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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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INTRODUÇÃO
Todos nós pagamos tributos e, provavelmente, ninguém gosta deles. Há tributos em toda parte: na energia elétrica, nas roupas que vestimos, nos alimentos que consumimos, nos veículos que nos transportam, nos combustíveis que os movimentam, ou seja, em praticamente quase tudo que se possa ter, comprar, vender ou consumir.
O dever geral de pagar tributos – especialmente, impostos – tem estreita relação com a própria noção de cidadania. É a principal forma pela qual o indivíduo é chamado a contribuir para o financiamento das despesas coletivas. Mas, para que o Governo possa exigir contribuições compulsórias dos seus cidadãos, existem regras que precisam ser observadas.
Ao conjunto das regras destinadas a regular a instituição, a cobrança, a arrecadação e a partilha de tributos dá-se o nome de “Sistema Tributário Nacional”. Tomando a expressão em sentido amplo, aí estão: disposições constitucionais, leis, decretos, portarias, instruções normativas, em suma, tudo aquilo que no ordenamento jurídico possa dizer respeito a exigências fiscais.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Sistema tributário nacional é um conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, que formam um conjunto de tributos, constituído por receitas derivadas e arrecadadas pelo Estado, as quais tem a finalidade de financiar as despesas públicas, tais como, a manutenção da ordem, solução de litígios, prestação de serviços públicos, fiscalização de atividades, realização de ações sociais, bem como, atender as necessidades públicas consideradas essenciais, como, saúde, educação e segurança.
Escudado nesse embasamento, Costa contribui mencionando que: “A tributação é uma atividade abrangente não apenas da instituição de tributos, mas também, da sua arrecadação e da fiscalização de seu recolhimento, estas últimas tarefas, eminentemente administrativas” (COSTA, 2017, p. 61).
Atualmente o sistema tributário nacional está definido na Constituição Federal/88 no Capítulo I, do Título VI, artigos 145 a 162 e também, nas normas constitucionais do Direito Tributário, sendo importante frisar, que as normas constitucionais sobre tributação não se encontram concentradas em um único título da Carta Magna. Isso porque a tributação está relacionada com outros temas, como por exemplo, saúde, educação, como já foi tratado aqui neste trabalho.
Na Constituição encontram-se disposições sobre a tributação, bem como a competência para criação do tributo e, consequentemente, estabelece as espécies de tributos. Ao limitar as competências, a CF estabelece quais são os princípios (diretrizes para o exercício da competência) e imunidades (ausência de competência). 
Abaixo da Constituição, estão o Código Tributário Nacional (CTN) e as leis complementares3 responsáveis pela veiculação das normas gerais em matéria de Direito Tributário, aplicáveis a todos os níveis da federação, resoluções do Senado Federal e do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) e, em seguida, as leis que instituem e disciplinam a cobrança de cada um dos tributos nos diferentes entes federativos. O que agrega todos esses atos normativos e os reúne num mesmo “sistema” é a noção de tributo, de que trataremos no próximo tópico.
CONCEITO DE TRIBUTO
Tributo é a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, vulgarmente chamado por imposto, embora, tecnicamente este seja mera espécie dentre as modalidades de tributos. 
A legislação brasileira traz duas definições (legais) de tributo. Uma delas está no art. 3º da Lei n. 5.172/1996, o Código Tributário Nacional (CTN); a outra no art. 9º da Lei n. 4.320/64, a chamada “Lei Geral de Orçamentos”. Na definição do CTN, tributo é "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". Já na da Lei Geral de Orçamentos, é uma “receita derivada, instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e as contribuições, nos termos da Constituição e das leis vigentes (...)”. A bem dizer, são fases diferentes de um mesmo fenômeno, dois lados da mesma moeda. O cidadão paga tributo ao Estado, e este o toma para si como receita pública, a ser empregada para custear os serviços e demais atividades que lhe são atribuídas pela Constituição e pela legislação em vigor.
Para Sabbag, o tributo: “(...) é prestação compulsória, logo não contratual, não voluntária ou não facultativa. Tem como efeito o Direito Tributário e a supremacia do interesse público”, o que por conseguinte entende-se que os mesmos são cobrados pelo Estado no uso de seu poder, sobre o patrimônio do particular. Assim, o tributo não é multa e a multa não é tributo. O mesmo é a prestação em pecúnia, o qual é inerente à coercibilidade estatal, não dando oportunidade de autonomia de vontade ao particular perante a imposição do Estado.
As principais espécies de tributo são: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, definidos de tal forma:
a) Imposto é uma quantia paga obrigatoriamente por pessoas ou organizações para um governo, a partir de uma base de cálculo e de um fato gerador. É uma forma de tributo. Ele tem como principal finalidade, custear o Estado para que em contrapartida, haja por parte do Estado, obrigação de prestar esse ou aquele serviço, ou realizar determinada obra relativa ao contribuinte. O campo da economia que lida com a tributação é o de finanças públicas. 
“Art. 16, CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Ex: quando alguém paga Imposto de Renda, não recebe do Estado benefício específico em seu favor. O dinheiro do imposto não se reverte imediatamente em prol do contribuinte, porque se destina, de um modo geral, ao bem comum;
b) As Taxas são a exigência financeira à pessoa natural ou jurídica para usar certos serviços fundamentais ou pelo exercício do poder de polícia, imposta pelo governo ou alguma organização política ou governamental. É uma das formas de tributo. 
“Art. 77, CTN - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” Ex: serviço de águas, coleta domiciliar de lixo. O contribuinte ao pagar a taxa recebe do Estado um benefício específico em seu favor;
c) Contribuições de Melhoria são "tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação que representa um benefício especial auferido pelo contribuinte. Seu fim se destina às necessidades do serviço ou à atividade estatal", previsto no artigo 145, III, da Constituição Federal. 
“Art. 81, CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.” Esse, no entanto, tem sido um tributo muito pouco utilizado no Brasil.
Cabe asseverar que há ainda mais duas outras espécies tributárias. As contribuições especiais (art. 149), contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas – destinam-se a custear uma atuação específica do Estado, ou seja, suas receitas têm destino certo. É essa sua característica essencial. Sua cobrança em geral decorre de um fato do contribuinte, como é caso das contribuições previdenciárias, destinadas ao financiamento da previdência social (por exemplo, pagamento de aposentadorias). E também, o empréstimo compulsório (art. 148), que distingue-se dos demais tributos por uma peculiaridade:o dever de restituição ao contribuinte dos valores cobrados. Além disso, sua instituição é condicionada à edição de lei complementar, que exige maioria absoluta para sua aprovação no Congresso Nacional e à ocorrência dos graves fatos previstos na própria Constituição. A instituição desse tipo de tributo somente é admitida para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência ou no caso investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Deparando com tais circunstâncias, cabe ao legislador definir os fatos sobre os quais devem recair esses tributos.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA INSTITUIR TRIBUTOS
 
Importante ressaltar que no Brasil, os tributos podem ser instituídos e cobrados por qualquer dos três níveis de governo: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Todos os entes políticos têm o que se chamada de “competência tributária”: a aptidão de instituir leis que determinam pagamentos compulsórios ao Poder Público a título de tributo. É a própria Constituição Federal que dá esse “poder” aos entes políticos e também estabelece os limites que devem ser respeitados para o exercício dessa competência, sobretudo os previstos no art. 150 da Constituição.
Mas quem cobra o quê? Por que os Estados não cobram imposto sobre a renda para custear suas despesas? Por que só os Municípios podem instituir IPTU? Há, no texto constitucional, regras voltadas à divisão da competência tributária e definição dos fatos que podem ser tributos por cada um dos entes políticos. São elas que definem, afinal, quem tributa o quê. Essas regras estão previstas em diversos dispositivos constitucionais, conforme tabela descritiva abaixo:
Repartição Constitucional de Competências Tributárias
	TRIBUTO
	ENTE
	ARTIGO
	Impostos, taxas e contribuição de melhoria
	União, Estados, DF e Municípios
	145
	Empréstimos compulsórios
	União
	148
	Contribuições especiais
	União
	149
	Contribuição de Iluminação Pública
	Municípios e DF
	149-A
	Impostos federais
	União
	153
	Novos impostos e impostos extraordinários
	União
	154
	Impostos estaduais
	Estados e DF
	155
	Impostos municipais
	Municípios e DF
	156
	Contribuições para seguridade
	União
	195
	Contribuições para regime próprio de previdência
	União, Estados, DF e Municípios
	149, § 1º
	Novas contribuições para seguridade
	União
	195, § 4º
A divisão de impostos é mais complexa, podendo a União instituir impostos sobre: importação de produtos estrangeiros (II); exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE); renda e proventos de qualquer natureza (IR); produtos industrializados (IPI); operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); propriedade territorial rural (ITR); e grandes fortunas (IGF). Razões de ordem histórica, política e econômica influíram na composição do quadro de partilha de competências. A Constituição dá a União também a competência para instituir novos impostos e impostos extraordinários (art. 154, I e II, respectivamente). Só a União tem competência para tal, os demais entes políticos só podem cobrar os impostos que são taxativamente previstos na Lei Maior. Os Estados e o Distrito Federal, com base no art. 155, podem estabelecer impostos sobre: transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCD ou ITCMD); operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e propriedade de veículos automotores (IPVA). Os Municípios são competentes para instituir impostos sobre: propriedade predial e territorial urbana (IPTU); transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI) e serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar (ISS ou ISSQN). O Distrito Federal acumula a competência tributária estadual e municipal, podendo instituir os impostos de competência dos Estados e também os de competência municipal (art.147). 
 Tabela de Repartição Constitucional para Instituição de Impostos
	ENTE
	IMPOSTO
	União
	II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF
	Estados e Distrito Federal
	ITCD, ICMS e IPVA
	Municípios e Distrito Federal
	IPTU, ITBI e ISS
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS)
A limitação do poder de tributar trazido por nossa Constituição Federal, não é absoluto, pois comporta algumas exceções. Esta referida limitação se estabelece com o intuito de sujeitar o Poder de Tributar, a determinadas condições que o faça não causar prejuízos aos contribuintes, bem como, a restringir sua aplicação, proporcionando, conforme destacado anteriormente, a segurança jurídica. Nas palavras de Harada (2014), “o sistema presume-se em um conjunto de elementos, organizados de forma harmônica, o qual são regidos por PRINCÍPIOS, que regem o agrupamento desses elementos”.
Os princípios constituições que regem o Direito Tributário, como mecanismo de defesa de contribuinte são os seguintes:
1) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Artigo 150, I, CF) - O texto do referido artigo 150, I da Constituição Federal estabelece que "é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". É o princípio da legalidade tributária, que limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes. Seria temeroso permitir que a Administração Pública tivesse total liberdade na criação e aumento dos tributos, sem garantia alguma que protegesse os cidadãos contra os excessos cometidos;
2) PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (Art. 150, III, “b”, CF/88) - Proclama o referido artigo que é vedado aos entes tributantes cobrar tributo "no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou". Também aqui vemos o desejo de estabelecer a segurança jurídica na relação tributária, o Estado vê-se obrigado a aguardar o início do próximo exercício financeiro para iniciar a cobrança do tributo criado ou aumentado.
O princípio da anterioridade comporta algumas exceções, os impostos sobre importação, exportação, produtos industrializados, operações financeiras, extraordinários de guerra e o empréstimo compulsório decorrente de calamidade pública ou guerra externa, podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foram instituídos ou aumentados. A Emenda Constitucional nº 42/03, introduziu ao artigo 150, III, CF, a letra c, que exige que se respeite um período de 90 dias entre a data que criou ou aumentou o tributo e sua efetiva cobrança;
3) PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (Art. 150, III, “a”, CF) - Não se pode cobrar tributo relativo a situações ocorridas antes do início da vigência da lei que as tenha definido, ou seja, a lei sempre se aplicará a fatos geradores ocorridos após o início da sua vigência;
4) PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA TRIBUTÁRIA (Art. 150, II, CF/88) - A igualdade jurídica dos cidadãos é proclamada no art. 5º, I da CF, que afirma "todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza...", vemos assim que a isonomia ou igualdade tributária não é nada mais que uma confirmação de um princípio constitucional básico: a igualdade de todos perante a lei. Os poderes tributantes não poderão tratar os iguais de forma desigual, independentemente do nome que tenham os rendimentos, títulos ou direitos dos indivíduos, a lei tributária não poderá ser imposta de forma diferenciada em função de ocupação profissional ou função exercida. O princípio da igualdade tributária proíbe distinções arbitrárias, entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes;
5) PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO (Art. 150, IV, CF/88) - A cobrança de tributos deve se pautar dentro de um critério de razoabilidade, não podendo ser excessiva, antieconômica. 
Não se aplica o princípio em relação aos impostos extrafiscais, que poderão trazerem seu bojo alíquotas pesadas, regulando a economia. O Imposto sobre produtos industrializados também não sofre a aplicação do princípio em estudo. Produtos supérfluos podem ter tributação excessiva;
6) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO (Art. 150, V, CF/88) - O tráfego de pessoas ou de bens não pode ser limitado pela cobrança de tributos, quando estas ultrapassam as fronteiras dos Estados ou Municípios. Este princípio tributário está em consonância com o artigo 5º, LXVIII, CF/88, direito à livre locomoção. A cobrança de pedágios pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público, é considerada pela doutrina exceção ao princípio.
7) PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, §1º, CF/88) - Reza o texto constitucional que, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. Aplicação prática deste princípio encontra-se na alíquota progressiva, presente no imposto de renda, no imposto sobre a propriedade territorial urbana, no imposto sobre a propriedade territorial rural, entre outros;
8) PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS OU DA TRANSPARÊNCIA FISCAL - O artigo 150, § 5º, CF/88, reza que a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços;
9) PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE (Arts. 155, §2º, I; art. 153, §3º, II; art. 154, I, CF/88) - Este princípio refere-se a três impostos: ICMS, IPI e impostos residuais da União. Deve-se compensar o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
10) PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE (Art. 153, §3º, CF) - Visa tributar mais fortemente produtos menos essenciais. Já produtos essenciais terão alíquotas menores. No IPI sua aplicação é obrigatória, para o ICMS e o IPVA sua aplicação é facultativa;
11) PRINCÍPIO DA IMUNIDADE (Art. 150, VI, “a”, CF) - A imunidade é uma hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada, que diz respeito, em regra, aos impostos. Possuem imunidade os entes federativos reciprocamente e em relação a impostos sobre patrimônio, renda e serviços; os templos de qualquer culto (art. 150, VI, ”b”, CF); os partidos políticos, as entidades sindicais de trabalhadores, as instituições de educação ou de assistência social sem fins lucrativos, desde que observados os requisitos legais (art. 150, VI, ”c”); os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (art. 150, VI, ”d”) e fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretados por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura de laser (art. 150, VI, “e”).
Conclusão
	O pagamento de tributos é, por definição, compulsório. Representa uma forma de invasão do patrimônio particular pelo Poder Público, mas é também o cumprimento de um dever fundamental do cidadão intimamente conectado com a própria noção de cidadania. Há um sem-número de disposições que regulam a instituição e a existência dessas prestações no ordenamento jurídico brasileiro. A esse amplo conjunto, que vai desde a Constituição até os atos normativos infralegais de menor hierarquia, dá-se o nome de Sistema Tributário Nacional, estrutura hierárquica de disposições agregadas em torno de um conceito principal: o tributo. O texto constitucional em vigor regula detalhadamente a matéria tributária. Define as competências de cada ente federado, impõe-lhes limites ao poder de tributar, por meio dos princípios tributários, visando a proteção do contribuinte ante o poder estatal para instituir e cobrar os tributos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
Acesso em 26 de março de 2020;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
Acesso em 26 de março de 2020;
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Acesso em 26 de março de 2020;
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. Acesso em 26 de março de 2020;
SABBAG, Eduardo. Direito tributário I. São Paulo: Saraiva, 2012. 
Acesso em 26 de março de 2020;
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/fiquePorDentro/temas/sistema-tributario-nacional-jun-2019/Textobase1.pdf. 
Acesso em 26 de março de 2020;
https://danielamelomonzani.jusbrasil.com.br/artigos/241555529/sistema-tributario-constitucional?ref=serp. 
Acesso em 26 de março de 2020;
https://marlielizetepalinski.jusbrasil.com.br/artigos/640584721/sistema-tributario-nacional?ref=feed. Acesso em 26 de março de 2020; 
http://www.direitobrasil.adv.br/artigos/tri.pdf. 
Acesso em 26 de março de 2020;
https://jus.com.br/artigos/64050/principios-constitucionais-tributarios-na-atualidade. Acesso em 26 de março de 2020.

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