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A HISTÓRIA DE FLORENCE NIGHTINGALE

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· A HISTÓRIA DE FLORENCE NIGHTINGALE (1820-1910)
Conhecida como a dama da lâmpada, Florence Nightingale foi uma enfermeira britânica muito famosa que dedicou sua vida a arte do cuidar.
Pelo pioneirismo no tratado de ferimentos de guerra, durante a guerra da Criméia e por toda contribuição para este segmento, é considerada internacionalmente como pioneira da enfermagem moderna e é uma inspiração para todos.
Generosa e vinda de uma classe superior de família inglesa respeitável, Florence nasceu em Florença, Itália, em 12 de maio de 1820. Brilhante e impetuosa rebolou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu status, que seria torna-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se a enfermagem. 
Cuidou de pobres e indigentes. Em dezembro de 1844, em resposta a morte de um mendigo numa enfermaria reformatório em Londres que se tornou um escândalo público, ela se tornou a principal defensora de melhores cuidados médicos nas enfermarias.
Naquela época o tradicional papel de enfermeira era exercido por mulheres ajudante em hospitais ou acompanhado exércitos, muitas cozinheiras e prostitutas que acabavam tornando-se enfermeiras, sendo que as prostitutas eram obrigadas como castigo. A primeira iniciativa de Florence foi abolir qualquer resquício de feminidade e exigir um comportamento moral irrepreensível. Eram proibidas de usar enfeites, vestiam uniformes e só podiam sair em companhia de outras enfermeiras. Executar serviços só quando fossem requisitados pelos médicos, até a alimentação do paciente só podia ser dada com ordens escritas do médico. A mesma coisa em relação a banho ou outras medidas higiênicas. A enfermeira era completamente subordinada ás ordens do médico.
Preocupada com as condições de tratamento médico de mais pobres e indigentes. Ela anunciou sua decisão para a família em 1845 provocando raiva e rompimento, principalmente com sua mãe. Em 1846 ela visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por uma ordem de freiras católicas (diaconisas luteranas) na Alemanha, ficando impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e práticas das religiosas. Profissão era maior que tudo. Cortejada pelo político e poeta Richard Monckton Milnes, primeiro Barão de Houghton, ela teve que rejeita-lo, pois estava convencida de que o casamento ia interferir em sua capacidade de seguir sua vocação para a enfermagem. Em Roma, recuperando-se de um colapso mental precipitado por uma contínua crise de seu relacionamento com Mines, ela conheceu Sidney Herbert, um político brilhante que tinha sido secretário de guerra, cargo que deteria novamente durante a guerra da Criméia. Herbert já era casado, mas ele e Nightingale foram imediatamente atraídos um pelo outro e eles se tornaram amigos íntimos ao longo da vida.
Herbert foi fundamental para facilitar seu trabalho pioneiro na arte do cuidar na Criméia e na área de enfermagem. Por outro lado, Florence se tornou uma conselheira chave para ele em sua carreira política.
Em 1910, Florence Nightingale veio a óbito deixando um lindo legado e transformando a arte de cuidar em uma bela profissão reconhecida em todo o mundo: a enfermagem.
· HISTÓRIA DOS PRIMEIROS HOSPITAIS
Os primeiros de que se tem notícia foram construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka), no sul da Ásia. Dois séculos depois, o imperador Asoka criou, na Índia, instituições especiais para tratar doenças semelhantes aos hospitais de hoje. Já na Europa, sua introdução coube aos romanos, que, por volta de 100 a.C., ergueram locais, chamados valetudinária, para cuidar dos soldados feridos em batalha. Mas foi só a partir do século IV, com o crescimento do cristianismo, que os hospitais se expandiram. Comandados por sacerdotes e religiosos, os monastérios passaram a servir de refúgio para viajantes e doentes pobres. Esses lugares possuíam um infirmitorium, onde os pacientes eram tratados, uma farmácia e um jardim com plantas medicinais. Foram eles que se tornaram modelo para os hospitais modernos. Na Idade Média, as ordens religiosas continuaram a liderar a criação de hospitais – calcula-se que só os beneditinos abriram mais de 2000.
No Brasil, o primeiro foi o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda, inaugurado em 1540 junto com a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Ele funcionou até 1630, quando o conjunto foi saqueado por holandeses e depois incendiado.
Já o mais antigo em atividade é a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, erguida no ano de 1543. No começo, o improviso era total. “Como no século 16 não havia médicos dispostos a vir para o Brasil, os jesuítas se encarregavam de todo o atendimento, trabalhando como médicos, farmacêuticos e enfermeiros”, afirma o neurocirurgião Henrique Sei ji Iwamoto. Hoje, o hospital funciona em outro local.
· HISTÓRIA DE FLORENCE: AMBIENTE FÍSICO
A enfermagem tem a meta de auxiliar os pacientes em suas capacidades vitais, satisfazendo suas necessidades. À vista disso, evidencia que a enfermagem é uma pratica não curativa, onde o paciente é colocado na melhor condição, para isso, é necessário manter o ambiente sempre limpo. 
Esse seria um dos conceitos de Florence; o foco do cuidado da enfermagem é a higiene ambiental; com isso, Florence, enumera as tarefas que o enfermeiro deve realizar para assistir os indivíduos enfermos, e muitas delas são relevantes até hoje. 
Além do ambiente, são apresentados como conceitos não comuns: o arejamento, no que diz respeito a conservar o ambiente tão puro quanto o ar exterior; o aquecimento, ao proporcionar uma temperatura moderada no quarto do doente evitando o seu resfriamento; as condições sanitárias das moradias, no que se refere a assegurar a higiene das habitações, enfatizando a utilização de água pura, rede de esgoto eficiente, limpeza, fazendo referência já à prevenção de infecções, e iluminação, envolvendo a claridade e a luz solar direta. 
Ainda dentre os conceitos, são apresentados: os ruídos, barulhos desnecessários que fazem mal ao doente e provocam uma expectativa em sua mente, os quais prejudicam e perturbam a necessidade de repouso do doente, como as conversas do cuidador audíveis pelo indivíduo, a agitação, perguntas desnecessárias e as passadas fortes ao andar.
· Reconhecimento das Obras de Florence Nightingale
Com base no que vivenciou na Guerra da Crimeia, Florence publicou as “Notas sobre questões que afetam a saúde, eficiência e Administração Hospitalar do Exército Britânico”, uma obra com mais de 800 páginas. A publicação teve frutos, como a criação da Comissão Real de Saúde do Exército. 
Florence também utilizou a estatística em seus estudos para poder apresentar dados aos membros do exército. Ela usou o chamado diagrama de área polar, para exemplificar a contagem de mortes por mês, por exemplo. Com isso, ela foi a primeira mulher a integrar a Sociedade Real de Estatística. 
Em sua vida, Florence publicou, aproximadamente, 200 obras, as quais incluíam livros, panfletos e relatórios com sua experiência, observações e crenças sobre a enfermagem. Sua atividade intelectual seguiu até os 80 anos, quando foi impossibilitada de escrever por causa da cegueira definitiva. 
Criação da Escola de Enfermagem 
Florence Nightingale contraiu febre Tifoide na Guerra da Crimeia, e as sequelas dessa doença foram as responsáveis pelo fim de sua atuação na enfermagem de hospitais. Em 1859, utilizando seu tempo acamada, ela desenvolveu o projeto da Escola de Enfermagem do Hospital St. Thomas, em Londres. 
O curso tinha duração de cerca de um ano, e as aulas eram ministradas por médicos. Os conteúdos tinham exposição teórica e atividades práticas para profissionalizar os futuros enfermeiros. Alguns fundamentos da escola criada por Florence focavam no atendimento aos pobres, ligação de escolas aos hospitais para treinamento e no ensino por equipe formada na área. 
Contribuições para Enfermagem 
Além do seu trabalho na Guerra da Crimeia e na criação da Escola de Enfermagem, Florence Nightingale foi uma referência na saúde pública.
· Divisão técnica do trabalho e gerenciamentoda enfermagem
  O saber gerencial institucionalizou–se com a formação das primeiras alunas da Escola Nightingale, no Hospital St. Tomás, em 09 de julho de 1860, na Inglaterra, sob a orientação de Florence Nightingale. O modelo de ensino implantado, conhecido como Sistema Nightingale, passa a ser difundido para outras partes do mundo (FORMIGA; GERMANO, 2005) Implantou a divisão técnica do trabalho, através de duas categorias profissionais: as nurses e as lady-nurses. As lady-nurses eram preparadas para o ensino e supervisão de pessoal e foram responsáveis pela difusão do sistema Nightingale na Europa e no mundo. As nurses moravam e trabalhavam no hospital durante todo o curso, recebiam um salário e, após o curso, eram destinadas ao cuidado direto com o paciente (FORMIGA; GERMANO, 2005) Esse sistema buscava suprir a demanda de enfermeiras diplomadas para fundarem novas escolas, ao serem treinadas para o cargo de superintendente. A formação diferenciada as disciplinava para ocuparem a chefia de enfermarias e a superintendência de hospitais (GOMES, ANSELMI, MISHIMA, et. al, 1997) Florence também demonstrou a necessidade de aplicação das funções administrativas nas instituições hospitalares, comprovando, através de atos, as suas convicções, de tal forma que seus repetidos sucessos levaram-na a ser considerada como pioneira de administração hospitalar (TREVISAN, 1988).
· Proposições identificadas na obra de Florence:
· Um ambiente saudável é essencial para a cura;
· As janelas devem ser abertas possibilitando a entrada da luz para todos os ocupantes e um fluxo de ar fresco;
· Com a vestimenta adequada, pode-se manter, ao mesmo tempo, o paciente aquecido no leito e em ambiente muito bem arejado;
· A administração apropriada da residência interfere na cura dos enfermos;
· Os cuidados de enfermagem envolvem a casa na qual o paciente vive e os que têm contato com ele, sobretudo os cuidadores;
· O ruído é prejudicial e perturba a necessidade de repouso do doente;
· Alimentação nutritiva, leitos e roupas de cama apropriadas e higiene pessoal do indivíduo são essenciais;
· A limpeza previne a morbidade;
· Com o ambiente limpo o número de casos de infecção diminuem;
· Todas as condições e influências externas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo são capazes de prevenir suprimir ou contribuir para a doença e a morte.

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