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Resumo Direito Penal

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DIREITO PENAL 
 
Princípios 
1. Princípio da proteção do bem jurídico 
É a noção do bem jurídico que pressupõe a relevância para a sociedade de determinado 
ente material ou imaterial. 
 
2. Princípio da intervenção mínima 
O direito penal só será chamado quando outros não conseguem resolver a situação. 
Quando os demais ramos do direito não conseguirem tutelar o direito 
De modo que a sua condição fica condicionado, observando apenas os casos de lesão ou 
perigo de lesão aos bens jurídicos tutelados. 
Caráter fragmentário ao Direito Penal: o direito penal só age quando demonstrado lesão 
ou perigo de lesão a direito juridicamente tutelado. 
Caráter subsidiário do Direito Penal: só é chamado a agir quando outros não conseguem 
resolver a lide (o soldado de reserva). 
Observação: 
● Princípio da insignificância: 
○ É uma causa que que retira a tipicidade material do fato, acabando com o 
crime 
○ Entendimento do Supremo: requisitos necessários para alegar o princípio 
da insignificância 
1. Minima ofensividade da conduta 
2. Ausencia de periculosidade social da conduta 
3. Reduzido o grau de reprovabilidade da conduta do agente 
4. Inexpressividade da lesão jurídica 
○ Não se aplica nos casos de contrabando e aos crimes cometidos com 
violência ou grave ameaça contra pessoa, crimes contra a fé pública, 
finança públicas, administração. 
○ No crime de descaminho (Descaminho é um crime contra a ordem 
tributária), o entendimento é de que cabe o princípio da insignificância. 
○ Tributos que forem sonegados até 20 mil reais para qualquer ente cabe o 
princípio da insignificância. O lado bom seria de que no caso de comprar 
muitas coisas no exterior e não declara sendo que a última vez que fez isso 
foi a cinco anos atras (seriam tributos para a união); O lado ruim é que isto 
vale para todos os entes, ou seja, para municípios e estados, 20 mil reais 
sonegados pode significar muita coisa. (Lei 10.522/2002, tributos para a 
fazenda pública) 
○ O Ministério Público não concorda com a lei dos 20 mil, pois a lei não traz 
nada penal, apenas tributário para a fazenda pública, pelo caráter 
fragmentado o que que o direito penal faz lá. Logo, ele escolhe apenas os 
10 mil reais. A Partir dos 10 mil reais será denunciado. 
○ Não aplica-se esse princípio para tráfico de drogas, pois afeta bem jurídico 
social, alto grau de periculosidade social, mas vale para o art. 28 da lei o 
princípio vale (de acordo com a jurisprudência do STF) 
○ Rádio clandestina, aplica-se quando cabe também o da co culpabilidade 
(existem muitas rádios clandestinas em comunidades) 
Principio da co culpabilidade: 
Atenuante inominada 
Quando o Estado não está inserido na sociedade, há uma questão 
de adequação social. 
○ Não cabe esse princípio para nenhum tipo de “gato” 
○ Não aplica-se a casos de crimes ambientais. 
 
● Princípio da bagatela: 
Quando tem uma diminuição da pena ou privilégio, contudo ainda existe a 
tipicidade 
 
 
3. Responsabilidade pessoal 
Aquele que cometer o crime que será punido por ele, a sanção não passará para outrem. 
 
4. Princípio da Inocência X Princípio da não culpabilidade 
Culpabilidade é a repreensão da conduta realizada. 
Não ser culpável não significa que é inocente. A doutrina bem técnica diferencia, você 
pode não ser culpável, mas não porque é inocente, apenas, por exemplo por falta de 
provas. 
Considerado ambos, pela doutrina, princípios da constituição que se adequam ao Direito 
Penal, contudo o princípio da inocência é bem mais amplo do que o da não culpabilidade. 
 
5. Princípio da adequação social 
Quando a sociedade já absorve historicamente aquela conduta 
Por exemplo: furar a orelha de um recém-nascido, é uma lesão corporal permanente com 
agravante de impossibilidade de resistência e ninguém é punido. 
Contudo, a pirataria, por mais que haja uma aceitação, ela é punida, pois há o direito de 
garantia da autoria. 
 
6. Territorialidade 
A lei brasileira será utilizada em toda a territorialidade do brasil, contudo há exceções, a 
lei brasileiras também será utilizada quando o agente for brasileiro (princípio da 
personalidade ativa) (sendo a vítima brasileira ou não), ou em casos de bandeira, significa 
que em embarcações em alto mar a lei utilizada será aquela correspondente a bandeira da 
embarcação. 
 
Vários são os critérios para a aplicação da lei penal, como no caso da lei penal no 
tempo que adota a teoria da atividade. Sobre a lei penal no espaço, o assunto se 
apresenta de forma mais complexa. Primeiramente, o Brasil adotou a 
territorialidade para aplicação da sua lei pátria de acordo com o artigo 6º do nosso 
Código Penal: 
 
​Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
Ou seja, os crimes que ocorrem em território nacional estarão sujeitos à lei 
nacional. Como eu vou saber o LUGAR DO CRIME? O código penal brasileiro 
adotou a teoria da ubiquidade, diferente da lei penal no tempo onde adotamos a 
teoria da atividade, onde o tempo do crime é considerado no momento da ação ou 
omissão. Para a teoria da ubiquidade tanto o momento da ação ou omissão, como 
onde se produziu ou deveria produzir o resultado, assim se a ação/omissão, assim 
como o resultado, ocorrerem em território brasileiro, aplica-se a nossa lei. 
 
TERRITÓRIO 
Mas como vamos saber qual o nosso território? De acordo com o artigo 5º, § 1º, o 
território geográfico do Brasil abrange tanto seu espaço físico, onde exerce sua 
política e poder, como o seu mar territorial, espaço aéreo e subsolo, esses são 
considerados os territórios estrito senso. 
 
Art. 5º, § 1º, CP - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do 
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou 
a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que 
se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
 
Nosso Código Penal também considera os territórios por extensão que estão 
previstos no artigo 5º, §2º, do código penal, que apesar de não serem territórios 
propriamente ditos são considerados como tal, são eles as embarcações públicas 
ou a serviço público, onde quer que elas se encontrem, e as embarcações ou 
aeronaves privadas em alto mar ou espaço aéreo correspondente. 
 
Art. 5º, § 2º, CP - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, 
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
 
Mas nem tudo é tão fácil assim, existe também, em razão de alguns princípios, a 
EXTRATERRITORIALIDADE, que pode ser dividida em três grupos, 
extraterritorialidade incondicionada, condicionada e hipercondicionada. 
 
TERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
A territorialidade incondicionada encontrada no artigo 7º, inciso I do Código 
penal, são as hipóteses em que independem de qualquer ocorrido no território 
estrangeiro, as trêsprimeiras causas vem em decorrência do princípio da proteção 
(ou defesa) onde o que é lesionado além do bem jurídico do crime, um bem 
jurídico de relevância nacional e por isso ele deve ser protegido, ultrapassa o bem 
jurídico protegido generícamente, como, por exemplo, o primeiro caso que trata 
de crimes contra a vida ou liberdade do Presidente da República, alem de ter sido 
afetado o bem jurídico vida ou liberdade, também há um interesse nacional em 
sua representação. 
 
São as hipóteses de territorialidade incondicionada abrangidas pelo princípio da 
proteção ou da defesa: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de 
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
 
A quarta hipótese de extraterritorialidade incondicionada está relacionada ao 
princípio da justiça universal, que é a repressão de crimes que o Brasil se 
comprometeu a fazer por meio de tratados ou convenções, essa hipótese aqui é o 
crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil 
(existem autores que dizem que se trata do princípio do domicílio, mas a doutrina 
majoritária entende como justiça universal mesmo). 
Vale lembrar que se o agente já tiver cumprido pena no estrangeiro pode ocorrer 
detração aqui no Brasil, computando quando as penas forem idênticas ou 
atenuando quando forem diferentes, como está previsto no artigo 8º do Código 
Penal: 
 
Art. 8º, CP - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
TERRITORIALIDADE CONDICIONADA 
No caso da extraterritorialidade condicionada, a lei brasileira vai ser aplicada de 
forma subsidiária, sendo ela agindo na ausência da repressão originária, os casos 
estão previstos no inciso II do artigo 7º do Código Penal: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir (aqui também 
temos a justiça universal, mas de uma forma mais ampla já que no inciso anterior 
fala apenas de genocídio) 
b) praticados por brasileiro (aqui temos o princípio da personalidade ativa, que o 
Brasil se responsabiliza pelos atos praticados por brasileiros) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados 
(aqui temos o princípio da representação, também chamado de princípio da 
bandeira ou pavilhão) 
 
Esses casos se diferem do inciso I, porque para sua aplicação é necessário que se 
cumpra as seguintes condições previstas no §2º do artigo 7º do Código Penal, 
assim podemos compreender que só será aplicada a lei penal brasileira de forma 
secundária, logo que uma das condições para sua aplicação é que o agente não 
tenha sido absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena, ou seja aqui 
também não se aplica a hipótese de detração por uma questão lógica. 
 
As condições são: 
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a 
extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar 
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
 
EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA 
Já no caso da extraterritorialidade hipercondicionada, se aplica somente em um 
caso, quando estrangeiro comete crime contra brasileiro, tem esse nome 
justamente por ter mais condições que as hipóteses anteriores, nele vai ser 
necessário cumprir as hipóteses da extraterritorialidade condicionada e que exista 
requisição do Ministro da Justiça (condição de procedibilidade) e que não tenha 
sido pedida a extradição ou que ela tenha sido negada. Está prevista no artigo 5º, 
§3º, do Código Penal: 
 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra 
brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
 
7. Princípio da irretroatividade penal 
A lei penal nao retroage, salvo quando beneficia o réu. 
Exceção: Art. 3 do CP. 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
8. Princípio da Ultra tividade 
Não se aplica abolitio criminis em lei excepcional ou temporária. 
Essas leis são auto revogáveis e ultra ativas 
Crime cometido em uma vigência de uma lei temporária, hoje ela poderia ser 
processada por esse crime pelo princípio da ultra-atividade. A importância era se 
o fato era crime durante a vigência da lei temporária. 
Se fosse um caso de uma lei normal que é revogada, tem abolitio criminis 
 
 
9. Princípio da fragmentariedade 
O direito penal só age quando demonstrado lesão ou perigo de lesão a direito 
juridicamente tutelado 
 
10. Súmula 711 
Vai ser aplicada a lei que for vigente, sendo mais gravosa ou não, no momento em que 
cessa o crime permanente (sequestro) ou continuado 
 
Eficácia da Lei Penal no Tempo 
● Regra: “Tempo regit actum” 
O tempo rege o ato. Deve-se ver qual lei é vigente no momento da prática do delito. 
A lei penal não pode pegar fatos anteriores a sua vigência, pois a pessoa ao realizar uma 
conduta deve saber que é um crime no momento em que realiza. 
 
● Extra-atividade (gênero): 
a. Retroatividade 
■ Quando você pode ter uma legislação que pode penalizar uma conduta 
antiga, apenas para beneficiar o réu com pegar atos 
 
b. Irretroatividade 
■ A lei não retroage se não em benefício do réu 
 
c. Ultra-atividade (art. 3) 
■ A legislação será aplicada mesmo após a sua revogação, desde que os 
fatos tenham sido praticados durante a vigência desta lei 
 
● Tempo do crime 
a. Teoria da atividade: art. 4 CP 
■ O tempo do crime é o do tempo da conduta do agente 
 
● Sucessão da Lei Penal no tempo: 
a. Sucessão de lei incriminadora - Sum. 711 
Será aplicado a lei da data do fato 
 
b. Novatio legis in perjus 
Nova lei que vem prejudicar o réu 
Ex: a volta do emprego de arma branca ser uma causa de aumento de pena 
Adota o princípio da irretroatividade 
 
c. Abolitio criminis 
Quando você retira do cenário jurídico uma conduta típica, deixando de de existir 
os efeitos penais, primarios e secundarios, remanescente os efeitos extra penais, 
ou seja, os civis 
 
d. Novatio legis in mellius 
 
Obs: É proibido a combinação de lei 
 
“I. NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA 
É a hipótese da lei nova que vem a tornar fato anteriormente não incriminado pelo 
direito penal como fato incriminado, como fato típico. [4] A lei nova que 
incrimine o praticante de fato que ao tempo da prática não era típico, não poderá 
ser aplicada, pois é irretroativa. Ao tempo da prática, determinado fato não era 
considerado crime pelo Direito. Concluímosque a conduta não era socialmente 
nem legalmente reprovável. Isso premia o princípio da segurança nas relações 
jurídicas a nosso ver. 
 
II. ABOLITIO CRIMINIS 
Ocorre o fenômeno da abolitio criminis (recentemente verificado com a 
promulgação da Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, que remodelou bastante o 
Capítulo VI do Código Penal – Dos Crimes Contra os Costumes, e aboliu os 
crimes de sedução, rapto e adultério), sempre que uma lei nova deixa de 
incriminar fato anteriormente considerado um ilícito penal. É agraciado pelo 
artigo 2º, “caput’ do CP. 
 
MIRABETE ensina que se trata de aplicação do princípio da retroatividade da lei 
mais benigna. [5] O Estado, exclusivo detentor do ius puniendi, se desinteressa na 
punição de determinado fato. Por isso, a abolitio criminis retroage, alcançando o 
autor de determinado fato, anteriormente tido como típico. Esse deverá ser posto 
em liberdade (se preso) e sua folha de antecedentes criminais liberta do fato não 
mais considerado delituoso. O delito desaparece, juntamente com todos os seus 
reflexos penais (persistem os cíveis). 
 
III. NOVATIO LEGIS IN PEJUS 
O fenômeno jurídico da novatio legis in pejus refere-se à lei nova mais severa do 
que a anterior. Ante o princípio da retroatividade da lei penal benigna, a novatio 
legis in pejus não tem aplicação na esfera penal brasileira. 
 
Conforme ensina, mais uma vez, MIRABETE: 
“nessa situação (novatio legis in pejus) estão as leis posteriores em que se comina 
pena mais grave em qualidade (reclusão em vez de detenção, por exemplo) ou 
quantidade (de 02 a 08 anos, em vez de 01 a 04, por exemplo); se acrescentam 
circunstâncias qualificadoras ou agravantes não previstas anteriormente; se 
eliminam atenuantes ou causas de extinção da punibilidade; se exigem mais 
requisitos para a concessão de benefícios, etc.”. (grifos nossos) [6] 
 
Dentre esses preceitos, podemos acrescentar que, as medidas de segurança 
também se encontram abarcadas. Medidas que majorem ou agravem as medidas 
de segurança também não podem retroagir para alcançar fatos pretéritos. As 
regras sobre medida de segurança são também leis penais. [7] 
 
IV. NOVATIO LEGIS IN MELLIUS 
É a lei nova mais favorável que a anterior. Essa tem plena aplicação no Direito 
Penal Brasileiro, prevista pelo Código Penal, em seu artigo 2º, parágrafo único e 
pela Magna Carta, em seu artigo 5º, XL. Vale dizer que, não importa o modo pelo 
qual a lei nova favoreça o agente, ela será aplicada a fatos pretéritos a sua entrada 
em vigor. É a lex mitior. Deverá ser aplicada tanto ao réu em sentido estrito 
(aquele que está sendo acusado em processo penal) quanto ao réu em sentido lato 
(sujeito passivo na ação penal, aqueles submetidos à execução de pena e/ou 
medidas de segurança).” 
 
 
● Princípio da continuidade normativa-típica 
“O princípio da continuidade normativa típica ocorre quando uma norma penal é 
revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a 
infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou 
normativamente diverso do originário”. 
Exemplo: o estupro, hoje em dia considera estupro a conjunção carnal ou qualquer outro 
ato libidinoso (antes tinha o crime de estupro -coito vagina e pênis- e todo o resto era ato 
libidinoso disposto em outro artigo, quando era punido as penas eram cumuladas) 
 
Lei Penal no Espaço 
Crimes aplicáveis e Territorialidade 
1. Territorialidade 
A lei brasileira será aplicada dentro do território brasileiro (físico ou por extensão) 
 
2. Princípio da nacionalidade ou personalidade ativa 
Aplica-se a lei do país a que pertence o agente, pouco importando o lugar do 
crime, a nacionalidade da vítima, ou do bem jurídico tutelado 
 
3. Princípio da nacionalidade ou personalidade passiva 
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do ofendido 
 
4. Princípio da defesa ou real 
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do bem jurídico lesado não importando o 
local da lesão ou o sujeito ativo 
(crimes contra a administração pública, segurança pública, estando fora do 
território) 
 
5. Princípio da justiça penal universal ou cosmopolita 
O agente fica sujeito a lei penal onde for encontrado, não importando sua 
nacionalidade, o bem jurídico lesão, ou o local do crime. 
Está presente em tratados e convenções internacionais (como tráfico de pessoas e 
órgãos) 
 
6. Princípio da representação/pavilhão/substituição/bandeira (MUITO IMPORTANTE) 
Aplica-se a lei penal nacional ao crimes cometidos em aeronaves e embarcações 
privadas ou mercantis (não públicas a serviço do brasil, se nao seria 
territorialidade por extensão) quando praticados no estrangeiro e lá não sejam 
julgados, caso contrário teria bis in idem 
 
Territorialidade Temperada/Mitigada (art. 5) 
Existem situações em que mesmo que a prática do delito tenha acontecido fora do 
território físico ou por expansão será utilizado a lei brasileira 
 
Território físico: terrestre, marítimo, aeronáutico 
12 milhas marítimas de largura a partir da baixa maré 
É a delimitação física, geográfica. 
 
Território por extensão: art. 5, s1, s2 
Aeronaves e embarcações em alto mar (sem pátria) que está a serviço do Brasil será 
aplicada a lei brasileira. 
S2, Ele será processado no momento em que pisar no país outra vez. 
 
Embaixada é extensão territorial? 
Não é extensão territorial, o que ocorre é que ela tem imunidades diplomáticas a ser 
respeitadas. 
Em caso de crime, a polícia civil pode invadir uma embaixada, pois a embaixada está no 
território brasileiro 
 
Direito de passagem inocente: Lei 8.617/93 
Mesmo passando uma embarcação por território estrangeiro, só que não atracado, a lei 
nacional será utilizada. 
 
Lugar do crime: art. 5, CP 
Teoria da Ubiquidade _ art.6, CP 
O lugar do crime vai ser no lugar da conduta, ação ou omissão, ou o resultado. 
Aplica-se a lei brasileira com os requisitos. 
 
LUTA 
L​ugar do crime - Teoria da ​U​biquidade 
T​empo do crime - Teoria da ​A​tividade 
 
Conceitos: 
1. Crime a distância 
O crime percorre o território de dois Estados soberanos 
Consequência: gera conflito internacional de jurisdição, aplica-se o art. 6 CP, ou 
seja, a brasileira 
 
2. Crimes em trânsito 
O crime percorre o território de mais de dois Estados soberanos 
Consequência: gera conflito internacional de jurisdição, aplica-se o art. 6 CP, ou 
seja, a brasileira 
 
3. Crimes plurilocais 
O crime percorre várias unidades da federação, dentro do território brasileiro 
Consequência: conflito interno de jurisdicao, aplica-se o art. 70 CPP, ou seja, 
depende 
 
TEORIA DO CRIME 
● O CP adotou a Teoria Tripartite/Finalista 
Crime = Fato típico + Ilícito (antijurídico) + Culpável → Consequência: Punibilidade 
 
Outras teorias 
C = Fato típico + Ilícito → Culpabilidade 
Crime = Fato típico + Ilícito (antijurídico) + Culpável + Punibilidade 
 
Fato típico 
1. Conduta 
a. Dolosa ou Culposa (Comissiva ou Omissiva) 
b. Culposa (Comissiva ou Omissiva) 
2. Nexo causal 
3. Resultado jurídico 
a. Jurídico, não necessariamente seja um resultado naturalístico (por exemplo a 
injuria) 
b. Um resultado natural é aquele material, paupável 
4. Tipicidade 
a. Formal → adequação do fato a norma 
b. Material → relevante lesão jurídica (ondeincide o princípio da insignificância) 
c. Conglobante 
i. Teoria argentina, defendida por Zaffaroni 
ii. Brasil não adota 
 
Ilicitude 
● Contrariedade a norma. 
Norma → não mate (não está escrita) 
Conduta → homicídio (está escrita nos dispositivos) 
 
● Causas excludentes de ilicitude/justificante (art. 23 do CP) 
1. Legítima defesa 
2. Estado de necessidade 
3. Estrito cumprimento do dever legal 
4. Exercício regular do direito 
 
Culpabilidade 
● É o substrato do crime 
● Elementos que compoe a culpabilidade: 
a. Imputabilidade 
■ No Brasil é adotada a biopsicologica, deve ser maior de 18 anos e não 
pode ter doença mental que faz com que ela não entende o caráter ilícito 
da sua conduta 
b. Exigibilidade de conduta diversa 
■ É exigível que a pessoa que praticou o delito tivesse outra conduta 
■ Inexigibilidade Exemplo: coação moral irresistível, obediência hierárquica 
não manifestamente ilegal 
c. Potencial consciência da ilicitude: homem médio 
 
● Causa excludentes de culpabilidade/Causas dirimentes: 
Exemplos: coação moral irresistível, obediência hierárquica não manifestamente ilegal 
 
Anotação de questões 
● Anistia → é a clemência do Estado, por meio de Lei, advém do Poder 
● Abolitio Criminis → Quando uma conduta deixa de ser atípica até então proibida por lei 
penal 
○ Retira os efeitos penais, primários ou secundários, mantendo as extrapenais. 
 
Conduta 
● Teoria causalista 
C = Fato típico + Ilícito → Culpabilidade 
○ Movimento voluntário humano 
○ A conduta do agente é desprovida de finalidade 
○ O dolo e a culpa estão deslocados para a culpabilidade 
■ É um dolo normativo 
■ A culpabilidade é psicologica, logo é analisado, nessa teoria, a 
imputabilidade 
■ A principal crítica a esta teoria é que ela não explica como ocorre um 
conduta omissiva (como não prestar ajuda) por ausência de dolo natural na 
conduta 
○ Ação típica: processo interno da vontade sem finalidade, movimento corporal que 
exterioriza a vontade 
○ Ação dolosa ou culposa: o conteúdo da vontade (estudada na culpabilidade, onde 
se estuda o dolo normativo 
○ Fato típico: 
■ Conduta “oca” (ou seja, conduta sem finalidade) 
■ Nexo causal 
■ Resultado 
■ Tipicidade 
○ Ilicitude formal 
■ Possui causas que excluem a ilicitude 
○ Culpabilidade (psicológica) (estuda... 
■ Imputabilidade 
■ Dolo e culpa (Elementos volutivos) 
 
Crime omissivo próprio: crime que se perfaz pela simples abstenção do agente. 
“Há somente a omissão de um dever de agir, imposto normativamente, dispensando, via 
de regra, a investigação sobre a causalidade naturalística (são delitos de mera conduta)” 
Exemplo: não prestar socorro à vítima 
Crime omissivo impróprio: art. 13, s 2, quando tem a figura de um garante (exemplo: mãe, pai, 
babá, salva vidas) é uma conduta comissiva por omissão, ou seja, quando você não agiu e 
responde como se tivesse agido 
“O dever de agir é para evitar um resultado concretamente evitável” 
“A omissão consiste na transgressão do dever jurídico de impedir o resultado, sendo 
diametralmente oposto o seu conceito frente ao omissivo próprio, uma vez que é exigido 
do agente um fazer” 
Exemplo: uma mãe que não alimenta seu filho, o bebê morre, a mãe (como figura de 
garante) responde por homicídio combinado com o art. 13, s 2 CP 
 
 
 
● Teoria Finalista 
Crime = Fato típico + Ilícito (antijurídico) + Culpável → Consequência: Punibilidade 
○ Conduta → movimento humano voluntário qualificado pela vontade 
■ Comissiva → por ação 
■ Omissiva → por omissiva 
■ Dolo 
● Direto: com uma conduta desejo atingir uma finalidade 
○ 1 grau: quando você atinge seu objetivo 
○ 2 grau: as consequências de quando você atinge seu 
objetivo 
○ Exemplo: quero matar alguém com explosivos, 1: consegui 
matar, 2: matei todos no prédio junto 
● Eventual (art. 18) 
○ Quando assumo o risco de produzir um resultado 
○ É indiferente acontecer ou não para o agente 
● Cognitivo: ter o conhecimento da conduta 
○ Na ausência dele descaracteriza o dolo 
○ Se eu apertar um gatilho de arma eu sei que vai sair um 
projétil 
● Volutivo: ter a vontade de alcançar o resultado 
○ Na ausência dele descaracteriza o dolo 
○ Se eu apertar um gatilho nessa direção pode machucar 
alguém e eu quero que machuque 
■ Culpa: inobservância objetiva do dever de cuidado 
→ Toda conduta tem uma previsibilidade, nesse caso 
● Imprudência → quando age de forma de excesso 
● Negligência → quando deixa de fazer, é uma omissão 
● Imperícia → quando você tem uma capacidade técnica e não dá 
certo 
 
Causas excludentes de conduta 
1. Caso fortuito ou força maior: efeitos imprevisíveis 
a. Causas em que não há vontade humana, não há ato humano 
 
2. Involuntaridade 
a. Estado de inconsciência completa: sonambulismo/hipnose 
i. No sonambulismo não há o elemento cognitivo (ação), nem elemento 
volitivo (vontade) 
ii. No caso da hipnose, o autor imediato (o agente) não possui os elementos 
cognitivo e volitivo, assim não há conduta. O autor mediato (o mandante) 
responde pelo crime com a agravante do art. 61 CP, por induzir alguém a 
fazer algo 
b. Movimentos reflexos: ausência de elemento anímico 
i. Ausência de conduta 
 
3. Coação física irresistível (Vis absoluta): força física extrema 
a. À ação tem que ser externa 
b. Diferente em coação moral → intimidação 
i. Resistível → se poderia fazer outra ação diferente da que fez 
1. O coato responde pelo crime com uma atenuante 
2. O coator responde pelo crime com agravante 
ii. Irresistível → se não havia outra opção, é uma inexigibilidade de conduta 
diversa, o que exclui a conduta 
 
Anotações de questões 
Erro do tipo → exclui o fato típico por ausencia de dolo, mas remanece a modalidade culposa, 
mas apenas previsão legal do crime que aceita a modalidade culposa. Ele não sabe que aquela 
conduta é crime 
● Admite contra a crimes contra a administração (mas não cabe princípio da 
insignificância nos crimes contra a administração) 
 
Espécies de culpa 
1. Culpa consciente 
○ Com previsão 
○ Agente prevê resultado, mas não espera que aconteça de forma nenhuma 
○ Em razão da habilidade do agente 
> À diferença para o dolo eventual é que ele prevê o resultado, acha que não vai 
acontecer, mas não ligo se acontecer (exemplo: beber e dirigir) < 
 
2. Culpa inconsciente 
○ Sem previsão 
○ Sem previsão diferente de imprevisibilidade (quando não há nenhum modo de 
saber que era possível) 
○ Agente não prevê o resultado, que, entretanto, era possível 
 
3. Culpa própria 
○ Agente não quer e não assumi o risco do resultado 
○ Afasta totalmente o dolo direta 
○ Agente acaba dando causa ao resultado 
○ Negligência/Imperícia/Imprudência 
 
4. Culpa imprópria (por assimilação/equiparação) 
○ Agente por erro ​evitável ​imagina certa situação de fato, que se presente, excluiria 
a ilicitude do seu ato 
○ Descriminante ​putativa 
i. Putatividade: o agente imagina a situação que se acontecesse excluiria a 
ilicitude da conduta 
○ Politica criminal: art. 20, s 1, CP 
○ Agente ​supõe​ situação de fato 
Exemplo: um policial (sempre armado) que não gosta de mim coloca a mão na 
cintura eu saco uma arma (legal) e atiro nele e mato. Só que na verdade ele só ia 
pegar o celular. Contudo, eu imaginei uma certa situação em que se acontecesse 
excluiria a ilicitude por legítima defesa. 
Nesse caso houve dolo (dolo de querer matar o policial) mas por política criminal 
afasta-se o dolo e aceita a culpa, e como há previsãolegal de culpa em homicídio 
funciona. 
 
 
Caminho do Crime:​ Iter Criminis 
Cogitação ​→ ​Preparação → Execução → Consumação → Exaurimento 
 
1. Cogitação 
○ Fase interna 
○ Impunível 
 
2. Preparação 
○ Formar meios para a pratica delitiva 
○ Impunível? → Depende 
i. Se os atos estiverem previstos em lei como fato típico autônomo (é crime) 
1. Petrechos para a falsificação de moeda 
a. Entende-se que quem tem apetrechos para a falsificação já 
é um ato autônomo 
2. Associação criminosa 
a. Pessoas se juntarem com a finalidade de cometer o crime 
b. Se prepararam para isso mas não cometem o crime que 
programaram, mesmo assim são julgados por associação 
ii. Se os atos preparatórios não são crimes então não tem problema, ter uma 
corda, alugar um apartamento, comprar uma arma de fogo (tendo licença) 
3. Execução 
○ Tem que iniciar o núcleo do tipo 
○ Punível 
 
4. Consumação 
○ Quando há resultado jurídico → quando vai contra dispositivo jurídico 
○ Resultado naturalístico → Exteriorização do mundo do ser 
○ Punível 
 
5. Exaurimento 
○ Os efeitos da consumação 
○ Induz o agravamento da pena 
○ “Post factum imputa…” → impunível 
○ Exemplo: eu matei alguém, homicídio, então esquartejo a pessoa; não é um novo 
crime mas agrava o cometido 
 
❖ Crime formal (crime de consumação antecipada) → tem um a consumação junto com a 
execução, usado para crimes contra a Administração Pública 
 
Art. 14, CP 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
● Tem que já estar na fase de execução 
● Não ocorre o resultado desejado por força externa, circunstâncias alheias, contra vontade 
do agente 
 
Art. 15, CP 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Ponte de Ouro 
Desistência Voluntária 
● Há a necessidade de voluntariedade 
● Voluntariedade (tem uma influência externa) é diferente de espontaneidade (é 
dele próprio, vem do interior) 
● Na fase de execução 
● Não chega a consumação por desistência do agente, não porque acabou os meios 
executórios, apenas respondendo pelos atos executórios 
 
Arrependimento Eficaz 
● Há o esgotamento da fase executória, mas não há a consumação 
● De modo eficaz impeço que o resultado ocorra 
 
Art. 16, CP 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano 
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Ponte de Prata 
Arrependimento Posterior 
● Natureza jurídica: causa geral diminui pena 
● Entra só na 3 fase da dosimetria da pena 
● Crime praticado seja: 
○ Sem violência ou grave ameaça a pessoa 
○ Reparação do dano/Restituição da coisa até ​recebimento da inicial 
acusatória (denúncia ou queixa) (não é o oferecimento da inicial) 
○ Voluntaridade 
● Tem diminuição de ⅓ a ⅔ da pena 
 
Anotações de exemplos: 
Você responde pelo animus, que é o que você deseja fazer, em regra 
Quero matar alguém, quem mata obrigatoriamente passa pela lesão corporal, mas não responde 
por ela, pelo princípio 
Se eu quero lesionar e acabo matando sem querer, é crime preterdoloso, uma vez que eu tinha o 
dolo de lesionar, mas não dolo de matar. 
 
Art. 17, CP 
Crime impossível ​→ Tentativa impossível/idônea 
● Absoluta impropriedade do objeto 
Exemplo: estou gravida, tomo um remédio abortivo, descubro que não 
estava grávida, crime impossível pois não havia objeto jurídico a ser 
tutelado pelo direito penal 
● Absoluta ineficácia do meio 
Exemplo: estou grávida, tomo um remédio que acho ser abortivo (tenho o 
dolo de abortar), contudo tomei apenas vitaminas, que não é possível 
causar nenhum mal 
 
ILICITUDE 
● Segundo substrato da conduta do crime 
● Conduta típica não justificada 
○ Quando uma conduta é contrária à norma 
○ Não é dirimentes 
● Causas dirimentes/justificantes: art. 23, CP 
○ Uma justificativa que excluem a ilicitude da conduta, excluem o fato típico 
● Teoria da Indicariedade / “​Ratii Cognoscendi​” → Fato típico gera presunção relativa que 
o fato é ilícito 
 
Art. 23, CP 
1. Estado de Necessidade 
Faculdade ou Direito 
- ​Nelson Hungria -> conceito doutrinária Estado de necessidade – como FACULDADE: 
Diante do perigo, abre-se a possibilidade de ação para preservação do bem jurídico, não 
se pode ter como direito estado de necessidade, porque a um direito corresponde 
necessariamente a uma obrigação (ônus), mas no contexto dessa dirimente 
(justificante/excludente de ilicitude), nenhum dos titulares dos bens jurídicos envolvidos 
esta obrigado a suportar a lesão. 
 
- Aníbal Bruno -> conceito Estado de necessidade – como DIREITO: 
A conduta típica é exercida contra o Estado (não é exercida contra titular do bem jurídico 
lesado), está obrigado diante da caracterização do dirimente/eximente, a reconhecer a 
inexistência do crime. 
 
- Rogério Sanches -> o Estado de necessidade é tanto uma FACULDADE, quanto um 
DIREITO. STF tem usado esse conceito para vários julgados. 
Pois ao mesmo tempo que o estado de necessidade traduz uma faculdade entre os titulares 
dos bens jurídicos, caracteriza-se como um direito perante o Estado. 
 
Requisitos objetivos: 
a. Perigo atual 
b. Que a situação de perigo não tenha sido causada voluntariamente pelo agredido 
c. Salvar direito próprio ou alheio 
d. Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo: art. 24, s 1, CP e art. 13, s 2, a, 
CP 
■ Não pode alegar estado de necessidade aquele que tinha o dever legal de 
agir, todos os garante com dever legal de agir. A omissão caracterizaria 
uma comissão, ou seja, omissão deles é por uma ação, assim, será o caso 
de comissão. 
e. Inevitabilidade de comportamento lesivo 
■ O comportamento deve ser ​absolutamente ​inevitável para salvar o direito 
próprio ou alheio 
■ É preciso que seja para salvar direito próprio ou alheio o cometimento do 
fato lesivo sacrificando-se bem jurídico alheio 
f. Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado 
■ É a ponderação entre o bem a ser sacrificado para garantir a tutela 
■ O bem jurídico lesado em estado de necessidade tem que ser menor do 
que o bem a ser protegido 
Exemplo: cachorro que morde alguém na rua e é morto 
Bem jurídico lesionado → cachorro 
Bem jurídico protegido → a vida de alguém 
■ Teoria unitária (adotada no Brasil): não reconhece o estado de necessidade 
exculpante (excludente da culpabilidade)., mas apenas o justificante (o que 
exclui a ilicitude). Assim se o comportamento do agente diante de um 
perigo atual busca evitar ​mal maior sacrificando direito de ​igual ou menor 
valor que o protegido, pode-se invocar a descriminante do estado de 
necessidade; ​Se o bem jurídico sacrificado for mais valioso do que 
protegido haverá redução de pena 
■ Teoria diferenciadora: se o bem jurídico sacrificado tiver ​valor menor ou 
igual ao valor do bem jurídico salvo haverá estado de necessidade 
justificante (excludente de ilicitude). Se o bem jurídico sacrificado tiver 
valor maior que o bem protegido haverá estado de necessidade exculpante 
(excludente da culpabilidade). 
 
 
 
Teoria Bem protegido Bem sacrificado Estado de 
necessidade 
Teoria 
Diferenciadora 
valor = ou >valor < 
valor = ou < 
 
 
valor > 
Justificante 
(excludente de 
ilicitude) 
Exculpante 
(excludente de 
culpabilidade) 
Teoria Unitária valor = ou > 
 
 
valor < 
valor = ou < 
 
 
valor > 
Justificante 
(excludente de 
ilicitude) 
Sem estado de 
necessidade 
(apenas redução 
de pena) 
 
 
 
2. Legitima Defesa​ (art. 25, CP) 
Requisitos: 
1. Meios necessários 
a. Caso haja várias maneiras de se defender de uma injusta agressão, deve-se 
escolher a opção menos gravosa 
2. Utilização moderada 
a. Utilizar o meio apenas para repelir a injusta agressão 
b. Caso contrário, responderá por excesso 
3. Injusta agressão 
a. À agressão sofrida, própria ou por terceiro, deve ser injustificável. Ou 
seja, o agredido não pode causar/provocar a agressão 
4. Atual ou iminente 
a. Atual → agora 
b. Iminente → não se trata de uma possibilidade futura (ameaça), deve ser 
iminente, ou seja, vai acontecer e será em poucos minutos ou segundos 
5. Direito próprio ou alheio 
 
3. Exercício Regular do Direito 
Conceito: agir dentro de suas atividades 
Exemplo: um médico fazer uma traqueostomia de urgência em uma pessoa 
4. Estrito Cumprimento do Dever Legal 
Conceito:o agente público age de forma típica (conduta produtora de resultado reprovável 
pelo CP) contudo ele tem uma justificativa para agir assim, uma excludente de Ilicitude 
 
5. Consentimento do ofendido: “dano patrimonial” 
Pacote anti crime, apenas uma concretização do entendimento já existente, deixando 
claro que o agente de segurança pública deve possuir todos os requisitos do caput do 
artigo 
 
Culpabilidade 
● Reprobabilidade da conduta 
● Imputabilidade: T. Biopsicologica 
● Excludentes (dirimente) → inexigibilidade de conduta diversa 
a. Obediência hierárquica 
■ O subordinado irá cumprir uma ordem não manifestamente ilegal, ela 
possui uma aparência de legalidade 
b. Coação moral irresistível 
■ Coato → quem sofre, não é exigível deve outra conduta, logo está dentro 
da excludente 
● Caso fosse resistível o coato responde pelo crime com atenuante 
■ Coator → responde pelo crime com agravante 
c. Ausência de imputabilidade 
■ Quando submetido a menoridade penal (menor de dezoito anos), portador 
de doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, 
embriaguez por força maior ou caso fortuito, biopsicológica que é capaz 
de eliminar ou afetar a capacidade de entendimento do caráter criminoso 
da conduta 
d. Ausência de conhecimento da ilicitude 
■ Erro de proibição inevitável 
■ Quando a pessoa não tem a consciência de que a conduta é ilícita, 
exclui-se a culpabilidade 
 
DOSIMETRIA DA PENA 
● Sistema trifásico: art. 68, CP 
● Cálculo da pena 
a. 1 FASE: Pena base: circunstâncias judiciais: art. 59, CP 
b. 2 FASE: Pena intermediária: circunstancias legais (agravantes e atenuantes): art. 
61/66 
c. 3 FASE: Pena definitiva: causa de aumento ou diminuição da pena: art. 
 
Primeira Fase 
● É a pena base - iniciada com o mínimo da pena 
● Art. 59 
● Será analisado as circunstâncias ​judiciais 
a. Culpabilidade 
■ Grau de reprovabilidade da conduta do agente 
b. Antecedentes 
■ Súmula 444 do STJ 
● Possui antecedentes apenas aquelas ações penais que já transitaram 
em julgado, ações ou inquéritos em andamento não contam 
■ Se ele possuir apenas 1 trânsito em julgado → será utilizado como 
agravante (segunda fase) 
■ Se ele possuir 2 ou mais trânsitos em julgado → uma será utilizada em 
antecedentes (primeira fase) e outra em agravantes (segunda fase) 
■ Reabilitação penal 
● Esquece os trânsitos em julgados depois de 5 anos de finalizada o 
cumprimento da pena ou quando requerida depois de dois anos do 
cumprimento da pena caso esteja dentro dos requisitos, voltando a 
ser um réu primário em caso de novo delito 
c. Conduta social 
■ Ações e inquéritos em andamento não conta aqui 
■ Conduta social é como ele age na sociedade, na comunidade onde vive 
d. Personalidade do agente 
■ Para aumentar a pena base aqui é preciso um laudo psicológico 
descrevendo que o agente possui uma personalidade voltada para o crime 
e. Motivos 
■ O levou o agente a agir de tal maneira 
■ Se o motivo torpe ou fútil está sendo utilizado na segunda fase não pode 
ser utilizado como motivo aqui 
■ Deve ser algo que estrapole o tipo penal 
f. Circunstâncias do crime 
■ O ​modus operandi 
■ Como aconteceu o crime, extrapolando o tipo penal 
■ Exemplo: matar na frente dos filhos (extra ola o tipo penal) 
Matar com faca e tortura (não extrapola o tipo penal, está tudo no CP) 
g. Consequência 
■ As consequências que o crime gerou 
h. Comportamento da vítima 
■ Se a vítima contribuiu de certa forma para a conduta do agente 
● O juiz não pode ultrapassar os limites (mínimo e máximo) fixados em lei 
● A doutrina majoritária diz que a cada circunstância ruim para o agente aumenta-se ⅛ da 
pena 
 
 
Segunda Fase 
● Pena intermediária 
 
Agravantes​ → crimes dolosos → art. 61 → rol taxativo 
● Agravam a pena 
Atenção: Art. 121, I, IV, VI CP 
Pena de 12 - 30 anos 
Caso eu tenha mais de uma: Aquilo que não qualificar o crime, pode ser utilizado 
para agravar a pena na segunda fase se houver correspondente no rol taxativo do 
art. 61, caso não exista no rol é usado para aumentar a pena base como 
circunstância judicial (culpabilidade) 
 
● Adstrito aos limites legais 
○ Súmula 231/STJ 
 
Ps: Pelas costas X Nas costas 
Pelas costas → tem o elemento surpresa 
Nas costas → sem elemento surpresa 
 
Art. 123: Infanticidio 
○ Crime doloso 
○ Competência: tribunal do juri 
○ Elementos: 
i. Filho 
ii. Estado puerperal 
iii. Durante ou logo após o parto 
○ Sujeito ativo: Mãe ou Pai 
○ Não pode ter agravante de crime praticado em face de descendente porque 
constitui um elemento do crime 
○ Pode o pai (ou qualquer outra pessoa) ser se ele estiver em concurso de pessoas e 
saber que a mãe do menino está em estado puerperal e aderir ao dolo dela 
 
Crimes impossíveis - art. 
Impropriedade absoluta do objeto (matar quem está morto sem saber que estava 
morto) 
Meio absolutamente ineficaz (tentar matar com uma vitamina) 
 
Embriaguez 
Embriaguez pre-ordenada é a única capaz de gerar uma agravante 
Abis libeli in causi → Se ele bebeu e já tinha a intenção de cometer um crime 
responderá pelo crime 
Embriaguez Culposa/Fortuita/Força/Involuntária não pode gerar uma agravante, pode até 
gerar uma atenuante 
 
Atenção: dinheiro é motivo torpe 
 
● Quanto a reincidência - art. 63, CP 
○ Conceito: quando o agente comete novo crime 
 
 
 
 
 
Delito Delito Reincidencia? 
Contravenção Crime Não reincidente 
Crime Crime Reincidente 
Crime Contravenção Reincidente (considera-se) 
Contavenção Contravenção Reincidente (pela Lei 
3688/41) 
 
 
Motivo torpe ​X​ Fútil 
O motivo torpe é aquele considerado como imoral, vergonhoso, repudiado moral e socialmente, 
algo desprezível. Um exemplo seria matar para receber uma herança, ou matar por ter qualquer 
tipo de preconceito, entre outros. 
Já o motivo fútil é aquele motivo insignificante, banal, motivo que normalmente não levaria ao 
crime, há uma desproporcionalidade entre o crime e a causa. Ex: matar por ter levado uma 
fechada no trânsito, rompimento de relacionamento; pequenas discussões entre familiares; etc.. 
 
Crime ​X​ Contravenção 
Crime (mais grave) – reclusão e detenção até 30 anos; ação penal pública e privada; tentativa é 
punível. (exemplo: roubo) 
Contravenção (mais leve) – prisão simples até 5 anos; apenas açãopenal incondicionada; 
tentativa não é punível. (exemplo: jogo do bicho, direção perigosa) 
1. Ação Penal 
a. Crime: Pública ou privada (art. 100º, CP). 
b. Contravenção: Pública incondicionada (art. 17º, LCP). 
2. Competência 
a. Crime: Justiça Estadual ou Federal 
b. Contravenção Penal: Só Justiça Estadual, exceto se o réu tem foro por 
prerrogativa de função na Justiça Federal. 
3. Tentativa 
a. Crime: É punível (art. 14º, parágrafo único, CP). 
b. Contravenção: Não é punível (art. 4º, LCP). 
4. Extraterritorialidade 
a. Crime: Possível (art. 7º, CP). 
b. Contravenção: Lei brasileira não alcança contravenções ocorridas no exterior (art. 
2º, LCP). 
5. Pena Privativa de Liberdade 
a. Crime: Reclusão ou detenção (art. 33º,CP). 
b. Contravenção: Prisão simples (art. 6º, LCP). 
6. Limite Temporal da Pena 
a. Crime: 30 anos (art. 75º, CP). 
b. Contravenção: 5 anos (art. 10º, LCP). 
7. Sursis 
a. Crimes: 2 a 4 anos(art. 77º, CP). 
b. Contravenções: 1 a 3 anos (art. 11º, LCP). 
 
Atenuantes -​ art. 62 
● Se temos a atenuante e ela também vale como privilegiadora (causa de diminuição de 
pena), será considerada essa última (relevância moral, social, vítima provocou), pois não 
podemos usar a mesma coisa duas vezes 
● Desconhecimento da lei não exclui a culpabilidade (erro de proibição) é no máximo uma 
atenuante 
● Cuidado: 
○ Art. 16 CP → causa de diminuição de pena → Terceira Fase 
■ ANTES do Recebimento da denúncia 
■ Crime sem violência ou grave ameaça 
■ Restituição ou reparação do dano 
X 
○ Atenuante: art. 65, III, b, CP 
■ ANTES da Sentença 
■ Vontade livre 
■ Menor consequencia do crime 
■ Reparação do dano 
 
● Atenuantes Inominada - art. 66 
 
● Circunstâncias preponderantes - art. 67 
a. Personalidade do agente 
■ Menores de 21 na época do fato possuem uma personalidade benéfica para 
o réu 
b. Reincidência 
c. Motivo do crime 
 
Concurso de atenuantes e agravantes 
● Elas ocorre simultaneamente, podendo se anular 
● Existem as circunstâncias preponderantes 
1. Se for uma atenuante preponderante com um agravante normal: a 
pena diminuirá 
2. Se for uma agravante preponderante com uma atenuante normal: a 
pena aumentara 
3. E havendo concurso entre as preponderantes segue a ordem do 
artigo 
 
Terceira Fase​ - 
● Causas de aumento e diminuição da pena 
● Sempre aumenta pra depois diminuir 
● Causas Gerais → Parte geral do código → 1 ao 120 
● Causas especiais → Parte especial do código 
● O juiz não está dentro dos limites legais, podendo exceder o máximo ou mínimo de pena 
 
 
 
CONCURSO 
Concurso de Crimes 
● Pluralidade de condutas típicas 
● Espécies: 
a. Concurso Material - art. 69 
b. Concurso Formal - art. 70 
c. Concurso Continuado - art. 71 
 
Concurso Material 
1. Pluralidade de condutas típicas 
a. Omissivas 
b. Comissivas 
 
2. Pluralidade de resultados 
a. Homogêneos (crimes iguais) 
b. Heterogêneos (crimes diferentes) 
 
3. Sistema do cúmulo material 
a. As penas são somadas 
b. Será executada primeiramente a pena mais gravosa (quando tem pena de 
detenção - inicia-se apenas em regime fechado - e reclusão - inicia-se no 
semi-aberto ou aberto) 
 
PROVA → Concurso de pessoas (Teoria monista…) 
 
Concurso Formal 
→ Quando se tem uma única conduta (omissiva ou comissiva) - unicidade de conduta- 
pratica dois ou mais resultados típicos (homogêneo ou heterogêneo) 
● Concurso Homogêneo (resultados iguais) → pego um crime e faço a dosimetria e na 
terceira fase exaspero de ⅙ a ½ 
● Concurso Heterogêneo (resultados diferentes) → pego a pena mais gravosa e faço a 
dosimetria e na terceira fase exaspero de ⅙ a ½ 
● Caso a exasperação seja mais benéfica para o réu pode o juiz mudar para o sistema de 
somatório de penas 
 
1. Perfeito/Próprio 
Não um dolo específico para o resultado “extra” 
Dolo + Culpa 
Não tem desígnios autônomo para os demais resultados 
Sistema exasperação de penas: aumento de ⅙ a ½ 
2. Imperfeito/Impróprio 
Há um dolo específico para o resultado “extra” 
Culpa + Culpa 
Tem desígnios autônomos 
Sistema cúmulo material: soma 
 
Crime Continuado 
1. Pluralidade de condutas 
a. Omissivas 
b. Comissivas 
● A prática delitiva terá tempo, lugar ou modo de execuções são similares 
● As consultas subsequentes são tida como continuidade da primeira 
 
2. Pluralidade de resultados 
 
3. Sistema de exasperação de pena: aumenta-se na terceira fase ⅙ a ⅔ 
a. Pode haver um aumento de 3 vezes quando: 
i. Crimes dolosos 
ii. Vítima 
iii. Violência ou grave ameaça 
b. Caso a exasperação seja mais benéfica para o réu pode o juiz mudar para o 
sistema de somatório de penas 
Doutrina: 
Aumenta-se Quantidade de crimes 
1/6 2 
1/5 3 
1/4 4 
1/3 5 
1/2 6 
2/3 7 ou mais

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