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Resumo 1ª prova de Sociedade Civil ONU e Sociedade Civil: Artigo 71º da Carta das Nações Unidas que: “o Conselho Econômico e Social poderá entrar em entendimentos para consultar organizações não-governamentais que se ocupem de assuntos no âmbito da sua própria competência. Tais entendimentos poderão ser feitos com organizações internacionais e, quando for o caso, com organizações nacionais, depois de efetuadas consultas com o membro das Nações Unidas interessado no caso”. O papel e a presença dos atores da sociedade civil no processo da ONU aumentaram consideravelmente, durante as últimas décadas. Houve um aumento significativo da participação no ciclo de grandes conferências que tiveram lugar nos anos 90. Evangelista (Principais autores trabalhados: Hegel, Marx e Gramsci) O termo “sociedade civil global” ganha força na década de 1990, no contexto imediato pós-Guerra Fria até a virada do século XX (ressurgiu na Europa nos anos 70, em seguida nas américas no anos 80 e então ganhou força nos anos 90 também conhecido como a década das conferências) O crescimento e a intensificação da interconexão global e da integração das economias também gera novas lógicas que aceleram o fluxos — econômicos, de informações, de pessoas — e desorganizam processos políticos tradicionais de bases territoriais e nacionais. Ao mesmo tempo em que algumas coisas se globalizam e se internacionalizam outras se localizam; ao mesmo tempo em que se fortalecem espaços de discussão de valores éticos universais (maior atenção da opinião pública mundial para temas como direitos humanos, justiça social, meio ambiente), fortalecimentos de movimentos globais (emergência de uma sociedade civil global), assiste-se, também, ao crescimento da desigualdade e da exclusão social. Hegel, em Filosofia do direito (1821) é o primeiro autor moderno a empregar o termo sociedade civil (bügerliche Gesellschaft) e estabelecer sua diferença com relação ao Estado. “Tanto em Marx como em Gramsci a sociedade civil – e não mais o Estado, como em Hegel – representa o momento ativo e positivo do desenvolvimento histórico. De modo que, em Marx, esse momento ativo e positivo é estrutural, enquanto em Gramsci é superestrutural” O conceito de sociedade civil global mais disseminado hoje é aquele que tem como base as teses cosmopolitas, nesse sentido, o maior número de críticas que se faz ao conceito – e à idéia em si – na verdade são críticas ao próprio cosmopolitismo enquanto projeto político e modelo teórico. Sabemos que o debate teórico cosmopolita apresenta inúmeras nuances e variações, no entanto, as críticas são direcionadas a elementos comuns a este debate que atribuem à sociedade civil global um papel importante. A idéia de sociedade civil global é ao mesmo tempo um “produto” e um “produtor”, a partir de diferentes visões de mundo, deste mundo globalizado, “hipermoderno” e em transformação. Ana Paula Tostes Os exemplos históricos de criação de associações internacionais contra, por exemplo, a escravidão, ou pela organização e regulamentação do trabalho, defesa do sufrágio universal ou defesa da paz mundial, são ricos e emblemáticos sinais de participação pela ação e, principalmente, do quanto indivíduos e grupos articulados transnacionalmente (segundo limites tecnológicos e logísticos históricos) foram capazes de mudar o rumo de políticas públicas estatais. A brusca intensificação das estratégias de ação coletiva amparadas em conexões transnacionais, bem como a crescente organização da sociedade civil em ONGIs ao longo da década de 1990, é também fruto da expansão da globalização, para além do eixo econômico, e da complexidade crescente da ordem mundial no fim do século XX Na mesma proporção que os Estados se tornam constitucionais e democráticos e as sociedades mais complexas, algumas associações da sociedade civil passaram a se organizar em instituições formais e se conectar por redes transnacionais de advocacia pública. O Estado soberano ainda configura a mais efetiva forma de organização política e traz segurança para o desenvolvimento econômico e para a experiência democrática, mesmo tendo que ser flexível e se ajustar no alcance dos seus poderes e extensão de suas funções, na revisão da definição de suas fronteiras e capacidade de controle. No entanto, ao mesmo tempo, é necessário reconhecer que estes novos temas de relações internacionais sugerem novos valores e papéis aos indivíduos e suas práticas de articulação política, como causa e consequência, ao mesmo tempo, da ampliação do debate sobre participação e democracia em todos os setores da vida política. Capital Social (Principais autores trabalhados: Putnam e Fukuyama) Capital Social é definido por fatores inter-relacionados: confiança, normas e cadeias de reciprocidade e sistemas da participação cívica “Confiança é o componente básico do capital social enquanto que as normas regulam o cumprimento das regras pré-estabelecidas presentes em um contrato moral”, as cadeias de reciprocidade são deveres de retribuir favores recebidos. Já a participação cívica é o envolvimento em associações, cooperativas, clubes, sindicatos etc, existindo sempre a horizontalidade entre os participantes. Fukuyama oferece contrastes qualitativos importantes entre os países que compartilham mais ou menos confiança entre sua população e as repercussões que isso tem sobre a economia Putnam e Fukuyama relacionam o papel da confiança para a prosperidade de um país. Capital social é um instrumento que não opera sozinho, para seu funcionamento é necessário a integração de agir e interagir tendo na confiança e na cooperação as moedas da boa sociedade.
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