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de crianças com SD e trará 
benefícios na execução de 
tarefas do cotidiano, 
objetivando independência 
funcional e interação social. 
Ortiz, Ribeiro 
(2013)11 
Conhecer qual a 
percepção das mães de 
bebês com síndrome de 
Down, em relação ao 
processo de reabilitação 
dos filhos atendidos na 
APAE de Goiânia 
Pesquisa 
qualitativa e 
descritiva 
Apesar da dificuldade inicial de 
aceitarem o diagnóstico, as 
mães demonstram-se 
orgulhosas com 
desenvolvimento que os filhos 
alcançaram e enfatizaram a 
importância da instituição e do 
trabalho da equipe 
multiprofissional no processo 
de adaptação às necessidades 
do filho. 
Araki, Bagagi 
(2014)12 
Discutir alguns conceitos 
e aspectos da Síndrome 
de Down 
Pesquisa 
Bibliográfica 
Os pais devem estar dispostos 
e com tempo para trabalhar 
com a criança. É importante 
que as atividades da 
estimulação sejam agradáveis 
para ambos. Assim, os pais 
estarão dando carinho e 
atenção a seu filho e poderão 
também observá-lo, 
compreendendo melhor suas 
dificuldades e habilidades. 
6 
 
Autores Objetivos Métodos Conclusão 
Aragão et al 
(2013)13 
O presente estudo tem 
como objetivo destacar a 
importância da 
estimulação visual nas 
crianças portadoras da 
Síndrome de Down na 
visão dos fisioterapeutas 
e terapeutas 
ocupacionais. 
Estudo 
exploratório, 
descritivo, 
longitudinal e 
observacional. 
A estimulação visual traz 
inúmeros benefícios para a 
criança com Síndrome de 
Down, visando principalmente 
minimizar as alterações 
visuais e a prevenção das 
complicações decorrentes. 
Ambrozio 
(2014)14 
Levantar as concepções 
das mães sobre sua 
participação no 
atendimento de 
Estimulação Precoce e 
sobre o papel do 
psicólogo, antes de 
participar com este 
profissional, na avaliação 
do desenvolvimento do 
filho. 
Investigação 
qualitativa e 
exploratória 
Sugere-se que as 
universidades invistam na 
formação de profissionais e 
fomentem pesquisas 
relacionadas à Atenção e 
Estimulação Precoce. A 
pesquisa revelou uma nova 
possibilidade de atuação do 
psicólogo, na perspectiva de 
um modelo integral de 
intervenção na Estimulação 
Precoce, com a plena 
participação e envolvimento 
familiar. 
Gonçalves, 
Barbosa 
(2011)15 
Caracterizar o papel do 
pedagogo e a 
participação da família 
junto a um programa de 
estimulação precoce de 
uma cidade do interior do 
Tocantins. 
Relato de caso 
 
Foi possível constatar, como 
em outras realidades 
brasileiras que não há um 
Modelo Integral com 
sustentação teórica para o 
trabalho em estimulação 
precoce que integre a saúde e 
educação, sendo a primeira 
mais valorizada em detrimento 
da segunda. 
 
 
7 
 
Autores Objetivos Métodos Conclusão 
Santos, Weiss, 
Almeida (2010)16 
Analisar o 
desenvolvimento motor 
de uma criança com 
síndrome de Down e 
verificar os efeitos de um 
programa de intervenção 
motora específica 
Pesquisa 
descritiva do 
tipo estudo 
de caso 
Verificou-se que a linguagem 
foi a área de maior prejuízo. O 
quociente motor em todos os 
itens foi classificado como 
muito inferior, o que se 
caracteriza como déficit motor. 
Esses dados justificam a 
relevância de programas de 
intervenção motora para essa 
população. 
 
Foram encontrados 234 artigos na BVS e no Pubmed, na leitura inicial 
dos resumos foram excluídos 210 artigos, porque não estava bem claro e não 
atendiam aos critérios estabelecidos, restando 24 artigos que foram lidos na 
integra, exclui-se 14 artigos que não atendiam aos objetivos, restando 10 
artigos para a composição da discussão. 
Discussão 
A estimulação precoce deve ser considerada como sendo um 
atendimento especializado direcionado a bebês e crianças de 0 a 3 anos com 
risco ou atraso no desenvolvimento global sendo fundamental, pois possibilita 
dar suporte ao bebê no seu processo inicial de interação com o meio, 
considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais de seu 
desenvolvimento, bem como auxiliar seus pais no exercício das funções 
parentais, fortalecendo os vínculos familiares12. 
Outro aspecto importante para a estimulação precoce são os distúrbios 
visuais e cabe ao fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional proporcionar a 
estimulação precoce para a melhora do desenvolvimento neuromotor 
minimizando os efeitos nocivos desse atraso13. 
Em um estudo realizado no Setor de Estimulação Precoce de uma 
instituição sem fins lucrativos do sul do país. Com 11 sujeitos com idade entre 
8 
 
12 meses a 4 anos, sendo que 3 possuem diagnóstico de Síndrome de Down, 
demonstrou que todas as crianças acompanhadas apresentaram melhoras, 
tanto no aspecto de linguagem, quanto em relação a aspectos orofaciais. 
Dentre os sujeitos, as crianças com atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor foram as que demostraram maiores progressos. Destaca-se 
também a melhora do tônus das estruturas do sistema estomatognático das 
crianças com Síndrome de Down, concluindo que existe sim mérito da 
estimulação precoce adequada nos primeiros anos de vida, evidenciando o seu 
papel na maturação cerebral de crianças com necessidades especiais9. 
O profissional não pode se intimidar frente a deficiência mental 
relacionada à Síndrome de Down, já que existem indícios bastante fortes que, 
ao se estimular o desenvolvimento motor com o amparo das influências 
familiares, escolares e ambientais, influencia-se a maturação do Sistema nervo 
central da criança. Desta forma, os seus mecanismos plásticos a faz evoluir 
não apenas sua parte motora, mas também sua parte cognitiva, uma vez que 
para toda tarefa motora solicitada necessita-se de percepção, interpretação, 
interação e organização mental antes mesmo de que se inicie o ato motor. 
Sendo o fisioterapeuta o profissional com potencial para contribuir também na 
superação da deficiência mental, por meio da estimulação precoce do portador 
da síndrome de Down, com ação justificada e embasada na neuroplasticidade8. 
A intervenção precoce é uma prática de suma importância para o 
desenvolvimento do bebê com síndrome de Down e deve ser realizada por 
uma equipe multidisciplinar com objetivo de potencializar o desenvolvimento do 
bebê e fortalecer o vínculo familiar11. 
As áreas que apresentaram maiores dificuldades num estudo realizado 
com uma criança de 7 anos foram a motricidade fina e a linguagem. Uma das 
justificativas para os baixos resultados encontrados nessas áreas é a forte 
influência da hipotonia, que interfere nas habilidades linguísticas, prejudicando 
o controle dos músculos da língua, dificultando a formação de palavras; e os 
atributos necessários à realização motora fina como precisão, atenção e 
habilidades sensoriais e perceptuais, que estão comprometidos nas crianças 
com síndrome de Down. No entanto, as intervenções psicomotoras realizadas 
9 
 
neste período foram capazes de alterar positivamente a linha de 
desenvolvimento da criança deste estudo, demonstrando ganhos importantes 
em seu desenvolvimento global (IMG e QMG) e, principalmente, nas áreas da 
motricidade global, equilíbrio e organização espacial16. 
O objetivo da fisioterapia não é tentar igualar o desenvolvimento 
neuropsicomotor de uma criança com Síndrome de Down a uma criança 
normal e nem exigir da criança além do que ela é capaz, mas auxiliar a 
alcançar as etapas do desenvolvimento neuropsicomotor da forma mais 
adequada, buscando a funcionalidade na realização das atividades diárias e na 
resolução de problemas10. 
Conclusão 
A estimulação precoce é uma técnica terapêutica que estimula e 
interfere na maturação da criança, facilitando posturas que favoreçam o 
desenvolvimento motor e cognitivo. Diante destes achados, conclui-se que a 
estimulação precoce não é somente propiciada pela fisioterapia, mas também 
de todas as áreas da saúde e participação dos pais no processo de reabilitação 
da criança com Síndrome
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