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Conversa inicial Seja bem-vindo(a) à segunda aula de Sistemas de Informação de Marketing, do curso de Administração de Empresas! Nesta aula, vamos estudar os seguintes assuntos: Análise do macroambiente: necessidades e tendências O processo de busca de informações com qualidade Ambiente demográfico: crescimento da população mundial, composição etária Ambiente demográfico: mercados étnicos, graus de instrução Ambiente demográfico: padrões familiares, movimentações geográficas Segundo Kotler e Keller (2006, p.4), o marketing “envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais” e, sinteticamente, pode-se afirmar que ele supre as necessidades lucrativamente. De local físico de oferta e procura de produtos e serviços, o mercado atual é um conjunto de compradores e vendedores que executam negociações relativas a produtos ou classe de produtos. Em realidade, são cinco os mercados básicos, que mantêm fluxos entre si, tais como os mercados de recursos, que incluem o mercado NÍVEL Graduação CURSO Administração DISCIPLINA Sistemas de Informação em Marketing MÓDULO A2 2016 AULA 2: Análise de Mercado PROFESSOR Elizeu Barroso Alves de matérias-primas, mercados de trabalho e mercados financeiros, nos quais os fabricantes buscam esses recursos para transformá-los em bens e serviços. Assim que os produtos ficam prontos, eles são vendidos a intermediários que os vendem aos consumidores. Estes, por sua vez, vendem seu trabalho e são remunerados por isso, dinheiro com o qual pagam por bens e serviços necessários à sua sobrevivência. O governo recolhe impostos para adquirir bens dos mercados de recursos, bem como dos fabricantes e dos intermediários, usando esses bens e serviços para disponibilizar serviços públicos. É assim que a economia global e a economia de cada nação coexistem, constituindo-se em conjuntos de mercado interativo e vinculados entre si por ações de troca. Mas o que faz tudo isso girar? Como são encontrados os caminhos para começar bem um negócio e ter uma boa performance que determine o seu sucesso? A ferramenta que pode minimizar o risco de um projeto dar errado é a Análise de Mercado! É esse tipo de instrumento que ajuda a encontrar a orientação para começar bem um negócio e fazê-lo crescer com o tempo. Também contribui para a otimização dos esforços e ajuda a criar alternativas que fazem a diferença. Desta forma, analisar o mercado é levantar informações essenciais sobre o tipo de consumidores, a concorrência, os fornecedores, a economia, dentre tantos outros. Acompanhe no material on-line a palavra do professor Elizeu sobre isso! Contextualizando Quando se faz uma análise de mercado, os profissionais que a realizam devem ter a consciência da importância do impacto do macroambiente. Este é determinado por forças maiores que afetam o microambiente, uma vez que as forças macroambientais não são controláveis. São elas: O ambiente econômico O ambiente político-legal O ambiente tecnológico O ambiente demográfico O ambiente natural O ambiente sociocultural Imagine a seguinte situação: A Império do Sorvetes, localizada na cidade de Osasco-SP, pretende abrir um canal de vendas no Rio de Janeiro tendo em vista as altas temperaturas do verão carioca. Renan Freitas, seu diretor de Marketing, sabe que, antes de iniciar a implantação desse canal, ele deve conhecer bem as características macroambientais da cidade maravilhosa, pois pode haver diferenças entre a vida lá e em Osasco, onde a marca detém 80% do mercado consumidor. Em uma análise macroambiental demográfica realizada pela empresa, assinale qual situação ela poderá encontrar: a) A empresa pode encontrar uma lei de incentivo ao comércio. b) A empresa pode encontrar muitas pessoas que são naturais de Osasco. c) A empresa pode encontrar muitas pessoas com renda salarial acima de R$ 8.000,00. d) A empresa pode encontrar uma nova máquina de produção de sorvetes. e) A empresa pode encontrar pessoas que não consomem sorvetes por motivos religiosos. Confira o feedback no material on-line! Você já parou para pensar como as empresas multinacionais fazem suas análises para adentrar em novos mercados? Veja como a Pepsi Cola fez para entrar no mercado brasileiro acessando o artigo a seguir: http://pt.slideshare.net/kinharangel/anlise-17957903 Análise do macroambiente: necessidades e tendências Quando se refere ao SIM, os gestores de marketing, como já vimos, buscam informações que darão base e apoio em suas decisões. No caso do estudo do mercado, que é a função do marketing, se faz necessária a análise do macroambiente de marketing. Na disciplina de administração de marketing você está conhecendo esse macroambiente, assim como o microambiente: aqui você terá informações de como realizar uma análise macro, com os fatores que irão determinar o dinamismo dos ambientes e como estes irão impactar as estratégias de concepção e comercialização de produtos e serviços, assim como os impactos comportamentais que influenciam esse clima. Tais informações irão compor o sistema de inteligência de marketing, lembra? Reichelt (2013, p. 157, grifo nosso), afirma que: “O sistema de inteligência de marketing utiliza determinados procedimentos para coletar informações diárias sobre eventos que ocorrem no ambiente de marketing em geral. “ O Ambiente de Marketing é formado por um conjunto de fatores e forças que afetam direta ou indiretamente uma organização, que se subdividem em: Macroambiente: ambiente externo. Microambiente: ambiente interno. Porém, antes de se discutir o macroambiente, se faz necessário entender a diferença entre modismo, tendência e megatendência, pois o não conhecimento destes termos pode conduzir a empresa a erros crassos e, em muitos casos, perigosíssimos para a empresa. Acompanhe nos itens a seguir: Modismo Algo imprevisível, de curta duração e não tem significado social, econômico e político. Não traz grandes mudanças e em pouco tempo caem no esquecimento, porém enquanto vigora pode abarcar um grande número de consumidores. Você já viu a figura a seguir em algum carro em sua cidade? Qual era a frequência há anos atrás? E atualmente tem a mesma força? Tendência Já quando o assunto é tendência, temos algo mais duradouro. Kotler e Keller (2006, p. 76) afirmam que “mais previsíveis e duradoras, as tendências revelam como será o futuro”. Por exemplo, quantas academia de ginasticas existiam em sua cidade há uns 15 anos atrás? Quantas existem hoje? Consegue fazer um gráfico desse crescimento? Esse aumento é o resultado da tendência de maior cuidado com o corpo. Megatendência Por fim, quando pensamos em megatendências, para Kotler e Keller (2006, p. 76) essas “se formam lentamente e, uma vez estabelecidas, nos influenciam por algum tempo – de sete a dez anos no mínimo”. Quanto tempo você não emite um cheque? Ou pegou um cheque em suas mãos? A baixa circulação de cheques é o resultado da megatendência tecnológica que as operações com cartão magnético mudaram nossa forma de consumir, se formos um pouquinho além, foi essa tecnologia que impulsionou o e-commerce. Uma vez entendidas tais diferenças, agora podemos avançar e entender que: O macroambiente é determinado por forças maiores que afetam o microambiente. Identificar o poder de cada forma sob a empresa é entender que as empresas estão situadas dentro de um mercado dinâmico e as informações estão em toda parte, dando sinais que, ao serem interpretados, tornam-se diferenciais competitivos. Essas forças ambientais externas às empresas são as citadas anteriormente: o ambiente demográfico, o ambiente econômico, o ambiente político-legal, o ambiente tecnológico, o ambiente natural e o ambiente sociocultural.Assim, temos: MICROAMBIENTE O microambiente concentra-se na empresa: seu ambiente interno, com os departamentos de administração, recursos humanos, produção, finanças, pesquisa e desenvolvimento, vendas, compras e contabilidade, etc. MACROAMBIENTE O macroambiente - assunto de nosso estudo - compreende forças e tendências que afetam o microambiente, dando forma às oportunidades e também impondo ameaças, os chamados “fatores não controláveis”, que devem ser monitorados para que haja reações por parte da empresa. Essas forças, embora descritas separadamente, devem ser muito bem observadas pelos profissionais de marketing na busca de palcos mais atraentes para novas oportunidades e tendências, como podemos ver nos fatores de análise macroambientais a seguir. (KOTLER; KELLER 2006): Ambiente Econômico Os mercados requerem poder de compra, que por sua vez dependem da renda, dos preços, do endividamento, da poupança, e da disponibilidade de crédito. Assim, os profissionais de marketing devem atentar para as tendências da renda e os padrões de consumo. Ambiente Demográfico São monitoradas as tendências populacionais, visto que são as pessoas que constituem os mercados populacionais. Assim, os mercados podem ser interessantes pelo tamanho e crescimento da população, de diversas cidades, regiões e países. Existe ainda a distribuição das faixas etárias e composição étnica; os níveis de instrução; os padrões familiares e características e movimentos geográficos. Ambiente Natural Com a deterioração do ambiente natural, existe uma grande preocupação com a poluição do ar e a escassez da água, e isso abrange outros setores, podendo provocar ameaças relativas a 4 tendências: escassez de matérias-primas, custo elevado de energia, níveis mais altos de poluição e mudança de atitude dos governos. Ambiente Tecnológico A tecnologia tem afetado, sobremaneira, a vida das pessoas, e os profissionais de marketing devem observar as seguintes tendências em tecnologia: a aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas que aumentam o trabalho home office e, consequentemente, promovem a diminuição da poluição; oportunidades ilimitadas para a inovação, tais como a biotecnologia e a robótica; variações dos orçamentos para P&D e regulamentação mais rigorosa para as mudanças tecnológicas. Ambiente Político-Legal Esse ambiente afeta fortemente as decisões de marketing, que é composto por leis, agências governamentais, e grupos de pressão que influenciam e limitam as organizações e os indivíduos. Existem também oportunidades de negócios que são geradas a partir de regulamentações, como é o caso da reciclagem obrigatória, que incentivam empresas que geram novos produtos a partir de materiais reciclados. Ambiente Sociocultural A sociedade molda as crenças, valores e regras que as pessoas inconscientemente assimilam. E é isso que define o seu relacionamento consigo e com os outros, entre eles, a persistência dos valores culturais centrais, a existência de subculturas, e as mudanças dos valores culturais secundários ao longo do tempo. Por fim, um bom Sistema de Informação de Marketing – SIM é aquele que consegue manipular inúmeras informações de fontes diferentes, que em conjunto conseguem fazer com que os gestores de marketing entendam a dinâmica de sua empresa internamente e como atuar em um mercado cada dia mais competitivo, onde se faz necessário entender a lógica de antecipar tendências e megatendências, sendo esse o diferencial de sobrevivência. Um exemplo dessa dinâmica é o caso da famosa marca de máquina de escrever, Olivetti, líder de vendas. Com a megatendência da tecnologia, os computadores pessoais absorveram a função das máquinas de escrever, e isso decretou o fim da empresa como era conhecida. Ela ainda existe, mas precisou se reinventar e nunca mais teve o mesmo desempenho no mercado brasileiro. Leitura obrigatória REICHELT, Valesca Persch. Fundamentos de Marketing. Curitiba: InterSaberes, 2013, cap. 4, p.66-68. Cruzando as duas leituras e o vídeo a seguir, você entenderá como se faz uma análise prévia na prática. Analise cada um dos materiais complementares com atenção! Tendência de Consumo e Perspectivas do Mercado de Vinhos no Brasil http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/artigos/tendencia.pdf Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil: Principais Tendências nos Próximos 20 Anos http://macroplan.com.br/documentos/artigomacroplan2010817182941. pdf Macro ambiente – Superbom https://www.youtube.com/watch?v=GqL05AD9z4I Saiba mais acessando o vídeo do professor Elizeu no material on-line! O processo de busca de informações com qualidade Nos dias de hoje vivemos na era da informação, onde cada vez mais é exigido das empresas uma visão de mercado eficiente, a qual pode ser promovida pelo uso de recursos inteligentes. Ou seja, temos uma crescente obrigação de alcançar bons resultados dentro de um ambiente competitivo, global, dinâmico e volátil que tem expandido sua exigência pelo processamento da informação. Mas o que é preciso para isso? O desenvolvimento e a implementação de um plano de marketing envolvem diversas decisões e tomar essas decisões é tanto uma ciência como uma arte. Para o criar o clima de entendimento e inspiração necessário ao processo de tomada de decisão de marketing, as empresas devem possuir informações abrangentes e atualizadas sobre as tendências macroambientais e os efeitos microambientais específicos de seu negócio. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 70) Para que as empresas sejam orientadas para o mercado, é necessário que elas sejam capazes de gerar informações sobre os consumidores, concorrentes e o ambiente de negócios. Além disso, devem possuir um Sistema de Informação de Marketing, que possa divulgar essas informações por toda a organização e ter a capacidade interna de planejar e implementar respostas adequadas e consistentes com as informações adquiridas (GUNDLACH; WILLIAM, 2009, tradução nossa). O processo de busca e uso da informação não é feito de forma genérica, como se todas as buscas partissem de um modelo, de um padrão imutável, pois a complexidade da tarefa influencia a quantidade e a diversidade da informação exigida, demandando novos esforços do responsável pela busca de informações quanto à consistência interna da informação obtida (VAKKARI, 2003, tradução nossa). Ao cruzarmos as análises dentro e fora da empresa, teremos informações suficientes para a ação, ou seja, para usarmos como suporte de nossas decisões. No passado, já tínhamos uma grande preocupação com o trato das informações. Smith et al. (1968, tradução nossa) afirma: “havia um grande volume de informações e uma insuficiência e inadequação de informações necessárias para a tomada de decisão. ” Logo, havia um grande ensejo de buscar a qualidade da informação e uma forma de integrá-la com informações de diferentes fontes no intuito do entendimento situacional de mercado. Segundo Kotler (2000, p. 27): “Informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto”. Desta forma, entendemos que a busca por boas informações e seu trato podem se tornar um diferencial para as empresas. Da mesma forma, entender o processo de busca de informação requer um aguçado conhecimento da empresa e do ambiente que o cerca, isso trará qualidade tanto nessa busca como no trato da informação e seu uso como suporte a decisão. Assim como uma simples pesquisa no Google, temos às vezes, dependendo do termo, milhares de resultados. Porém, como procedemos no sentido de empregar uma busca eficiente? Simples, pois com o desenvolver do marketing e da mudança do comportamento do consumidor- através de seus fatores sociais, culturais, pessoais e situacionais-, as empresas entenderam que não atuam em um mercado homogêneo, sendoque para conhecer seus clientes e o ambiente se faz necessário sua classificação. Isso chamamos de segmentação de mercado. A segmentação de mercado é o processo de identificação de um grupo de pessoas similares em uma ou mais formas, baseado em uma variedade de características e comportamentos, com o objetivo de: Identificar esses grupos de pessoas com comportamento similar, de forma que o produto ou a embalagem, ou as estratégias de comunicação, possam ser adaptados para responder às suas necessidades específicas e, com isso, aumentar as possibilidades de venda para esse grupo. Um segmento de mercado é um grupo de consumidores com necessidades e comportamentos semelhantes que diferem do restante do mercado (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD 2011, p.41). Conheça a seguir as definições e exemplos de segmentação de mercado segundo Alves, Monfort e Rolon (2014, p.188-199). Massa Marcado amplo de produto comum a grande parte da população, como as lojas de variedades que vendem vários produtos e não fazem diferenciação entre os clientes. Exemplo: Lojas Americanas http://www.americanas.com.br/ Segmento Mercado direcionado com produtos em comum para um segmento da população, como as lojas de produtos esportivos. Exemplo: Loja Decathlon http://www.decathlon.com.br/ Nicho Mercado com produtos especializados para um segmento menor da população, como a venda de alimentos sem açúcar para diabéticos. Exemplo: Farmácia Doce Vida http://www.docevidadiabetes.com.br/ Uma vez dividido o mercado, as empresas podem focá-lo e extrair dele benéficas informações de consumo. Tais informações vão compor o SIM e serão o alicerce nas decisões. Isso explica porque você, por exemplo, não vê a propaganda de um carro Ferrari na revista Veja. Reichelt (2013, p.100) relata: “Segmentação é o processo de dividir o total do mercado em grupo homogêneos e relevantes”. O que vai ao encontro com Alves, Monfort e Rolon (2014, p.192), que afirmam: “Uma vez definido o mercado em que a empresa atua, ela pode trabalhar tranquilamente na elaboração de seu plano de relacionamento e nas suas estratégias”. Por fim, Kotler (2000, p. 27), afirma: “Gerentes de marketing precisam tomar inúmeras decisões, desde decisões fundamentais, como que características projetar em um novo produto, quantos profissionais de vendas contratar ou quanto gastar em propaganda, até decisões de menor importância, como o texto e a cor de uma nova embalagem. ” Ou seja, para se tomar boas decisões é necessário possuir informações de qualidade que guiarão todo o processo de elaboração e atuação no mercado. Tendo isto em mente, os profissionais de marketing saberão a melhor forma de atuação dentro das empresas e em sua relação com o ambiente. Leitura obrigatória REICHELT, Valesca Persch. Fundamentos de Marketing. Curitiba: InterSaberes, 2013, cap. 6. Leia a seguir um interessante artigo sobre análise de mercado e a importância da informação: http://cafecomw.blogspot.com.br/search/label/microambiente Também confira a opinião de Waldez Ludwig sobre a informação como bem econômico: https://www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92uDw Vamos ver o que o professor Elizeu tem a dizer sobre este tema? Para isso, acesse o material on-line! Ambiente demográfico: crescimento da população mundial, composição etária De todos os ambientes a serem analisados, existe um que desprende um maior estudo. Esse ambiente é o demográfico, pois ele possui um potencial para explicar os demais ambientes. Por exemplo: observe a quantidade de leis que temos hoje. Com certeza é um maior número do que em 1500. Isso acontece pelo aumento da população, e quanto maior esse aumento, mais necessidade de leis e de tecnologia para suprir toda a necessidade de sobrevivência. Será que hoje, com quase 7 bilhões de habitantes no planeta, nós conseguiríamos viver sem os resultados das revoluções agrícola, industrial e tecnológica? Dificilmente, certo? Antes, para dar a volta ao mundo, se fazia necessário uma longa viagem de navio, depois algumas horas de avião e hoje apenas alguns segundos bastam graças à internet. De fato, pela relevância, vamos discutir sobre o ambiente demográfico e seu impacto no marketing, principalmente por prover informações substanciais da dinâmica de um mundo globalizado como o nosso. Inicialmente, vamos nos ater ao crescimento da população mundial, tendo em vista que a população é a principal força demográfica a ser considerada pelos profissionais de marketing, afinal... ... os mercados são formados por pessoas! Outras variáveis, vistas nesse item, para este ambiente, são as taxas de crescimento populacional de diferentes cidades, regiões e países. Segundo Kotler e Keller (2006, p. 78), a “população mundial está apresentando um crescimento ‘explosivo’: totalizou 6,1 bilhões de pessoas em 2000 e ultrapassará 7,9 bilhões em 2025”. Você já parou para pensar nisso? Imagine por um momento as implicações de uma população tão numerosa para a sociedade e para o planeta! O Brasil é o 5º país mais populoso do mundo, embora exista uma taxa de baixa fecundidade no país, uma das menores se comparado à China, Rússia, Estados Unidos, Vietnã e Japão. Atualmente, a população brasileira está contabilizada em 207.848 habitantes, com projeção para 228.663 habitantes em 2030, 238.270 em 2050, reduzindo essa expectativa para o ano de 2100. (ONU, 2015) Nesse mesmo período, segundo o documento Revisão da Projeção Mundial 2015 (ONU, 2015), no período entre 2015 e 2050, metade do crescimento da população mundial deve concentrar-se em nove países: Estados Unidos, Indonésia, Uganda, Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia e Tanzânia. Kotler e Keller (2006) comentam que a explosão da população mundial tem sido uma fonte de grandes preocupações, pois pode contribuir para a falta de alimentos, de água, de importantes minerais, na poluição, na superpopulação e na má qualidade de vida. Esse aumento explosivo implica fortemente nos negócios, visto que o crescimento populacional não implica em crescimento de mercados, a menos que esses mercados tenham poder de compra suficiente. As empresas que analisam cuidadosamente seus mercados podem descobrir importantes oportunidades, e assim as variáveis demográficas passam a atingir também os planos estratégicos, como podemos ver nos slides a seguir: As mudanças nos índices de natalidade, nos hábitos de compras e o envelhecimento da população podem determinar maior demanda por lazer, remédios, serviços especializados de cuidados, entre outros. Outro importante aspecto que ilustra essas tendências é o papel da mulher na sociedade. Ingressando no mercado de trabalho, ela se torna importante consumidora, mudando seu hábito de compra, de lazer, quando ficava em casa, para o de compra por necessidade, com menos tempo disponível. Daí a tendência de shopping centers abrirem aos sábados e até mesmo aos domingos (LAS CASAS, 2006, p.32). Você deve lembrar que, antigamente, no mercado da construção civil, o foco era a construção de casas grandes, com muitos quartos, até porque as famílias eram grandes. Atualmente, o foco são apartamentos com metragem menor, para famílias pequenas. Não é difícil encontrar alguém que alegue que os avós tiveram mais de 10 filhos, os pais até 4 filhos e ele possui apenas 2 filhos. Todos estes fatores vão influenciar a forma de consumo, e a empresa deve estar atenta com tais informações para ofertar os seus produtos e serviços da forma certa, para o público certo! A pirâmide etária no Brasil, a cada década, se modifica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015), o padrão demográfico brasileiro não delimita um critério único para a distribuição da população por faixa etária e divide a população emjovens (0-14 anos), adultos (15-65 anos) e idosos (acima de 65 anos). O critério adotado para determinar a população potencialmente ativa é a ligação da população ao mercado de trabalho (+ ou - 15 a 65 anos) quer esteja trabalhando ou não, e as que estão fora desse mercado (menos de 15 e mais de 65 anos). Neste caso, é preciso um equilíbrio, mas estamos hoje vivendo uma situação que a Previdência Social (INSS) está pagando mais benefícios aos aposentados do que captando a contribuições dos assalariados. A população pode ser dividida em seis grupos de faixa etária: Pré-escolares. Crianças em idade escolar. Adolescentes. Adultos jovens (25 a 40 anos). Adultos de meia-idade (40 a 65 anos). Idosos (mais de 65 anos). Para os profissionais de marketing, as faixas etárias com mais indivíduos definem o ambiente de marketing. (KOTLER; KELLER, 2006, p.79). Com o avançar dos anos, podemos perceber a mudança nessa pirâmide etária, veja a figura que compara os anos de 1980, 2011 e projeta 2031. Dessas pirâmides podemos extrair inúmeras informações, como aumento das pessoas com idade a partir dos 60 anos e a retração do número de crianças. Sabe o que isso significa? Se você trabalha em uma indústria que produz fralda, esse é um momento para considerar o lançamento de uma fralda geriátrica. Você quer ver essa mudança de postura? Assista ao vídeo a seguir, podendo escolher entre a versão dublada ou legendada: DUBLADO https://www.youtube.com/watch?v=orKVkXwOYqg LEGENDADO https://www.youtube.com/watch?v=F12DAS-ZNDY Nele, você consegue ver que assim como o marketing evoluiu, aumentou as linhas e categorias de produtos, fortaleceu-se os grupos de referências e o mundo atravessou gerações de jovens, com seus pensamentos e formas de consumir. Você já ouviu falar das Gerações X, Y e Z? Essa terminologia pode parecer estranha para classificar as pessoas de determinada faixa etária, mas na verdade descreve perfis de comportamento! A Geração X tem pensamentos arraigados na década de 1980, caracterizando uma tribo caracterizada pela forma analítica e linear de pensar. A Geração Y é a mais famosa, destacando-se pelo seu questionamento e rebeldia. Quanto à Geração Z, eles são zen! Tem ações e visões que transcendem o atual, sendo ainda difícil alcançar o pensamento dessa turma, que tem um pensamento holístico e sistêmico. Lembre-se: conhecer o quanto cresce a população e seu perfil etário é importante para as empresas, pois são com essas informações que se desenvolvem produtos e serviços novos. Leitura obrigatória SAMARA, Beatriz; MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do Consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005, Cap. 3, p.84-97. Qual é a sua geração? E como conhecer as gerações pode ser importante? Para entender melhor este assunto, leia a notícia e assista ao vídeo a seguir! http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/10/veja- caracteristicas-que-marcam-geracoes-baby-boomer-x-y-e-z.html https://www.youtube.com/watch?v=XayhOoFZ2zc E para finalizar este tema, acompanhe o professor Elizeu no material on-line! Ambiente demográfico: mercados étnicos, graus de instrução O Brasil é mundialmente conhecido pela miscigenação de povos e culturas, desde a política de imigração instaurada em fins de século XIX e início do século XX. Atualmente, os asiáticos, negros, árabes e judeus estão entre as etnias que mais se sobressaem no mercado brasileiro e que se encontram em crescente expansão. EMPREENDEDOR, 2015 Com a globalização, no final dos anos 1980, e o avanço da Internet, as empresas e consumidores de todas as partes do mundo puderam se aproximar. E apostar nesses nichos acaba sendo uma opção inteligente para se diferenciar no mercado, já que existem públicos com necessidades específicas. Vamos aprofundar a questão neste tema! O interesse vai de comidas especialmente preparadas a cosméticos, passando por agências de turismo e veículos de comunicação, como os jornais em línguas estrangeiras. Mas, antes de apostar em produtos e serviços voltados a uma determinada etnia, é preciso investir em pesquisa e planejamento minuciosos, uma vez que qualquer gafe pode comprometer – para sempre – a credibilidade do negócio (EMPREENDEDOR, 2015). A principal vantagem desse mercado é a diferenciação, pois estando os produtos e serviços muito parecidos, quem tiver um ponto forte ou diferencial sai na frente, representando as etnias as oportunidades promissoras. Ao mesmo tempo, a concorrência diminui visto a segmentação de mercado, e aumenta-se o poder de negociação com os fornecedores. As mudanças são comandadas pelas empresas, em entendimento as novas informações étnicas, tendo em vista que muitos fabricantes são globais. Conheça alguns exemplos dessa dinâmica: Nesse prisma, Kotler e Keller (2006) relatam que a Procter & Gamble (P&G), ao descobrir que 57% dos latinos gostam de cheirar os produtos que compram, desenvolveu uma nova versão de seu detergente. Igualmente, os fogões brasileiros têm uma tampa de vidro (antigamente era de aço), oriunda do costume das donas de casas de décadas anteriores que, após limpar a cozinha, gostavam de colocar um vaso de flor sobre o eletrodoméstico. Voltando ainda mais, temos o modelo de fogão que, além da tampa, ainda tem prateleiras laterais. Tal situação no Brasil vem se modificando, onde começa-se a popularizar os fogões cooktop. Da mesma forma que se faz necessário levantar informações étnicas, existe a necessidade para com o grau de instrução de uma população. Por exemplo, Kotler e Keller (2006) afirmam que em uma população com grande número de pessoas instruídas tende a crescer a demanda por livros. Existem diversos estudos e pesquisa sobre o consumo e grau de instrução, sendo que ela pode ser cruzada com outros fatores, como renda, estilo de vida, etc. Confira a interessante pesquisa a seguir: http://www.brasilpost.com.br/2015/07/16/mulheres- cultas_n_7814492.html De acordo com o estudo, as mulheres cultas também são mais propensas a admitirem problemas envolvendo o abuso do álcool. Uma relação semelhante entre o grau de escolaridade e o consumo de bebidas alcoólicas também foi identificada entre os homens, entretanto ela é bem menos influente do que o que ocorre com o público feminino. Os pesquisadores acompanharam milhares de pessoas, de ambos os sexos, nascidos em uma mesma semana de 1970, na Grã-Bretanha. O relatório concluiu que quanto mais culta for uma mulher, maior as chances dela beber semanalmente. Os estudos afirmaram, ainda, que quanto maior o grau de instrução escolar, maior a tendência de um profissional do sexo feminino admitir problemas de dependência com relação ao álcool. (BRASILPOST, 2015, PORTAL) Grau de instrução também está relacionado à renda e qualidade de vida, principalmente existindo um grande laço na questão cultural. Por exemplo, Kotler e Keller (2006) exemplificam que 99% da população japonesa é alfabetizada. No Brasil, segundo o IBGE (2010) 91% da população é alfabetizada. Você consegue entender a diferença entre esses números? Apesar da pouca diferença, existem fatores que relacionam grau de instrução e estilo de vida. Estes dois indicadores estão intimamente ligados. É possível imaginar um fator desestabilizador em uma pesquisa de comportamento do consumidor em duas famílias formadas por pai, mãe e dois filhos na mesma faixa de idade, o mesmo grau de instrução, a situação financeira bem parecida e moram no mesmo condomínio. Vamos ver um exemplo! Compare o estilo de vida das duas famílias: Família A: O marido gosta de futebol e cerveja Não gosta de ler ou atividades culturais Adora viajar para lugares mais calmos. A sua esposa é uma mulher conservadora que sededica exclusivamente à família e ao bem-estar do seu lar. Os filhos estudam em colégios conservadores, praticam esportes e estudam instrumentos musicais. Família B: A mulher gosta de lugares agitados, cinema e boate. Adora dançar e usar roupas esportivas. Seu marido é empresário e vaidoso, adora carros importados. Ela é uma mulher moderna que escolhe as refeições do lar conforme o valor proteico dos alimentos. Seus filhos estudam em colégios modernos e praticam esportes radicais. Os estilos de vida das duas famílias distorcem bastante qualquer pesquisa de comportamento do consumidor, embora a informação da estrutura familiar ser a mesma! Leitura obrigatória REICHELT, Valesca Persch. Fundamentos de Marketing. Curitiba: InterSaberes, 2013, cap. 6, pgs 48 a 55. Leia o artigo a seguir para entender um pouco mais sobre etnia e grau de instrução: http://planocde.blogspot.com.br/2010/01/emergencia-dos-mercados- etnicos-no.html Assista também ao vídeo a seguir para outro exemplo dessa relação entre indicadores: https://www.youtube.com/watch?v=ysuK8uYG3Ns Agora, vamos ver o que o professor Elizeu tem a dizer! Para isso, acesse o vídeo no material on-line! Ambiente demográfico: padrões familiares, movimentações geográficas Os padrões familiares tal qual nós conhecíamos que era pai, mãe, avós, tios, etc. vem se modificado ao longo dos anos. Hoje, temos uma nova situação resultado do avanço de nossos tempos. Por exemplo, temos casais sem filhos, pessoas solteiras que moram sozinhas, casais sem filhos mas com um pet como membro da família, dentre outras formas de família, e isso se reflete na forma de consumo. Você já reparou no aumento de venda de comidas congeladas no supermercado? Antigamente, era comum as pessoas se reunirem à mesa para a janta, mas nos dias atuais, em seu dinamismo, são raros os momentos como esses. Esses novos padrões são base dos estudos do marketing e resultam em uma gama imensa de informações sobre o consumo. Antigamente, segundo Mariano (2011, p.3), “a chefia destas famílias era do marido e a esposa e os filhos possuíam posição inferior a dele. Desta forma, a vontade da família se traduzia na vontade do homem que se transformava na vontade da entidade familiar”. Esse panorama hoje está completamente alterado, a ponto de Kotler e Keller (2006), afirmarem que os lares com casais casados nos EUA vêm diminuindo sua representação: de 80% na década de 50 para 50% em 2006. Essa realidade não difere no Brasil, basta você olhar em volta. Silva e Ritto (2012) relatam que “no Brasil, o time dos que se declaram solteiros supera os dos casados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011 do IBGE”. Podemos conferir estes dados no quadro a seguir, que traz a distribuição dos domicílios com um só morador, por estado civil: % em 2010 Homem Mulher Casado 11,8 6,5 Desquitado ou divorciado 18,9 15,3 Viúvo 10,4 39,5 Solteiro 58,9 38,7 Fonte: G1 (2012, PORTAL). Outra questão é o fenômeno dos dinks (double income no kids) que são os casais que optam por não ter filhos. Tal situação molda a nova forma de consumo. Hoje temos empresas que são especializadas em atender esse público com produtos e serviços. Isso tudo vem a moldar o ciclo de vida das famílias e sua estrutura, modificando o ciclo de vida do produto, onde um produto para um determinado grupo de família pode estar na introdução e já na maturidade para outro. A Whirlpool Latin America, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, procura se antecipar a esses movimentos demográficos. Pessoas que moram sozinhas, em apartamentos cada vez menores, muitas vezes com a cozinha integrada à sala, adicionam uma nova exigência aos produtos: design. "Os espaços pequenos antes eram mais fragmentados. A tendência agora é ficar cada vez mais aberto, no estilo loft. O design desse aparelho pode compor a decoração", explica Mario Fioretti, gerente- geral de Design e Inovação da empresa. (SILVA; RITTO, 2012). Essa circunstância se amplia quando alinhado a esse novo padrão de família, temos as movimentações geográficas da população. Vivemos em um mundo sem fronteiras, onde o avanço das tecnologias no faz migrar internamente no país, ou imigrar. Tal movimentação acaba por influenciar as culturas locais. Por exemplo, se você mudou de algum lugar do Brasil para o Rio Grande do Sul, existe uma grande chance de você ter se tornado um consumidor de chimarrão. Da mesma forma, se você mudou para o nordeste pode se deliciar com tapioca e carne de sol. A migração dentro do Brasil moldou o consumo, e agora com o efeito inverso, onde muitas pessoas estão voltando para seus estados de origem, levam também um pouco da cultura do local de onde estavam. G1 (2011, PORTAL) informa que: “A migração entre regiões do país perdeu intensidade na última década, e estados do Nordeste, além de reter população, começaram a receber de volta os que deixaram seus estados rumo ao centro-sul do país”. Com isso, já começa a ser comum muitas marcas, até então locais, começarem a atuar em outras regiões, como por exemplo o Guaraná Jesus, líder de vendas no mercado de refrigerantes do Maranhão e de uns tempos para cá começou a ser encontrado em outras cidades, como em Curitiba, Paraná. Tal informação vai ao encontro aos seguintes dados de G1, 2012, PORTAL: “O Brasil já possui 6,9 milhões de domicílios com pessoas morando sozinhas, a maioria deles ocupada por homens solteiros”. Da mesma forma que a migração influencia a cultura local, a imigração também é um outro fator de relevância que vai ampliar o consumo, principalmente de produtos diferenciados. Isso acontece do mundo para o Brasil e do Brasil para o mundo, principalmente em países onde temos uma efetiva colônia de brasileiros. Isso propicia a criação de eventos como o Brazilian Day que acontece nos EUA: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/09/brasileiros-cantam- e-dancam-em-ny-para-comemorar-br-day.html Leitura obrigatória KOTLER, Philip.; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing: análise, planejamento e controle. 12 ed. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2006, cap. 3, pgs 82 a 84. No artigo e vídeos a seguir, você poderá entender melhor sobre as movimentações geográficas, de pessoas e de produtos que acontecem no Brasil. Não deixe de acessar: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/29/politica/1432914508_370989. html https://www.youtube.com/watch?v=avmkDAQtxGo https://www.youtube.com/watch?v=aGJDv37v8mE Para finalizar o último tema, confira o que o professor Elizeu tem a dizer no material on-line! Trocando ideias Agora troque uma ideia com seus amigos no fórum! A pergunta é: Imagine que Sr. Manoel, proprietário da Vani Panificadora, pretende abrir uma filial na cidade de Picos-PI. Como ele deve proceder com uma análise macroambiental? Na prática Primeiramente, leia o artigo a seguir e siga as orientações: http://www.poiesis.org.br/new/poiesis/politica-gestao-cargos- salarios.pdf Orientações: 1. Faça pesquisas no website da empresa sobre sua organização. 2. Identifique no texto desta aula os conceitos chaves, tendo material para realizar as tarefas. 3. Responda às questões propostas a seguir. Bons estudos e bom trabalho! A. Tomando como base os padrões familiares e os mercados étnicos que compõem a análise do ambiente demográfico, descreva como o Starbucks utilizou as informações oriundas desses dados para lançar suas lojas no Brasil. B. Identifique e descreva em que momento na entrevista do Diretor de Marketing da Starbucks podemos perceber que ele fez uma análise de movimentações geográficas. C. Imagine que a Starbucks vai abrir sua primeira loja em João Pessoa, na Paraíba. Para isso ela deverá realizar uma análise econômicana região. Descreva como deverá ser essa análise e aponte ao menos um exemplo do resultado. D. Segundo o diretor de marketing da Starbucks “Lançamos também um café de chocolate com pimenta, por conta do grande sucesso de uma novela, porém, terminou a novela o café não foi mais procurado e saiu de linha”. Descreva como podemos classificar essa situação. Ela foi modismo ou uma tendência? Confira o feedback da atividade prática com o professor Elizeu acessando o material on-line! Síntese Conhecemos nesta aula como se analisa um macroambiente de marketing. A forma que se apresentam os fatores externos, principalmente os fatores demográficos que, juntamente com os conteúdos da disciplina de comportamento do consumidor, nos permite entender como se deram as mudanças no consumo dos últimos anos. Isso se reflete na forma de analisar o ambiente interno e na gestão das linhas de produtos e serviços. Assim, temos essa visão do Marketing, onde o termo mercado é usado para abranger vários grupos de clientes, nos quais os vendedores são os setores e os compradores representam o mercado. Existem: mercado de necessidades (aqueles que desejam emagrecer); mercado de produtos (calçados, roupas); mercados demográficos (constituídos pelos jovens) e mercados geográficos (o francês, o alemão, etc.). O conceito pode ser expandido ainda para mercado de trabalho, mercado de eleitores, mercado de doadores, entre outros (KOTLER; KELLER, 2006). Ao analisar o mercado, se faz necessário analisar as informações assim como busca-las de forma que a qualidade possa trazer bons frutos para a concepção de um SIM que privilegie as boas decisões. Os gestores de marketing necessitam entender o processo de busca de informações, principalmente o que se refere ao ambiente demográfico, e cruzá-lo com os demais fatores. Por exemplo, como existem muitas pessoas morando sozinhas, o consumo de alimentos prontos e a refeição fora de casa tendem a crescer, assim como o uso de aplicativos para fazer reservas em restaurantes. E por fim temos o ambiente político-legal regulando essa relação de importação, produção e consumo. Assim chegamos ao final desta aula! Obrigado e até a próxima! Veja os comentários finais desta aula no vídeo do professor Elizeu acessando o material on-line! Referências ALVES, Elizeu Barroso; MONFORT, Mariana Barboza; ROLON, Vanessa Estela Kotovicz. Marketing de relacionamento: Como construir e manter relacionamentos lucrativos? Curitiba: InterSaberes, 2014. BRASIL POST. Mulheres cultas tendem a beber mais álcool, diz estudo. Disponível em: <http://www.brasilpost.com.br/2015/07/16/mulheres- cultas_n_7814492.html>. Acesso em 10 ago. 2015. EMPREENDEDOR. Atender necessidades de etnias é um mercado promissor, mas delicado. Disponível em: <http://empreendedor.com.br/noticia/atender-necessidades-de-etnias- e-um-mercado-promissor-mas-delicado/>. Acesso em 09 ago. 2015. ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. Comportamento do consumidor. Rio de Janeiro: LTC, 2000. GUNDLACH, G. T., WILLIAM, L. The American Marketing Association’s New Definition of Marketing: Perspective and Commentary on the 2007 Revision. Journal of Public Policy & Marketing. Vol. 28 (2) Fall 2009, 259–264. IBGE. Vamos conhecer o Brasil. Disponível em: <http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso- povo/educacao.html>. Acesso em 10 ago. 2015. KOTLER, P. Administração de Marketing. 10ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. ___________; KELLER K. L. Administração de marketing. 12ª ed. Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2006. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. MARIANO, Ana Beatriz Paraná. As mudanças no modelo familiar tradicional e o afeto como pilar de sustentação destas novas entidades familiares. Disponível em: <http://www.unibrasil.com.br/arquivos/direito/20092/ana-beatriz- parana-mariano.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2015. ONU. Novo estudo da ONU indica que mundo terá 11 bilhões de habitantes em 2100. Disponível em: <http://nacoesunidas.org/novo- estudo-da-onu-indica-que-mundo-tera-11-bilhoes-de-habitantes-em- 2100/>. Acesso em 09 ago. 2015. PORTAL G1. Maioria dos que moram sozinhos no Brasil é homem solteiro, aponta IBGE. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/10/homem-solteiro-e-maioria- entre-os-que-moram-sozinhos-diz-ibge.html>. Acesso em 10 ago. 2015. ____________. Nordeste é região com maior retorno de migrantes, segundo IBGE. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/07/nordeste-e-regiao-com- maior-retorno-de-migrantes-segundo-ibge.html>. Acesso em 10 ago. 2015. REICHELT, Valesca Persch. Fundamentos de Marketing. Curitiba: InterSaberes, 2013. SILVA, Pollyane Lima e; RITTO, Cecília. Brasil, um país de solteiros. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pnad- 2011-brasil-um-pais-de-solteiros/>. Acesso em 09 ago. 2015. SMITH, Samuel et al. Marketing information systems: an introductory overview. New York: Hevghton Co., 1968. VAKKARI, P. Task-based information searching. Annual Review of Information Science and Technology, v. 37, p. 413-464, 2003.
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