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Comportamento Organizacional Prof. Mateus Dedê Aula 05 Motivação https://www.youtube.com/watch?v=cDtB3AU8wa0 Primeiras Reflexões sobre Motivação Existem dois tipos de fatores que influenciam o comportamento das pessoas: Fatores internos (intrínseco): decorrentes de suas características de personalidade, como capacidade de aprendizagem, MOTIVAÇÃO, percepção do ambiente externo e interno, atitudes, emoções, valores etc. Fatores externos (extrínseco): decorrentes do ambiente que as envolve, das características organizacionais, como sistemas de recompensas e punições, fatores sociais, políticos, coesão grupal existente etc. Lembram do Senso Comum? Como podemos definir Motivação sob a óptica ilustrativa do Senso Comum? A Origem etimológica: motivação é derivada do latim motivus, que significa mover. "Tudo aquilo que pode fazer mover, tudo aquilo que causa ou determina alguma coisa ou até mesmo o fim ou razão de uma ação". Ação dirigida a objetivos, sendo auto-regulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas (Salanova, Hontangas e Peiró, 1996, p.16 citado por ZANELLI, ANDRADE, BASTOS, 2004). O que é motivação? 5 O que é motivação? Conjunto de forças que sustentam, regulam e orientam as ações de um organismo para determinados fins. MOTIVAÇÃO Desejos, necessidades e interesses que o comportamento orientado para um fim procura satisfazer. MOTIVO 6 Comportamento e diferenças individuais Embora os padrões de comportamento (necessidades, valores sociais, capacidade para atingir objetivos) variem, o processo pelo qual eles ocorrem é, basicamente, o mesmo para todas as pessoas. Premissas que explicam o comportamento humano O comportamento é causado por estímulos internos e externos. O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano. Não é, portanto, causal. O comportamento é orientado para objetivos. Existe sempre um impulso, desejo, necessidade, expressões que servem para designar os motivos do comportamento. Como podemos entender a Motivação? Toda necessidade cria um estado de tensão e uma predisposição à ação. A motivação leva o indivíduo ao comportamento visando satisfazer suas necessidades. Havendo a satisfação da necessidade, o indivíduo chega ao seu equilíbrio (temporário). Caso um comportamento ou ação não leve à satisfação da necessidade (barreira), há a frustração. Esta, podendo levar a reações emocionais diversas: agressividade, inércia, omissão, aceitação ou alienação. Com isso, cria-se o ciclo motivacional. O Ciclo Motivacional Análise de uma importante variável do ciclo motivacional Necessidade: Satisfeita: comportamentos se tornam mais eficazes. Necessidade deixa de ser motivadora do comportamento. Frustrada: tensão encontra uma barreira ou um obstáculo para sua liberação. Represada no organismo, procura um meio indireto de saída: via psicológica (agressividade, apatia, descontentamento) ou via fisiológica (insônia, repercussões cardíacas ou digestivas). Compensada ou transferida: a satisfação de uma outra necessidade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita. “É o que acontece quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho”. Modelo básico de motivação A motivação depende: Ativação: estado inicial de estimulação em que se encontra a pessoa. Localizada extrínseca ou intrinsecamente à pessoa. Direção: objeto ou alvo de ação, que pode ser intencional ou não intencional. Intensidade: está atrelada à variabilidade da força da ação e que pode diferir ao se admitir que a força depende de um estado anterior de carência (necessidade ou afeto) ou de um estado posterior a ser alcançado (alvo). Persistência da Ação: tenta compreender o fenômeno da motivação pela articulação entre a ativação, a direção e a intensidade da ação, atribuindo sua manutenção a fatores pessoais (necessidades, desejos, trações de personalidade ou impulsos, por exemplo) ou ambientais (tipo de tarefa, equipe de trabalho, por exemplo). “A satisfação de certas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a motivação humana é cíclica: o comportamento é um processo contínuo de resolução de problemas e satisfação de necessidades, à medida que vão surgindo”. Conclusão: As teorias da Motivação Maslow Teoria das Necessidades Herzberg Teoria Bilateral Alderfer ECR Vroom Avaliação Cognitiva 1943 1959 1969 1971 Maslow e a teoria das Necessidade Aspectos da teoria de Maslow Organizou a hierarquia das necessidades humanas, em 05 (cinco) níveis, baseadas em dois grupos: Necessidades Básicas Necessidades de Crescimento Maslow via o homem como uma criatura que expande as suas necessidades no decorrer da vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas, outras mais elevadas tomam o predomínio do comportamento. Somente necessidades não satisfeitas é que influenciam o comportamento. No Nascimento havia prevalência das necessidades fisiológicas A partir de uma certa idade, aparecem as necessidades de segurança. Estas e as necessidades fisiológicas constituem as necessidades primárias do indivíduo, voltadas para a conservação pessoal. “À medida que o indivíduo passa a controlar suas necessidades fisiológicas e de segurança, surgem lenta e gradativamente as necessidades mais elevadas: sociais, de estima e de auto-realização”. As necessidades mais elevadas predominam em relação às necessidades mais baixas. “As necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacional rápido, enquanto as necessidades mais elevadas requerem um ciclo motivacional extremamente longo. A privação de uma necessidade mais baixa faz com que as energias do indivíduo se desviem para a luta por sua satisfação”. Segundo a teoria Após terem sido satisfeitas as necessidades de estima, surgem as de auto-realização, que correspondem a categoria mais alta na escala, que se referem à realização máxima do potencial individual e, segundo Maslow, resumem-se na idéia de que “O que um homem é capaz de ser, deve ser”. A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização. Aspectos da teoria de Maslow Desafios mais complexos, trabalho criativo, autonomia, participação nas decisões. Reconhecimento, promoções, responsabilidade por resultados, comprometimento, etc. Bom clima, respeito, aceitação, interação com os colegas, superiores e clientes, etc. Segurança no trabalho e pessoal, amparo legal, estabilidade, etc. Alimentação, moradia, conforto físico, sexo, descanso, lazer, etc. Necessidades Básicas Necessidades de Crescimento Fisiológicas Segurança Afetivo-social Auto-estima Auto Realização Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo (ao contrário de Maslow, que fundamenta sua teoria nas necessidades humanas). A motivação para trabalhar depende de dois fatores: a) fatores higiênicos: referem-se às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha (condições físicas e ambientais, salário, benefícios, políticas da empresa). Trata-se do contexto do cargo. b) fatores motivacionais: “referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si”. Herzberg e a teoria Bilateral Herzberg e a teoria Bilateral Fatores Motivacionais Fatores Higiênicos Conteúdo do cargo (como a pessoa se sente em relação ao seu cargo) Contexto do cargo (como a pessoa se sente em relação a sua empresa) 1. Trabalho em si 1. Condições de trabalho 2. Realização 2. Administração da empresa 3. Reconhecimento 3. Salário 4. Progresso profissional 4. Relações com o supervisor 5. Responsabilidade 5. Benefícios e serviços sociais Fatores que afetam a Motivação NÃO SATISFAÇÃO SATISFAÇÃO FATORES HIGIÊNICOS Extrínsecos. SATISFAÇÃO Intrínsecos. Política da Empresa; Supervisão; Salários; Condições de Trabalho; Relacionamentos com colegas. Realização; Reconhecimento a atividade; Responsabilidade; Crescimento.Em essência, a teoria dos fatores afirma que: Satisfação no cargo: conteúdo do cargo – fatores motivadores Insatisfação no cargo: ambiente de trabalho – fatores higiênicos Proposta de Herzberg para introduzir maior motivação no trabalho: enriquecimento de tarefas, o que consiste em ampliar os objetivos, responsabilidade e o desafio das tarefas do cargo. O modelo ERC - Alderfer Clayton Alderfer Paul (nascido em 01 de setembro de 1940), americano, psicólogo. Em sua teoria ERG (Relatedness Existência e Crescimento) em inglês e ERC (Existência, Relacionamento e Crescimento). Alderfer redefiniu e expandiu ainda mais a hierarquia de Necessidades de Maslow agrupando-a em três classes: Existência (E) – Que inclui as necessidades de bem-estar fisiológico e de segurança; Relacionamento (R) – Que reúne as necessidades sociais e de estima; e Crescimento (C) – Que equivale à necessidade de auto-realização, desejo de crescimento e desenvolvimento pessoal. Crescimento Relacionamento Existência Auto Realização Auto-estima Estima de Terceiros Afetivo-social Segurança Fisiológicas O modelo ERC - Alderfer O modelo de Avaliação Cognitiva de Vroom ou Modelo contingencial de motivação Nas suas pesquisas sobre a Teoria da Expectativa e Motivação tenta explicar por que os indivíduos escolhem seguir determinados cursos de ação nas organizações, particularmente nos processos de decisão e liderança. Para Victor Vroom, motivação é o processo que governa a escolha de comportamentos voluntários alternativos. O modelo de Avaliação Cognitiva de Vroom ou Modelo contingencial de motivação Vroom salienta que motivação em uma empresa depende de 03 (três) fatores determinantes, a saber: Expectativas, Recompensas e Relação entre Expectativas e Recompensas. Motivação Expectativas Relação Recompensas O modelo de Avaliação Cognitiva de Vroom ou Modelo contingencial de motivação Esse modelo Restringe-se ao estudo da motivação para produzir, rejeita noções preconcebidas e reconhece as diferenças individuais. “Existem três fatores que determinam em cada indivíduo a motivação para produzir: 1) EXPECTATIVA: Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir objetivos. 2) RECOMPENSA: A relação que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance de seus objetivos individuais. 3) RELAÇÃO ENTRE EXPEVTATIVAS E RECOMPENSAS: Capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo”. Além desses estudos alguém relacionou dinheiro e motivação? Teoria da Expectação – Lawler Teoria da expectação Essa Teoria foi desenvolvida por Lawler. O autor encontrou fortes indícios de que o dinheiro pode motivar o desempenho e outros tipos de comportamento. “Apesar do resultado óbvio, verificou que o dinheiro tem apresentado pouca potência motivacional em virtude de sua incorreta aplicação pela maior parte das organizações”. BASES DATEORIA DE LAWLER: O dinheiro é um meio a partir do qual as pessoas podem satisfazer necessidades múltiplas Se as pessoas estabelecerem uma relação consistente entre salário e desempenho, certamente este aumentará. Qual a relação entre Motivação e Clima Organizacional? Motivação e clima organizacional O Conceito de motivação refere-se ao nível individual O Conceito de clima organizacional refere-se ao nível da organização O que é clima organizacional? “O clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da organização e está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes”. O clima organizacional pode ser: Favorável: quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes e elevação da moral. Desfavorável: quando proporciona a frustração das necessidades pessoais. “Na verdade, o clima organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele influenciado”. E o estilo gerencial? Ele também influencia o ambiente psicossocial de trabalho? O modo como os dirigentes organizacionais entendem sobre a motivação no trabalho, influencia no bom ou mau desempenho do funcionário. O incentivo para o desenvolvimento e o crescimento profissional, a qualidade e a freqüência de feedback que os gerentes fornecem aos funcionários a respeito de desempenhos individuais e no grupo devem ser considerados como elementos substanciais que agregam qualidade em termos de disposições recíprocas nas relações de trabalho (Coda, 1977 citado por ZANELLI, ANDRADE, BASTOS, 2004). E o estilo gerencial? Ele também influencia o ambiente psicossocial de trabalho? O dirigente sempre que possível, levando-se em conta as características técnicas e psicológicas do grupo de trabalho, deve criar espaços para a participação dos trabalhadores nas decisões que, de um modo direto ou indireto, afetam as suas vidas profissional e social é de fundamental importância para a motivação no trabalho. CONCLUINDO... A convergência entre valores pessoais e organizacionais... A possibilidade de convergência entre valores pessoais e organizacionais também parece mediar a motivação dos trabalhadores nas organizações, visto que contribui para a formação de percepções favoráveis da dinâmica organizacional, com repercussões substanciais no desempenho e no envolvimento com o trabalho. Existem pelo menos 3 aspectos centrais que expressam os valores organizacionais: a) como a organização trata o empregado; b) como a organização estrutura os seus processos de trabalho; c) como a organização se relaciona com o ambiente externo. Estando esses valores alinhados a possibilidade do colaborador sentir-se motivado no ambiente de trabalho e infinitamente maior. OBRIGADO Satisfação Necessidade Equilíbrio Estímulo ou incentivo Comportamento ou ação Tensão
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