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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PALEONTOLOGIA ECONÔMICA . Maringá-PR 2018 SUMÁRIO PALEONTOLOGIA GERAL A Paleontologia é o estudo da história da Terra, com base nos registros fósseis, estes podem ser restos, evidências ou vestígios de organismos desde as bactérias, organismos unicelulares, vegetais, invertebrados e vertebrados, que viveram no passado e estão preservados. A paleontologia vai possuir subdivisões entre elas, podemos mencionar a paleontologia econômica Comment by Thaís Dias: Ver nos slides do prof De acordo com uma reportagem da Globo (2012), no qual expõe as possibilidades de atuação da paleontologia no Brasil, ela enfoca que, neste processo, a paleontologia desempenha papel importante na compreensão e no entendimento sobre a evolução dos seres vivos através do tempo; auxilia na datação relativa das rochas, com base no seu estágio evolutivo, e suas associações com outros grupos de plantas e animais fossilizados; e identifica rochas de interesse econômico, sejam minerais e/ou combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. A partir da compreensão de problemas biológicos relativos à evolução, origem e extinção da vida, o fosseis podem direcionar locais plausíveis de desastres e , também locais economicamente rentáveis, entre eles, o conteúdo biológico (conchas, ossos, etc) presente nos sedimentos originais transformados em fóssil com o passar do tempo, como ocorre na Chapada (ou bacia) do Araripe no sertão do Ceará, que é riquíssima em peixes fósseis. As rochas onde os fósseis são encontrados indicam as condições que prevaleceram no ambientes onde esses organismos viviam ou pelos quais seus restos foram transportados e depositados. A DOCUMENTAÇÃO PALEONTOLÓGICA BRASILEIRA. HISTÓRICO DE PESQUISAS Ao se investigar a documentação paleontológica brasileira, é visto que detém de variada e relativamente abundante, porém não corresponde a um registro completo da vida no decorrer do tempo geológico. Aliás, acontece o mesmo em qualquer região do mundo (MENDES, 1977). As falhas de registros de acordo com Mendes (1977), advieram da destruição das camadas fossilificas pelos agentes geológicos (erosão), ou condições adversas de fossilização, logo na base da coluna dos nossos terrenos paleozoicos, por exemplo, falta a documentação referente ao Cambriano e ao Ordoviciano. Os fósseis brasileiros mais antigos procedem de rochas metamórficas de idade pré-cambriana e ocorrem os fósseis paleozoicos principalmente nas três grandes bacias sedimentares conhecidas como Bacia do Amazonas, bacia Maranhão-Piaui ou bacia do Parnaíba, e bacia do Paraná. Os registros paleontológicos referente a Era Mesozoica procede, em parte, das bacias bacias mencionadas, das bacias costeiras de Leste e Nordeste e de Bacias interiores (bacia Araripe) (MENDES, 1977). Com referencia ao Cenozioco, o autor ainda ressalta que a documentação paleontológica proveio das camadas superiores da Bacia do Amazonas, de bacias sedimentares costeiras do Norte, Nordeste e Sul e de pequenas bacias interiores (Itaboraí). O PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO COMO ELEMENTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ECONÔMICO E CULTURAL. A paleontologia desempenha um papel importante nos dias de hoje, já não é mais uma ciência hermética, restrita a cientistas e universidades, apesar de que em muitas circunstâncias, a principal fonte de rendas dos paleontólogos, seja as pesquisas e aulas em universidades. Dentro da popularização dessa ciência, os dinossauros sempre foram seus protagonistas maiores, tendo-se transformado em um dos grupos animais mais impactantes dos últimos tempos (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Os dinossauros povoam o imaginário de milhões de pessoas, o que tem alimentado uma indústria cultural de bens de consumo sem precedentes, movimentando cifras substanciais em uma diversidade singular de produtos. Porém, a paleontologia abrange uma diversidade maior de animais pré-históricos, em contextos geológicos diversos, constituindo ecossistemas que nos permitem compreender as várias mudanças que o planeta Terra (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta O mercado de turismo depende dos atrativos que serão ofertados para ser definido, dentre este mercado estão: turismo rural, ecoturismo, turismo cultural, turismo religioso e, um dos mais recentes, o turismo científico (Bertoncello et al., 2003). Nesse último caso, os atrativos a visitar e conhecer são paisagens geológicas, sítios arqueológicos ou paleontológicos, museus e atividades que envolvam a difusão e sensibilizem o público em questões científicas (MARTINELLI et al, 2011). Já, especificamente, para o turismo paleontológico, será necessário o patrimônio paleontológico para torná-lo um atrativo que possa ser desfrutado pelos turistas. Porém, o patrimônio paleontológico tem muitas características e valores que são importantes para serem aproveitados e difundidos pelas práticas turísticas. O patrimônio paleontológico e outros recursos naturais associados podem ser usufruídos como atrativos turísticos sem esgotá-los, sempre que as atividades e ações sejam planejadas e dirigidas de forma sustentável (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Portanto, o objetivo do turismo paleontológico, é divulgar aos visitantes, o conhecimento de maneira didática sobre os processos de escavação, preparação e análises dos fósseis, ou seja, mostrar o backstage de uma exposição sobre determinados tipos de fósseis, réplicas em vida e reconstruções de como era o ambiente e a vida desses animais pré-históricos. Esse processo ajuda a sensibilizar as pessoas sobre a importância de proteger e conservar este tipo de patrimônio. O turismo paleontológico é uma “mistura de informações” sobre os avanços na paleontologia e as ciências naturais com as atividades de lazer, através da implantação de museus, geoparques, museus de sítios, visitas aos sítios paleontológicos, entre outros (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Em 2004, foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) a Rede Mundial de Geoparques que estabelece a herança geológica da Terra como objeto de proteção a ser integrado a uma estratégia de fomento ao desenvolvimento social e econômico sustentável nos territórios. Concede tratamento equânime entre Reserva da Biosfera, Patrimônio da Humanidade e Geoparques, gerando um impacto positivo aos Geoparques nas estratégias de conservação internacionais para a sustentação social e econômica das comunidades locais (Decreto Normativo Nº 12.897, 2009). O intuito dessas ações é de promover e proteger o patrimônio geológico juntamente com o desenvolvimento sustentável local, através de uma rede global de territórios que possuam um valor geológico e paleontológico destacado. Nesse sentido, o patrimônio paleontológico, geológico, hidrológico, petrológico, mineralógico, entre outros, integram ou podem fazer parte de um geossítio. A importância da geração dos geossítios é uma estratégia para a conservação dos elementos que o constituem, informando o público em geral sobre temas ambientais, sendo também ferramentas de desenvolvimento sustentável em uma comunidade (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Achar ref Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Dessa forma, os geoparques oferecem a possibilidade de associar a proteção da paisagem e dos monumentos naturais em conjunto com o turismo e o desenvolvimento regional (Brilha, 2009; Schobbenhauss & da Silva, 2009). O projeto: “Uberaba - Terra dos Dinossauros do Brasil”. Portanto, o turismo paleontológico em consonância com a criação dos geoparques, não só permitem proteger, divulgar e gerar recursos econômicos próprios para a salvaguarda dos fósseis, mas também, melhorar a situação sociocultural e ambientalde uma localidade. Comment by Thaís Dias: Pesquisar mais sobre Entre as possibilidades de melhorias econômicas das cidades, é possível citar o caso da cidade Peirópolis que em 1889, teve sua plataforma ampliada para o período de plantação do café, contudo após a construção de ferrovias, assegurando emprego e movimentação de pessoas após a morte de seu fundador F. Peiró a economia de Peirópolis começa a regredir devido à queda da produção de arroz e café, e pela desativação da caieira que há algum tempo havia sido abandonada. Este processo de declínio acentuou-se ainda mais com a paralisação do trem e a retirada dos trilhos da gerando desemprego e o local se viu esvaziado com o êxodo das pessoas para a cidade(MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Com as descobertas paleontológicas em 1945, na localidade de Mangabeira, em trechos da ferrovia próximo à estação Mangabeira, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, da Divisão de Geologia e Mineração no Rio de Janeiro, em 1946 tiveram início as escavações sistemáticas nos sítios de Peirópolis, entre as descobertas de relevância consta o registro do primeiro ovo fóssil de dinossauro da América do Sul, proveniente da localidade de Mangabeira/Serra da Galga, dois novos Crocodyliformes e o primeiro lagarto iguanídeo descrito no país (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta No entanto, a maior quantidade de fósseis dessa coleção está associada à Titanosauria. A iniciativa dos moradores da comunidade de Peirópolis culminou na criação do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price e Museu dos Dinossauros, através das tratativas entre o DNPM e a Prefeitura de Uberaba (MARTINELLI et al, 2011). Dos mais de 4.000 espécimes existentes no acervo, estão presentes: dinossauros carnívoros e herbívoros, tartarugas, crocodilos, peixes, anfíbios, mamíferos, moluscos, crustáceos, algas, pteridófitas e icnofósseis. Nesse conjunto de ações estão as visitas às escavações e ao Museu dos Dinossauros, palestras temáticas sobre os fósseis mais emblemáticos de Uberaba, oficinas pedagógicas e atividades de recreação, possibilitando que a realidade das cidades mudassem, a partir do turismo paleontológico (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta As visitações, entre elas, no Museu dos Dinossauros, já recebeu mais de um milhão de visitantes de cerca de 1210 municípios brasileiros e 44 países. Graças ao fluxo turístico gerou novos empregos diretos e indiretos, permitindo também que os moradores locais ampliassem suas possibilidades de gerar renda (MARTINELLI et al, 2011). Dentro desse contexto, onze empreendimentos foram criados em Peirópolis, entre eles: restaurantes, pousadas, bar, sorveteria, loja de artesanatos e doces caseiros. Assim mesmo, o turismo científico também permitiu ampliar as ofertas de atividades turísticas, por exemplo: trilhas ecológicas, caminhadas, passeios a cavalo e bicicleta, entre outras (MARTINELLI et al, 2011). Comment by Thaís Dias: Dizer onde ele fica localizado Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta Em contrapartida o Geoparque “Uberaba - Terra dos Dinossauros do Brasil”. Protagonista na indução da criação de geoparques no país, esse projeto da CPRM tem como premissas: a identificação, o levantamento, a descrição, o inventário, o diagnóstico e a ampla divulgação de áreas com o perfil similar ao contexto de Peirópolis(Uberaba) analisa-se a possibilidade da inserção de outros dois pontos de visitação. A proposição buscou ampliar a influência das atividades relacionadas às geociências, notadamente a paleontologia (MARTINELLI et al, 2011). Na área externa serão implantados os Projetos “Jardim Paleobotânico e Cretáceo em Uberaba” subsidiem o geoturismo e o desenvolvimento. Comment by Thaís Dias: Não sei se a citação esta correta À EXPLORAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS FOSSÉIS De acordo com as estatísticas de administração de informação de energia dos EUA (2013), os combustíveis fósseis são combustíveis formados por meio de processos naturais, como a decomposição de organismos mortos soterrados. Os combustíveis fósseis contêm alta quantidade de carbono, usados para alimentar a combustão. São usados como combustíveis, o carvão mineral, gás natural e o petróleo. Os combustíveis fósseis são recursos não-renováveis, pois levam milhões de anos para se formarem, e as reservas desses combustíveis estão a se esgotar, já que o consumo é maior que o tempo de produção. O petróleo, o gás natural e o carvão mineral são formados pela decomposição de organismos (PEYERL, 2014). De acordo com a teoria biogênica do petróleo, o petróleo extraído da crosta terrestre teria origem comum ao carvão mineral, já que o mesmo também é encontrado soterrado, tendo sido gerados em função do efeito de fossilização de animais e plantas, provocado pela ação de pressão e temperatura muito altas geradas há milhões de anos no processo de soterramento de material orgânico que por algum motivo não entrou na cadeia alimentarantes ou quando foi enterrado (PEYERL, 2014). A teoria abiogênica (origem inorgânica do petróleo), por outro lado, defende que os hidrocarbonetos foram formados juntos com a Terra, no processo de acreção planetária. O carvão mineral pôs em movimento, durante décadas, veículos como as locomotivas, chamadas no Brasil de "Marias-fumaça" e navios a vapor. Atualmente, o carvão mineral garante o funcionamento de usinas termoelétricas Os combustíveis fósseis são de grande importância, pois eles podem ser queimados (oxidação para dióxido de carbono e água), produzindo quantidades significativas de energia por unidade de peso. O uso do carvão como combustível é anterior à história registada. O carvão foi usado para alimentar fornos para a fusão de minério de metal. Hidrocarbonetos semi-sólidos encontrados em fendas também foram queimados nos tempos antigos, mas esses materiais foram usados principalmente para impermeabilização e embalsamamento. Comment by Thaís Dias: Sera que ta certo ? A exploração comercial do petróleo, em grande parte como um substituto para os óleos de origem animal (particularmente óleo de baleia), para uso em lâmpadas de óleo, começou no século XIX. O xisto betuminoso e materiais semelhantes são rochas sedimentares que contêm querogênio, uma mistura complexa de compostos orgânicos de alto peso molecular, que produzem combustível sintético quando aquecidos (pirolisados), como o petróleo de xisto. Estes materiais ainda deverão ser explorados comercialmente. Estes combustíveis podem ser empregados em motores de combustão interna, usinas de combustíveis fósseis e outros usos. O outro uso importante para os combustíveis fósseis está na geração de eletricidade e como matéria-prima para a indústria petroquímica. O preço dos combustíveis fósseis sobe em proporcionalidade inversa à sua quantidade disponível para venda, ou seja, quanto mais escasseiam, mais elevado é o seu preço. A economia mundial está tão dependente deles que o simples aumento do preço do barril de petróleo (que é o mais explorado para fins energéticos) influencia fortemente as bolsas de valores. CONSEQUÊNCIAS E DANOS AMBIENTAIS DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS Dentre as consequências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida. Seria incorreto classificar estes gases como poluentes, já que os mesmos não possuem as duas características básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (ideia de dano à saúde ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição,mais técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como poluentes. HISTÓRICO DAS PESQUISAS RELACIONADAS COM PETRÓLEO NO BRASIL Em 1864, um acontecimento singular e oficial iniciou e transformou o rumo das pesquisas relacionadas ao petróleo no Brasil: o Decreto n° 3.352-A, no qual, pela primeira vez, cita-se a palavra petróleo no corpo de um texto da Legislação Brasileira. Correlacionado (PEYERL, 2014). Nos desdobramentos de busca e exploração de petróleo no Brasil durante o século XX tivemos iniciativas particulares e governamentais (Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, Comissão White, Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil) que contribuíram para a pesquisa e futuramente para a prospecção do petróleo no país (PEYERL, 2014). Em 1938, cria-se o Conselho Nacional do Petróleo – CNP com o intuito de regulamentar e encontrar petróleo no território brasileiro. No ano seguinte descobre-se a primeira jazida de petróleo na região de Lobato, na Bahia, modificando-se a política do petróleo no Brasil(PEYERL, 2014). A descoberta de petróleo serviu como impulso para a indústria e para as atividades que dele dependiam. Enquanto isso, um dos problemas enfrentados pelo CNP foi a falta de pessoal qualificado para as demandas técnicas e de conhecimento geológico sobre o território brasileiro(PEYERL, 2014). Em 1954, a Petrobras (1953) iniciou suas atividades a partir do acervo recebido do antigo CNP, com o objetivo de executar tarefas no setor de exploração de petróleo no território. Algumas características do CNP permaneceram na empresa, principalmente em relação à pressão política e nacionalista que buscava consolidar o Brasil como um país rico em petróleo (PEYERL, 2014). Nesse processo, tanto o CNP como a Petrobras investiram na elaboração de cursos de aperfeiçoamento e profissionalização de sua própria equipe de trabalho. Inclusive formando profissionais na área de Geologia e Engenharia do Petróleo (PEYERL, 2014). Um dos principais problemas enfrentados pelo CNP foi a falta de mão de obra qualificada no território nacional para as atividades da indústria de refino e de exploração do petróleo. O processo de estudo aqui mencionado segue uma ordem cronológica, finalizando-se em 1968, quando ocorre a descoberta do primeiro poço offshore (PEYERL, 2014). Nessa fase do processo de industrialização, o petróleo é apresentado e visto como a possível e mais nova fonte energética mundial. Isso acarreta muitas discussões sobre sua origem (orgânica, inorgânica, mineral ou mesmo química), sobre suas propriedades e derivados e sua utilização como futura fonte energética. Foi também na Exposição Universal de Paris, em 1889, que o petróleo ocupou o grande destaque na seção de Geologia. Como consequência da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), ocorreu outra transformação dessa magnitude, de interesse mundial e de maneira mais intensa, traduzida no avanço dos processos de industrialização que necessitavam “da pesquisa tecnológica para resolver os problemas técnicos correlacionados”42: nesse caso, a utilização de petróleo como principal fonte energética, bem como de seus derivados, ou ainda na exploração/prospecção do petróleo. Este cenário geral se refletiu claramente nas iniciativas levadas a cabo no Brasil Em 1903, João Pandiá Calógeras53(1870 – 1934) publica ‘As minas do Brasil e sua legislação’. Nesta obra o autor defende a utilização e autossuficiência do país por meio de recursos energéticos como o carvão e petróleo. Mas a grande questão envolvendo o petróleo apareceria na publicação do Relatório Final da Comissão White, em 1908, no qual o geólogo concluiu, “em apenas duas páginas dedicadas ao potencial petrolífero. Em 1908, o SGMB já havia realizado um “amplo levantamento das reservas de ferro e manganês de Minas Gerais” e tinha uma acentuada preocupação com as questões energéticas. Além do petróleo, começou a ter interesse também por seus derivados, como os xistos piro-betuminosos e a turfa. “que as intrusões de rochas eruptivas nas formações sedimentares tornam improvável a existência de grandes lenções de petróleo , a não ser nos terrenos devonianos da bacia amazônica” . A Bacia do Amazonas, no mapa representado anteriormente, novamente era considerada como de ‘maiores possibilidades’ de se encontrar petróleo. NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS DO QUATERNÁRIO DA MARGEM CONTINENTAL BRASILEIRA O estudo de nanofósseis calcários em depósitos de bacias marginais brasileiras teve inicio no final da década de 1960, o termo quaternário conota as quatros espécies de montanhas de composições diferentes ( quatro ordens de estratos), e posteriormente se definiu com conjunto de depósitos marinhos mais recentes do que os terrenos terciários da bacia do Sena e constituindo uma formação geológica distinta (apud Grouff, 1976), o termo viria a completar a escala de tempo geológico vigente aquela época : os períodos primários, Secundários e terciário. O termo nanofósseios, como definido na literatura ( Bown e Young, 1998), refere-se ao grupo de fósseis com tamanho menor a 63 um, estudados com auxilio do microscópio óptico com luz polarizada (MO) ou do auxilio do microscópio eletrônico de varredura (MEV). A sucessão de eventos biológicos ao longo do tempo e as consequentes modificações da paleobiota resultaram na evolução dos nanofosseis É pouco estudada pelo o pequeno valor econômico , ou seja, não desperta o interesse dos pesquisadores e tampouco o investimento na pesquisas daqueles que se dedicam ao estudo, pois os retornos, não pagam os custos envolvidos na pesquisa. O que torna evidente que a paleontologia econômica , e determinada e estudos expressivos, quando estes possibilitam um retorno monetário expressivo. Comment by Thaís Dias: Acho que seria legal mais um paragrafo para justificar o pq de estudar s nanos apenas como critica O MERCADO ILEGAL DE FÓSSEIS E ICNOFÓSSEIS Comment by Thaís Dias: PESQUISAR SOBRE COMO ESTÁ O INVESTIMENTO EM PALEONTOLOGIA EM TEMPOS DE CRISES? Em termos de América do Sul, não estamos muito mal. Perdemos apenas, em volume, para a Argentina, que já tem uma tradição de longa data. Além disso, naquele país existem mecanismos de incentivo à paleontologia. Se uma empresa quer fazer alguma intervenção em um terreno – para a construção de uma estrada ou para a passagem de um oleoduto, por exemplo – onde se sabe da existência de potencial fossilifico, paleontólogos são contratados para acompanhar os trabalhos. Se foram feitas descobertas, a empresa, obrigatoriamente, deve custear a coleta. Na Argentina, também são oferecidos vários cursos específicos de formação de paleontólogos. Tudo isso faz com que esses profissionais, mesmo diante das grandes dificuldades enfrentadas pelos Hermanos, ainda encontrem boas possibilidades de trabalho. Já em países da Europa, o panorama do estudo dos fósseis é um tanto curioso. Por um lado, existem muitas facilidades para a obtenção de recursos para a pesquisa. Por outro, uma maior dificuldade de encontrar trabalho. Na Itália, a situação é bem complicada. Na Alemanha e França, um pouco melhor. Nos Estados Unidos e Canadá, os problemas são semelhantes aos dos países europeus, mas em grau bem menor: sempre se consegue encontrar uma universidade, ou um museu, com interesse em desenvolver estudos sobre fósseis. Na China, a demanda é crescente, são feitos investimentos de peso em pesquisas e não existem problemas de emprego. E no Brasil? Ainda há muito a fazer, a começar pela questão da falta generalizada de museus. Falando neles, o Museu Nacional está prestes a completar 200 anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho possibilitou reflexões sobre como a paleontologia pode contribuir para a melhoria da economia das cidades, além de uma visão de como as pesquisas são condicionadas pelo retorno econômico investido nestas. Sabemos as barbaridades que ocorrem nos mercados ilegais de fosseis e icnofósseis, pois é possível, visualizar como os seres humanos são egoístas quandoa relação é atender os caprichos . O trabalho sem duvidas melhorou nossa visão sobre o assunto, rompendo as concepções alternativas, entre elas, que apenas os combustíveis fósseis são os responsáveis por movimentar o setor da paleontologia econômica. REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTONCELLO, R.; CASTRO H. & ZUSMAN P. 2003. Turismo y patrimônio: una relación puesta en cuestión. In: BERTONCELLO, R. & CARLOS, A.F. (Eds.) Procesos Territoriales en Argentina y Brasil, Buenos Aires, Instituto de Geografía Ed., p. 277-291. BRILHA, J. B. 2009. A importância dos Geoparques no ensino e divulgação das geociências. Revista do Instituto de Geociências, 5: 27-33. CACHÃO, M. & MARQUES DA SILVA, C. 2004. Introdução ao Patrimônio Paleontológico Português: definições e critérios de classificação. Geonovas, 18: 13-19. SCHOBBENHAUS, C. & DA SILVA, R. C. 2009. O papel indutor do serviço geológico do Brasil na criação de geoparques. In: FÓRUM DO PATRIMÔNIO CULTURAL, 1, PAINEL: PAISAGEM CULTURAL E PATRIMÔNIO NATURAL: CONCEITOS E APLICABILIDADE, Anais. Ouro Preto, 2009, p. 1-23. Estatísticas da Administração de Informação de Energia dos EUA, "International Energy Statistics"». Consultado em 14 de novembro de 2013. «"Energia Anual do Mundo de 2006"». Countries. Administração de Informação de Energia dos EUA. Consultado em 14 de novembro de 2013