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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 1 Curso de Especialização em Direito Tributário Módulo I 1º semestre de 2020 Seminário II Gabriela Duarte Macedo RA 00237681 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 2 Questões 1. Efetue, de forma fundamentada, proposta de classificação jurídica dos tributos, evidenciando os critérios classificatórios adotados (considerar o disposto no art. 167, IV, da CF/88 e no art. 4º, I e II do CTN). A Constituição Federal prevê a possibilidade de instituição de impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros. Mas essa previsão não é exatamente uma classificação, mas uma tipologia de tributos a serem instituídos, cada qual com sua estrutura e características. A classificação jurídica dos tributos pode ser vista por meio de várias teorias, sendo dividida em duas até cinco diferenças. No presente caso teremos como base as regras de classificação de Tarek M., por ser uma classificação lógica decorrente da Constituição. Tal classificação parte de critério lógico, e a primeira regra de classificação diz respeito à necessidade de existir somente um fundamento de divisão para cada operação – como por exemplo: Ser (S). Logo, a segunda classe deve se excluir mutuamente com a primeira – como por exemplo, o não ser. Estabelecendo essas regras, passa-se a compor gradualmente as divisões acima traçadas, tendo diferenças decorrentes das respectivas divisões graduais dever refletir toda a cadeia inversa. Dessa maneira, os professores Geraldo Ataliba e Paulo de Barros dividem os tributos em duas classificações, vinculados e não vinculados a uma atuação estatal a partir de uma análise de hipótese de incidência tributária. Sendo que após a Constituição Federal entrar em vigor, começou a ser considerado outro critério para classificar os tributos, qual seja, sua destinação, já que não é possível afirmar com certeza a espécie tributária, mesmo que o artigo 4° do CTN entenda que não é necessário analisar a destinação. Sendo que, a partir do conhecimento da destinação, temos a classificação: impostos taxas, contribuição de melhoria, contribuições especiais e empréstimo compulsório. Sendo assim, deve-se utilizar tal classificação, com os seguintes critérios, vinculação, ou não a uma atividade estatal e a destinação do tributo. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 3 2. Cotejar, preenchendo o quadro comparativo que segue, Preenchido o quadro comparativo, pergunta-se: há identidade entre algumas dessas “figuras jurídicas”, de modo que possam ser consideradas da mesma espécie tributária? Imposto Taxa Contribuição de melhoria Contribuição Empréstimo compulsório Contrib. Iluminação pública Hipótese de incidência Fato alheio a qualquer atuação do Poder Público Exercício do Poder de Polícia ou prestação de serviço público específico e divisível Realização de obra pública que uma vez concretizada gere valorização imobiliária aos imóveis vizinhos Há no ordenamento jurídico três típicos de contribuição: (a) social, voltada para atender a ordem social, (b) especial, voltadas para o custeio da seguridade social e (c) intervenção no domínio econômico e interesse das categorias professionais. Possui duas hipóteses de incidência: (i) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; (ii) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse social. O constituinte derivado foi silente com relação a hipótese de incidência, mas pode-se entender como hipótese de incidência, o custeio para iluminação pública. Base de cálculo Será a expressão da capacidad e contributi va do contribuin te O custo da atividade estatal que a justifica, pois tem caráter contrapresta cional Valoração do Imóvel As contribuições sociais e a intervenção no domínio econômico terão por base de cálculo o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação. Já as contribuições a seguridade social terão como base de cálculo, as manifestações de capacidade contributiva. As contribuições especiais para atender os As despesas que fundamentaram a sua instituição O constituinte derivado foi silente com relação a base de cálculo, todavia, como esta “contribuição” se destina a toda população, indistintamente, pode-se dizer que trata de imposto por afetação e por isso a sua base de cálculo será através da medida da capacidade contributiva do contribuinte. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 4 interesses de categorias profissionais não possuem base de cálculo explicitas. Destinaçã o legal Não possui, pois serve para cobrir as despesas gerais do ente tributante Possui destinação, pois a sua receita será voltada para arcar com os custos do exercício ao poder de polícia ou para a prestação de serviço público Cobrir os gastos com a realização da obra, cujo limite individual é a valorização do imóvel e o limite total é o custo da obra. Os valores arrecadados pela cobrança das contribuições serão destinados aos gastos com a Ordem Social. Já os valores arrecadados a título de contribuição para seguridade social serão destinados para atendar os gastos com a seguridade social. No que se refere as contribuições especiais terão seus gastos destinados para atuação do Estado para atender determinado interesse de classe social e para regular o mercado. A finalidade constitucionalmente prestigiada, cuja ausência impossibilita a sua cobrança e cuja presença lhe confere regime jurídico formal próprio. Cobrir os valores decorrentes do serviço de iluminação pública. Previsão legal de Restituiçã o Não possui Não possui Não possui Não possui Possui Não possui Para melhor entender é necessário citar a teoria tricotômica/tripartida, que é defendida pelo Professor Paulo de Barros Carvalho, que utiliza como critério o tributo vinculado ou não vinculado a uma atividade do Estado em conformidade com o fatodescrito na hipótese de incidência. Assim, a vinculação à atividade estatal pode se referir ao contribuinte diretamente, quando a atividade realizada pelo Estado é diretamente aproveitada pelo contribuinte, ou indiretamente, quando a atividade do Estado é indiretamente relacionada ao contribuinte. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 5 Temos que, a determinação da atividade do estado deve ser vinculada ou não vinculada, possuindo as espécies tributárias (i) imposto, (ii) taxas e (iii) contribuições de melhoria. Sendo assim, ao considerar esse entendimento, a identidade entre essas espécies tributárias existe, e deve ser considerado que em Empréstimo compulsório, pode ser enquadrado como uma taxa, um imposto ou até mesmo contribuição de melhoria, a depender do fato gerador, e análise. Pois o entendimento é no sentido de que, as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico, e as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, bem como os empréstimos compulsórios são subespécies de tributos que a depender dos fatos eleitos pelo legislador na instituição ter vinculação ou não com uma atividade do Estado, podendo ser: ou imposto ou taxa ou contribuição de melhoria. E ainda, é necessário verificar que apenas o Empréstimo compulsório, que é considerada uma subespécie de tributo, tem previsão expressa, o restante não possui, mas o artigo 165, do CTN prevê a restituição do tributo quando pago indevidamente. No mais, temos que considerar que alguns tributos possuem vinculação a uma atividade estatal e outros não, mas no fim, todos possuem destinação legal diferente. Assim, de acordo com a classificação do Professor Paulo de Barros, é possível verificar que as taxas, as contribuições e o empréstimo compulsório no que se refere ao investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, pertenceriam a classe dos tributos vinculados. Já os impostos, empréstimo compulsório no que tange as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, pertenceriam a classe dos tributos não vinculados. Nesse sentido, tem apoio a teoria quinpartride. 3. Qual espécie tributária foi instituída pela Lei nº 9.998/2000? Há inconstitucionalidades no referido Diploma Legal? Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000. Art. 1º Fica instituído o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust, tendo por finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações, que não possa ser recuperada com a exploração eficiente do serviço, nos termos do disposto no inciso II do art. 81 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997. (...) Art. 6º Constituem receitas do Fundo: (...) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 6 IV – contribuição de um por cento sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, excluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins; (...) Parágrafo único. Não haverá a incidência do Fust sobre as transferências feitas de uma prestadora de serviços de telecomunicações para outra e sobre as quais já tenha havido o recolhimento por parte da prestadora que emitiu a conta ao usuário, na forma do disposto no art. 10 desta Lei. (...) Art. 13. As contribuições ao Fust serão devidas trinta dias após a regulamentação desta Lei. Art. 14. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias da sua publicação. Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. A Lei 9.998/00 instituiu o FUST – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação, cuja classificação é de contribuição especial, que no caso é a de intervenção do domínio econômico, haja vista que foi instituída para universalizar o uso dos serviços de telecomunicações. Como dito, majoritariamente é entendido que o FUST constitui uma CIDE – Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico, uma vez que tem como finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações. Sim, existem inconstitucionalidades no diploma legal, pois o artigo 6°, inciso IV, desvincula o produto da arrecadação de contribuição, pois o valor do produto arrecadado é incompatível com a espécie tributária de contribuição, já que esses valores arrecadados devem ser aplicados para os fins que a criaram. No caso em tela, a contribuição foi feita para universalizar os serviços de telecomunicações, logo os valores arrecadados a título contribuição, devem ser utilizados exclusivamente para este fim. 5. A respeito da base de cálculo das taxas e analisando as ementas dos REs 346.695 e 503350, abaixo transcritas, responda: “TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. BASE DE CÁLCULO. COINCIDÊNCIA COM A DO IPTU. ARTIGO 145 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A corte de origem deliberou sobre a correspondência entre as bases de cálculo do IPTU e da taxa de limpeza pública, mesmo não tendo se referido expressamente ao art. 145, § 2º, da Constituição Federal. Questão devidamente prequestionada. 2. A posição adotada pelo Tribunal a quo, contudo, encontra-se coerente com o decidido pelo Plenário desta Corte, que, no julgamento do RE 232.393 (Sessão de 12/08/1999) fixou entendimento no sentido de que "o fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 7 tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU." 3. Falta de prequestionamento do disposto no inciso II do mesmo artigo 145 da Constituição. Controvérsia referente à especificidade e divisibilidade da taxa de limpeza pública não dirimida pelo Tribunal a quo. Súmulas STF nºs 282 e 356. 4. Agravo regimental improvido”. (Ac. U. da 2º Turma do STF, RE nº 346.695 AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, julg. em 02.12.2003, publ. no em 02.12.2003, publ. No DJ de 19.12.2004, pág. 83). RE 503350 AgR / AL – ALAGOAS - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI EMENTA:TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. TAXA DE AUTORIZAÇÃO. QUEIMADA CONTROLADA. IBAMA. PODER DE POLÍCIA. UTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTOS. CONSTITUCIONALIDADE. I - Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 283 do STF. II - Taxa de autorização cobrada em razão do exercício regular do poder de polícia. Precedentes. III - Constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adotem um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre a base de cálculo da taxa e a do imposto. IV - Agravo regimental improvido. Julgamento: 25/08/2009 a) A utilização, para o cálculo da taxa, de um elemento componente da base de cálculo de imposto, configura violação ao disposto no art. 145, II, §2º da CF/88? Inicialmente, é importante informar que o artigo 145, inciso II, §2° da CF, já delimita que as taxas não poderão ter bases de cálculos próprias de impostos. Assim, utilizar um elemento, que coincidentemente, equivale a algum utilizado como base de cálculo de determinado imposto, não violaria o referido artigo, mas se uma taxa instituída, em virtude do poder de polícia ou de prestação de serviços públicos, não poderão ter como base de cálculo todos os elementos da base de cálculo de qualquer imposto pré-existente. Caso haja dificuldade na mensuração da base de cálculo da taxa, poderá ser usado como alternativa a adoção dos valores fixos retirados da atividade econômica do contribuinte específico, não podendo ter base de cálculo própria de imposto, nesses termos, acrescenta-se que há Súmula Vinculante sob nº 29 do STF que trata sobre o assunto: “É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra”.1 1 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1282 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pró-Reitoria de Educação Continuada Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 8 b) Quais os critérios jurídicos que devem ser utilizados para a confirmação da mesma? Responder tratando do custo do serviço público prestado e da possibilidade ou não de serviços públicos remunerados através de taxas poderem gerar lucros ou superávits? A base de cálculo das taxas deve ser própria desta espécie tributária e deve quantificar, ainda que de forma aproximada, a atividade estatal que a justifique. 6. Os empréstimos compulsórios são tributos vinculados? Em que sentido? Pode o legislador, ao instituir imposto de sua competência, determinar que este será restituído dentro de determinado prazo, ou há alguma vedação constitucional acerca da restituibilidade dessa espécie tributária? Conforme já explicado anteriormente, se considerarmos o entendimento do Professor Paulo de Barros, teremos como vinculados as taxas e contribuições de melhoria, e como não vinculados os impostos. Neste caso, o empréstimo compulsório poderia se enquadrar como taxa, imposto ou mesmo contribuição de melhoria a depender do fato gerador, destinação entre outras previsões já delimitadas anteriormente. Assim, o empréstimo compulsório será tributo vinculado, quando se tratar de necessidade de um investimento público, pois, neste caso, se assemelharia a contribuição, caso haja um grupo a que possa ser imputado o investimento, e levando em conta tal imputação na definição da hipótese tributária. No mais, quando a restituição, o legislador deverá delimitar que o valor cobrado a título de empréstimo compulsório será restituído dentro de um determinado prazo, pois o parágrafo único do artigo 15 do CTN prevê que a “A lei deve fixar obrigatoriamente, o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta lei”.
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