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Mecanismo do Reflexo do Vômito

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Stefani de Oliveira Audibert - FAB 
 
Mecanismo do Reflexo do Vômito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÍMULO: 
Dor, visão, 
odor 
repulsivo, 
fatores 
emocionais 
Aferência: labirinto 
ESTÍMULOS 
da faringe e 
do 
estômago 
ESTÍMULO: 
Cinetose 
ESTÍMULO: 
Toxinas 
endógenas, 
fármacos 
Aferência: 
aferentes viscerais 
(receptores 5-Th3) 
Aferências: 
aferentes sensitivos 
e vias no SNC 
sangue 
Núcleos 
vestibulares 
(receptores H1 e 
mACh) 
Liberação de agentes 
emetogênicos (5-HT, 
prostanoides, radicais livres) 
Centros mais altos 
ZGQ 
(receptores 
NK1, D2, 5-HT) 
Núcleo do 
trato solitário 
(receptores 
mACh e H1) 
CENTRO DO 
VÔMITO 
Nervos para 
receptores 
somáticos e 
viscerais 
Antagonistas 
dos receptores 
H1, 
antagonistas 
dos receptores 
muscarínicos 
Antagonistas dos 
receptores muscarínicos 
Antagonista 5-HT3 
Antagonistas da 
dopamina 
aprepitanto, 
antagonistas 5-HT 
- 
Antagonistas dos 
receptores H1 
- 
- 
- 
- 
Stefani de Oliveira Audibert - FAB 
 
Mecanismo do Vômito 
Os vômitos são regulados centralmente pelo centro do vômito e pela zona do gatilho quimiorreceptora (ZGQ), ambos situando-se no bulbo. A 
ZGQ é sensível a estímulos químicos e é o principal ponto de ação de muitos fármacos eméticos e antieméticos. A barreira hematoencefálica 
nas vizinhanças da ZGQ é relativamente permeável, permitindo que mediadores circulantes atuem diretamente sobre esse centro. A ZGQ 
também regula a cinetose. Impulsos da ZGQ passam para as áreas do tronco encefálico -conhecidas, como centro do vômito - que controlam 
e integram as funções viscerais e somáticas envolvidas no ato de vomitar. 
Os principais neurotransmissores são acetilcolina, histamina, S-hidroxiüiptamina (B-HT), dopamina e a substância P. Tem a hipótese de que 
as encefalinas também estejam implicadas na mediação do vômito, atuando, possivelmente, em receptores opioides dos tipos gama (ZGQ) ou 
µ (centro do vômito). Também podem estar envolvidos a substância P, atuando nos receptores de neurociraina-1 na ZGQ, e os 
endocanabinoides. 
Os principais neurotransmissores são acetilcolina, histamina,S-hidroxiüiptamina(B-HT),dopamina e a substãncia P, e os receptores para esses 
transmissores foram demonstrados nas áreas relevantes (Caps. 12-14 e 38). Levanta-se a hipótese de que as encefalinas(Caps. 19 e 41) 
também estejam implicadas na mediação do vômito, atuando, possivelmente, em receptores opioides dos tipos õ (ZGQ) ou p. (centro do vômito)- 
Também podem estar eravolvidos a substânciaP (Cap. 19), atuando nos receptores de neurociraina-l na ZGQ, e os endocanabinoides(Cap. 
18).A neurobiologia da náusea é muito menos bem compreendida. A náusea e a êmese podem ocorrer juntas ou separadamente e podem 
servir a diferentes funções fisiológicas (Andrews ai: Horn, 2006). Do ponto de vista do farmacologista, é mais fácil controlar a êmese do que a 
náusea, sendo que muitos antietnéticos eficazes (p. ex., antagonistas 5-HT3) são muito menos eficazes a esse respeito. 
Antiemético 
 
• Antagonistas dos receptores H1: principais medicamentos desse grupo cinarizina, ciclizina e prometazina, são eficazes contra náuseas e 
vômitos. Incluindo cinetose e irritantes do estomago, não são muito eficazes contra substâncias diretamente ZGQ. Efeitos adversos: sonolência 
e sedação. 
• Antagosnistas de receptores muscarínicos: hioscina (escopolamina) é usada no tratamento de cinetose, pode ser adm por via oral ou 
adesivo transdérmico. Efeitos adversos: sonolência, boca seca e visão embaçada. 
• Antagonistas dos receptores 5-HT3: a dolasetrona, granisetrona, ondansetrona, palonosetrona e a tropisetrona. Diminuem náusea no pós-
operatório ou aquelas causadas por radioterapia ou adm de citotóxicos como a cisplatina. O sítio primário de ação desses fármacos é a ZGQ. 
Efeitos adversos: cefaleia, desconforto TGI. 
• Antagonistas de dopamina: a clorpromazina, perfenazina, proclorperazina e trifluoperazina, tratam náuseas e vômitos associados 
a câncer, radioterapia, citotóxicos, opioides e anestésicos. Atuam como antagonistas dos receptores D2 da dopamina na ZGQ, 
Stefani de Oliveira Audibert - FAB 
 
também bloqueiam receptores de histamina e muscarínicos. Outros antipsicótzicos, como o haloperidol e a levemepromazina também 
atuam como antagonistas D2 na ZGQ e podem ser usados para êmese aguda induzida por quimioterapia. 
• Metoclopramida e domperidona: A metoclopramida é um antagonista do receptor D2 e é relacionada com o grupo dos fenotiazínicos, atuando 
centralmente sobre a ZGQ e tendo ação periférica sobre o próprio TGI, aumentando a motilidade do esôfago, do estômago e do intestino. Isso 
não somente se acrescenta ao efeito antiemético, mas também explica seu uso no tratamento do RGE e distúrbios hepáticos e biliares. A 
metoclopramida também bloqueia os receptores de dopamina em outras regiões. do SNC. Efeitos adversos: distúrbios do movimento (mais 
comuns em crianças e adultos jovens), cansaço, inquietação motora, torcicolo espasmódico e crises oculógicas. A domperidona é um fármaco 
semelhante, usado para tratar vômitos causados por citotóxicos, e sintomas GI. Diferentemente da metoclopramida, não atravessa facilmente 
a barreira hematoencefalica e tem menos propensão a produzir efeitos colaterais centrais. Ambos os fármacos são dados por via oral, têm 
meias-vidas plasmáticas de 4-5 horas e são eliminados na urina. 
• Antagonistas do receptor NK1: o aprepitanto bloqueia os receptores da substância P (receptores NK) na ZGQ e no centro do vômito. A 
substância P causa êmese quando injetada intravenosamente e é liberada pelos nervos aferentes vagais gastrintestinais, assim como pelo 
próprio centro do vômito. O aprepitanto é administrado por via oral, sendo eficaz no controle da fase tardia da êmese causada por fármacos 
citotóxicos, com poucos efeitos adversos significativos. O fosaprepitanto é um pró-fármaco do aprepitanto, e é administrado por via intravenosa. 
 
Referências: 
Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 
2012 
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