulário para desenvolvimento do Cenário 2 .............................. 90 Formulário para desenvolvimento do Cenário 3 .............................. 92 Formulário para desenvolvimento do Cenário 4 .............................. 94 Formulário para desenvolvimento do Cenário 5 .............................. 96 Formulário para desenvolvimento de Cenários (xérox) ................... 98 Exercícios de Fixação ...................................................................... 100 Apostila 2010.1 5 PLANO DE ENSINO CURSO / HABILITAÇÃO ANO SEMESTRE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2010 1 DISCIPLINA Série CH Teórica CH Prática CH Total Administração Financeira e Orçamentária I – AFO I 3ª 66 EMENTA Organograma típico da Função Financeira, Objetivos da Função Financeira, Áreas de preocupação da Função Financeira, Demonstrações Financeiras, Princípios Fundamentais do Planejamento e Controle de Resultados, Planejamento Financeiro e Orçamento Empresarial. OBJETIVOS GERAIS Identificar as áreas de responsabilidade (atividades-chave) do Administrador Financeiro. Estabelecer relações entre a Administração Financeira e a Contabilidade. Reforçar as funções de “Planejamento” e “Controle” a longo prazo (estratégicos) e a curto prazo (operacionais). Projetar as Demonstrações Financeiras, considerando diferentes cenários. Buscar o entendimento do processo de elaboração de um plano de resultados, enfatizando o uso desta ferramenta na gestão de negócios e tomada de decisão. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar o Planejamento e Controle de Resultados como um “modo de administrar”, poderoso e insubstituível, dentro do universo dos negócios, especialmente no ambienteturbulento em que as empresas vivem atualmente. Proporcionar o conhecimento de técnicas para o Planejamento e Controle Financeiro. Demonstrar, por meio de simulações, exercícios e estudo de casos, a importância da Administração Financeira, bem como seus objetivos. Possibilitar ao aluno sua iniciação ou ascensão profissional na área financeira, compreendendo o papel do Administrador Financeiro. Despertar o sentido da administração de recursos escassos. Apostila 2010.1 6 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO INTRODUÇÃO (2) Funções da Administração Áreas de preocupação da Função Financeira Objetivo da Função Financeira O conflito entre Liquidez e Rentabilidade Organograma típico da Função Financeira PLANEJAMENTO FINANCEIRO (4) Administração eficiente de caixa Ciclo operacional e ciclo financeiro (noções) Programação de recebimentos Programação de pagamentos Orçamento de caixa PROJEÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – PARTE I (1) Estudo do caso Tomás DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (3) Balanço Patrimonial Demonstração de Resultado do Exercício – DRE Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC Notas Explicativas ANÁLISE FINANCEIRA (4) Análise Vertical Análise Horizontal Análise através do emprego de índices Índices de Estrutura de Capital: (i) participação de capitais de terceiros, (ii) composição do endividamento, (iii) imobilização do patrimônio líquido, e (iv) imobilização dos recursos não correntes Índices de Liquidez: (i) liquidez geral, (ii) liquidez corrente ou comum, e (iii) liquidez seca Índices de Rentabilidade ou Resultados: (i) margem bruta, (ii) margem operacional, (iii) margem líquida, (iv) giro do ativo, (v) retorno sobre o investimento (ROI); e (vi) retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) Índices de Atividade, Giro ou Rotatividade: (i) giro de estoques, (ii) prazo médio de estocagem (PME), (iii) giro de duplicatas a receber, (iv) prazo médio de recebimento (PMR), (v) giro de fornecedores, e prazo médio de pagamento (PMP). Ciclo operacional, ciclo financeiro ou ciclo de caixa e necessidade de capital de giro PROJEÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – PARTE II (3) Projeção da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Projeção do movimento dos estoques Projeção das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Projeção do Balanço Patrimonial Projeção da Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC Apostila 2010.1 7 ESTRATÉGIA DE ENSINO Aulas expositivas Estudo de casos Exercícios individuais e em grupo CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO NOTA I – Média das notas de zero a oito atribuídas aos exercícios individuais ou atividades em grupo, mais nota de zero a dois atribuída em função da presença e participação do aluno em classe, com peso 1. NOTA II – Prova escrita semestral, com nota de zero a dez e peso 7, abrangendo toda a matéria apresentada. NOTA III – Média das notas de zero a oito atribuídas aos exercícios individuais ou atividades em grupo, mais nota de zero a dois atribuída em função da presença e participação do aluno em classe, com peso 2. ATIVIDADES PRÁTICAS, VISITAS, ATIVIDADE EM CAMPO VISITAS Visita à BMF programada em conjunto com o professor da disciplina Economia. ATIVIDADES PRÁTICAS Resolução de exercícios propostos individualmente e em grupo Estudos de casos Encontro aos sábados, na parte da manhã, para estudos sob a orientação do monitor da disciplina BIBLIOGRAFIA BÁSICA WELSCH, Glenn A. Orçamento empresarial. Editora Atlas. LUCENTINI, José Carlos. ABC das Finanças: aprendizagem rápida e fácil em finanças. Novatec Editora BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração financeira. Editora Atlas. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. Editora Atlas. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. Editora Atlas. Apostila 2010.1 8 RESUMO CURRICULAR Empresário da área da saúde, desde 1995 Sócio-Diretor da Consult Assessoria Empresarial S/C Ltda, desde 1987 Experiência profissional adquirida no gerenciamento de diversas áreas em empresas multinacionais Atuação em diversos projetos para implantação, profissionalização e recuperação de empresas de setores diversos: auto-peças, fiação e tecelagem, especialidades têxteis, indústria de máquinas, avicultura e industrialização de ovos, saúde, educação, entre outros. Pró-Reitor Financeiro do Centro Universitário Italo-Brasileiro Professor de Matemática Financeira, Administração Financeira e Orçamentária, Orçamento Empresarial, Contabilidade de Custos, Estrutura e Análise Financeira de Balanços e Contabilidade Gerencial, desde 1986 Facilitador do SEBRAE no Programa Brasil-Empreendedor Idealizador da Oficina “AMIGOS DA HP”, com objetivo de (i) obter o máximo rendimento no uso da calculadora HP12c e similares, (ii) navegar pelas funções matemáticas, estatísticas e financeiras disponíveis e (iii) criar programas básicos. Bacharel em Administração de Empresas (1974) e Ciências Contábeis (1976) pela Faculdade Álvares Penteado Mestre em Controladoria e Finanças pela PUC/SP (2006) Apostila 2010.1 9 INTRODUÇÃO Aqueles que dançavam eram considerados totalmente insanos por aqueles que não conseguiam escutar a música. - Angela Monet Administrar é coordenar esforços para atingir objetivos. A EMPRESA E SEUS RECURSOS RECURSOS MATERIAIS FÍSICOS Edifícios, Máquinas, Matérias Primas, etc FINANCEIROS MONETÁRIOS Capital, Contas a Pagar e a Receber, etc HUMANOS VIVOS E INTELIGENTES Capital intelectual da empresa MERCADOLÓGICOS COMERCIAIS Promoção, Propaganda, Publicidade, etc ADMINISTRATIVOS GERENCIAIS Técnicas para tomada de decisão Apostila 2010.1 10 FUNÇÕES DA ADMINITRAÇÃO MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO De uma forma simplista, Welsch (1983:21) afirma: “Em muitas empresas bem administradas o planejamento e o controle de resultados tem sido identificados com um modo de administrar”.” E continua (1983:47): “se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada velha o levará até lá”.” Apostila 2010.1 11 DIMENSÕES TEMPORAIS DO PCR AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR JUL X X X X AGO X X X X SET X X X X OUT X X X X NOV X X X X PLANEJAMENTO CONTÍNUO 0 5 10 15 20 25 30 C O N T R O L E P L A N E J A M E N T O Não estabeleça prazos audaciosos demais! Apostila 2010.1 12 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PCR Mecanismo – formatos, métodos de preenchimento e cálculos Técnicas – Projeção de Vendas, Relações Custo-Volume-Lucro, Análise das Alternativas de Investimento, Orçamentos Variáveis, etc. Fundamentos – Princípios Fundamentais do PCR 1. Envolvimento Administrativo 2. Adaptação Organizacional 3. Contabilidade por Área de Responsabilidade 4. Orientação para Objetivos 5. Comunicação Integral 6. Expectativas Realistas 7. Oportunidade 8. Aplicação Flexível 9. Acompanhamento 10. Reconhecimento do Esforço Individual e do Grupo Apostila 2010.1 13 A FUNÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros. Os recursos fornecidos pelos proprietários e pelos credores da empresa, encontram- se aplicados em ativos utilizados na produção e comercialização de bens ou na prestação de serviços. As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir todos os custos e despesas incorridos e ainda gerar lucros. Paralelamente a esse fluxo econômico de resultados ocorre uma movimentação de numerário que deve permitir a liquidaçãodos compromissos assumidos, o pagamento de dividendos e a reinversão da parcela remanescente dos lucros. Desse modo, cada empresa pode ser visualizada como um sistema que multiplica os recursos nela investidos. Os seus proprietários desejam que seu investimento produza retorno (lucro) compatível com o risco assumido. A função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa. Essa função é responsável pela obtenção dos recursos financeiros necessários, e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso desses recursos. OS PILARES DA EXCELÊNCIA L MELHORIA CONTÍNUA + ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS F A Ç A A S C O IS A S C O R R E T A M E N T E N A 1 ª V E Z E N V O L V IM E N T O D A S P E S S O A S A G IL IZ A Ç Ã O D A S IN C R O N IA E N T R E P R O C E S S O S FILOSOFIA DA EXCELÊNCIA EMPRESARIAL Apostila 2010.1 14 ÁREAS DE PREOCUPAÇÃO DA FUNÇÃO FINANCEIRA Uma das possíveis maneiras de se caracterizar a função financeira de uma empresa é categorizar as áreas que exigem tomadas de decisões pelos executivos responsáveis. Isso não nos diz o que esses executivos fazem especificamente, mas define o tipo de problema com o qual estão envolvidos. Costuma-se classificar esses problemas de duas maneiras: a) Segundo áreas de decisões de investimento, financiamento e utilização (destinação) do lucro líquido; b) Segundo tarefas de obtenção de recursos financeiros e análise da utilização desses recursos pela empresa; As principais áreas de decisões na administração financeira de uma empresa são as seguintes: Investimento: neste caso, a preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos nas atividades normais da empresa. Consiste ainda num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos – fixos e correntes – para que os objetivos da empresa como um todo sejam atingidos. Nesta área, o enfoque básico é a obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os proprietários da empresa estão dispostos a correr. Financiamento: nesta segunda área, o que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes (origens) de recursos, dada a composição dos investimentos. À administração financeira resta conseguir os recursos necessários para financiar essa estrutura de investimento “ao mais baixo custo possível”. Tal é o escopo (objetivo) das atividades nesta segunda área fundamental de decisões financeiras. Utilização (Destinação) do Lucro Líquido: por fim, há uma área de decisões, também comumente conhecida pelo nome de política de dividendos, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e extra-operacionais. Existe um inter-relacionamento das áreas de investimento, financiamento e a utilização do lucro líquido. Isto se deve ao fato indiscutível de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui- se numa de suas fontes de recursos. Logo, também é problema das decisões de financiamento determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido, com a decisão complementar conseqüente a respeito da proporção que deve ser distribuída aos proprietários. Apostila 2010.1 15 Portanto, do ponto de vista teórico, as áreas de preocupação e de decisão da função financeira são: Decisões de Investimentos. Decisões de Financiamentos. Decisões relativas à destinação do lucro líquido. Sob um enfoque prático, as áreas de preocupação da função financeira são: Medir a capacidade de gerar lucros Dimensionar os investimentos necessários Analisar as alternativas de financiamento RETORNO = MARGEM X GIRO LUCRO OPERACIONAL INVESTIMENTO LUCRO OPERACIONAL RECEITA RECEITA INVESTIMENTO 160 : 880 160 : 1.200 1200 : 880 18,2% 13,3% 1,36 vezes FÓRMULA “DU PONT” RECEITA LUCRO OPERACIONAL menos MARGEM Dividido pela CUSTOS MAIS DESPESAS RECEITA RETORNO vezes RECEITA GIRO dividida pelo ATIVO CIRCULANTE INVESTIMENTO mais ATIVO PERMANENTE Apostila 2010.1 16 OBJETIVO DA FUNÇÃO FINANCEIRA O objetivo básico implícito nas decisões de administração financeira é a maior rentabilidade possível sobre o investimento efetuado pelos proprietários. Entretanto, se faz uma ressalva: a rentabilidade máxima, desde que não seja comprometida a liquidez da empresa (capacidade de pagar seus compromissos). A existência de um conflito entre esses dois objetivos, que o condiciona e restringe, manifesta-se em termos de um dilema entre aplicar todos os fundos disponíveis e manter inativos alguns fundos para, por exemplo, proteção ou defesa contra riscos de não se poder pagar alguma dívida. Parece claro, entretanto, que o dinheiro que permanece inativo, embora útil como proteção contra riscos, não produzem retorno algum para a empresa. Todavia, a empresa não pode prescindir do crédito concedido por seus fornecedores e pelas instituições financeiras. Deixando de liquidar seus compromissos financeiros nas datas convencionadas, a empresa sofrerá restrições de crédito e terá dificuldades na manutenção do ritmo normal de suas operações. Deste modo, a manutenção da liquidez da empresa representa a preocupação mais imediata do Tesoureiro, que é o executivo responsável por essa parte da administração financeira, observando-se o regime de entradas e saídas de recursos financeiros (fluxo de caixa). Por outro lado, o lucro ou prejuízo de cada período resulta da confrontação de receitas e despesas, observando-se o regime contábil de competência de exercícios , através do balanço patrimonial elaborado pela contabilidade. A rentabilidade das operações e os efeitos dos custos financeiros sobre o retorno dos proprietários constituem a preocupação básica do “Controller”, que é o executivo responsável por esta outra faceta da administração financeira. De uma maneira resumida, podemos então definir que os objetivos da função financeira são: . Foco nas decisões de investimentos e financiamentos, de maneira a promover a riqueza dos proprietários. Administração do conflito existente entre LIQUIDEZ e RENTABILIDADE, visando à maximização segura da RIQUEZA dos proprietários. LIQUIDEZ é a capacidade de pagar os compromissos assumidos. RENTABILIDADE é a capacidade de gerar lucros. A MAXIMIZAÇÃO da RIQUEZA é um conceito mais amplo do que a MAXIMIZAÇÃO do LUCRO. Apostila 2010.1 17 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A figura 1 mostra o ORGANOGRAMA TÍPICO DA EMPRESA, e como se insere a Função Financeira na sua estrutura organizacional. FIGURA 1 EXECUTIVO PRINCIPAL OPERAÇÕES FUNÇÃO FINANCEIRA MARKETING TESOUREIRO CONTROLLER CAIXA LIQUIDEZ RETORNO RENTABILIDADE PLANEJAMENTO E CONTROLE RECURSOS HUMANOS Apostila 2010.1 18 ORGANOGRAMA TÍPICO DA FUNÇÃO FINANCEIRA A seguir, uma visão esquemática da maneira pela qual as diversas atividades próprias da administração financeira de uma empresa podem ser estruturadas: FIGURA 2 CAIXA E BANCOS CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS CONTAS A RECEBER ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS CONTAS A PAGAR CONTROLE ORÇAMENTÁRIORELAÇÕES BANCÁRIAS AUDITORIA INTERNA ORÇAMENTO DE CAIXA RELATÓRIOS FINANCEIROS CUSTÓDIA DE VALORES ASSUNTOS FISCAIS DIRETOR FINANCEIRO TESOUREIRO CONTROLLER Apostila 2010.1 19 DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DA FUNÇÃO FINANCEIRA Diretor Financeiro É o principal executivo da área financeira, reportando-se diretamente à Presidência; Formula a política financeira global da empresa e das suas subsidiárias; Coordena as atividades do Tesoureiro e do Controller; Representa a empresa perante as instituições financeiras e órgãos públicos. Muito mais do que “o homem do dinheiro”, ele é um homem de negócios. Tesoureiro Desenvolve funções executivas (é um “homem de linha”). Mantém relações externas com bancos e outros credores. Administra os fluxos de recursos financeiros, de acordo com o regime de caixa. É o responsável pela liquidez da empresa. Muitas vezes, o Diretor Financeiro desempenha, no mais alto nível, as funções de tesoureiro. Daí muitos autores definirem o Tesoureiro como sendo o “Administrador Financeiro” da empresa. Controller Desenvolve funções de assessoria (é um “homem de staff”); Mantém relações internas, envolvendo-se com todas a áreas; É o inspetor dos assuntos financeiros; Está constantemente preocupado com a rentabilidade, aplicando o Regime de Competência. CONTABILIDE = Regime de Competência PLANEJAMENTO FINANCEIRO = Regime de Caixa Apostila 2010.1 20 EXERCICIOS DE FIXAÇÃO Responda as seguintes questões: 1) Qual é o objetivo básico da administração financeira? 2) Que conflito se observa na administração financeira? Explique. 3) Quais são as áreas de preocupação da administração financeira e em que consistem? 4) A seu ver, qual a principal atribuição do tesoureiro? E a do Controller? 5) Qual a diferença principal entre a contabilidade e o controle financeiro da empresa? Apostila 2010.1 21 PLANEJAMENTO FINANCEIRO O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do administrador financeiro. Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos fornecem uma estrutura p ara coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle, estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais. Planejamento de caixa e planejamento do lucro são dois aspectos importantes do processo. O planejamento de caixa, que é realizado em geral pela elaboração do orçamento de caixa, é crítico, uma vez que o caixa é elemento vital da empresa: sem caixa adequado – independente do nível de lucro – a empresa poderá tornar-se inadimplente. O planejamento do lucro normalmente é feito pelas demonstrações financeiras projetadas que mostram os níveis antecipados de lucros, ativos, passivos e patrimônio líquido. Planos Financeiros a Longo Prazo Os planos financeiros a longo prazo em geral refletem o impacto antecipado da implementação de ações planejadas dentro de um horizonte de dois a dez anos. É bastante comum o emprego de planos qüinqüenais, que são continuamente revistos à chegada de novas informações. As empresas sujeitas a elevados graus de incerteza operacional ou a ciclos de produção relativamente curtos, ou ambos, tenderão a empregar horizontes de planejamentos mais curtos. Planos Financeiros a Curto Prazo O processo financeiro a curto prazo reflete os resultados esperados de ações dentro de um período de um ou dois anos. Os principais resultados incluem orçamentos operacionais, orçamentos de caixa e demonstrações financeiras projetadas. Usando a previsão de vendas como um insumo básico, desenvolve-se um plano de produção que leva em conta o tempo necessário para se converter a matéria-prima em produto acabado. Os tipos e quantidades de matérias-primas necessárias durante o período da previsão podem ser estimados a partir do plano de produção, com base nestas estimativas de consumo de matérias-primas, pode-se programar quando e quanto comprar de matéria-prima. Pode-se fazer estimativas de montante de mão-de-obra necessária, seja em homens-hora ou em dinheiro. Os custos indiretos de fabricação também podem ser estimados. Finalmente, as despesas operacionais, especificamente as despesas com vendas administrativas, podem ser estimadas com base no nível de operações necessário para sustentar as vendas previstas. Tendo preparado essa série de planos, é possível desenvolver a Demonstração de Resultados projetada. Pode-se elaborar o orçamento de caixa com base em períodos mensais ou trimestrais de recebimentos e pagamentos. Assim, tendo como insumos básicos a Demonstração de Resultados projetada, o orçamento de caixa, o Apostila 2010.1 22 plano de financiamento a longo prazo, o plano de investimento de capital e o Balanço do período corrente, pode-se desenvolver o Balanço projetado da empresa. A Demonstração de Resultado é necessária para se achar a variação projetada em lucros acumulados, depreciação, estoques e impostos. Os dados sobre o saldo de caixa, nível de duplicatas a receber, nível de duplicatas e títulos a pagar podem ser obtidos do orçamento de caixa. O plano de financiamento a longo prazo fornece informações sobre variações nos passivos a longo prazo e no patrimônio líquido que podem ser atribuídas a decisões de financiamento. O plano de investimento de capital indica as variações esperadas nos ativos imobilizados. O Balanço Patrimonial do período precedente fornece valores iniciais que irão possibilitar a mensuração das alterações em várias contas do Balanço como: ativo permanente, ações ordinárias e lucros acumulados. Os valores para o saldo inicial de estoques, de duplicatas a receber, de caixa e de passivos devem ser extraídos do Balanço do período mais recente. ACOSTUME-SE A TRABALHAR SOB PRESSÃO. Apostila 2010.1 23 PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO A CURTO PRAZO PREVISÃO DE VENDAS PLANO DE PRODUÇÃO ESTIMATIVAS DO CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA ESTIMATIVAS DAS COMPRAS DE MATÉRIA-PRIMA NECESSIDADE DE MÃO-DE-OBRA DIRETA ESTIMATIVA DO CUSTO INDIRETO DE FABRICAÇÃO ESTIMATIVA DAS DESPESAS OPERACIONAIS PROJEÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PROJEÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS BALANÇO PATRIMONIAL DO PERÍODO CORRENTE PLANO DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO PLANO DE INVESTIMENTO DE CAPITAL FLUXO DE CAIXA Financiamento a Longo Prazo Investimentos de Capital Caixa Duplicatas a Receber Duplicatas a Pagar Títulos a pagar Investimentos de Capital Financiamento a Longo Prazo Apostila 2010.1 24 PLANEJAMENTO DE CAIXA: ORÇAMENTO DE CAIXA, FLUXO DE CAIXA OU CASH FLOW O orçamento de caixa possibilita ao administrador planejar suas necessidades de caixa a curto prazo, com atenção especial para os excessos e faltas de caixa. O orçamento de caixa oferece ao administrador uma visão clara da época em que ocorrerão recebimentos e pagamentos previstos durante um determinado período. Em geral, o orçamento de caixa cobre um ano, embora possa ser desenvolvido para qualquer período. O período coberto geralmente é subdividido em intervalos. O número e o tipo de intervalos dependerá da natureza do negócio. Quanto mais sazonais e incertos forem os fluxos de caixa da empresa, tanto mais numerosos devem ser os intervalos. Uma vez que muitas empresas se defrontam com um padrão sazonal de fluxo de caixa, freqüentemente o orçamento de caixa é apresentado mês a mês. As empresas com padrões estáveis de fluxo de caixa podem usar intervalos trimestrais. PREVISÃO DE VENDAS O insumo básico de qualquer orçamento de caixa é a previsão de vendas, normalmentefornecida ao administrador financeiro pelo departamento comercial. PREVISÕES EXTERNAS uma previsão externa é baseada nas relações que podem ser observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos, como o PNB, a renda pessoal disponível e novas construções civis. PREVISÕES INTERNAS Geradas internamente são baseadas na elaboração de previsões de vendas, através dos canais de vendas da empresa. Em geral, pede-se aos vendedores locais que estimem o número de unidades de cada tipo de produto que eles esperam vender no período. EXEMPLO PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS: A Companhia ABC está desenvolvendo um orçamento de caixa para outubro, novembro e dezembro. As vendas foram de $100.000 em agosto e $200.000 em setembro. Foram previstas vendas de $400.000, $300.000 e $200.000 para outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Tradicionalmente, 20% das vendas têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas após um mês e as 30% restantes têm gerado duplicatas a serem cobradas após dois meses. Em dezembro, a empresa receberá um dividendo de $30.000. Apostila 2010.1 25 PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS PROJETADOS PARA A CIA. ABC AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) VENDAS Recebimento de Vendas: No mês: No 1º mês: No 2º mês: SUB-TOTAL Outros Recebimentos RECEBIMENTOS TOTAIS Questão: Qual é o Prazo Médio de Recebimento (PMR) da Cia. ABC? Prazo N (em dias) BASE Ponderação (%) Unitária No mês: No 1º mês: No 2º mês: Prazo Médio de Recebimento (PMR) ............. Questão: Qual é o saldo de Duplicatas a Receber no final de outubro, novembro e dezembro? MÉTODO DA CONTA-CORRENTE OU RAZÃO AUXILIAR Prazo EXPRESSO EM $ VENDAS RECEBIMENTO SALDO SET (OUT) (NOV) (DEZ) Apostila 2010.1 26 MÉTODO MATRICIAL Prazo EXPRESSO EM PORCENTAGEM VENDAS RECEBIMENTO SALDO No mês: No 1º mês: No 2º mês: MÊS FATURAMENTO AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER ................... PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTOS A Companhia ABC reuniu os seguintes dados necessários para o preparo de uma programação de pagamento para os meses de outubro, novembro e dezembro. COMPRAS As compras representam 70% de suas vendas; 10% desse montante são pagos à vista, 70% são pagos no mês seguinte a compra, e o restante, 20%, são pagos nos dois meses após a compra. PAGAMENTO DE JUROS Juros de $20.000 serão pagos em outubro e $10.000 em dezembro. ALUGUÉIS Os aluguéis de $5.000 serão pagos mensalmente. ORDENADOS E SALÁRIOS Os ordenados e salários podem ser calculados somando 10% de suas vendas mensais ao montante fixo de $8.000 PAGAMENTO DE IMPOSTOS Impostos de $25.000 precisam ser pagos em dezembro. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS Uma nova máquina custando $130.000 será comprada e paga em novembro. GRATIFICAÇÕES $20.000 serão pagos em dezembro. Apostila 2010.1 27 PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTOS PROJETADOS PARA A COMPANHIA ABC AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) COMPRAS Pagamento das Compras: No mês: No 1º mês: No 2º mês: SUB-TOTAL Juros Aluguel Folha de Pagamento Tributos Investimentos Gratificações PAGAMENTOS TOTAIS Questão: Qual é o Prazo Médio de Pagamento (PMP) da Cia. ABC? Prazo N (em dias) BASE Ponderação (%) Unitária No mês: No 1º mês: No 2º mês: Prazo Médio de Pagamento (PMP) .................. Questão: Qual é o saldo da conta Fornecedores no final de outubro, novembro e dezembro? Apostila 2010.1 28 MÉTODO DA CONTA-CORRENTE OU RAZÃO AUXILIAR Prazo EXPRESSO EM $ COMPRAS PAGAMENTO SALDO SET (OUT) (NOV) (DEZ) MÉTODO MATRICIAL Prazo EXPRESSO EM PORCENTAGEM COMPRAS PAGAMENTO SALDO No mês: No 1º mês: No 2º mês: MÊS COMPRAS AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) AGO SET (OUT) (NOV) (DEZ) SALDO DA CONTA FORNECEDORES ................ FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA, SALDO FINAL DE CAIXA , FINANCIAMENTO E CAIXA EXCEDENTE Acha-se o fluxo líquido de caixa subtraindo os pagamentos dos recebimentos de cada mês. Somando o saldo inicial de caixa ao fluxo líquido de caixa pode-se chegar ao saldo final de caixa para cada mês. Finalmente, subtraindo do saldo final de caixa o saldo mínimo de caixa, chega-se ao financiamento total necessário ou ao saldo de caixa excedente. Se o saldo final de caixa for menor que o saldo mínimo de caixa, requer-se um financiamento; se o saldo final de caixa for superior ao saldo mínimo de caixa, existe, um saldo de caixa excedente. A Companhia ABC possui um saldo de caixa em fins de setembro de $50.000 e ela deseja manter um saldo mínimo de $25.000 Apostila 2010.1 29 ORÇAMENTO DE CAIXA PARA COMPANHIA ABC (OUT) (NOV) (DEZ) Total dos recebimentos (a) Menos:Total dos pagamentos (b) Igual: FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA Mais: Saldo inicial de caixa Igual: SALDO FINAL DE CAIXA Menos: Saldo Mínimo de Caixa FINANCIAMENTO NECESSÁRIO (c) SALDO DE CAIXA EXCEDENTE (d) (a) Extraído da programação de recebimentos. (b) Extraído da programação de pagamentos. (c) Colocam-se valores nesta linha quando o saldo final de caixa for menor do que o saldo mínimo de caixa, situação que requererá financiamento. (d) Colocam-se valores nesta linha quando o saldo final de caixa for maior do que o saldo mínimo de caixa, situação que dará origem a um saldo de caixa excedente. INTERPRETAÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAIXA O orçamento de caixa fornece valores que indicam o saldo final de caixa esperado, podendo este ser analisado para determinar se um déficit ou excesso de caixa é esperado em cada um dos meses cobertos pela projeção. REDUÇÃO DA INCERTEZA NO ORÇAMENTO DE CAIXA Há dois modos de se reduzir a incerteza do orçamento de caixa. O primeiro é elaborar vários orçamentos de caixa, um baseado em previsão pessimista, outro com base na previsão mais provável, e ainda um terceiro com previsão otimista. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE OUTUBRO PESSIMISTA MAIS PROVÁVEL OTIMISTA Total dos recebimentos (a) 160.000 210.000 285.000 Menos:Total dos pagamentos (b) 200.000 213.000 248.000 Igual: FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA (40.000) (3.000) 37.000 Mais: Saldo inicial de caixa 50.000 50.000 50.000 Igual: SALDO FINAL DE CAIXA 10.000 47.000 87.000 Menos: Saldo Mínimo de Caixa 25.000 25.000 25.000 FINANCIAMENTO NECESSÁRIO (c) 15.000 SALDO DE CAIXA EXCEDENTE (d) 22.000 62.000 Apostila 2010.1 30 Por outro lado, o uso de vários orçamentos de caixa, cada um baseado em suposições que diferem entre si, também pode dar ao Tesoureiro um sentido do risco das alternativas. Essa forma de abordagem do tipo “o que acontece se” é muitas vezes usada para analisar fluxos de caixa sob uma variedade de circunstâncias possíveis. Para tanto, usam-se planilhas eletrônicas para simplificar o processo. FLUXO DE CAIXA DENTRO DO MÊS As informações que o orçamento de caixa fornece não são necessariamente adequadas para assegurar a solvência, pois os fluxos de caixa ali apresentados aparecem apenas em termos totais e mensais. Um administrador precisa examinar detidamenteo padrão de recebimentos e pagamentos diários para estar certo de que haverá caixa suficiente para pagar as contas no vencimento. o exemplo a seguir mostra por que é importante acompanhar os fluxos de caixa diários, com a finalidade de entender outra fonte de variação. FLUXO DE CAIXA DIÁRIO DURANTE O MÊS DE OUTUBRO PARA A COMPANHIA ABC DATA HISTÓRICO ENTRADA SAÍDA SALDO 01 Saldo Inicial 50.000 02 Movimento do dia 100.000 (50.000) 04 Movimento do dia 22.000 (72.000) 05 Movimento do dia 65.000 15.000 (22.000) 11 Movimento do dia 74.000 52.000 12 Movimento do dia 10.000 12.000 50.000 16 Movimento do dia 40.000 10.000 17 Movimento do dia 3.000 21.000 (8.000) 22 Movimento do dia 35.000 27.000 26 Movimento do dia 20.000 1.000 46.000 29 Movimento do dia 3.000 49.000 31 Movimento do dia 2.000 47.000 TOTAIS 210.000 213.000 Apostila 2010.1 31 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8.1 Uma empresa vendeu $65.000 em abril e $60.000 em maio. Espera vendas de $70.000 em junho e $100.000 em julho e agosto, respectivamente. Supondo que as vendas sejam a única origem de entradas de caixa e metade das vendas seja à vista, enquanto o restante é cobrado uniformemente ao longo dos dois meses seguintes, quais são os recebimentos da empresa previstos para junho, julho e agosto. Demonstre o saldo de duplicatas a receber no final dos meses de junho, julho e agosto. PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS PROJETADOS ABR MAI (JUN) (JUL) (AGO) VENDAS Recebimento de Vendas: No mês: No 1º mês: No 2º mês: SUB-TOTAL Outros Recebimentos RECEBIMENTOS TOTAIS Questão: Qual é o Prazo Médio de Recebimento (PMR)? Prazo N (em dias) BASE Ponderação (%) Unitária Prazo Médio de Recebimento (PMR) ...... Questão: Qual é o saldo de Duplicatas a Receber no final de junho, julho e agosto? Apostila 2010.1 32 MÉTODO DA CONTA-CORRENTE OU RAZÃO AUXILIAR Prazo EXPRESSO EM $ VENDAS RECEBIMENTO SALDO MAI (JUN) (JUL) (AGO) MÉTODO MATRICIAL Prazo EXPRESSO EM PORCENTAGEM VENDAS RECEBIMENTO SALDO No mês: No 1º mês: No 2º mês: MÊS FATURAMENTO ABR MAI (JUN) (JUL) (AGO) ABR MAI (JUN) (JUL) (AGO) SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER ................... Apostila 2010.1 33 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8.2 A Cia. A.T. vendeu $50.000 em março e $60.000 em abril. As vendas previstas para maio, junho e julho são $70.000, $80.000 e $100.000, respectivamente. A empresa tem um saldo de caixa de $ 5.000 em 1º de maio e deseja manter um saldo mínimo de caixa de $ 5.000. Fornecidos os seguintes dados: 20% das vendas são à vista, 60% são cobrados no próximo mês e os 20% restantes são cobrados dois meses após a venda. A empresa recebe outras receitas de $2.000 por mês. As compras, todas a dinheiro, devem ser de $50.000, $70.000 e $80.000 para os meses de maio a julho, respectivamente. Paga aluguéis de $3.000 por mês. Ordenados e salários correspondem a 10% das vendas do mês anterior. Pagará dividendos de $3.000 em junho. Em junho, pagará o principal e juros no valor de $4.000. Programou para julho uma compra de equipamento no valor de $6.000 à vista. Imposto de renda de $6.000 é devido em junho. Elabore um orçamento de caixa para os meses de maio, junho e julho. PROGRAMAÇÃO DE RECEBIMENTOS PROJETADOS PARA A CIA. AT VENDAS Recebimento de Vendas: No mês: No 1º mês: No 2º mês: SUB-TOTAL Outros Recebimentos RECEBIMENTOS TOTAIS Apostila 2010.1 34 Questão: Qual é o Prazo Médio de Recebimento (PMR) da Cia. AT? Prazo N (em dias) BASE Ponderação (%) Unitária Prazo Médio de Recebimento (PMR) ...... Questão: Qual é o saldo de Duplicatas a Receber no final de outubro, novembro e dezembro? MÉTODO DA CONTA-CORRENTE OU RAZÃO AUXILIAR Prazo EXPRESSO EM $ VENDAS RECEBIMENTO SALDO MÉTODO MATRICIAL Prazo EXPRESSO EM PORCENTAGEM VENDAS RECEBIMENTO SALDO MÊS FATURAMENTO SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER ................... Apostila 2010.1 35 PROGRAMAÇÃO DE PAGAMENTOS PROJETADOS PARA A COMPANHIA AT COMPRAS Pagamento das Compras: No mês: No 1º mês: No 2º mês: SUB-TOTAL PAGAMENTOS TOTAIS Questão: Qual é o Prazo Médio de Pagamento (PMP) da Cia. AT? Prazo N (em dias) BASE Ponderação (%) Unitária Prazo Médio de Pagamento (PMP) ............ Apostila 2010.1 36 FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA, SALDO FINAL DE CAIXA , FINANCIAMENTO E CAIXA EXCEDENTE Total dos recebimentos (a) Menos:Total dos pagamentos (b) Igual: FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA Mais: Saldo inicial de caixa Igual: SALDO FINAL DE CAIXA Menos: Saldo Mínimo de Caixa FINANCIAMENTO NECESSÁRIO (c) SALDO DE CAIXA EXCEDENTE (d) Apostila 2010.1 37 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8.3 A seguir apresentamos as vendas e compras de setembro e outubro, juntamente com suas previsões de vendas e compras para o período de novembro a abril. ANO MES VENDAS COMPRAS ANO MES VENDAS COMPRAS 81 Setembro 210.000 120.000 82 Janeiro 140.000 80.000 81 Outubro 250.000 150.000 82 Fevereiro 180.000 110.000 81 Novembro 170.000 140.000 82 Março 200.000 100.000 81 Dezembro 160.000 100.000 82 Abril 250.000 90.000 A empresa faz 20% do total de suas vendas a dinheiro e cobra 40% de suas vendas em cada um dos dois meses seguinte à venda. Outros recebimentos são esperados: $12.000 em setembro, fevereiro e abril, e $15.000 em janeiro, fevereiro e março. A empresa tem o seguinte esquema de pagamento por suas compras: 10% a vista, 50% no mês seguinte à compra e 40% no segundo mês após a compra. Ordenados e salários correspondem a 20% das vendas do mês precedente. É preciso pagar aluguel de $ 20.000 por mês. Em janeiro e abril pagará juros de $ 10.000. Em abril será feito um pagamento de $30.000 para amortização do principal. A empresa espera pagar dividendos de $20.000 em janeiro e abril. Imposto de renda no valor de $80.000 será pago em abril. A empresa pretende fazer um dispêndio de capital (investimento) de $25.000 em dezembro. a) Supondo que a empresa tenha um saldo de caixa de $22.000 no começo de novembro, determine os saldos de caixa no final de cada mês, de novembro a abril. b) Supondo que a empresa deseje manter um saldo mínimo de caixa de $15.000, determine as necessidades totais mensais de financiamento ou os saldos de caixa excedentes. c) Determine o saldo de duplicatas a receber no final dos meses de novembro a abril. d) Determine o saldo a pagar a fornecedores no final dos meses de novembro a abril. Apostila 2010.1 38 EXERCÍCIO FIXAÇÃO 8.4 (PROVÃ0 97 – QUESTÃO 39) A empresa YYY está preparando uma projeção trimestral (Jan, Fev e Mar/X7), relativa às vendas a serem realizadas no referido período. Tal empresa sempre realizou e vai continuar realizando suas vendas da seguinte maneira: 40% à vista, 40% em 30 dias e 20% em 60 dias. As vendas projetadas pela empresa para o referido trimestre deverão ser as seguintes: $ 40.000,00 em jan/X7, $ 60.000,00 em fev/X7 e $ 80.000,00 em mar/X7. Se o saldo da conta Contas a Receber, no balanço realizadono final de dez/X6 foi de $ 20.000,00. Qual deverá ser o saldo da citada conta, em reais, no Balanço projetado para o final de Mar/X7. a) $40.000,00 b) $50.000,00 c) $60.000,00 d) $70.000,00 e) $80.000,00 Demonstre seus cálculos: Apostila 2010.1 39 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8.5 A seguir apresentamos as vendas e compras de setembro e outubro, juntamente com suas previsões de vendas e compras para o período de novembro a abril. ANO MÊS VENDAS COMPRAS ANO MES VENDAS COMPRAS 81 Setembro 160.000 100.000 82 Janeiro 250.000 160.000 81 Outubro 140.000 140.000 82 Fevereiro 210.000 170.000 81 Novembro 180.000 150.000 82 Março 250.000 150.000 81 Dezembro 200.000 170.000 82 Abril 170.000 100.000 A empresa cobra 50% de suas vendas em cada um dos dois meses subsequentes à venda. Outros recebimentos são esperados: $10.000 em setembro, fevereiro e abril, e $12.000 em janeiro, fevereiro e março. A empresa tem o seguinte esquema de pagamento por suas compras: 10% a vista, 50% no mês seguinte à compra e 40% no segundo mês após a compra. Ordenados e salários correspondem a 20% das vendas do mês precedente. É preciso pagar aluguel de $ 25.000 por mês. Em janeiro e abril pagará juros de $ 10.000. Em abril será feito um pagamento de $20.000 para amortização do principal. A empresa espera pagar dividendos de $30.000 em janeiro e abril. Imposto de renda no valor de $70.000 será pago em abril. A empresa pretende fazer um dispêndio de capital (investimento) de $40.000 em dezembro. a) Supondo que a empresa tenha um saldo de caixa de $20.000 no começo de novembro, determine os saldos de caixa no final de cada mês, de novembro a abril. b) Supondo que a empresa deseje manter um saldo mínimo de caixa de $15.000, determine as necessidades totais mensais de financiamento ou os saldos de caixa excedentes. c) Determine o saldo de duplicatas a receber no final dos meses de novembro a abril. d) Determine o saldo a pagar a fornecedores no final dos meses de novembro a abril. Apostila 2010.1 40 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8.6 A seguir apresentamos as vendas e compras de setembro e outubro, juntamente com suas previsões de vendas e compras para o período de novembro a abril. ANO MES VENDAS COMPRAS ANO MES VENDAS COMPRAS 81 Setembro 250.000 200.000 82 Janeiro 160.000 130.000 81 Outubro 200.000 160.000 82 Fevereiro 170.000 140.000 81 Novembro 180.000 140.000 82 Março 250.000 200.000 81 Dezembro 140.000 110.000 82 Abril 210.000 170.000 A empresa tem o seguinte esquema de recebimento de suas vendas: 10% a vista, 50% no mês seguinte à venda e 40% no segundo mês após a venda. . Outros recebimentos são esperados: $12.000 em setembro, fevereiro e abril, e $10.000 em janeiro, fevereiro e março. A empresa tem o seguinte esquema de pagamento por suas compras: 20% a vista, 50% no mês seguinte à compra e 30% no segundo mês após a compra. Ordenados e salários correspondem a 20% das vendas do mês precedente. É preciso pagar aluguel de $ 25.000 por mês. Em janeiro e abril pagará juros de $ 15.000. Em abril será feito um pagamento de $20.000 para amortização do principal. A empresa espera pagar dividendos de $30.000 em janeiro e abril. Imposto de renda no valor de $70.000 será pago em abril. A empresa pretende fazer um dispêndio de capital (investimento) de $50.000 em dezembro. a) Supondo que a empresa tenha um saldo de caixa de $30.000 no começo de novembro, determine os saldos de caixa no final de cada mês, de novembro a abril. b) Supondo que a empresa deseje manter um saldo mínimo de caixa de $20.000, determine as necessidades totais mensais de financiamento ou os saldos de caixa excedentes. c) Determine o saldo de duplicatas a receber no final dos meses de novembro a abril. d) Determine o saldo a pagar a fornecedores no final dos meses de novembro a abril. Apostila 2010.1 41 CASO TOMÁS – DADOS BÁSICOS O Sr. Tomás é proprietário de uma loja que vende camisas, que custam em média R$ 25 por unidade e são vendidas por R$ 40 Seu negócio está em franco desenvolvimento e a projeção para os próximos meses é a seguinte: Vendas faturadas a 30 dias: MÊS VOLUME RECEITA (em R$) JAN 2.000 80.000 no mês 0% FEV 2.500 100.000 1o mês 100% MAR 3.000 120.000 TOTAL 100% Compras efetuadas à vista, para evitar dívidas: MÊS VOLUME TOTAL (em R$) JAN 3.000 75.000 no mês 100% FEV 3.000 75.000 1o mês 0% MAR 3.500 87.500 TOTAL 100% Orçamento de Despesas Operacionais: MÊS FIXAS (em R$) VARIÁVEIS (em R$) TOTAL (em R$) JAN 15.000 4.000 19.000 no mês 30% FEV 15.000 5.000 20.000 1o mês 70% MAR 15.000 6.000 21.000 TOTAL 100% A situação do negócio do Sr. Tomás no início do ano era a seguinte: SALDO (em R$) Caixa 33.300 Estoques 37.500 corresponde 1.500 Unidades Contas a Receber 60.000 ATIVO CIRCULANTE 130.800 Fornecedores - Contas a Pagar 12.600 PASSIVO CIRCULANTE 12.600 Capital 118.200 TOTAL DO PASSIVO 130.800 O Sr. Tomás acha que o seu negócio é bastante lucrativo, mas que algo está errado, pois sempre falta dinheiro no final do mês. Pedimos que você equacione e apresente uma solução para este problema. Apostila 2010.1 42 CASO TOMÁS CEN BASE MOVIMENTO DOS ESTOQUES DATA ENTRADAS (Compras) SAIDAS (Custo das Vendas) SALDO (Estoque) Q PM TT Q PM TT Q PM TT DEZ (JAN) (FEV) (MAR) TT DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL VENDAS (-) Custo das Vendas LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais RESULTADO DEMONTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL A) SALDO INICIAL VENDAS: Cobrança no mês VENDAS: Cobrança no 1º mês B) TOTAL DAS ENTRADAS COMPRAS: Pagto no mês COMPRAS: Pagto no 1º mês DESP OPER: Pagto no mês DESP OPER; Pagto no 1º mês C) TOTAL DAS SAÍDAS D) SALDO FINAL (A+B-C) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Disponível Dups. a Receber Estoques ATIVO TOTAL (Circulante) PASSIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Fornecedores Contas a Pagar PASSIVO CIRCULANTE Capital Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO TOTAL Apostila 2010.1 43 CASO TOMÁS – Redução do Prazo de Recebimento O Sr. Tomás é proprietário de uma loja que vende camisas, que custam em média R$ 25 por unidade e são vendidas por R$ 40 Seu negócio está em franco desenvolvimento e a projeção para os próximos meses é a seguinte: Orçamento de Vendas: MÊS VOLUME RECEITA (em R$) JAN 2.000 80.000 no mês 30% FEV 2.500 100.000 1o mês 70% MAR 3.000 120.000 TOTAL 100% Compras efetuadas à vista, para evitar dívidas: MÊS VOLUME TOTAL (em R$) JAN 3.000 75.000 no mês 100% FEV 3.000 75.000 1o mês 0% MAR 3.500 87.500 TOTAL 100% Orçamento de Despesas Operacionais: MÊS FIXAS (em R$) VARIÁVEIS(em R$) TOTAL (em R$) JAN 15.000 4.000 19.000 no mês 30% FEV 15.000 5.000 20.000 1o mês 70% MAR 15.000 6.000 21.000 TOTAL 100% A situação do negócio do Sr. Tomás no início do ano era a seguinte: SALDO (em R$) Caixa 33.300 Estoques 37.500 corresponde 1.500 Unidades Contas a Receber 60.000 ATIVO CIRCULANTE 130.800 Fornecedores - Contas a Pagar 12.600 PASSIVO CIRCULANTE 12.600 Capital 118.200 TOTAL DO PASSIVO 130.800 O Sr. Tomás acha que o seu negócio é bastante lucrativo, mas que algo está errado, pois sempre falta dinheiro no final do mês. Pedimos que você equacione e apresente uma solução para este problema. Apostila 2010.1 44 CASO TOMÁS CEN PMR MOVIMENTO DOS ESTOQUES DATA ENTRADAS (Compras) SAIDAS (Custo das Vendas) SALDO (Estoque) Q PM TT Q PM TT Q PM TT DEZ (JAN) (FEV) (MAR) TT DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL VENDAS (-) Custo das Vendas LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais RESULTADO DEMONTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL E) SALDO INICIAL VENDAS: Cobrança no mês VENDAS: Cobrança no 1º mês F) TOTAL DAS ENTRADAS COMPRAS: Pagto no mês COMPRAS: Pagto no 1º mês DESP OPER: Pagto no mês DESP OPER; Pagto no 1º mês G) TOTAL DAS SAÍDAS H) SALDO FINAL (A+B-C) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Disponível Dups. a Receber Estoques ATIVO TOTAL (Circulante) PASSIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Fornecedores Contas a Pagar PASSIVO CIRCULANTE Capital Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO TOTAL Apostila 2010.1 45 CASO TOMÁS – Aumento do Prazo de Pagamento O Sr. Tomás é proprietário de uma loja que vende camisas, que custam em média R$ 25 por unidade e são vendidas por R$ 40 Seu negócio está em franco desenvolvimento e a projeção para os próximos meses é a seguinte: Vendas faturadas a 30 dias: MÊS VOLUME RECEITA (em R$) JAN 2.000 80.000 no mês 0% FEV 2.500 100.000 1o mês 100% MAR 3.000 120.000 TOTAL 100% Orçamento de Compras: MÊS VOLUME TOTAL (em R$) JAN 3.000 75.000 no mês 70% FEV 3.000 75.000 1o mês 30% MAR 3.500 87.500 TOTAL 100% Orçamento de Despesas Operacionais: MÊS FIXAS (em R$) VARIÁVEIS (em R$) TOTAL (em R$) JAN 15.000 4.000 19.000 no mês 30% FEV 15.000 5.000 20.000 1o mês 70% MAR 15.000 6.000 21.000 TOTAL 100% A situação do negócio do Sr. Tomás no início do ano era a seguinte: SALDO (em R$) Caixa 33.300 Estoques 37.500 corresponde 1.500 Unidades Contas a Receber 60.000 ATIVO CIRCULANTE 130.800 Fornecedores - Contas a Pagar 12.600 PASSIVO CIRCULANTE 12.600 Capital 118.200 TOTAL DO PASSIVO 130.800 O Sr. Tomás acha que o seu negócio é bastante lucrativo, mas que algo está errado, pois sempre falta dinheiro no final do mês. Pedimos que você equacione e apresente uma solução para este problema. Apostila 2010.1 46 CASO TOMÁS CEN PMP MOVIMENTO DOS ESTOQUES DATA ENTRADAS (Compras) SAIDAS (Custo das Vendas) SALDO (Estoque) Q PM TT Q PM TT Q PM TT DEZ (JAN) (FEV) (MAR) TT DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL VENDAS (-) Custo das Vendas LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais RESULTADO DEMONTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL I) SALDO INICIAL VENDAS: Cobrança no mês VENDAS: Cobrança no 1º mês J) TOTAL DAS ENTRADAS COMPRAS: Pagto no mês COMPRAS: Pagto no 1º mês DESP OPER: Pagto no mês DESP OPER; Pagto no 1º mês K) TOTAL DAS SAÍDAS L) SALDO FINAL (A+B-C) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Disponível Dups. a Receber Estoques ATIVO TOTAL (Circulante) PASSIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Fornecedores Contas a Pagar PASSIVO CIRCULANTE Capital Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO TOTAL Apostila 2010.1 47 CASO TOMÁS – Redução do Prazo Médio de Estocagem O Sr. Tomás é proprietário de uma loja que vende camisas, que custam em média R$ 25 por unidade e são vendidas por R$ 40 Seu negócio está em franco desenvolvimento e a projeção para os próximos meses é a seguinte: Vendas faturadas a 30 dias: MÊS VOLUME RECEITA (em R$) JAN 2.000 80.000 no mês 0% FEV 2.500 100.000 1o mês 100% MAR 3.000 120.000 TOTAL 100% Compras efetuadas à vista, para evitar dívidas: MÊS VOLUME TOTAL (em R$) JAN 2.000 50.000 no mês 100% FEV 2.000 50.000 1o mês 0% MAR 2.500 62.500 TOTAL 100% Orçamento de Despesas Operacionais: MÊS FIXAS (em R$) VARIÁVEIS (em R$) TOTAL (em R$) JAN 15.000 4.000 19.000 no mês 30% FEV 15.000 5.000 20.000 1o mês 70% MAR 15.000 6.000 21.000 TOTAL 100% A situação do negócio do Sr. Tomás no início do ano era a seguinte: SALDO (em R$) Caixa 33.300 Estoques 37.500 corresponde 1.500 Unidades Contas a Receber 60.000 ATIVO CIRCULANTE 130.800 Fornecedores - Contas a Pagar 12.600 PASSIVO CIRCULANTE 12.600 Capital 118.200 TOTAL DO PASSIVO 130.800 O Sr. Tomás acha que o seu negócio é bastante lucrativo, mas que algo está errado, pois sempre falta dinheiro no final do mês. Pedimos que você equacione e apresente uma solução para este problema. Apostila 2010.1 48 CASO TOMÁS CEN PME MOVIMENTO DOS ESTOQUES DATA ENTRADAS (Compras) SAIDAS (Custo das Vendas) SALDO (Estoque) Q PM TT Q PM TT Q PM TT DEZ (JAN) (FEV) (MAR) TT DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL VENDAS (-) Custo das Vendas LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais RESULTADO DEMONTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DESCRIÇÃO (JAN) (FEV) (MAR) TOTAL M) SALDO INICIAL VENDAS: Cobrança no mês VENDAS: Cobrança no 1º mês N) TOTAL DAS ENTRADAS COMPRAS: Pagto no mês COMPRAS: Pagto no 1º mês DESP OPER: Pagto no mês DESP OPER; Pagto no 1º mês O) TOTAL DAS SAÍDAS P) SALDO FINAL (A+B-C) BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Disponível Dups. a Receber Estoques ATIVO TOTAL (Circulante)PASSIVO DEZ (JAN) (FEV) (MAR) Fornecedores Contas a Pagar PASSIVO CIRCULANTE Capital Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO TOTAL Apostila 2010.1 49 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.4040/76), apesar das alterações ocorridas no decorrer destes anos, não mudou a forma de apresentação dos demonstrativos contábeis. Assim sendo, as empresas de capital aberto são obrigadas a demonstrar sua realidade financeira e patrimonial, por meio de quatro relatórios: Balanço Patrimonial (BP) Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) Demonstração de lucros e prejuízos acumulados, podendo ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC) Adicionalmente, as Notas Explicativas (NE) e o Relatório dos Auditores (RA) também fazem parte do escopo de apresentação das demonstrações financeiras. BALANÇO PATRIMONIAL É a “fotografia” do patrimônio em determinado momento. Apresenta o conjunto de bens, direitos e obrigações. A sua estrutura é composta pelo ativo (bens + direitos), localizado à esquerda no balanço patrimonial e o passivo (obrigações + patrimônio líquido), à direita. ATIVO PASSIVO Ativo – Representa (i) os bens e direitos, (ii) de propriedade da empresa, (iii) com valor monetário definido e (iv) que venha trazer benefícios presentes ou futuros. Para ser considerado um ativo da empresa, é necessário preencher os quatro requisitos simultaneamente. Passivo e o Patrimônio Líquido – Estes grupos de contas demonstram todas as obrigações da empresa perante terceiros (passivo) e para com os proprietários (patrimônio líquido). O balanço patrimonial demonstra as aplicações de recursos (investimentos) e as origens desses recursos (fontes de financiamento). Portanto, o ativo será sempre igual à soma do passivo exigível a curto e longo prazo, mais o patrimônio líquido. Resumindo: ATIVO PASSIVO Conjunto de Bens + Direitos Conjunto das Obrigações + P.Líquido Investimentos Fontes de Financiamento Aplicação de Recursos Origem dos Recursos Apostila 2010.1 50 O termo “balanço” significa equilíbrio, sendo um objeto a ser administrado pela empresa para cumprimento de seus objetivos. A sua gestão deve ser realizada de forma equilibrada e coerente, caso contrário a empresa poderá estar fadada ao insucesso. Uma empresa pode ter um excelente lucro, todavia, se faz investimentos em excesso, incompatíveis com a geração de recursos, portanto, sem equilíbrio, poderá não ter liquidez para quitar suas obrigações. (Lucentini, 30) A composição dos grupos do balanço é a seguinte: ATIVO PASSIVO CIRCULANTE (Realizável em até 1 ano) CIRCULANTE (Exigível em até 1 ano) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (Realizável acima de 1 ano) EXÍGÍVEL A LONGO PRAZO (Exigível acima de 1 ano) PERMANENTE (Conversibilidade nula) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Exigibilidade remota) O ativo circulante possui mais liquidez que o ativo realizável a longo prazo, e este, sobre o ativo permanente. Dentro do ativo circulante, também há uma ordem de liquidez decrescente. Com relação ao passivo circulante, temos a mesma relação. ATIVO CIRCULANTE (Realizável em até 1 ano) PASSIVO CIRCULANTE (Exigível em até 1 ano) Caixa e Bancos Fornecedores Duplicatas a Receber Contas a Pagar Estoques Tributos a Pagar Outros Valores a Receber Empréstimos Bancários Despesas Antecipadas Dividendos a Pagar O grupo de contas de longo prazo (ativo), demonstrado na tabela a seguir, apresenta uma possibilidade de transformação em disponível muito menor que a do grupo circulante. No exigível a longo prazo são classificadas todas as obrigações que serão pagas em período superior a 1 ano da data de emissão do balanço. Um empréstimo bancário com parcelas vencíveis em 5 anos deverá ter aquelas do primeiro ano registradas no passivo circulante e as demais, relativas a 4 anos, no exigível a longo prazo. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (Realizável acima de 1 ano) EXÍGÍVEL A LONGO PRAZO (Exigível acima de 1 ano) Duplicatas a Receber Fornecedores Depósitos Judiciais Financiamentos Bancários A próxima tabela apresenta a imobilização dos recursos (ativo permanente) e a composição do patrimônio dos proprietários, considerando não exigível, sob pena de encerramento das atividades da empresa. Apostila 2010.1 51 Investimento em outras empresas – Corresponde à participação desta empresa no capital de outra(s) sociedade(s). Imobilizado – Este é componente mais importante do ativo permanente. Aqui são registrados todos os itens que “movimentarão” a empresa, destinados à produção, comercialização, gestão e entrega dos produtos. Geralmente, é o grupo que recebe o maior aporte de investimentos. Diferido – São agrupadas neste grupo as despesas que serão apropriadas na formação de resultados de diversos exercícios. Incluem-se as despesas gerais de organização e abertura e a reorganização societária, lançamentos de novos produtos, etc. Capital – Indica o valor do capital pelo qual os sócios se obrigam no ato da assinatura do contrato ou os acionistas, no ato da subscrição de ações. Reservas – São parte integrante do capital próprio da empresa, extraída após a apuração do lucro líquido com a finalidade de garantir o capital próprio em giro. PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos em outras empresas Capital Imobilizado Reservas Terrenos de Capital Imóveis de Reavaliação Máquinas e Equipamentos de Lucros Móveis e Utensílios Resultado (-) Depreciação Acumulada Acumulado Diferido do Exercício Despesas pré-Operacionais (-) Amortização Acumulada DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO As contas componentes do balanço patrimonial são denominadas contas patrimoniais e são formadas pelo ativo, passivo e patrimônio líquido. As contas de resultado fazem parte da demonstração do resultado do exercício (DRE) de qualquer entidade e demonstram se as operações de um determinado período (mensal, trimestral, semestral ou anual) apresentaram lucro ou prejuízo. A receita bruta tem como base a emissão de documento fiscal compatível: nota fiscal de venda ou de prestação de serviços, independentemente do seu prazo de recebimento (a vista ou a prazo). As devoluções e os abatimentos são denominados contas retificadoras das vendas brutas, em que estão incluídas as vendas canceladas, devoluções parciais ou totais de vendas e os descontos comerciais indicados na nota fiscal. Os impostos incidentes sobre as vendas, destacados também na nota fiscal (ICMS, IPI, ISS), mais PIS e Cofins não destacados na nota fiscal. Apostila 2010.1 52 O custo das vendas é diretamente ligado e proporcional ao volume de vendas. Somente existe desde que haja uma unidade produzida e vendida. As despesas operacionais são aquelas diretamente ligadas à atividade da empresa e à consecução da fonte produtora das receitas. As despesas financeiras representam geralmente o custo do endividamento ou a remuneração pelos recursos de terceiros. As receitas e despesas não operacionais nada têm a ver com o objetivo principal da atividade empresarial. A provisão para imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido correspondem à tributação sobre o lucro líquido. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA BRUTA (a vista ou a prazo) (-) Devoluções e Abatimentos RECEITA REALIZADA (-) Impostos sobre a Receita RECEITA LÍQUIDA (-) Custo das Vendas (CPV, CMV ou CSP) LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais Administrativas Comerciais Depreciação do Período RESULTADO OPERACIONAL LAJIR (-) Despesas Financeiras, líquidas J (+) Receita não Operacional LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA LAIR (-) Imposto de Renda IR LUCROLÍQUIDO LL LAJIR = Lucro antes dos juros e do imposto de renda EBTIDA = Earning before taxes, interest, depreciation and amortization Na estrutura acima, o EBTIDA seria igual ao LAJIR mais a depreciação. Apostila 2010.1 53 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA CIA. BAMBINA (DADOS BÁSICOS) ATIVO X0 X1 PASSIVO X0 X1 Circulante Circulante Caixa 300 1.000 Fornecedores 600 1.500 Duplicatas a Receber 500 700 Contas a Pagar 400 500 Estoques (1) 1.000 1.400 TOTAL 1.000 2.000 TOTAL 1.800 3.100 Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Títulos 1.000 1.000 Financiamentos 2.900 3.400 Permanente Patrimônio Líquido Imobilizado 4.000 5.000 Capital (2) 3.000 3.200 (-) Depreciação 1.000 1.500 Reservas (3) 900 1.000 Terrenos 2.000 2.000 TOTAL 3.900 4.200 TOTAL 5.000 5.500 ATIVO TOTAL 7.800 9.600 PASSIVO TOTAL 7.800 9.600 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTAS EXPLICATIVAS RECEITA TOTAL 9.000 14.400 1. Os estoques estão avaliados com base no custo médio. (-) Custo das Vendas 6.300 10.080 2. O aumento de capital foi integralizado em dinheiro. LUCRO BRUTO 2.700 4.320 3. Em X1, foram distribuídos dividendos no total de $377. (-) Desp. Operacionais (4) 2.360 3.520 4. Em X1, inclui $500 de depreciação do imobilizado. LUCRO OPERACIONAL 340 800 (+) Rec.não Operacional 120 120 DMPL Capital Reservas TOTAL (-) Desp. Financeiras 70 238 Posição em X0 LUCRO ANTES I.RENDA 390 682 (+) Aumento de Capital (-) Imposto de Renda 117 205 (-) Dividendos LUCRO LÍQUIDO 273 477 (+) Lucros Líquido Posição em X1 CUSTO DAS VENDAS Estoque inicial 2.000 EI + Compras – EF = Custo das Vendas (+) Compras 5.300 Compras = Custo das Vendas + EF – EI (-) Estoque final 1.000 EI = Custo das Vendas + EF – Compras (=) Custo das Vendas 6.300 EF = EI + Compras – Custo das Vendas Descrição Duplicatas a Receber Fornecedores Contas a Pagar Saldos em X0 ...................................................... (+) Receita Total ................................................. (+) Compras ........................................................ (+) Despesas Operacionais (-) Depreciação .... (-) Saldos em X1 ........................................... (=) Recebimento de Clientes ...................... (=) Pagamento a Fornecedores .................. (=) Pagamento de Desp. Operacionais ...... Apostila 2010.1 54 FLUXO DE CAIXA SALDO INICIAL DE CAIXA (X0) SAÍDAS Fornecedores ENTRADAS Empréstimos Empréstimos Despesas Operacionais Recebimento de Clientes Despesas Financeiras Receitas não Operacionais Imposto de Renda Aumento de Capital Investimentos Dividendos TOTAL DAS ENTRADAS TOTAL DAS SAÍDAS SALDO FINAL DE CAIXA (X1) Anotações: Apostila 2010.1 55 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO – Cia. Zeta BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO X0 X1 PASSIVO X0 X1 Circulante Circulante Caixa 4.700 4.700 Fornecedores 25.000 27.000 Duplicatas a Receber 21.700 24.600 Contas a Pagar 13.500 15.500 Estoques 15.000 16.000 Outras Ctas.a Receber 4.800 3.600 TOTAL 46.200 48.900 TOTAL 38.500 42.500 Realizável a L. Prazo Exigível a L.Prazo Títulos 5.000 5.200 Financiamentos 25.000 25.000 Permanente Patr. Líquido Imobilizado 72.000 86.000 Capital 35.000 35.000 (-) Depreciação 18.000 19.000 Reservas 26.700 38.600 Terrenos 20.000 20.000 TOTAL 74.000 87.000 TOTAL 61.700 73.600 ATIVO TOTAL 125.200 141.100 PASSIVO TOTAL 125.200 141.100 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CUSTO DAS VENDAS CONTAS X0 X1 CONTAS X0 X1 RECEITA TOTAL 222.000 265.000 Est. Inicial 12.000 (-) Custo das Vendas 134.000 164.500 (+) Compras 137.000 LUCRO BRUTO 88.000 100.500 (-) Est. final 15.000 (-) Desp. Operacionais 70.000 79.200 (=) C.Vendas 134.000 L. OPERACIONAL 18.000 21.300 (+) Rec.não Operacional NOTAS EXPLICATIVAS (-) Desp. Financeiras 3.500 3.800 1. Os estoques estão avaliados com base no custo médio. 2. Em X1, foram distribuídos dividendos no total de $400 3. Em X1, inclui $1.000 de depreciação do Imobilizado. LUCRO ANTES I.R. 14.500 17.500 (-) Imposto de Renda 4.800 5.200 LUCRO LÍQUIDO 9.700 12.300 DMPL CAPITAL RESERVAS TOTAL POSIÇÃO EM X0 (+) Aumento de Capital (-) Dividendos (+) Lucro Líquido (=) POSIÇÂO EM X1 Descrição Duplicatas a Receber Fornecedores Contas a Pagar Saldos em X0 ...................................................... (+) Receita Total ................................................. (+) Compras ........................................................ (+) Despesas Operacionais (-) Depreciação .... (-) Saldos em X1 ........................................... (=) Recebimento de Clientes ...................... (=) Pagamento a Fornecedores .................. (=) Pagamento de Desp. Operacionais ...... Apostila 2010.1 56 FLUXO DE CAIXA SALDO INICIAL DE CAIXA (X0) SAÍDAS Fornecedores ENTRADAS Empréstimos Empréstimos Despesas Operacionais Recebimento de Clientes Despesas Financeiras Receitas não Operacionais Imposto de Renda Aumento de Capital Investimentos Outras Contas a Receber Dividendos TOTAL DAS ENTRADAS TOTAL DAS SAÍDAS SALDO FINAL DE CAIXA (X1) Anotações: Apostila 2010.1 57 ANÁLISE FINANCEIRA As demonstrações financeiras necessitam ser transformadas em uma linguagem fácil aos gestores, que nem sempre têm conhecimentos financeiros aprofundados, para tomada de decisões. Este procedimento é efetuado pela utilização de indicadores ou índices financeiros. Duas situações devem ser exploradas: econômica e financeira. A situação econômica avalia aspectos dos investimentos realizados no ativo, a lucratividade, a remuneração dos sócios e proprietários, como os lucro estão sendo reinvestidos, enquanto a análise financeira está voltada à capacidade de quitar compromissos, ou seja, a capacidade de pagamento. PRINCIPAIS USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS LUCENTINI (49) identificou os seguintes usuários: USUÁRIOS SEUS PRINCIPAIS OBJETIVOS Proprietários Ver a evolução patrimonial da empresa e da concorrência. Assegurar resultados futuros. Investidores (acionistas) Obter informações que permitam comparação com outras empresas para tomada de decisão onde investir. Buscar indicações de que os lucros serão otimizados, aumentando o retorno. Quem empresta dinheiro (bancos) Avaliar se a empresa será capaz de pagar os juros. Avaliar os bens da empresa, caso a dívida não seja paga. Concorrentes Aumento da vendas, da participação de mercado, de lucros líquidos e da eficiência total da empresa. Informações sobre a estrutura de custos e operações. Gerentes e funcionários Garantir que a empresa continue a operar com competitividade. Números de final de ano que reflitam sua competência naturalmente (PLR). Clientes e fornecedores Continuidade de fornecimento e negócios sem rupturas para o fluxo de bens e serviços. Capacidade de pagar os compromissos assumidos. Governo Assegurar que os relatórios financeiros sejam aceitáveis. Apurar os impostos devidos e pagos. MÉTODOS DE ANÁLISE Análise vertical – É o estudo da participação relativa de uma conta no grupo a que ela pertence ou em relação a um total. Análise horizontal – É o estudo da evolução de uma conta ao longo do tempo. Análise por meio do emprego de índices – Comparação entre dois valores patrimoniais, dividindo-se um
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